A vida com os Weasleys
Levaram cerca de meia hora para chegar ao prédio em que Rony e Luna moravam. Era um típico apartamento trouxa, mas muito bonito na opinião de Lalaine.
- Onde está o meu pai? – a menina perguntou.
- Trabalhando! – a loira respondeu, não parecendo feliz em ficar sozinha com a menina – Só chega à noite.
A menina observou toda a sala a sua volta nos mínimos detalhes, com certeza o lugar era bem menor que a casa em que morava em Nova York, mas parecia bem confortável.
- Posso assistir? – perguntou, apontando para a enorme televisão que se encontrava em frente ao sofá.
- Não! – a mulher respondeu – Fique no seu quarto enquanto eu preparo o almoço.
- Está bem! – a menina disse, parecendo muito triste, a esposa do seu pai não se parecia nem um pouco com a sua mãe.
A loira mostrou a menina aonde era o seu quarto. Era um lugar bem bonito cheio de ursinhos de pelúcia e uma mesa cheia de lápis de cor, Lalaine não pensou duas vezes antes de pegar uma folha e começar a desenhar sem nem ligar para a mulher que ainda estava parada na porta.
O resto do dia passou do mesmo modo, as duas quase não se viram, somente no horário do almoço, Luna até esqueceu que tinha mais alguém em casa que não ela. Já estava anoitecendo quando Rony chegou em casa.
- Oi meu amor! – a loira disse saindo da cozinha no momento em que viu a porta de casa sendo aberta – Eu estava com saudades!
Ela tentou abraçar o marido, mas ele a impediu.
- Onde está a minha filha? – perguntou em seguida.
- No quarto dela! – respondeu não ficando muito feliz – O jantar já está quase pronto.
- Ótimo, vou vê-la – respondeu andando em direção ao corredor – Termine o jantar e me chame quando estiver tudo na mesa.
Foi até o quarto da menina e a encontrou sentada na mesa com um lápis de cor na mão.
- Oi minha filha! – o ruivo falou, parando bem atrás dela.
- Oi papai! – Lalaine respondeu.
Ele ficou tão feliz ao ouvi-la chamando-o de pai que abraçou fazendo com que a menina levantasse da mesa.
- O que você estava fazendo? – ele perguntou, depois de soltá-la.
- Um desenho! – respondeu pegando o papel e mostrando para o homem a sua frente – É a minha casa lá em Nova York.
- Agora você vai ter uma casa aqui em Londres também! – ele disse, tentando fazê-la esquecer da mãe e do homem que ela chamou de pai por toda vida.
Nesse momento Luna aparece dizendo que o jantar esta pronto, os três vão para a sala.
- Amanhã é o aniversário da Gina! – o ruivo começou a falar – Mamãe vai fazer um almoço para ela na Toca e quer que a gente vá.
- Está bem! – a mulher falou.
- A minha mãe vai estar lá? – Lalaine perguntou – Aquela vez, nos fomos na Toca.
- Sua mãe não vai estar querida! – Rony respondeu – Elas vai estar muito ocupada – explicou – Mas você vai poder brincar com os seus primos lá – completou ao ver a cara de tristeza que a filha fez.
A menina balançou a cabeça positivamente e voltou a comer. Um pouco mais tarde foi dormir, estava sentindo falta da sua mãe, mas não podia contar isso a ninguém naquele lugar.
No dia seguinte todos levantaram bem cedo e assim que terminaram o café da manhã foram para a Toca. Rony estacionou o carro bem em frente a casa e nesse momento a senhora Weasley apareceu para recebê-los.
- Bom dia queridos! – ela disse, abraçando o filho e a Nora ao mesmo tempo – É muito bom ter você aqui Lalaine.
- Gina ainda não chegou! – a mulher ruiva disse, assim que entraram na cozinha – Só o Percy chegou até agora!
- Ótimo! – Rony disse, andando em direção a porta da sala – Vou até lá cumprimentar o senhor ministro da magia.
A senhora Weasley ia chamar a atenção do filho mas ele não estava mais lá.
- Precisa de ajuda em alguma coisa? – a loira perguntou para a sogra.
- Não precisa Luna, eu dou um jeito em tudo isso – ela respondeu – Pode ir lá para a sala.
A mulher saiu, deixando a senhora Weasley sozinha com Lalaine.
- Pode ir lá para fora também, querida! – ela disse, vendo que a menina estava se sentando em uma das cadeiras que havia no local – Sei que nenhum de seus primos chegou ainda, mas é bem melhor ficar lá fora do que aqui na cozinha.
- Prefiro ficar aqui com a senhora! – ela disse.
- Isso me lembra sua mãe! – a mulher disse – Ela sempre gostou de ficar aqui me ajudando na cozinha e conversando.
A menina sorriu, era a primeira vez que ouvia alguém falar de sua mãe desde que foi morar na casa de seu pai.
Aos poucos o resto da família foi chegando, os primeiros fora Fred e Angelina junto com a filha deles, Melissa, de dois anos. Em seguida, chegaram Jorge e Kátia Bell e o filho deles, Bruno, que tinha a mesma idade da prima (os dois nasceram no mesmo dia e, praticamente na mesma hora). Gui, Fleur e July (a filha deles que tinha a mesma idade de Lalaine), não iriam, pois estavam de férias na França visitando a família da meia-veela; Carlinhos também não estaria lá, pois estava na Romênia.
- Só falta a Gina e o Draco chegarem – Jorge disse quando todos estavam sentados no sofá.
Nesse momento, eles ouvem barulho de alguém, vindo do quintal e, em seguida a porta se abre e Draco, Gina e Allan entraram na casa.
- Que bom que vocês chegaram! – disse a senhora Weasley abraçando a filha.
Na mesma hora as duas crianças mais velhas foram brincar no quintal.
- Nós temos uma novidade para contar! – ruiva disse, abraçando o marido – Nós vamos ter outro bebê!
Todos foram abraçar o casal e ficaram muito felizes com a noticia. A única que não saiu do lugar foi Luna.
- Esperamos que dessa vez seja uma menina! – o loiro disse – Afinal, já temos Allan.
- O Draco quer uma menina, para mim tanto faz! – a mulher disse – Sei tem poucas chances de ser uma menina, minha mãe teve seis meninos antes de eu nascer.
A ruiva viu a amiga se levantar e ir em direção a cozinha.
- Eu já volto – ela disse, indo para a mesma direção.
Quando chegou no outro aposento, encontrou Luna sentada em uma das cadeiras de costas para a porta.
- Parabéns! – ela disse, quando percebeu que a amiga também estava lá – Eu estou mesmo muito feliz por você.
Ela sentou -se ao lado da loira e colocou a mão em seu ombro.
- Eu sei que você deve sofrer muito por causa disso – disse – Mas pense que tudo tem um porquê.
A mulher olhou para o quintal do lado de fora da janela, onde Lalaine e Allan corriam, muito felizes.
- Você queria tanto adotar uma criança! – a ruiva disse – É quase a mesma coisa.
- Não é! – a outra respondeu – Eu queria uma criança que fosse criada por mim. E não pela outra que conseguiu o que eu mais queria na vida.
- Eu realmente não acredito que a Mione tenha feito uma coisa dessas - Gina disse, com a mão no queixo pensando – Ela sempre foi tão certinha, nunca seria capaz de usar uma poção do amor.
- Para você ver que às vezes pensamos que conhecemos as pessoas mais estamos enganados – a loira disse – Mas você tem que admitir que o casamento do Harry e da Mione foi estranho. Um dia eles são só amigos e no outro estão casados e indo embora do país.
- Isso é verdade. E a Mione estava muito estranha no dia do casamento de vocês, ela parecia triste! – ela se lembrou – Mesmo assim, ainda não consigo acreditar nessa história que o Rony contou.
- E você vai acreditar no quê? – Luna perguntou, quase gritando - Naquela história absurda da Hermione, de que ela e o Rony se encontravam escondidos desde que saíram de Hogwarts e que ela já tinha engravidado uma outra vez até ela perder o bebê! – continuou, em um tom de voz mais baixo – Até parece que o Rony me trairia com aquela CDF sangue-ruim.
A ruiva ficou em silêncio, achava que versão da amiga vazia muito mais sentido, mas não iria falar nada para não acabar brigando com o irmão.
A porta da cozinha se abriu e Neville e Lilá (empurrando um carrinho de bebê) entraram na cozinha.
- Oi! – Gina falou abraçando os dois recém-chegados e abaixando, em seguida, para olhar o carrinho de bebê – Como eles estão grandes.
Rachel e Eric são os filhos de Neville e Lilá. São gêmeos, têm apenas um ano de idade e têm o cabelo loiro (igual ao da mãe) e várias sardas espalhadas pelo rosto.
- Acabaram de dormir! – Lilá disse, também olhando para os dois bebês no carrinho – Eles nunca conseguem ficar acordados durante uma viagem de carro.
Todos foram em para sala, onde os outros estavam.
Os resto do dia foi bastante tranqüilo, depois do almoço continuaram conversando até ficar muito tarde e terem que ir embora, pois o dia seguinte era segunda-feira.
Já no carro a caminho de casa, Lalaine estava quase dormindo, estava muito cansada de brincar naquele dia.
- Você se divertiu muito hoje? – Rony perguntou, olhando para a filha pelo retrovisor do carro.
- Sim! – ela respondeu – Eu adoro vir para A Toca.
Não demoraram muito para chegar em casa. A menina foi direto para a sua cama dormir.
O resto das férias de verão passaram muito depressa. Lalaine estava muito feliz porque logo começariam as aulas e ela poderia aprender a ler. Estava em seu quarto olhando as gravuras de um livro que ganhou de presente da sua mãe no seu último aniversário, quando seu pai abriu a porta.
- Está na hora de você dormir! – ele disse, indo ajudá-la a retirar a colcha da cama.
- Papai! – ela disse – Em que escola eu vou estudar?
- Em nenhuma! – o ruivo respondeu – Eu não acredito em escolas trouxas, nunca estudei em uma e minha filha também não vai.
- Mas como eu vou aprender a ler?- perguntou, ficando muito triste.
- A Luna te ensina! – respondeu, cobrindo a filha com um lençol – Vai se bem melhor, você é bruxa e não precisa se misturar com um monte de trouxas. A única escola que você vai freqüentar é Hogwarts, assim que completar 11 anos.
- Minha mãe me mandava para a escola Trouxa! – disse com a cabeça baixa – Ela diz que é importante ver os dois lados do mundo.
- Eu e sua mãe temos maneiras diferentes de educar uma criança – disse, dando um beijo na testa da garota – E você está comigo agora! – completou, antes de apagar a luz e sair do quarto.
A menina demorou muito para conseguir dormir, estava muito triste por não ir a uma escola. Sentia saudades de sua vida antiga em Nova York. Olhou para a janela e viu uma estrela cadente, fechou os olhos para fazer um pedido.
- Eu quero voltar para casa! – disse – Sinto muita falta da minha mãe, do meu pai e dos meus irmãos.
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