No tribunal



Era uma manhã de segunda-feira, Harry e Hermione acordaram muito cedo para irem ao tribunal como mandava a carta que receberem há algumas semanas. Passaram grande parte do tempo elaborando uma maneira de ganhar aquele caso e já tinha a estratégia perfeita.
Param o carro no estacionamento que ficava em frente ao lugar onde deveriam ir. Quando o moreno olhou para a esposa, viu que ela estava um pouco nervosa e que amassava sem parar um papel que estava em sua mão.
- Temos a estratégia perfeita, meu amor! – disse, segurando a mão dela – Não precisa ficar nervosa!
Hermione olhou para ele e sorriu.
- Eu sei disso! – respondeu, retirando o cinto de segurança – Só acho que não estou pronta para ver o Rony depois de tudo que aconteceu.
- É só você não demonstrar que ficou abalada! – disse, depois de dar um selinho na morena.
Caminharam pela escadaria que leva até a porta e se informaram aonde era o tribunal que deveriam ir. Quando chegaram no lugar informado, encontraram Rony e Luna que estavam parados na frente da porta que ainda estava fechada.
- Bom dia – a loira foi a primeira a falar.
- Bom dia, Luna! – Hermione disse logo em seguida, se sentando em um banco que ficava bem longe do outro casal.
Assim que o moreno se juntou a ela, a porta se abriu e um homem vestido de beca (que todos imaginaram ser o juiz).
- Senhora Hermione Potter e senhor Ronald Weasley! – ele disse, lendo um papel que estava em suas mãos.
Assim que ouviu o seu nome, a morena logo se levantou. O juiz mandou que todos o seguissem.
A sala tinha apenas uma mesa com cinco cadeiras (duas de cada lado e uma última que se encontrava na cabeceira), depois que todos se acomodaram em seus lugares, o juiz começou a falar.
- Nós estamos aqui para discutir com quem deve ficar a guarda da menor Lalaine July Potter! – começou a falar – O senhor Weasley, que é o pai, deseja que a menina vá morar com ele?
- Exatamente! – o ruivo respondeu.
- Será que alguém teria a certidão de nascimento da criança? – perguntou novamente.
- Aqui está! – Hermione disse, entregando o papel.
Ele observou, atentamente o papel durante alguns minutos, depôs voltou a olhar todos os presentes.
- Segundo diz aqui, o pai dela é o senhor Harry James Potter! – disse – Ele também está aqui?
- Sim! – o moreno respondeu – Sou eu!
- Mas ele só a registrou, ela na realidade é minha filha! – Rony disse, com um tom de voz um pouco alto – A Hermione pode confirmar.
- Isso é verdade senhora Potter? – ele perguntou.
- Sim! – a morena respondeu, com a cabeça, sem encarar Luna, que estava na sua frente.
- De qualquer maneira, terei que pedir um exame de DNA – disse, se levantando da cadeira – Isso é tudo, voltem aqui quando tiverem com todos os papeis que comprovem o que estão falando.
- É um absurdo! – o ruivo disse, se levantando da cadeira, muito irritado – Ela é minha filha sim!
- É a sua palavra contra a da lei senhor Weasley! – o homem disse – Se você tem tanta certeza do que diz, não precisa ficar com medo de fazer o exame – completou, antes de desaparecer atrás da porta.
Rony bufou de raiva e começou a andar em direção a saída. Luna se levantou e correu atrás do marido.
- Fica calmo, meu amor! – ela disse, passando a mão pelo ombro do homem – É só uma questão de tempo até confirmamos isso.
- Saia de perto de mim! – disse, empurrando a loira e saindo em seguida.
A mulher olhou para o outro casal e depois foi para o mesmo lugar que o marido foi.
- Tenho certeza de que tudo vai dar certo! – Harry disse, sorrindo – Mesmo esse exame confirmando que a Lalaine é filha do Rony, ainda teremos tudo ao nosso favor.
- Nós a criamos! – a morena já estava com algumas lágrimas se formando no canto do olho – Acho que nenhum juiz no mundo seria capaz de tirar uma criança de seis anos de perto da mãe.
Ele a beijou e depois os dois saíram do local e foram diretamente para casa.
Um pouco mais tarde naquele mesmo dia, Hermione resolveu ligar para o ruivo e resolver quando iriam fazer o exame que o juiz exigiu. Combinaram de ir até o laboratório no sábado de manhã.
No dia combinado, o casal de morenos e seus três filhos foram até o laboratório. Quando chegaram lá ficaram na sala de espera até que fossem chamados.
- Por que eu preciso fazer esse exame? – a menina mais velha perguntou, sentada no colo do pai.
- Porque foi pedido! – ele respondeu, mesmo que ela já soubesse de toda a verdade, não era fácil explicar o que era um exame der DNA para uma menina de seis anos.
- Mas nem a Chelsea nem o Thales precisam fazer! – ela disse fazendo cara de triste – Eu estou com medo!
- Você não precisa ter medo, meu bem, estaremos lá com você! – Hermione disse, segurando a mão da filha.
Nesse momento, Rony e Luna entraram no local, olharam para o outro casal e se sentaram sem nem ao menos cumprimentá-los. Não demorou muito para que eles fossem chamados, o ruivo se levantou pedindo que a esposa o aguardasse do lado fora, assim que Lalaine se levantou Hermione fez um gesto de que iria acompanhá-la até o local do exame, mas a menina logo a interrompeu.
- Eu quero que o meu pai vá comigo! – ela disse, se virando para onde Harry estava sentado.
- Está bem! – a morena disse, um pouco contrariada, sempre era ela quem acompanhava os filhos quando iam ao médico, não o marido.
O homem se levantou e acompanhou a menina que andava até onde o médico os esperava.
Assim que a porta se fechou, Hermione voltou a folhear a revista e sua mão.
- Eles vão demorar muito? – o menino ao lado da mãe, perguntou.
- Acho que não! – ela respondeu.
Nesse momento, Chelsea começou a chorar, retirou a menina do carrinho e começou a fazer movimentos de niná-la.
- Está tudo bem, mamãe está aqui! – ela dizia no ouvido da filha, o que fazia com que ela parece de chorar.
Luna observava tudo atentamente de repente seus olhos se encheram de lágrimas e ela os limpou antes que alguém pudesse ver.
- Você realmente cuida muito bem dela! – a loira falou, depois que a outra mulher colocou a filha de volta no carrinho.
- Sim é verdade! – respondeu.
A outra se levantou e sentou-se ao lado de Hermione, que estranhou a atitude, pois as duas não se falavam desde que a loira descobriu a verdade sobre Lalaine.
- Passei quase um ano depois que me casei tentando engravidar – começou a falar – Foi então que decidi ir ao médico e ele me deu a pior noticia da minha vida, que eu não podia ter filhos – continuou, já com lágrimas nós olhos – Fiquei com medo de contar a verdade para o Rony, mas ele me deu toda a força do mundo, ele realmente me ama.
- E sinto muito Luna! – a morena disse – Acho que ficaria da mesma maneira se fosse comigo.
- A senhora Weasley sugeriu que nós adotássemos uma criança, eu adorei a idéia, mas Rony nunca aceitou isso, dizia que se a natureza não queria que tivéssemos uma criança, não podíamos fazer nada – continuou a falar, como se não tivesse sido interrompida – Ainda não entendo como eu não consigo dar um filho para o meu marido e uma qualquer consegue fazer isso com tanta facilidade.
A morena ia responder, mas antes que pudesse fazer isso, a outra se levantou e foi em direção a lanchonete que havia no local.
Enquanto isso, os dois homens e a menina estavam na outra sala. O primeiro de quem foi retirado o sangue foi Rony, em seguida o médico se dirigiu a Lalaine sorrindo.
- Vai doer muito, papai? – ela perguntou.
- Você só vai sentir uma picadinha! – respondeu – Mas eu estarei aqui do seu lado! – completou, segurando a mão dela.
A menina fechou os olhos e apertou mais a mão do pai, depois que o médico retirou a agulha do se braço, ela sorriu e se levantou da cadeira.
- Não doeu nada mesmo! – disse, se encaminhado até a porta.
Logo depois foram embora para casa, teriam que aguardar mais três dias até que o resultado ficasse pronto.
Rony havia combinado de ir pegar o exame, disse que queria se o primeiro a ver.
Naquela quarta-feira, Harry resolveu sair para levar os filhos ao zoológico. Como seus pais tinham ido trabalhar, Hermione ficou sozinha em casa com Chelsea, que naquele dia estava com um pouco de febre.
Depois que conseguiu fazer a filha dormir, a morena resolveu ir até a biblioteca ler um livro, mesmo que soubesse que não teria muito tempo de sossego. Ela estava certa, mas não foi a menina que incomodou, cerca de vinte minutos depois que chegou ao aposento, a campainha tocou e a mulher levantou com muita raiva de quem quer que tenha chegado, sua leitura estava muito interessante.
Quando chegou em frente a porta, a abriu e encontrou Rony sorrindo com um papel na mão.
- Você estava certa! – ele disse, entrando na casa, sem ser convidado – Ela é mesmo minha filha.
- E você ainda tinha alguma duvida disso? – perguntou com um tom de sarcasmo – Sabe muito bem que esse exame era só burocracia.
- Eu não podia ter 100% de certeza, Hermione querida! – respondeu, sentando-se no sofá – Quem me garante que você não passou a noite com outros homens além de mim.
- Você nunca poderá duvidar da minha fidelidade por você! – respondeu – Eu ta amava, nunca iria traí-lo.
- Está certo, mas eu estou aqui para te fazer uma proposta! – ele disse – Eu esquecerei de todo o processo de guarda da nossa filha, se você aceitar de encontrar comigo todas as vezes que vier a Londres – disse, se aproximando da mulher e tentando abraçá-la.
- Eu nunca aceitaria isso de novo – disse indo em direção a porta da saída e a abrindo – Amo o meu marido e você nunca conseguirá nada, nem a mim, nem a minha filha.
- Ótimo! – ele disse, andando até a porta que a morena ainda segurava – Te vejo no tribunal.
Nesse momento, ela fecha a porta na cara do ruivo, não tinha mais a menor vontade de ler o livro, foi até o seu quarto e tomou um banho.
Em menos de uma semana, outra carta os convocando para ir ao tribunal chegou na casa do Grangers. Dessa vez, o cenário era um pouco diferente, além das mesas em que eles ficariam e da do juiz, também tinha lugar do júri. Assim que o juiz entrou no local, começou a falar.
- Agora que está confirmado que o senhor Ronald Billius Weasley é, de fato, o pai biológico da menor Lalaine July Potter, poderemos dar seguimento com esse julgamento – ele disse – Os dois terão direito de se defenderem – continuou – Pode começar, senhora Potter.
Hermione levantou-se da cadeira e começou a falar, estava um pouco nervosa, mas se lembrava exatamente de tudo que Harry havia dito para ela. Contou nos mínimos detalhes como o relacionamento entre ela e Rony começou e tudo que aconteceu durante todos os anos que ficaram se encontrando em segredo, incluindo a primeira gravidez e o aborto.
- Isso é tudo, senhora Potter? – o juiz perguntou.
- Sim! – ela respondeu, com algumas lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
- É tudo mentira! – Rony falou – é verdade que nós três moramos juntos durante um tempo, mas eu nunca iria me encontrar com outra enquanto a minha namorada estava estudando.
- Então por que não nos conta a sua versão, senhor Weasley – ele disse, ficando um pouco impaciente.
- Está certo! – respondeu, se levantando e começou a falar.

*versão do Rony*
O ruivo estava sentado em sua casa lendo um livro, se casaria em poucos dias, estava muito feliz por, finalmente poder formar uma família com a mulher que amava. Levantou-se para pegar um copo de suco de abóbora na cozinha e quando retornou, ouviu a campainha tocar. Correu para atender e encontrou uma morena de cabelo cacheados e presos em um coque, ela estava sorrindo muito.
- Oi Mione! – ele disse, deixando que a amiga entrasse.
- Oi Rony – respondeu, sentando-se no sofá e cruzando a pernas de modo que ruivo pudesse ver boa parte delas, já que Eça estava com uma saia extremamente curta.
- O que traz você aqui? – ele perguntou, sentando-se ao lado da morena, que se aproximo mais dele.
- Eu só fiquei com vontade de visitar um dos meus melhores amigos – ela respondeu – Não vai me oferecer algumas coisa para beber.
Ele se levantou, esquecendo-se do seu copo que tinha ficado na mesa de centro da sala.
Voltou minutos depois com um copo de suco de abóbora e entregou para a amiga ela se levantou, ficando em frente a ela.
- Vamos fazer um brinde! – ela disse, erguendo o seu copo.
- E qual é a ocasião? – ele perguntou, só então segurando seu copo, novamente.
- Ao seu casamento! – respondeu – Que você e Luna sejam muito feliz.
Eles encostaram os copos um no outro, levemente, e depois beberam todo o conteúdo.
Sentaram-se no sofá e ficaram conversando, Rony não sabia por que, mas Hermione parecia mais atarante aos seus olhos naquele momento e sentiu uma vontade enorme de beijá-la.
Foi se aproximando dela lentamente até que seus lábios se tocaram, o beijo começou calmo, mas logo ficou mais intenso e antes que percebessem já estavam a caminho do quarto do ruivo.
Quando ele acordou no dia seguinte, sua cabeça doía muito, seu espanto foi maior quando encontrou Hermione deitada ao seu lado, ela abriu os olhos lentamente e sorriu para ele.
- Bom dia meu amor! – ela disse, ainda sorrindo.
- Você ficou maluca, Mione! – ele disse, se levantado da cama – Sabe que eu vou me casar com a Luna.
- Não era isso que parecia ontem à noite – disse – Você parecia me querer.
De repente, flashes da noite anterior passaram por sua mente, ele não podia acreditar que havia traído Luna.
- Acho melhor você ir embora Mione! – disse, ainda muito atônito com tudo que aconteceu – Isso está ficando muito estranho.
- Está bem! – e com um aceno da sua varinha, se vestiu e começou a andar em direção a porta do quarto – Me liga! – disse, dando um rápido selinho nele e indo embora.
Rony ficou pensando em tudo que aconteceu e decidiu que não contaria nada para Luna, havia sido um pequeno acidente e ela não precisava se aborrecer com uma bobagem dessas dias antes do seu casamento.
A cerimônia aconteceu sem nenhum problema e no mesmo dia eles saíram em lua de mel para Paris, voltaram duas semanas depois mais feliz do que nunca. No primeiro dia do casal em Londres, Luna resolveu fazer umas compras no beco diagonal junto com Gina. Deixando o ruivo sozinho em casa, ele estava terminando de desarrumar as malas quando ouviu o som da campainha, pensou que fosse a esposa que havia esquecido a chave, mas viu que estava enganado quando encontrou Hermione.
- A Luna está em casa? – ela perguntou, entrando no apartamento sem ser convidada.
- Não, ela saiu! – respondeu, seguindo a amiga.
- Ótimo, preciso falar com você a sozinha – disse, se virando para encarar o homem a sua frente.
Os dois continuaram a se encarar por alguns minutos, o ruivo não se sentia confortável perto daquela mulher desde aquela noite que, “acidentalmente”, passaram juntos.
- Eu estou grávida! – disse de uma vez – E acho que nem preciso dizer quem é o pai.
Ele continuou a encará-la sem emoção, não estava acreditando no que tinha acabado de ouvir.
- Acho que você sabe exatamente o que precisa fazer! – continuou a falar – Separe-se da Luna e fique comigo.
- Eu não posso fazer isso, eu amo a minha esposa! – foi a primeira coisa que ele disse depois de minutos.
- Deveria ter pensado nisso antes de dormir comigo! – Hermione disse com um sorriso sarcástico – Se não fizer isso, eu vou contar para a Luna e vai ser muito pior.
- Por favor, Mione, vamos ser racionais! – o ruivo disse – Essa noite não significou nada para nenhum de nós dois, eu assumirei todas as responsabilidades dessa criança mesmo que não estejamos juntos.
- Eu te amo Ronald, e essa noite significou tudo para mim – moreno respondeu, passando a mão pela barriga – Se você não quiser ficar comigo, eu tiro essa criança.
- Você não pode tirar a vida de uma criança inocente! – ele disse, segurando o braço dela – Leve essa gravidez até o fim e dê essa criança para eu e Luna criarmos.
- Nunca! – ela disse, gritando – Eu não tive todo aquele trabalho de te dar uma porção do amor para sair perdendo nessa – continuou falando – Você é quem vai sair perdendo – completou, antes de ir embora, muito enfurecida.
Rony ficou muito chocado com as revelações da amiga, nunca pensou que ela fosse capaz de dar uma poção do amor para alguém. E ainda estava muito preocupado com a ameaça que ela tinha feito, o que aquela mulher seria capaz de fazer?
*fim da versão do Rony*

- Algumas semanas depois soube que ela e o Harry tinham se casado e mudado de país – ele continuou a falar – mas nunca deixei de pensar nessa criança nenhum minuto, não tinha idéia de como ela estava, ver a minha filha há algumas semana naquele almoço, foi um grande alívio para mim.
- Isso é mentira! – Hermione se levantou e começou a gritar, seu rosto estava vermelho de tanto chorar – Nada disso aconteceu, como ele tem coragem de mentir dessa maneira.
- Por favor, acalme-se senhora Potter, já teve o seu momento de falar – o juiz disse, na mesma hora em que Harry fazia a esposa se sentar novamente e pedia para ela se acalmar – Tem mais alguma coisa para dizer, senhor Weasley?
- Não! – disse, sentando e se divertindo muito com o descontrole da morena – É tudo que eu tenho a dizer.
- Agora o júri tem um tempo para decidir com que a menor Lalaine July Potter deve ficar – o homem disse – Assim que vocês tiverem sua decisão podem retornar.
O grupo de pessoas que assistiam a seção se dirigiram a uma porta que ficava na lateral da sala que estavam, em seguida esta foi fechada.
- Eu estou nervosa! – Hermione disse, depois de se acalmar um pouco e, ainda sim, continuando a segurar a mão do marido.
- Eu sei! – ele disse – Mas você não pode se desconcertar todas as vezes que o Rony contar uma mentira, no final o certo será decidido.
- Mas está demorando muito! – ela disse – Será que eles não voltam nunca.
- Acalme-se meu amor! – o moreno disse – Só faz dez minutos que eles foram para lá.
Hermione espantou-se com o que acabara de ouvir. Só dez minutos? Parecia que tinha sido, no mínimo uma hora. Nesse momento uma pessoa do júri entra no local e se aproxima do juiz com um papel na mão.
- O júri já chegou a uma decisão! – ele disse abrindo o papel que estava em sua mão e começando a lê-lo.
Hermione começou a ficar mais nervosa do que já estava e apertou a mão do marido com mais força.
- Decidiram que a menor Lalaine July Potter – começou a falar, lendo o que estava escrito no papel – Deve ficar com o seu pai biológico, Ronald Billius Weasley!
- Não! – a morena gritou, parecia que o chão embaixo de si havia desabado, estavam tirando a sua filha dos seus braços – Vocês não podem fazer isso comigo, ela é minha filha, eu a criei!
- Acalme-se senhora Potter! – o homem disse – Essa é a sentença final, não há nada que se possa fazer.
Harry se aproximou da esposa e tocou em seus ombros, ela virou de frente para o moreno o abraçando e começando a chorar novamente.
- Eu passo amanhã bem cedo para buscar a minha filha – o ruivo disse, antes de ir embora com um sorrido triunfante nos lábios.
- Vamos embora Mione! – ele disse a ajudando a se mover, parecia que tinha perdido toda a força das pernas – Ainda temos que conversar com a Lalaine.
O caminho para casa foi feito em total silêncio, nenhum dos dois tinha a mínima vontade de conversar. Quando colocaram os pés em casa, o senhor e a senhora Granger estavam sentados no sofá juntamente com os netos, estavam ansiosos para saber como foi tudo. Assim que o casal entrou no lugar, os outros dois se apressaram em levantar.
- Então, como foi? – senhor Granger perguntou.
Hermione não conseguiu dizer uma palavra, apenas voltou a chorar e subiu correndo as escadas, o casal ao ver isso, perceberam que as notícias não eram bobas.
- Lalaine será que nós dois podemos conversar? – Harry disse, se aproximando da filha.
- Claro papai! – ela disse, se levantando do sofá e subindo junto com ele as escadas.
Foram até o quarto que a menina dormia durante sua estadia na casa dos avós. O moreno ficou um pouco nervoso, não sabia como iria falar aquilo para a menina.
- Bom Lalaine, você se lembra que uma vez sua mãe te disse que você tinha outro pai além de mim? – menina respondeu balançando a cabeça afirmativamente – Umas pessoas decidiram que seria melhor que você vivesse com ele.
- Quer dizer que eu não vou mais poder viver com você, minha mãe e os meus irmãos? – ela perguntou, parecendo muito triste com isso.
- Sim, mas você não precisa ficar triste por isso! – ele disse se sentando na beirada da cama e puxando a menina para o seu colo – Você continuará a nós ver.
Ela parecia ter ficado um pouco mais feliz com isso.
- É por isso que a minha mãe está triste? – ela perguntou.
Harry se espantou, não acreditava que a ela conseguisse reparar tanto.
- É sim! – respondeu por fim.
Depois de deixar o quarto da filha, o moreno seguiu para o seu próprio quarto. Lá ele encontrou a esposa deitada na cama e chorando muito.
- Por favor, Mione, não chore! – ele disse.
A mulher se levantou e passou a encarar o marido.
- Como você quer que eu fique? – perguntou de um modo sarcástico – Ele conseguiu o que queria, tomou a minha filha de mim. Ele não tinha o direito de fazer isso.
- Eu sei Mione! – disse, a abraçando de maneira protetora – Mas você tem que pensar que nós dois ainda temos mais dois filhos e eles precisam muito de você – explicou, passando a beijar o pescoço da morena – E Lalaine ainda está aqui, você não quer que ela veja a mãe triste antes de ir embora.
- Você está certo! – ela disse, forçando um meio sorriso – Eu não vou me abalar.
Eles desceram para a sala, onde decidiram não tocar mais nesse assunto durante aquele dia.
O café da manhã do dia seguinte foi muito silencioso, quando Hermione terminou de comer sua torrada e tomar o seu café, ela se levantou da mesa.
- Você já terminou de comer? – perguntou para sua filha mais velha.
- Sim! – ela disse, também se levantando da mesa.
A morena subiu junto com a menina e foi ajudá-la a se arrumar, as malas já estavam no andar debaixo só a espera de que Rony fosse buscá-la.
- Espero que você se comporte direitinho na casa do seu pai! – ela disse, enquanto fazia um rabo-de-cavalo no cabelo da filha.
- Mãe! – a menina de repente disse – Eu vou ter chamá-lo de “pai”!
- É claro que sim, minha filha – ela respondeu – Ma isso não impede que você também chame o seu pai assim, agora você tem dois.
A menina sorriu, essa idéia parecia ser legal.
- Quando eu vou ver vocês de novo? – ela perguntou.
- Vou perguntar se seu pai deixa você ir passar o natal em Nova York conosco – a morena disse, a gora colocando a meia nos pés da garota – Gostou da idéia?
- Sim! – ela disse.
Terminou de arrumá-la e, por fim. Colocou a mochila em suas costas.
- Espere! – ela disse, quando estavam se preparando para sair do quarto.
- O que foi Lalaine? – a mulher perguntou, era sempre assim, ela sempre esquecia algo.
A menina se virou para mãe e a abraçou com muita força;
- Eu te amo Mãe! – ela disse.
Hermione não disse nada, apenas aproveitou esse momento, deixando que algumas lágrimas escorressem livremente pelo seu rosto.
A campainha no andar debaixo tocou e quando Harry foi atender, para sua surpresa, não era o ruivo que estava lá, e sim Luna.
- Bom dia! – ela disse.
- Bom dia! – ele disse, ainda sem entender nada.
- Rony teve uns problemas para resolver no ministério e pediu para eu vir buscar a Lalaine – disse, vendo a cara de duvida do homem a sua frente.
- A Hermione já vai trazê-la, só está terminando de arrumá-la – o homem disse.
Nesse momento eles ouvem passos vindos da escada. Hermione a Lalaine estavam descendo.
- Acho que já podemos ir – a loira falou – Harry, será que você pode me ajudar a colocar a mala no carro?
Ele pegou a mala que estava no chão e começou a andar com ela em direção a saída.
- Estaremos voltando para Nova York em breve – a morena disse para a outra mulher que pegava o braço da menina e ia andando pelo mesmo caminho que o de olhos verdes – Assim que chegarmos lá, mandaremos o resto das coisas dela.
- Não será necessário – ela disse – Ronald e eu montamos um quarto novo para ela.
Caminharam até onde o carro estava estacionado, o moreno terminava de colocar a bagagem no porta-malas.
- Estamos indo! – a loira disse, abrindo a porta do banco de trás para que Lalaine pudesse entrar.
- Tchau Mãe! Tchau Pai! – a menina disse abraçando os dois ao mesmo tempo, antes de entrar no carro.
- Por favor, Luna, cuida dela como se fosse sua própria filha! – a morena disse.
- Eu não posso ter filhos, Hermione! – responde, entrando, em seguida no carro e começando a se mover.
Harry e Hermione observaram o automóvel até que ele sumisse na curva do fim da rua. Entraram em casa depois disso.

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