O passar dos meses
Cerca de dois dias depois do julgamento, Harry e Hermione receberam uma ligação do aeroporto dizendo que a ameaça de furacão em Nova York já tinha acabado e eles poderiam viajar no dia seguinte.
- Eu não quero ir! – Hermione falou – Quero ficar perto da minha filha.
- Mas Mione, você sabe que o Rony não vai deixar a gente vê-la – falou – Vai ser melhor que voltemos para casa – continuou - Entramos em um acordo para que a Lalaine passe o natal em Nova York com a gente, e podemos vir para cá nas próximas férias de verão.
- Você está certo! – respondeu, dando-se por vencida.
Embarcaram no dia seguinte, foi um vôo tranqüilo, algumas horas estavam em Nova York.
- Por que a Lalaine não voltou com a gente? – Thales perguntou, depois que já haviam pego as malas e estavam caminhando pelo aeroporto a procura de um táxi.
- Ela vai ficar lá em Londres! – Hermione falou suspirando tristemente, ainda não conseguia acreditar em tudo que estava acontecendo.
- Eu vou sentir saudade dela! – o menino disse.
- Nós também! – a mulher respondeu – Mas a veremos em breve.
Os dias passaram rapidamente, as férias de verão já estavam acabando. Harry voltaria a trabalhar no dia seguinte e precisava descansar um pouco, mas antes foi colocar os filhos na cama a pedido da esposa. Quando entrou no quarto encontrou a morena sentada na cama com um livro na mão.
- O que você está vendo? – perguntou, sentando-se ao lado dela.
- Algumas fotos antigas! – respondeu, mostrando uma em que estavam os dois e Lalaine com poucos meses de vida – Ela era mesmo o bebê mais lindo do mundo.
- Pensei que o bebê mais lindo do mundo fosse a Chelsea! – ele disse, em tom divertido.
- Todos os nossos filhos são lindos! – respondeu, virando a pagina e olhando mais fotos – Lembra desse dia? O primeiro aniversário da Lalaine.
- Como eu posso me esquecer – disse fingindo-se de bravo – Você fez eu me vestir de palhaço.
- Mas foi divertido! – disse, começando a rir – Todos deram boas gargalhadas.
- Principalmente você! – completou.
- Tem razão! – respondeu, ainda rindo e fechando o álbum – Sabe Harry, às vezes, eu passo pelo quarto da Lalaine e fico olhando na porta, é muito estranho não vê-la lá.
- Eu também acho! – respondeu a abraçando – Nós vamos trazê-la de volta, eu prometo. Não é justo que o Rony fique com ela depois de tudo que ele te fez
- Eu sei disso! – limpou uma lágrima que caia pelo seu olho – Vamos conseguir provar tudo e pegar a nossa filha de volta.
- Essa é a Hermione que eu conheço – o moreno disse, dando um selinho esposa – E que eu amo!
- Eu também te amo! – disse, antes de beijá-lo novamente.
Durante os meses que se passaram o casal praticamente não tece noticia de Londres, a única pessoa da família Weasley com que tinha contato era Gina. A ruiva disse para a amiga que acreditava que quem estava falando a verdade era ela e não o irmão (o que a deixou muito feliz), começou a sempre dar noticias sobre Lalaine para eles (quando a morena soube que Rony não havia matriculado a filha e nenhum colégio ficou com muita raiva). Logo chegou dezembro e com ele o natal.
Hermione estava no quarto de Chelsea dando mamadeira para a menina, quando acabou estava tentado fazê-la dormir. Nesse momento Harry entrou no local segurando o telefone na altura do ouvido.
- Está bem Gina, Muito obrigada – ele disse – Mande um abraço para o Draco e não se esqueça de nos avisar quando a sua fillha nascer – completou antes de desligar o telefone.
- A Gina descobriu que o bebê dela vai ser uma menina? – a morena perguntou enquanto colocava a filha caçula no berço. O homem apenas balançou a cabeça afirmativamente – Que maravilha, ela já tinha me dito que queria uma menina mais achava que seria outro menino.
- Pois é! – ele disse, dando um selinho na esposa – Mas não foi para isso que eu liguei para ela.
- Foi para que? – a mulher perguntou.
- Foi para isso! – disse, entregando um pedaço de papel que estava em sua mão – É o telefone da casa do Rony, agora você pode ligar para ele.
- Eu não vou fazer isso! – disse saindo do quarto, sabia que iria acabar falando alto e não queria acordar Chelsea – Todos naquela casa me odeiam.
- Mas você precisa, para podermos ver a nossa filha! – disse, indo atrás dela – Tenho certeza de que Rony não tratá-la mão, vocês dois têm uma filha juntos, precisam conviver pacificamente.
- Está certo! – respondeu, pegando o telefone e o papel da mão do marido.
Sentou-se no sofá e começou a discar o número. Harry sentou ao seu lado e quando ela colocou o telefone no ouvido, segurou a mão vazia dela, como uma forma silêncio de dizer que estava a apoiando.
- Alô! – uma você de mulher disse do outro lado da linha.
- Luna? Aqui é a Hermione – ouviu a outra suspirar pesadamente ao ouvir isso – O Rony está aí?
- Está sim! – respondeu secamente – E vou chamá-lo.
A linha permaneceu silenciosa durante alguns minutos, até que ouviu algo parecido com passos.
- Alô! – era voz do ruivo do outro lado da linha – O que você quer Hermione?
- Eu queria pedir para você mandar a Lalaine para passar o natal aqui em Nova York? – perguntou, nesse momento ela apertou com muita força a mão do marido.
- Não! – ele respondeu imediatamente.
- Como é? – se levantou, estava com tanta raiva que seria capaz de aparatar naquele momento em Londres para buscar a filha – Lalaine também é minha filha e tem direito de ficar comigo.
- Mas o juiz disse para ela ficar comigo e é aqui mesmo que ela vai ficar! – respondeu, começando a gritar – Não vou proibi-la de vê-la, mas eu quero estar por perto para garantir que você não vai fugir com a minha filha.
- Como você tem coragem de dizer uma coisa dessas? – perguntou com algumas lágrimas já caindo pelos seus olhos – Eu nunca faria algo ilegal dessa maneira, é claro que eu a mandaria de volta.
- Mesmo assim, eu quero que ela passe o natal aqui comigo! – respondeu de maneira calma – Vamos para Toca e ela está doida para brincar com os primos lá.
- Eu ainda não concordo com o que você está fazendo! – começou a gritar mais uma vez – E você não tinha direito de não matricular a minha filha em nenhuma escola, ela precisa estudar.
- Acho que quando o juiz ordenou que ela ficasse comigo queria dizer que eu também cuidaria da sua educação – respondeu, mesmo que Hermione não o estivesse vendo, tinha certeza de que ele estava sorrindo vitorioso – Ela vai para uma escola: Hogwarts, quando estiver com 11 anos.
- Você é desprezível! – estava a beira das lágrimas – Será que eu posso, pelo menos falar com a minha filha?
- Não! –respondeu simplesmente – Eu não quero que você fale com ela nervosa desse jeito, outro dia quando você estiver mais calma, talvez eu deixe.
- Você não vai ficar com ela por muito tempo! – gritou com toda a força que puder – Vou trazê-la de volta para Nova York e você não vai vê-la nunca mais – completou antes de desligar o telefone.
Sentou-se no sofá e começou a chorar, o moreno foi tentar consolá-la, embora estivesse triste também.
- Fica calma Mione! – ele disse passando a mão pelas costa dela –Tudo isso vai acabar muito em breve.
Aquele foi o natal mais triste de todos na casa da família Potter, quase não ouve comemoração (fizeram uma pequena ceia por insistência dos pais da morena) e depois foram dormir cedo.
Em abril receberam a excelente noticia de que a filha de Draco e Gina havia nascido e estava forte e saudável, quando falaram com a ruiva pelo telefone descobriram que a menina se chamaria Michele e que tinha os cabelos iguais aos da mãe e os olhos do pai.
Logo chegaram as férias de verão novamente, Hermione nem acreditava que já fazia um ano que sua vida havia virado todo de cabeça para baixo. Ela estava na sala assistindo televisão e dando mamadeira para Chelsea e Thales estava sentado ao seu lado, quando Harry entrou na casa.
- Oi meu amor! – a morena disse quando o marido chegou perto dela e deu um selinho leve em seus lábios – Conseguiu as passagens.
- Sim! - respondeu, colocando a mão no bolso do paletó para pegar alguma coisa.
- Para onde vamos! –o garoto que estava prestando atenção na conversa, perguntou.
- Para Londres! – os dois responderam ao mesmo tempo.
- Eu não quero ir! – ele respondeu – Da última vez que fomos a Lalaine ficou por lá, eu não quero que outra pessoa também não volte para casa.
- Mas dessa vez vai ser diferente! – o moreno disse, se sentando ao lado do filho – Nenhum de nós vai voltar para cá.
- Como assim? – os outros dois perguntaram.
- Consegui uma transferência para Londres! – disse, calmamente – Assim que chegarmos lá começaremos a procurar um apartamento, mas por enquanto, acho que seus pais não se importam de que fiquemos lá.
- Isso é maravilhoso meu amor! – ela disse, se levantando para subir as escadas.
Os resto do dia foi totalmente alegra, arrumaram todas as coisas para poderem viajar no dia seguinte. Mas tarde, Hermione havia posto os filhos para dormir e entrava no seu quarto, onde Harry já estava se preparando para dormir.
- Eu ainda não acredito que vamos morar em Londres de novo! – ela disse deitando na cama ao lado do marido – Poderemos ficar bem perto da Lalaine e garantir que a Luna não faça nada com ela (souberam Por Gina que a loira não gostava muito da enteada e que não dava a mínima atenção para ela, Rony parecia não perceber isso)
- Exatamente isso que eu pensei! – ele respondeu – Morando na Inglaterra poderemos reabrir o processo de pedido de guarda.
- Você é mesmo maravilhoso! – a morena disse, dando um selinho no marido – É por isso que eu te amo.
- Maravilhosa é você – respondeu antes de beijá-la novamente.
No dia seguinte acordaram muito, diferente do verão anterior, todos estavam muito felizes por voltar Londres.
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