O seqüestro



Várias semanas se passaram, logo setembro chegou e com ele o inicio das aulas. Hermione agora passava muito tempo sozinha em casa, pois Harry também estava trabalhando, tinha apenas a companhia de Chelsea.
Era uma tarde de ensolarada e a morena decidiu passear um pouco com a filha caçula. As duas passaram por várias ruas de Londres e comparam várias coisas também. Passaram em frente ao prédio em que ficava o escritório do moreno.
- O que acha de irmos visitar o papai? – ela perguntou para a filha.
- Papai! – a menina disse batendo palmas, como uma forma de responder positivamente.
Quando a morena chegou no local, a secretária deixou que ela entrasse imediatamente. Ao chegar na sala, encontrou o marido sentado lendo uma filha de papel bastante concentrado.
- Harry! – ela disse, fazendo com o homem a olhá-se.
- O que trás a aniversariante mais linda do mundo a me visitar? – ele perguntou a abraçando pela cintura e dando um selinho rápido em seus lábios.
- Fiquei com saudades de você! – respondeu – Ou melhor, nós ficamos! – completou, olhando para Chelsea.
- Já estava de saída para buscar as crianças na escola! – disse, olhando para o relógio em seu pulso – O que acha de irmos até lá e depois vamos todos comer alguma coisa, para comemorar o seu aniversário?
- Ótima idéia! – respondeu, beijando o marido.
Eles saíram do local e foram direto para a garagem pegar o carro.
O sinal indicando o final da aula tocou e várias crianças saíram correndo de dentro do prédio. Lalaine e mais duas outras meninas sentaram-se em uma banco que ficava perto do enorme muro que protegia toda a área.
- Eu adoro sexta-feira! – uma delas disse – Amanhã não tem aula e eu posso dormi até mais tarde – as outras duas concordaram com a cabeça.
- E também podemos ficar acordadas até mais tarde! – a outra falou.
- E você Lalaine, o que gosta de fazer no final de semana! – a primeira perguntou.
- Quando eu morava em Nova York, meu pai sempre levava eu e o meu irmão no central park! – ela disse – Aqui em Londres nós sempre vamos visitar os meus avós.
- O que é aquilo! – uma menina que estava mais longe gritou apontando para onde as três amigas estavam, quando elas viraram para trás, viram um par de mãos em cima do muro.
As outras duas meninas saíram correndo, mas Lalaine permaneceu olhando para o homem que agora estava sentado olhando para ela.
- Papai! - disse, enquanto Rony pulava no chão – O que você está fazendo aqui!
- Eu estava morrendo de saudades de você me filha, precisa te ver! – respondeu, a abraçando – Como sua mãe não me deixa te levar para casa nos finais de semana, essa foi a única opção que me restou. Eu teria aparatado, mas sabei como os trouxas se assustam à toa.
Harry estacionou o carro em frente a escola. Logo viram Thales parado em frente ao portão.
- Mamãe! – ele correu logo que viu Hermione saindo de dentro do quarto.
- Oi meu filho! – ela o abraçou – Onde está a sua irmã?
- Deve estar lá dentro com as amigas dela – respondeu, apontando para dentro da escola.
- Está bem, eu vou lá buscá-la – respondeu – Fique aí com o seu pai e com a Chelsea.
Hermione andou por todo o pátio e não encontrou a filha. Decidiu então entrar no prédio. Quando abriu a porta da primeira sala de aula que encontrou, viu Lalaine sentada em uma das cadeiras e Rony em frente a ela.
- Mamãe! – a menina disse, assim que olhou para a porta – O papai veio me visitar, não é legal?
- O que você está fazendo aqui? – perguntou, olhando para o ruivo com muita raiva.
- Vim ver a minha filha! – respondeu, com um sorriso vitorioso nos lábios.
- Eu te disse que você não poderia vê-la! – gritou, indo em direção a filha e a abraçando de maneira protetora.
- Por que eu não posso ver o meu pai? – a menina perguntou, olhando para a mãe com lágrimas nos olhos.
- É Hermione, por que ela não pode me ver? – o homem perguntou, sorrindo ainda mais – Parece que agora você perdeu, querida! – sussurrou no ouvido dela.
- Não quero discutir com você, Lalaine! – disse, puxando o braço da filha e arrastando em direção a porta – Vamos embora.
- Não! – ela gritou – Eu quero ficar com o meu pai.
Hermione olhou para a filha e em seguida para Rony que nesse momento ria.
- Eu não vou deixar que você vença de novo! – ela disse, chegando mais perto do ruivo como se fosse enfrentá-lo.
O homem sacou a varinha de dentro do bolso e apontou para a morena. Com um feitiço silencioso, a fez cair no chão desmaiada.
- O que você fez com a minha mãe? – Lalaine perguntou, olhando assustada para pai.
- Não se preocupe, ela vai ficar bem! – respondeu, pegando a menina no colo – Agora vamos sair daqui – completou, puxando a mulher e aparatando juntamente com as duas.
Já havia passado mais de dez minutos desde que a morena saiu a procura da filha, essa demora estava começando a preocupar Harry, a escola não era tão grande assim.
- Vocês dois não saiam daqui! – ele disse, saindo do carro e fechando a porta, deixando os dois filhos mais novos lá dentro – Eu não vou demorar muito.
Foi para dentro do colégio, procurou por vários minutos e nenhum sinal das duas. De repente, encontrou uma senhora que identificou como a professora de Lalaine.
- Boa tarde senhora, eu sou Harry Potter, pai da Lalaine! – ele disse, chegando perto da mulher – Por acaso a senhora viu a minha filha, eu não consigo encontrá-la.
- Sim! – respondeu, o fazendo suspirar aliviado – Ela entrou no prédio da escola há uma meia hora, junto com um homem ruivo.
Harry engoliu em seco ao ouvi-la falar isso, saiu correndo sem dizer mais nada, deixando a mulher parada sem entender nada.
Chegou em uma sala de aula em que a porta estava entreaberta. Quando entrou no local, viu que estava vazio, estava indo embora quando reparou em um pedaço de pergaminho em cima de uma das mesas, o pegou em começou a ler.

Harry,
Estou com a Hermione e a minha filha. Sei que você deve estar bastante chateado com isso, mas eu tenho todo o direito disso. Não nos procure mais, deixe nossa família em paz.
Rony.

O moreno rasgou o papel e atirou com toda a força no chão, nunca imaginou que o ex-amigo fosse capaz de fazer uma coisa dessas. Ele estava ficando maluco e precisava ser seriamente tratado.
Quando voltou para o carro estava decidido de ir até a delegacia. Não tinha a menor idéia de onde Rony poderia ter levado as duas, mas tinha esperança de encontrá-las o mais rápido possível.
- O que houve papai? – Thales perguntou, assim que moreno sentou-se no banco e ligou o carro – Onde estão a mamãe e a Lalaine?
- Não se preocupe, tudo vai ficar bem! – ele disse começando a andar com o carro – Logo elas estarão aqui.
Aparataram em um pequeno cômodo de uma casa. O local tinha apenas uma cama de casal e uma porta onde ficava uma espécie de armário.
- Onde estamos? – a menina perguntou, assim que o ruivo a colocou no chão e estava depositando a mulher em cima da cama.
- A mais ou menos uma hora do centro de Londres! – ele respondeu – Se vier de carro, é claro!
- Quanto tempo nós vamos ficar aqui? – ela perguntou, assustada.
- O necessário! – foi tudo que respondeu.
Nesse momento Hermione acordou e quando olhou para o local ficou completamente assustada e começou a gritar.
- Fique quietinha, querida! – ele disse, conjurando duas cartas para amarrar os braços da morena na cama e mais uma para amarrar sua boca – Assim está bem melhor.
- Não machuca a minha mãe! – Lalaine disse, começando a chorar e tentando empurrar o homem a sua frente.
- Não se preocupe, eu não vou machucá-la, muito! – respondeu – Agora está na hora de você ir lá para dentro – a empurrou em direção ao armário – Vão acontecer algumas coisas que crianças não podem ver – completou fechando a porta e depois a trancando um feitiço silencioso.
Aproximou-se da morena e retirou a corda que estava sobre a sua boca.
- Se você fizer alguma coisa com a minha filha, eu nunca vou te perdoar – ela gritou o mais alto que pôde.
- Pode ficar tranqüila, nunca faria mal a nossa filha! – respondeu, chegando perigosamente perto da mulher – Só estou apenas protegendo a menina – completou colocando a mão por cima da roupa da mulher.
- O que você pensa que está fazendo? – ela perguntou, fazendo cara de nojo.
Ele não respondeu, apenas começou a beijá-la, Hermione estava se sentindo completamente enjoada. Em um último momento de desespero ela mordeu o lábio inferior do homem com bastante força o fazendo se afastar.
- Como você tem coragem de fazer uma coisa dessas! – ele disse, colocando a mão sobre a região, estava sangrando – Agora eu vou te ensinar a não se meter mais comigo.
Deu um soco nele, fazendo seu rosto focar vermelho. Começou a bater nela com mais força até ver seus lábios e nariz começarem a sangrar.
- Será que agora já é o suficiente? – ela perguntou, tentando não demonstrar a dor e o ódio que estava sentindo.
- Não! – respondeu, com um sorriso malicioso nos lábios – Eu ainda pretendo mais divertir mais um pouco com você.
Começou a beijá-la novamente, agora rasgando suas roupas, sem se importar com mais nada.
Quando terminou saiu de cima dela colocando novamente suas roupas. Havia retirado as cordas do braço de Hermione, por isso ela pode cobrir-se com um fino lençol branco que estava em cima da cama. Chorava muito, estava se sentindo suja e completamente enjoada.
- Vista-se! – ele disse, conjurando uma caixa cheia de roupas – Você está me dando nojo.
- Será que você poderia me arranjar um balde? – ela pediu – Não estou me sentindo bem.
Com um aceno de varinha, fez o objeto surgir na frente dela. A morena vomitou até não agüentar mais, depois se deitou novamente, não estava se sentindo nada bem.
- Será que você agora está surda? – ele perguntou, com um sorriso sarcástico – Eu mandei que você se vestisse.
Ela mechou na caixa parada no mesmo lugar. Pegou uma blusa branca e uma calça jeans desbotada e vestiu. Tentou se levantar para chegar onde a filha estava, mas não conseguiu, estava sem forças.
- Será que você poderia soltar a Lalaine? – ela pediu, com a voz extremamente fraca – Ela é só uma criança e deve estar muito assustada,
Rony se aproximou da porta e a abriu. Encontrou a menina sentada em um canto da parede e com as pernas encolhidas.
- Sai daí! – ele disse, puxando a filha para outro cômodo – Pode ficar aqui com a sua mãe. Mas amanhã, quando eu voltar. Vai novamente para o armário.
- Aonde você vai? – a mulher perguntou.
- Para a minha casa! – respondeu, como se fosse a coisa mais obvia do mundo – Preciso descansar um pouco. Mas não se preocupe querida, estarei de volta mais rápido do que você imagina – completou antes de sair do local.
- Mamãe, você está bem? – a menina perguntou se aproximando da cama e tentando ajudar a mulher a se levantar.
- Não se preocupe, eu vou ficar bem! – ela disse, acariciando o rosto da filha, tentando acalmá-la – Tente buscar ajuda, deve ter alguma casa ou uma cidade pequena aqui perto.
- Está bem! – ela disse.
Tentou girar a maçaneta, mais a porta não queria abrir.
- Está trancada! – a menina disse, começando a se desesperar.
- Não se preocupe minha filha! – disse, a abraçando quando ela chegou perto da cama novamente – Seu pai vai ter que nos tirar daqui mais cedo ou mais tarde.
As duas ficaram abraçadas, uma tentado consolar a outra de que sairiam daquele lugar.
Harry estava andando sem parar na sala de casa. Estava começando a escurecer e nenhuma noticia havia aparecido, isso o preocupava.
Quando a campainha tocou e ele saiu correndo para atender. Seu sorriso se desmanchou ao ver Gina e Draco parados na soleira.
- Pelo visto, ainda nenhuma noticia! – o loiro disse, entrando na casa.
O outro homem balançou a cabeça afirmativamente.
- Eu ficarei o resto da vida as procurando se for necessário! – disse, se sentando no sofá, com os amigos o acompanhando – Desculpe-me por fazê-los perder a sexta à noite com isso.
- A Mione é minha amiga, Harry, não é problema nenhum nisso – a mulher respondeu sorrindo – Quando contei para a minha mãe o que aconteceu, ela ficou muito chocada tenho certeza de que ela nunca vai perdoar o Rony por causa disso.
- Eu tenho pena da senhora Weasley! – disse, olhando para uma foto dele, Rony e Hermione quando ainda estavam em Hogwarts (a colocaram na sala a pedido de Lalaine) – Ela não merece o filho que tem.
- Onde estão o Thales e a Chelsea? – o outro homem perguntou, depois de alguns minutos em silêncio.
- Os deixei na casa dos pais da Mione! –ele disse, olhando para o relógio de pulso pela milésima vez – Espero que eles encontrem o Rony ainda hoje.
- Já pensaram em procurá-lo na casa dele? – Gina perguntou.
- Acho que era o primeiro lugar aonde iriam! – respondeu, parecendo desanimado - Mas acho que o Rony não seria idiota o suficiente para ir lá, seria óbvio demais.
- A Hermione é bruxa! – Draco começou a falar, completando o raciocínio – Assim que o Rony virar de costas, ela pega a Lalaine e as duas aparatam.
- Ela deixou a bolsa no carro! – respondeu – E a varinha estava lá dentro.
Os três passaram alguns minutos em silêncio. Quando, de repente, a campainha toca novamente. Eles se levantam ao mesmo tempo, Harry vai ver quem é.
Encontra o mesmo policial que o atendeu quando chegou à delegacia.
- Alguma noticia da minha esposa e da minha filha? – perguntou, antes que o homem tivesse tempo de falar alguma coisa – Vocês as encontraram.
- As duas não! – respondeu, fazendo com que o moreno parasse – Mas encontramos e prendemos o senhor Ronald Weasley.
- Alguma noticia? – Draco disse, indo para a porta.
- Prenderam o meu irmão? – a ruiva perguntou, seguindo o marido.
- Sim! – foi tudo que Harry conseguiu dizer, abraçando a amiga – Agora ele vai poder dizer onde colocou as duas.
O encontramos entrando no prédio onde ele mora! – o policial explicou – No local mesmo, confessou ter pego as duas, mas não quis dizer onde as escondeu, acredito que será bastante difícil de arrancarmos isso dele.
- Eu posso conseguir isso dele! – o moreno disse – Iremos até a delegacia o mais rápido possível.
O homem foi embora, sem entender mais nada. O casal também ficou olhando em duvida para o amigo.
- Como você pretende fazê-lo dizer algo? – Gina perguntou.
Será que tem como você me arranjar um frasco de Vietssarum? – perguntou.
- Sim! Draco tem um estoque em casa! – ela respondeu, o loiro confirmou balançando a cabeça afirmativamente.
- Ótimo! – disse – Vamos até a casa de você, não temos tempo a perder.
Cerca de meia hora depois estavam chegando a delegacia. Harry conseguiu convencer o delegado de plantão a ficar sozinho na cela com o ex-amigo. Quando chegou ao local, o ruivo estava sentado em cima da cama com um enorme sorriso nos lábios.
O homem aproximou-se dele e deu um soco em cheio em seu rosto.
- Você vai me dizer onde você escondeu minha esposa e minha filha, agora! – gritou, chutando o outro homem que se encontrava agora no chão.
- Nunca! – respondeu, gargalhando – Elas vão ficar lá para sempre.
O moreno apenas pegou o frasco de dentro do paletó abriu e fez o outro bebê-lo todo.
Rony contou exatamente como chegar ao local. O outro homem foi diretamente até o delegado e contou, totalmente animado.
- Infelizmente teremos que esperar amanhecer para irmos até o local! – respondeu, nem um pouco animado – O local é muito distante e muito perigoso de se andar durante a noite.
- Mas pode acontecer alguma coisa com elas durante a noite! – Harry estava quase gritando – Eu nunca vou me perdoar se não salvá-las.
- Por favor, senhor Potter, vá para a sua casa descansar! – o delegado disse – Tenho certeza de que sua esposa e sua filha ficaram bem.
Ele não conseguiu pregar os olhos durante a noite pensando em Hermione e Lalaine. Assim que os primeiros raios de sol surgiram em Londres, ele estava na delegacia para acompanhar o salvamento.
Saíram da cidade cerca de meia hora depois. Demoraram bastante para chegar ao lugar indicado pelo uivo, havia apenas uma pequena casa como ele havia dito.
- Deve ser ali! – um dos policiais disse, parando o carro em frente ao local.
Harry saiu correndo em direção a porta, tentou abri-la, mas estava trancado. Pensou em usar o alarromora para destrancá-la, mas estava cercado de trouxas.
- Vamos arrombá-la – o delegado disse, chegando perto do moreno que estava para olhando para a fechadura.
Dois policiais se chocaram com a porta várias vezes até que ela se abriu.
- Mione! – o bruxo gritou entrando na casa rapidamente – Lalaine! Vocês estão aí?
Quando já estavam dentro da casa, encontraram as duas deitadas em cima da cama desmaiadas.
- Não! – Harry gritou correndo em direção as duas.
- Rony! – a mulher disse abrindo os olhos muito lentamente, quase não dava para ouvir sua voz de tão fraca – Por favor, não faça nada com a Lalaine. Mate-me se quiser, mas poupe a vida da nossa filha.
- Sou eu meu amor! – o moreno sussurrou no ouvido dela e depois deu um beijo em sua testa – Vim para te salvar.
- Que bom! – conseguiu sorrir antes de desmaiar novamente.
- Chamem duas ambulâncias, agora! – ouviu o delegado gritar para os policias que estavam no local.
Harry ficou no local até que os médicos chegaram. Queria ir na ambulância com a esposa, mas não pode, então seguiu de carro.
Assim que chegou no hospital avisou a todos que as duas haviam sido encontradas. Cerca de meia hora depois Draco e Gina chegaram e ficaram na recepção a espera de noticias.
- Eu não agüento mais! – homem disse, se levantando e andando em círculos – Será que nenhum médico aparece para dar noticias.
- Fica calmo Harry, você mesmo disse que elas estavam muito fracas! – a ruiva disse, indo consolar o amigo – Pensei que os pais da Mione viessem para cá saber noticias dela – tentou mudar de assunto.
- Eles queriam vir, mas eu não deixei! – explicou – As crianças estão com eles. Não queria que os meus filhos viessem para cá, ficariam muito nervosos – sentou-se novamente – Mas prometi avisar qualquer noticia que tivesse.
A porta da área dos médicos se abriu e o médico que atendeu as duas apareceu, parecendo bastante cansado.
- Como elas estão? – perguntou correndo em direção ao homem – Por favor, me diga que elas vão ficar bem!
- Não se preocupe senhor Potter! – disse, com um sorriso no rosto – As duas chegaram aqui bastante desidratadas e sem se alimentar, mas ficaram bem.
- Ainda bem! – disse, abraçando os amigos que se aproximaram para ouvir o que o médico dizia – Quando elas poderão ir para casa?
- A senhorita Potter poderá ir hoje! – disse – Embora estivesse bastante debilitada, por ser bem pequena conseguiu se recuperar rápido – explicou – A maior preocupação dela era se poderia ir na aula segunda-feira, eu disse que se ela prometesse ficar quietinha hoje e amanhã, não via problema nenhum.
Harry sorriu ou ouvir isso, era incrível como a filha havia herdado da mãe o interesse por estudar.
- Mas a sua esposa terá que ficar mais uns dias – continuou a falar – Além de estar bastante fraca, ela também recebeu muitos golpes físicos e está bastante machucada.
- Mas alguma coisa grave? – Gina perguntou, assustada.
- Fora o trauma psicológico, não! – disse, fazendo os três suspirarem aliviados – E não se preocupe, tudo está bem com o bebê!
- Bebê? – Harry perguntou, os outros dois olharam para o amigo, chocados.
- A senhora Potter está grávida de quase dois meses! – explicou – O senhor não sabia?
- Não! – respondeu, chocado, mas ao mesmo tempo, sorrindo – Se ela sabe, não me disse nada.
Essa noticia foi como sentir as energias renovadas. Eles teriam um novo bebê, um momento de felicidade no meio de uma quase tragédia.
- Será que eu posso ver a minha esposa? – perguntou, de repente.
- Claro, só não demore muito, ela precisa descansar – disse, levando o homem para a porta de onde havia saído há alguns minutos – Siga-me.
Quando chegou no quarto, Hermione estava deitada na cama e olhando para o teto, havia um soro preso na veia do seu braço.
- Mione! – ele disse, assim que o medico fechou a porta deixando os dois a sós.
- Oi Harry! – respondeu, dando um selinho no marido – Obrigada por me salvar, nem sei o que seria de mim e da Lalaine se vocês não tivessem aparecido.
- Eu nunca deixaria nada acontecer com vocês! – respondeu, sentando-se no banco ao lado da cama – Morreria se isso acontecesse.
Os dois ficaram se encarando por alguns minutos. Até que o moreno a olhou, muito sério.
- Por que você não me contou – perguntou, fingindo-se de bravo.
- Contei o quê? – perguntou, sem entender – Eu não tinha idéia do que o Rony ia fazer. Sabe que eu nunca tive o dom da leglimência nem da adivinhação.
- Não é nada disso! – disse, rindo – Acho que você também não sabia.
- Não sabia do quê? – perguntou, começando a ficar assustada do olhar divertido do marido.
- Você está grávida! – respondeu, colocando a mão na barriga da mulher – Vamos ter outro bebê.
- Grávida, você está falando sério? – sorriu, incrédula – Eu nem tinha idéia.
- De quase dois meses! – respondeu – Nem desconfiava?
- Para falar a verdade, não! – respondeu, colocando a mão por cima da do marido, que ainda estava em cima do seu ventre – Eu estava mesmo meio enjoada nesse último mês e a minha menstruação está bem atrasada, mas pensei que fosse por preocupação com a Lalaine.
- Mas você estava enganada! – disse, antes dos dois se beijarem.

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