A carta de Lúcio Malfoy
Capítulo 22: A carta de Lúcio Malfoy
No decorrer dos dias, os times da Grifinória e Corvinal treinavam rigorosamente no campo de quadribol, para a partida que se aproximava rapidamente.
Quanto a Isabella, bem, falava apenas com Draco. Afinal, praticamente a escola inteira a rejeitava. Até os professores pareciam esquecer que a garota estava presente na sala de aula.
- Como se isso fosse algo realmente importante. – comentou Isabella quando Draco tocara no assunto.
- Não está nem um pouco chateada? – perguntou o loiro observando-a atentamente.
- Não. Eu não ligo. Estou acostumada com as pessoas me virando as costas. – resmungou ela.
- Eu nunca lhe dei as costas. E nunca darei. – disse Draco acariciando o cabelo de Isabella carinhosamente.
- Assim eu espero.
***
Na manhã do dia 11 de março, todos estavam no campo de quadribol assistindo a partida entre Grifinória e Corvinal. O time da casa dos leões estava perdendo por dez pontos.
A partida durou trinca e cinco minutos. Grifinória vencera por 320 à 80 da Corvinal. Harry Potter havia feito uma pegada e tanto.
No jantar daquela noite...
- Por favor, peço-vos que prestem atenção agora. Quero informar-lhes que o conselho da escola decidiu que não há risco algum em relação as visitas à Hogsmeade. Sendo assim, a terceira visita ao povoado será no dia 29 de março. Obrigado pela atenção.
Os alunos começaram a cochicar, alguns diziam que não cometeriam a loucura de ir para Hogsmeade, outros ficaram realmente empolgados e logo começaram a combinar o roteiro.
Isabella virou-se para Draco.
- Eu não vou. – murmurou ela seriamente.
- Se você não for eu também não vou. – sussurrou ele de volta e em seguida deu um selinho rápido em Isabella.
***
Enquanto isso, na Mansão Riddle...
Voldemort aguardava Lúcio em seu escritório. Ouviu a porta abrir.
- Sabe que não tolero atrasos, Malfoy. – disse Voldemort friamente após constatar que a porta estava fechada.
- Estava no Ministério, Milord.
- Convenceu o conselho a liberar as visitas à Hogsmeade?
- Sim, milord. Será no dia 29.
- Perfeito.
Voldemort sentou-se em sua poltrona e fitou Lúcio com aquele par de olhos de íris avermelhadas.
- Tem mais uma coisa que desejo que você faça.
- E o que é, milord?
- Quero que escreva uma carta.
- Para quem? – perguntou Lúcio já receando a resposta.
- Para nossa querida Isabella Lestrange. – disse Voldemort maldosamente.
Lúcio engoliu o seco.
- O que quer que eu escreva?
- Ordene que ela vá ao Bosque da Perdição...
- Perdão, milord, mas decido aos acontecimentos da primeira visita, creio que ela não irá...
- ... pois se ela não comparecer eu farei questão de matar a madrinha querida dela. – continuou Voldemort.
Lúcio parara de falar imediatamente. Estava entre a cruz e a varinha.
- Malfoy...estou esperando.
Aquilo não deixava Lúcio raciocinar direito. Ele ouviu Voldemort sussurrar um feitiço. Em seguida sentiu o feitiço atingi-lo.
- Sente-se a mesa Malfoy. – ordenou a voz de Voldemort em sua mente.
Lúcio obedeceu. Em seguida, Voldemort ordenara que ele escrevesse uma carta para sua afilhada. Por não estar com a mente vazia, Lúcio não conseguia controlar a si mesmo.
Viu-se escrever a carta para Isabella enquanto ouvia a gargalhada sinistra de Voldemort...
***
No café da manhã do dia seguinte, Isabella e Draco foram para o Salão Principal. Acomodaram-se na mesa da Sonserina e começaram a se serevirem.
Logo o correio-coruja chegou. Isabella estava conversando distraída com Draco sobre uma matéria que saíra no Profeta Diário quando uma coruja deixara cair um pergaminho em seu colo.
Isabella pegou o pergaminho e fitou-o atentamente.
- Deve ser da minha mãe. – disse Draco.
- Não...ela me escreveu ontem. – comentou Isabella pensativa.
- Não pode ser do meu pai. Ele só usa pergaminhos negros, e este aí é um pergaminho comum. – disse Draco.
Isabella desenrolou o pergaminho e começou a ler. Reconhecera a caligrafia de Lúcio.
“Cara Isabella,
Estou ciente da próxima visita à
Hogsmeade.
Por favor, venhos nos encontrar no
lugar de sempre.
Não irá acontecer nada de ruim
se você cumprir o que lhe foi ordenado.
Atenciosamente,
Lúcio Malfoy.”
- Engano seu Draco... é do meu padrinho. – murmurou Isabella.
Draco leu a carta duas vezes.
- O que você fará? – perguntou ele baixinho.
Isabella olhou ao seu redor, constatou que ninguém estava prestando atenção neles.
- Se Lúcio está pedindo...eu irei. – murmurou ela discretamente.
- E quanto...ao plano? – perguntou Draco num sussurro.
- Não irei cumpri-lo.
- Mas...você e o cicatriz não estão mais se falando...pensei que...bem...você iria levá-lo dessa vez.
- Não Draco. Não irei levá-lo. Mesmo na...atual...situação.
Draco assentiu com a cabeça e observou Isabella jogar o pergaminho no copo vazio.
- Vai fazer o que? – perguntou ele.
- Queimar... – respondeu ela enquanto puxava a varinha e apontava para o pergaminho. – Incendium! – exclamou ela baixinho.
Em poucos segundos o pergaminho havia virado cinzas...
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