Explicações



Não sabia há quanto tempo ele estava naquele quarto. Ficou esperando que a esposa dormisse e quando isso aconteceu, ficou olhando para ela e brincando com os cachos do seu cabelo.
Estava muito aliviado por ela estar ali a salvo, mesmo que um pouco debilitada, e que eles teriam mais um bebê. Lembrou-se de Rony, não podia deixar de sentir pena do ruivo, mesmo depois de tudo que ele fez, sabia que o ex-amigo estava desequilibrado e agora ficaria bastante tempo preso.
Ouviu que a porta atrás de si se abriu e quando olhou para ver quem era, encontrou mesmo médico que havia falado com ele.
- Acabei de examinar a sua filha! – ele disse, se aproximando do homem – Ela já recebeu alta e pode ir para casa.
- E a minha esposa? – perguntou, olhando para a mulher que dormia profundamente.
- Provavelmente poderá ir amanhã ou depois! – respondeu.
- Por acaso aquele casal que estava na recepção comigo ainda está aí? –perguntou, lembrando-se de Draco e Gina.
- Eles mandaram dizer que como já sabiam que elas estavam bem, tinham que ir embora! – respondeu.
- Queria que eles levassem a Lalaine para a casa dos avós! – disse, de repente – Quero ficar aqui com a Mione até ela ter alta.
- Não estou te expulsando daqui, senhor Potter! – o médico começou a falar – Mas acho melhor que você vá para casa.
- Está bem! – disse, mesmo parecendo um pouco contrariado – Mas quando a Mione acordar, diz para ela que eu volto amanhã.
- Pode deixar. – riu, dando um tapinha leve nas costas do moreno – Vou levá-lo onde está a sua filha.
Os dois andaram por um longo corredor, até chegar a uma porta que o médico logo abriu. Lá, Lalaine estava terminando de se vestir com a ajuda de uma enfermeira.
- Papai! – ela disse, indo abraçar o homem – Como está a mamãe?
- Está bem, mas ela ainda vai ficar aqui mais uns dias! – respondeu, pegando a filha no colo – Vamos logo, ainda tenho que passar na casa dos seus avós para buscar os seus irmãos.
Foram rapidamente até a casa dos Grangers quando saíram do hospital. Harry avisou aos pais de Hermione que ela estava bem e, em seguida foi embora para a sua casa com seus três filhos.
- Acho melhor você ir descansar! – o moreno disse para a filha mais velha quando puseram os pés dentro de casa.
- Está bem! – ela disse, subindo as escadas de casa.
Rony estava sentado no chão da cela. Era a única pessoa naquele lugar.
Quando pós a mão no bolso da sua calça jeans, viu que sua varinha estava lá. Lembrou-se que estava em uma prisão trouxa e por isso não a recolheram. Ele poderia aparatar daquele lugar se quisesse, mas sabia que merecia estar. Em vez disso, conjurou um pedaço de papel e um lápis.
Começou a escrever algo que parecia uma carta. Demorou algum tempo nessa atividade, quando terminou se levantou e começou a lê-la para ter certeza de que dizia exatamente o que ele queria. Em seguida, colou a carta no chão e apontou a varinha para sua própria cabeça.
- Avada Kedrava – disse, de olhos fechados para não ter riscos de tentar voltar atrás.
O corpo de Rony caiu sem vida no chão ao lado do papel cuidadosamente dobrado.
O dia amanheceu sem uma nuvem no céu, mostrando que faria uma linda manhã de fim de verão. Harry estava na cozinha preparando panquecas para o café da manhã, queria ir ao hospital visitar a esposa o mais cedo possível.
Logo seus três filhos aparecerão, parecendo terem sido atraídos pelo cheiro da comida. Comeram tudo rapidamente.
- Vão se arrumar! – o moreno disse, se levantando da mesa – Vou deixá-los na casa dos seus avós.
- Mas nós queremos ver a mamãe! – Thales disse, parecendo um pouco chateado.
- Vocês vão vê-la quando ela estiver em casa – respondeu simplesmente.
Estavam saindo de casa quando o telefone tocou.
- Eu atendo! – a menina mais velha disse, correndo para dentro de casa novamente – Alô!
- Bom dia! – responderam do outro lado da linha – Eu poderia falar com o senhor Harry Potter?
- Espere um minuto! – ela disse, largando o telefone – Pai, é para você.
O homem fechou a porta novamente, colocou Chelsea, que estava em seu colo, no chão e foi atender ao telefone.
- Alô! – disse, depois de pegar o aparelho da mão da filha.
- Senhor Potter, aqui é da delegacia onde o senhor Ronald Weasley está preso – o homem disse, havia um tom de apreensão na sua voz – Não conhecemos ninguém da família dele para ligar, então achamos melhor ligar para o senhor.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou, começando a ficar preocupado.
É melhor o senhor vir até aqui! – disse, por fim – Não é uma coisa que se possa falar ao telefone.
Harry desligou o telefone sem, ao menos, se despedir.
- Vamos logo! – ele disse para os filhos, abrindo, novamente, a porta.
O homem estava andando relativamente rápido com o carro. Estava pensando em todas as hipóteses para terem chamado por ele na delegacia, seu maior medo era de que o ruivo tivesse fugido e voltasse a ameaçar a sua família.
Assim que chegou ao lugar em que foi chamado, correu para onde o delegado que havia falado com ele ao telefone. O homem estava sentado em sua mesa e lia alguns documentos.
- O que aconteceu? – perguntou assim que abriu a porta – Se minha mulher e meus filhos estiverem correndo perigo novamente, saiu da cidade agora mesmo.
- Não se preocupe senhor Potter, a sua família está completamente segura – respondeu, se levantando – É melhor que o senhor me siga.
O delegado o levou até uma sala no final do corredor. Estava bastante frio lá dentro, havia somente uma maca em que aparentava ter uma pessoa com um lençol branco em cima.
- Não! – foi tudo que Harry conseguiu dizer quando viu aquela cena.
O homem a sua frente se aproximou da maca e reiterou o lençol branco que cobria o corpo. Rony estava deitado de olhos fechados, se seu rosto não estivesse mais branco do que o normal, poderia estar dormindo.
- Encontramos ele morto hoje de manhã na sua cela – disse, parecendo se lamentar – Não sabemos o que aconteceu, mas pode ter sido um ataque cardíaco.
O moreno não disse nada, apenas ficou olhando para o rosto sem vida do ex-amigo. Sabia exatamente o que havia acontecido com ele.
- Encontramos isso junto com ele – entregou ao homem a carta e a varinha – Sabe o que pode significar.
- Não! – mentiu, agora tinha certeza de que o ruivo havia lançado a maldição da morte em si próprio – Mas será que eu posso ficar isso?
- É claro! – respondeu – Se o senhor conhecer alguém da família ele, avise a essa pessoa, por favor. Alguém precisa providenciar tudo.
- Avisarei a irmã dele! – respondeu, pensando em como daria essa noticia a Gina – Agora, se me der licença, preciso visitar a minha esposa no hospital.
Assim que Harry chegou ao seu carro abriu a carta para ver se o ruivo havia escrito para quem era. Em seguida, pegou o celular e ligou para a casa da família Malfoy.
Agradeceu mentalmente por a amiga estar Draco ter atendido ao telefone. Contou o que aconteceu ao loiro, que prometeu falar com a esposa assim que ela acordasse.
Hermione estava tomando o seu café da manhã muito feliz. O médico havia acabado de sair do seu quarto e disse que ela poderia ir para casa naquele dia mesmo. Estava esperando o marido chegar para poder contar isso a ele.
A porta se abriu e a mulher sorriu. Mas logo o sorriso se desmanchou quando viu a enfermeira entrando no quarto.
- Já terminou de comer? – ela perguntou, se aproximando da cama.
- Sim! – respondeu.
A mulher pegou a bandeja e já estava saindo do local, quando parou de repente,
- O seu marido está ai fora e quer falar com você – disse, como se tivesse lembrado disso naquele momento – Posso deixá-lo entrar.
- Claro! – respondeu, voltando a sorrir.
Assim que a enfermeira saiu do quarto, a porta se abriu novamente e Harry entrou.
- Oi meu amor! – ela disse – Eu tenho uma ótima noticia para você. Nós já podemos sair daqui e ir para casa.
O homem continuou para do na frente da porta olhando para o chão.
- O que houve? – ela perguntou, olhando para o marido – Você não está feliz em saber que esse pesadelo acabou?
- Eu tenho uma coisa para te falar! – começou a falar, andando em direção a cama, como se criasse coragem – É sobre o Rony.
- Fala logo! – disse segurando a mão do moreno – Está me deixando nervosa.
Sentou-se no banco que estava ao lado da cama ainda segurando a mão da esposa.
- O Rony se matou! – disse de uma vez, para não desistir no meio do caminho – Os trouxas não sabem qual foi a causa. Mas eu sei que foi a maldição da morte.
- Por que ele fez uma coisa dessas? – a mulher perguntou, podia ver algumas lágrimas na beira dos seus olhos – Ele ia sair de lá um dia, não tinha necessidade dele se matar.
- Eu sei! – Harry respondeu, também começando a chorar – Mas eu acho que ele se arrependeu de toda as coisas que fez, e não queria mais causar mal a ninguém.
Hermione continuou em silêncio apenas olhando para a sua mão atada com a do marido. Ele colocou a mão livre dentro do bolso de onde retirou um pedaço de papel.
- Encontraram isso com ele! – disse, entregando a carta para a esposa – É para você. Não se preocupe, eu não li.
A morena desdobrou a folha em sua mão. A carta parecia ter sido escrita as pressas, mesmo assim, dava para reconhecer que aquela letra era de Rony.

Mione,
Se você estiver lendo essa carta significa que eu não estou mais aqui. Sei que tomei uma atitude muito covarde, mas foi para o bem de todo. Mesmo assim, não conseguiria descansar em paz se não escrevesse isso.
Sei que cometi milhos de erros com você desde que nos conhecemos. Para começar, nunca deveria ter feito você aceitar ser a minha amante enquanto eu enganava a Luna, também nunca deveria ter te batido até você perder o nosso bebê e, principalmente, nunca deveria ter tomado a Lalaine de vocês. Como sempre, você está certa, o Harry é o verdadeiro pai dela, não eu.
Sei que você deve estar pensando, agora que eu estou aqui sozinho e sem absolutamente nada venho te pedir perdão. Estou há muito tempo querendo fazer isso, mas não tenho coragem.
Passei muitos anos ao lado da Luna e fui realmente muito feliz. Mas não a amava, e sim a você.
Percebi isso logo depois de saber do seu casamento com o Harry. Sei que isso pode parecer egoísmo da minha parte, mas é a pura verdade.
Foi por isso que eu fiz tudo que eu fiz, para tentar tê-la de volta. Mas percebi que você realmente ama o Harry. Espero que vocês dois sejam muito felizes e que ele possa te amar da maneira que eu nunca consegui.
Espero que você possa me perdoar um dia,
Rony.

A mulher chorava muito ao terminar de ler a carta. Entregou o papel a Harry que também leu, depois ficou olhando para ela durante alguns minutos antes de falar.
- Dizem que as pessoas só dão valor as coisas quando as perde – começou, ainda olhando para esposa – Parece que foi o que aconteceu com o Rony.
- Os Weasleys já sabem? – ela perguntou.
- Tentei falar com a Gina, mas ela estava dormindo – explicou – Draco ia falar com ela, já deve estar sabendo.
- Nós vamos ao enterro? – Hermione perguntou, ainda parecendo um pouco transtornada com a noticia e com a revelação.
- E se você quiser! – foi tudo que disse.
Os dois ficaram alguns minutos em silêncio. A morena ainda olhava para a carta como se não acreditasse no que estava escrito. Nesse momento a porta do quarto se abriu e o médico entrou no local.
- E então senhora Potter, está pronta para ir embora? – perguntou, sorrindo, sem parecer ter reparado na tristeza do casal.
- Sim! – respondeu, entregando a carta para o marido e retirando uma lágrima de seu rosto, discretamente – Estou doida para chegar em casa.
- E não se esqueça de descansar bastante! – ele disse – Ainda está um pouco fraca.
- Pode deixar! – respondeu.
Cerca de vinte minutos depois, eles estavam caminhando em direção a porta do hospital. Quando viram um outro casal entrando no local, eram Draco e Gina.
- O que vocês estão fazendo aqui? – Harry perguntou, ajudando a esposa a sentar em um sofá da recepção.
Estávamos indo para A Toca, mas a Gina insistiu em vir aqui falar com vocês - o loiro disse, quando os dois olharam para a amiga, viram que seus olhos estavam totalmente inchados e vermelhos.
A ruiva sentou-se no sofá e começou a chorar ao lado da amiga. Os dois homens ficaram olhando essa cena.
- Gina é melhor nós irmos logo, ainda temos que conversar com a sua mãe! – disse, ajudando a esposa, que ainda estava chorando muito – Eles devem estar querendo ir para casa.
- Está bem! – a mulher tentava enxugar o rosto – Vamos logo, isso não vai ser nada fácil.
- Nós vamos com vocês! – Hermione disse, totalmente decidida.
- Não Mione! – o homem disse, segurando o braço da esposa – O médico disse que você tem que descansar.
Somente de olhar para a esposa sabia o que ela estava pensando.
- O Draco nos diz tudo que eles decidiram depois – disse, vendo o outro homem balançar a cabeça afirmativamente.
- Vamos então! – ela disse.
Os dois casais saíram do prédio ao mesmo tempo e, em seguida, cada um foi para um lado.
- Acha que devemos falar para a Lalaine? – a morena perguntou, quando estavam no carro a caminho da casa dos Grangers.
- Claro! – ele respondeu – O Rony é pai dela. Seria estranho ele desaparecer de repente.
- Mas ela só tem sete anos! – estava olhando para o lado de fora da janela – Ela é muito pequena para receber uma noticia dessas.
Paparam o carro no sinal vermelho, Harry segurou as duas mãos da esposa e faz olhar para ele.
- Eu sei que vai ser muito duro para ela ouvir isso, mas é preciso! – disse, vendo algumas lágrimas se formarem nos olhos de Hermione – Vamos estar ao lado dela nesse momento difícil.
Ela sorriu. Quando o sinal abriu, o moreno saiu com o carro.
Não demoraram muito para chegarem a casa dos pais da morena. Assim que tocaram a campainha, a senhora Granger foi abrir a porta.
- Hermione! – ela disse abraçando a filha – Como você está.
- Ótima! – respondeu, tentando sorrir.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou, ao perceber que a cara da filha e a do genro não estavam muito boas.
- Sim! – foi tudo que Harry respondeu.
A mulher deixou que eles entrassem. Então contaram tudo que havia acontecido.
- Uau! – disse, depois de ouvir tudo – Como vocês vão contar isso para a Lalaine?
- Precisamos! – o homem disse.
- Vou chamá-la! – disse, se levantando.
Nem foi preciso, assim que a senhora Granger se virou em direção a escada, viu os dois netos mais velhos descendo as escadas correndo.
- Mamãe! – disseram juntos, correndo para abraçar Hermione.
- É muito bom ver vocês meus filhos! – ela disse, beijando o topo da cabeça deles – Espero que vocês tenham se obedecido o seu avô, a sua avó e o seu pai.
- Thales, eu acabei de fazer aquele bolo de chocolate que você adora! – a mulher mais velha disse – O que acha de irmos até a cozinha pegar um pedaço?
- Oba! – ele disse, pulando do sofá – Vamos lá.
Os dois saíram da sala deixando o casal sozinho com a filha mais velha.
- Vocês querem falar comigo! – a menina disse, começando a ficar preocupada – E é algo grave.
- Por que você acha isso? – a mulher perguntou, tentando não demonstrar que era verdade.
- Fizeram a vovó tirar o Thales daqui! – disse, como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Quando fazem isso é porque precisam falar só comigo.
- Você está certa Lalaine! – Harry disse, colocando a filha no colo – Precisamos falar uma coisa com você.
- O que é? – perguntou assustada, vendo que os pais estavam sérios.
- É sobre o Rony! – a morena disse, segurando a mão da garota – O seu pai.
- O que aconteceu com ele? – ela já começava a chorar – Aquele dia em que ele nos levou para aquele lugar, estava muito estranho. E depois disso, nunca mais apareceu.
- Ele não vai mais aparecer! – a mulher disse, sem encarar a filha, algumas lágrimas também caiam do seu rosto – Nunca mais vai voltar.
- Quer dizer que ele morreu? – perguntou, vendo os dois adultos balançarem a cabeça afirmativamente – É mentira! É mentira! Eu quero ver o meu pai! - começou a gritar desesperada andando de um lado para o outro da sala.
- Eu sei que isso é muito difícil de aceitar, mas é verdade! – Hermione abraçou a filha impedindo que ela saísse do lugar – Eu te disse, Harry, não deveríamos ter contado para ela.
- Você em entendi papai? – ela perguntou olhando para Harry, com o olho totalmente vermelho – Eu amo você e o meu pai Rony do mesmo jeito. Não quero perder nenhum dos dois.
- Está bem Lalaine! – ele disse abraçando a garota que voltou a chorar – Mesmo que você não possa vê-lo não significa que ele não esteja aqui com você.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou, o olhando atentamente.
- Sempre que você pensar nele é porque ele está presente, no seu coração – disse – Aqueles que nós amamos nunca nos deixam de verdade.
A menina ficou encarando o chão durante algum tempo, depois abraçou os pais.
- Eu amo você! – ela disse, bem baixinho.
- O que você acha e irmos na cozinha comer bolo de chocolate antes que o seu irmão acabe com tudo? – a mulher perguntou, tentando animar a filha.
- Não estou com fome! – ela disse – Vou lá para cima descansar. Recomendações do médico.
Assim que Lalaine desapareceu no andar de cima, a senhora Granger apareceu na sala.
- Pelos gritos parece que ela não aceitou muito bem – disse, sentando no sofá ao lado dos dois.
- Ela vai ficar bem! – Harry disse, olhando para o alto da escada.
- Eu espero! – a mulher mais nova disse.
- Por que vocês não ficam aqui hoje a noite? – a outra mulher perguntou – Vocês parecem cansados e tenho certeza de que será melhor para a Lalaine.
Os dois concordaram. Em seguida os três foram até a cozinha.
Hermione acordou extremamente cedo. Gina ligou na noite anterior avisando que o enterro de Rony seria logo pela manhã. Tentou comer alguma coisa, mas nada descia, estava enjoada, e nem sabia se por causa da gravidez ou do nervosismo que enfrentaria naquele dia.
Não demorou muito para Harry também aparecer na cozinha. Tomou o seu café rapidamente e logo os dois estavam saindo da casa.
- Tem certeza de que você quer ir? – ele perguntou, parando com a mão na maçaneta – Não prefere ficar aqui descansando.
- Eu quero ir! – disse, decidida – Vou dar apoio para a Gina e a senhora Weasley.
A porta já estava aberta quando ouviram passos da escada. Lalaine estava parada no último degrau com uma roupa totalmente preta e as mãos na cintura (que lembrava muito Hermione).
- Eu quero ir! – a menina disse – Ele é meu pai!
Você não pode ir! – a mulher tentou explicar – Ainda é muito pequena.
- Mas eu quero ir! – estava batendo o pé (outra característica que herdou da mãe) – Não é justo que vocês não me deixem ir.
A morena suspirou pesadamente e olhou para o marido como se mandasse que ele resolvesse.
- Deixe-a ir! – respondeu, batendo de leve no ombro da esposa.
Os três saíram de casa algum tempo depois. Não demoraram para chegar no local que a filha caçula dos Weasleys indicou, um cemitério bruxa parecido com o que os pais de Harry estão enterrados.
Assim que chegaram no local, viram vários ruivos concentrados em um único local chorando. Quando Gina os viu, foi aos seus encontros.
É muito bom te ver, Lalaine – disse, abraçando a sobrinha.
- Obrigada, tia Gina – respondeu, se soltando e segurando a mão da mãe.
- Todos já estão aqui! – ela disse, levando os recém chegados até o local.
Não tiveram tempo de conversar com mais ninguém, logo começou a cerimônia (que era muito parecida com a trouxa). No final, quando todos estavam indo embora. A senhora Weasley se aproximou do casal de morenos, juntamente com uma mulher loira que estava com o rosto totalmente vermelho.
- Vovó! – Lalaine disse, indo abraçar a mulher – Oi Luna! – completou, também abraçando a loira.
- Harry e Mione, que bom que vocês vieram, apesar de tudo – a senhora Weasley disse, sua voz estava totalmente rouca.
- Nunca deixaríamos de vir dar apoio! – Hermione disse, abraçando a mulher que voltou a chorar.
- Senhora Weasley! – Luna disse, sua voz também quase não saia – Será que eu poderia falar a sós com a Mione?
- Claro querida! – disse, passando a mão no rosto da nora – Qualquer coisa é só me chamar.
A mulher ruiva saiu juntamente com Harry e Lalaine, conversando.
- O que você queria falar comigo? – a morena perguntou, achando muito estranha atitude da amiga.
- Eu queria te pedir desculpas! – disse, rapidamente – Falei coisas horríveis para você. Quando quem realmente estava mentindo era o Rony.
- Não tem problema! – respondeu, sorrindo levemente – Acho que se eu tivesse no seu lugar também acreditaria no meu marido ao invés de numa amiga que não vejo há anos.
- Mesmo assim, não foi justo o que eu disse! – parecia realmente arrependida – Queria que nós voltássemos a ser amigas.
As duas se abraçaram durante alguns minutos. Até que loira foi embora juntamente com a sogra. O moreno estava indo para junto da esposa quando viu Gina se aproximando dela.
- Que bonitinho, vocês duas fazendo as pazes – a ruiva disse.
- Não sabia que a Luna estava morando na Toca! – a outra disse de repente.
- Desde que ela foi embora de casa! – respondeu – Mamãe disse que ela pode ficar até arranjar um emprego.
- E o que ela vai fazer com o apartamento que morava com o Rony? – perguntou, mas imaginando que a amiga que não queria morar lá.
- Vai vender! – respondeu simplesmente – Quer comprar as coisas do bebê, embora minha mãe queira comprar tudo.
- A Luna está grávida? – perguntou espantada – Mas eu pensei que ela não pudesse ter filhos.
- E não pode! – a ruiva disse, calmamente – Mas o médico havia dito que com um tratamento talvez ela conseguisse. Começou o tratamento não quis contar para o meu irmão querendo fazer surpresa. Descobriu que estava grávida uma semana depois de ir embora de casa e não quis contar nada ao Rony e a nossa família a apoiou.
- Coitada! – foi tudo que a mulher conseguiu dizer – Pelo menos ela sabe que não vai estar sozinha.
- Vamos embora Mione! – o homem disse, se aproximando das duas – Está ficando tarde.
- Sim! – respondeu.
Os dois morenos foram embora para casa juntamente com a filha mais velha.

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