Perdendo o controle



Capítulo II – Perdendo o controle

- Boa noite, primeiro ministro, Sra. Weasley. – Hermione se vira para retribuir a mais este cumprimento, mas seu sorriso desaparece no mesmo instante em que encara os olhos verdes da pessoa que havia falado olhos estes que ela conhecia tão bem, mas fazia dez anos que não via.

Hermione era incapaz de pronunciar uma única palavra, apenas encarava o homem a sua frente perplexa com a mente sendo invadidas por lembranças há muito tempo esquecidas.

Um silêncio constrangedor predominava entre o trio, Ron havia cumprimentado o convidado como cumprimentaria qualquer outro. No entanto, para Hermione fingir felicidade naquele momento era uma tarefa impossível, ela se sentia feliz por ver Harry novamente, mas aquele homem a sua frente era totalmente diferente do seu ex-melhor-amigo e ela definitivamente não estava preparada para reencontrá-lo, não daquela maneira, não naquele momento.

- Meu amor, não irá cumprimentar o Sr. Potter? – Ron diz a tirando de seus devaneios e ela percebe que Harry está ali apenas por alguma questão relacionada a negócios ou a política, pois Ron o trata formalmente.

- Boa noite Sr. Potter. – Hermione o cumprimenta.

- Boa noite Sra. Weasley. É um prazer revê-la. – Harry diz beijando-lhe a mão, mas com um sorriso irônico, para Hermione aquele sorriso era devido ao fato dela ter parecido tão submissa ao cumprimentá-lo, acatando ao pedido de Ron. Ela odiava aquele sorriso, ela odiava aquele porte arrogante, ela odiava aquele “novo” Harry.

- Seja bem-vindo à nossa casa Sr. Potter e aproveite a festa. Preciso me retirar, tenho que dar atenção aos outros convidados. Espero que não se importe? – Hermione diz fingindo o melhor sorriso que era capaz de fingir naquele momento.

- De maneira alguma, Sra. Weasley. – Harry diz sorrindo também.

Hermione se retira e desfaz o sorriso falso que ainda mantinha, vê um garçom e pega uma taça de vinho.

- “O que Harry esta fazendo aqui? Por que ele voltou? Negócios com Ron? Por que Ron não comentou nada? Podia ao menos ter falado ‘nosso ex-melhor-amigo virá para festa, por isso o trate bem’ seria tão simples. Mas não! Eu sou a última a saber das coisas que acontecem na vida do Ron.” – pensando nisso Hermione bebe uma grande quantidade de vinho com uma expressão furiosa e inconformada.



Para Ron aquela festa estava apenas começando, mas para Hermione ela já havia acabado há muito tempo, ela não suportava mais fingir-se interessada pelas novas tendências de inverno, pelos desfiles beneficentes, pela Sociedade das Mulheres Bruxas (um bando de peruas que não tinham nada para fazer, em sua opinião), pela loja de roupas inaugurada recentemente no Beco Diagonal, etc. Ela não suportava mais ter que procurar Harry por todo o local e vê-lo sempre sorrindo e quase sempre na companhia de belas mulheres (ela não queria olhá-lo, mas parecia que este a perseguia), também estava cansada de ver Ron sempre conversando alegremente enquanto ela não suportava mais ter que fingir sorrisos magníficos.

Por tantos motivos que a desagradavam, neste momento ela se encontrava isolada de todos os convidados, sentada no balcão da cozinha, bebendo mais uma taça de vinho. Quantas taças já havia bebido? Nem ela sabia. O fato é que não gostaria de estar vivendo aquele dia horrível.

- Sra. Weasley? – Marie, a governanta da casa, que trabalhava com o casal Weasley desde a época de recém casados e por quem Hermione tinha um carinho especial, a chamou. – Posso mandar servir o jantar?

- Espere alguns minutos Marie. Ron está entretido numa conversa com alguns possíveis aliados políticos e não quero atrapalhá-lo. – Hermione tenta sorrir, mas apenas sorri pelo canto dos lábios.

- Sim senhora. – Marie ia se retirar, mas não o faz e Hermione olha para ela. - Parece triste.

- Não se preocupe. Só estou desanimada para uma festa como essa.

- Tudo bem. Com licença.

Hermione assente com a cabeça e Marie se retira para supervisionar o trabalho dos cozinheiros e garçons deixando Hermione novamente solitária.

Alguns minutos se passam e Hermione decide voltar para a festa. No entanto, quando seguia por um corredor esbarra em alguém e quase cai, sendo salva por braços que lhe seguram rapidamente.

- Desculpe, não sei onde estava com a cabeça. – Hermione fala ainda se recuperando do susto e de cabeça baixa, mas muito próxima da outra pessoa.

- Talvez no seu incrível mundo cor-de-rosa. – Ao ouvir essa frase ela se assusta e ao olhar para a pessoa que a havia pronunciado quase cai novamente quando reconhece ser Harry.

- O que faz aqui? Deveria estar na festa. – Hermione fala tentando parecer indiferente aquele momento e não deixando transparecer que ainda estava surpresa.

- Eu sei. – Harry diz se afastando e só então Hermione percebe que ainda estava “abraçada” a ele. – Estava procurando um banheiro.

- Primeira porta à direita. – Hermione se prepara para sair dali, mas não anda nem três passos e Harry a impede, virando-a novamente quando a segura pelo braço.

- Conseguiu ser feliz? – Harry pergunta de repente.

- O que?

- Estou perguntando se é feliz com Ron?

- Por que a pergunta? – Hermione pergunta perplexa.

- Curiosidade. – Harry sorri, parecia se divertir com a situação. – Queria saber se não se arrependeu da escolha que fez. – Diz com um tom irônico.

- Quantas vezes vou ter que repetir a mesma frase? Eu não escolhi o Ron. – Hermione pausa para notar a reação que Harry teria com aquela frase, mas ele parece, ao seu olhar, indiferente, até mesmo frio. – Durante dez anos você nunca entendeu meus motivos.

- Talvez porque você nunca tenha me explicado.

- Eu não posso. – Hermione fala e sente os olhos marejarem ao se lembrar do motivo pelo qual ficou com Ron. – Assim como não pude dez anos atrás. – O silêncio que se seguiu foi constrangedor, Hermione encarava Harry tentando não se mostrar frágil e Harry, na opinião dela parecia se recordar de fatos. – Eu não o escolhi. Eu não tive escolha. – Hermione olha mais uma vez para Harry, este abre a boca para falar algo, mas se cala e a solta, assim ela sai dali rapidamente tentando esconder algumas lágrimas que já rolavam em sua face.



Encarava seu reflexo no espelho e se perguntava por que tudo aquilo estava acontecendo. Harry não a compreendia, Ron parecia não perceber sua existência naquele momento e os outros convidados estavam muito ocupados conversando uns com os outros e desfrutando da maravilhosa bebida que era servida. Hermione bebia mais uma taça de vinho enquanto tentava retocar sua maquiagem em algum dos numerosos banheiros de sua mansão.

Naquele momento estava completamente vulnerável, não sabia se era efeito da bebida ou da presença inesperada e tão próxima de Harry nos últimos minutos, o fato é que queria chorar. No entanto não podia, pois o jantar seria servido em breve e ela teria que estar presente.

A guerra estava em seu clímax, a morte de Gina ainda afetava Hermione que se culpava constantemente. Era noite e os integrantes da Ordem da Fênix se preparavam para aquela que poderia ser a batalha final, tinham pistas de onde Voldemort estava e iriam até lá dentre algumas horas.

Hermione se encontrava isolada, sentada debaixo de uma árvore quando Harry se aproxima.

- Tudo bem? – Harry pergunta e só então percebe que Hermione chorava.

- Não. Definitivamente não.

- Eu me sinto culpado por te ver chorando assim... - Harry sussurra a olhando.

- Não se preocupe isso é normal durante uma guerra tão importante como essa. – Hermione diz limpando algumas lágrimas.

- Em algumas horas tudo estará acabado e todos podem viver em paz.

- Nós poderemos viver...

- Não sei se sobreviverei, Mi. E realmente estou com medo. – Harry admite e Hermione o encara. – Não medo de morrer, eu sei que isso pode acontecer, mas medo de que aconteça algo a você, medo de decepcionar a todos e não destruir Voldemort...

- Harry você o derrotará, treinou muito para isso.

- Não tenho tanta certeza.

O silêncio predomina até que Harry resolve interrompe-lo.

- Como imagina o seu futuro?- Harry pergunta de repente.

- Como?

- Como se imagina daqui, digamos, dez anos?

-Feliz, com uma carreira bem sucedida, com uma família, tendo tudo o que todos sonham. - Hermione sorri.

- Se imagina comigo? Se eu sobreviver.

- Claro. – Harry sorri. – Sempre seremos amigos. - Hermione sorri mas Harry desfaz seu sorriso.

- Não nesse sentindo. – Harry segura uma das mãos de Hermione. – Se imagina casada comigo?

- Harry, esta me pedindo em casamento? – Hermione pergunta perplexa e sorri.

- Estou. Hermione, quer se casar comigo? – Harry diz a olhando incerto e esperando alguma resposta.

- Não sei o que te dizer... Nós somos muito jovens.

- Não precisa me dizer nada. Pelo menos não agora. Me diga depois da batalha quando estivermos todos comemorando. Se estou te pedindo em casamento agora é porque quero que saiba o quão importante é na minha vida. Podemos namorar antes e daqui alguns anos nos casar. - Harry sorri. – No entanto, não quero ouvir sua resposta antes de ter certeza de que poderemos viver em paz. E também não quero ouvir um não da mulher da minha vida antes disso. – Harry diz em tom de brincadeira, mas Hermione não sorri se lembrando de uma certa promessa. – Meu principal motivo para lutar será a esperança de viver feliz ao seu lado.

Hermione o abraça chorando.

- Promete para mim que voltará são e salvo. – Hermione diz ainda abraçada a ele.

- Mi, não posso prometer algo que não sei se cumprirei.

- Mas...

- Eu posso prometer que irei tentar. – Harry diz como se não tivesse sido interrompido por Hermione e a beija. – Tentarei por você. Eu te amo. – Ele diz a olhando nos olhos.

- Eu também...


Por que aquelas lembranças apareciam de uma hora para outra? Por que se lembrava daquela promessa que tivera de cumprir mesmo tendo sofrido muito? Hermione se perguntava ainda se olhando no espelho, mas com a maquiagem retocada e perfeita, bebendo o resto do vinho que ainda havia em sua taça.

Ela nem se lembrava mais daquele pedido, naquela época ela e Harry não tinham nada sério, apenas ficavam, Harry não queria que ninguém soubesse sobre aquilo, ele achava que assim a estaria protegendo. Se Voldemort soubesse de algum relacionamento mais intimo entre eles, ela certamente seria o alvo principal. Ninguém sabia e ninguém nunca soube. Hermione havia posto um ponto final antes disso.

Muitos se perguntaram o porquê de Harry ter se afastado, muitas respostas foram formuladas por todo o mundo mágico, mas somente Hermione sabia da verdade, verdade que ela queria que fosse mentira.

Balançou a cabeça tentando afastar aquelas tristes lembranças e decidiu voltar para festa, ficar ali, sozinha só a faria recordar de coisas que ela definitivamente não queria.



Hermione adentrou novamente pelo grande saguão onde a festa ocorria, evitou procurar por Harry desejava não vê-lo nunca mais. Andou mais um pouco, conversou com algumas pessoas e encontrou Ron conversando com um homem que ela não conhecia, Ron sorria, mas não era um sorriso alegre e sim um sorriso incerto, parecia que seu marido estava sendo pressionado a fazer algo por aquele estranho convidado.

Ela se aproximou do marido e ele pareceu assustado com a sua presença.

- Meu amor, aconteceu algo? – Ron fala preocupado.

- Não. Vim apenas informar que o jantar será servido em alguns minutos, acho que poderíamos ir para a sala de jantar. – Hermione fala não deixando de olhar para o desconhecido e só então reparou que ele era muito bonito e elegante, deveria ter no máximo trinta anos. – Desculpe, mas acho que não o conheço senhor.

- Claro que não mademoiselle. – Ele falou com um sotaque francês. – Morei na França nos últimos anos, mas nasci na Inglaterra. Retornei para cuidar de alguns negócios do meu pai e irei apoiar seu marido na reeleição. Sou Oliver Sexton. – Ele disse beijando a mão de Hermione.

- É um prazer conhece-lo Sr. Sexton – Hermione diz sorrindo.

- O prazer é todo meu Sra. Weasley. Tem uma mulher encantadora ministro.

- Obrigado. – Ron diz com ciúme na voz e segura a mão de Hermione em um gesto possessivo percebendo as segundas intenções de Oliver.

- Sobre o que conversavam?- Hermione pergunta.

- Política. Você não iria gostar nenhum pouco. – Aquela frase irritou profundamente Hermione, Ron sempre decidia do que ela iria gostar ou não, sem ao menos saber sua opinião. Pensava que ela era fútil, assim como a maioria das mulheres que estavam naquele saguão e não se interessava por nenhum assunto que não fosse roupas, sapatos e jóias.

- O jantar será servido. Vamos? – Hermione convida tentando se acalmar.



Todos os convidados estavam sentados em volta da longa mesa de mármore que havia na sala de jantar. Uma sala ampla com numerosos quadros, num estilo medieval, o lustre enorme iluminava a todos. A luz da lua que entrava pela enorme porta de vidro que havia no local dando acesso ao jardim dava um brilho especial ao jantar.

Ron estava na cabeceira, exercendo seu papel de anfitrião, Hermione se encontrava do seu lado direito, enquanto Harry se encontrava do seu lado esquerdo. Hermione odiava estar frete à frente com Harry, evitava encara-lo, durante o jantar comia silenciosamente, mas não pode deixar de prestar atenção quando Harry e Ron iniciaram um dialogo.

Aparentemente Ron queria o apoio de Harry nas eleições, mas Harry ainda estava relutante em apóiá-lo. Hermione desconhecia a vida política do marido, mas suspeitava de que ele não era cem por cento honesto e talvez por essa razão Harry estivesse na defensiva.

- Então, achei que tivesse voltado, pois iria me apoiar. – Ron falava. – Sabe que seu apoio é muito importante.

- Voltei por outros motivos Sr. Weasley, apóia-lo é apenas uma proposta que eu ainda não aceitei.

- E aceitará?

- No momento aceitaria, pois é conveniente para mim. - Ao dizer isso Harry olha para Hermione e seus olhares se cruzam. – No futuro não sei se será conveniente. Decidirei assim que avaliar melhor.

- Como quiser.

Que outros motivos teriam feito Harry voltar? Hermione se perguntava o analisando, aparentemente ele tinha se tornado mais importante e influente do que fora quando jovem. Se Ron obtivesse o apoio dele, ela o encontraria constantemente. Pensando assim ela se assusta. Será que Harry voltaria a fazer parte da sua vida? Era essa a intenção dele? Ela não estava conseguindo raciocinar direito, sua cabeça doía, as taças de vinho que consumira pareciam estar fazendo efeito. Todos estavam felizes, somente ela não sorria. Aquela noite estava sendo um inferno.

Se Harry tinha ficado longe por dez anos, por que tinha voltado? Essa pergunta não saia de sua cabeça e ele a olhava constantemente. Ao levar a mão para pegar sua taça de vinho, seu olhar e o de Harry se encontram novamente, toda a raiva e frustração que tinham se acumulado naquela noite se libera e Hermione perde o controle de sua magia quando sua taça se quebra sozinha atraindo a atenção de todos.

E assim, todas as taças se quebram espalhando vinho por toda a mesa, Ron tenta falar alguma coisa com Hermione para acalmá-la, mas ele se assusta quando a enorme porta de vidro que dava acesso ao jardim também se quebra.

Hermione se levanta atordoada, sob olhares curiosos, assustados e repreensores.

- Desculpem. – Ela sussurra e sai imediatamente dali, Ron tenta impedi-la, mas desiste ao ver o quão abalada ela estava. Hermione corre até o seu quarto, tranca a porta e desaba em sua cama, tentando conter a raiva que sentia e as lágrimas que se espalhavam pelo seu rosto rapidamente.



Hermione ainda continuava na mesma posição, não sabia quanto tempo havia se passado desde que estava ali. Ainda procurava se acalmar, nunca havia perdido o controle desta maneira, sabia que o jantar e toda aquela festa estavam arruinados por sua culpa. Provavelmente seria o assunto do dia no Profeta Diário, isto se Ron não tampasse o escândalo, subornando algumas pessoas como ele sempre fazia.

- HERMIONE, POR FAVOR, ABRA ESSA PORTA. – Ron gritava batendo na porta.

- ME DEIXA. EU NÃO QUERO FALAR COM NINGUÉM. – Hermione não queria discutir aquilo, só queria ficar sozinha, pensando.

Ron abre a porta com um feitiço e entra furioso no quarto, se acalmando ao ver Hermione agarrada a travesseiros e chorando.

- Meu amor, o que houve? Por que ficou assim? – Ron diz sentando ao lado de Hermione.

- Eu já disse que quero ficar sozinha. – Hermione diz sem olhá-lo.

- Eu estou preocupado, todos estão. Eu falei para eles que iria ficar tudo bem, eles foram embora. Os empregados estão reconstruindo os vidros. Já fiz algumas ligações, e consegui encobrir o escândalo. – Hermione nada comentava e aquilo estava preocupando Ron ainda mais. – Meu amor. – Ron tenta chamar sua atenção.

- O que Harry fazia aqui? – Hermione diz de repente se sentando.

- Como?

- O que Harry fazia em nossa casa?

- Por que quer saber?

- Eu acho que eu tenho esse direito, afinal ele foi meu amigo. Por que não me avisou de que ele iria estar aqui hoje?

- Não me diga que ficou assim por causa dele. – Ron diz aparentemente ligando os pontos e se referindo ao ataque de fúria de Hermione minutos atrás. – Não sabia que ainda se importava...

- É, mas eu me importo, eu sofri muito quando ele foi embora.

- Pensei que isso já estivesse superado...

- E está. Mas, eu não estava preparada para encontrá-lo aqui.

- Meu amor, ele só é mais um aliado político, uma pessoa influente e importante que ainda não é meu aliado, mas eu quero seja.

- Você só pensa nessa política idiota. – Hermione começa a se irritar novamente. – Não vê que... Eu fiquei furiosa e você nem se importa.

- É lógico que eu me importo, mas eu tenho uma eleição para ser ganha, estou sendo pressionado e eu não sei... Não sei o que Harry faz na Inglaterra, não sei onde ele estava, a primeira vez que o vi foi hoje, embora já soubesse que ele estava em Londres e o tivesse convidado para o jantar. Eu só sei que ele tem negócios com pessoas muito importantes em todo mundo bruxo, é um excelente auror e nunca se casou ao invés disso tem inúmeras mulheres. – Ron encara Hermione que o olhava como se procurasse por mais informações. – Eu sei disso, pois ouvi conversas hoje à noite na festa, festa da qual você sumiu.

- Eu só estava tentando me acalmar.

- Parece que não deu muito certo, né? Esquece o Harry, ele é passado para nós, assim como somos passado para ele. Vamos pensar no presente, no nosso presente. – Ron tenta beija-la ao sussurrar a última parte, mas ela se esquiva.

- Quem é Oliver Sexton? – Hermione pergunta mudando bruscamente de assunto.

- Por quê? – Ron indaga mais furioso por achar que ela se interessou por ele.

- Parecia que ele estava te pressionando a fazer algo. Quero saber o que é.

- Ele não estava me pressionando. – Hermione nota que Ron fica nervoso. – É apenas mais um aliado político, um chato que tenho que suportar. – Ron tenta beija-la novamente para encerrar o assunto, mas ela se esquiva levantando.

- Você está me escondendo algo.

- Claro que não meu amor. – Ron se aproxima dela novamente.

- Não foi uma pergunta. Você esta escondendo algo muito importante e não quer me contar. Não confia em mim?

- Confio, mas não estou escondendo nada, então não tenho nada para contar.

- Tudo bem. – Hermione se encaminha para a cama novamente e Ron a segue, mas ao invés de se deitar ela pega um travesseiro e o joga em Ron.

- Por que esta me atirando isso.

- Por que você vai precisar. – Hermione diz sorrindo.

- Não vou não, porque aqui tem muitos travesseiros. – Ron diz apontando para cama.

- E quem disse que você irá dormir aqui?

- É a nossa cama.

- Claro desde que você não me esconda nada. E como parece que ultimamente está tendo muitos segredos terá que procurar outro lugar para dormir. Por sorte essa casa tem muitos quartos e você não terá que dormir em um sofá.

- Mas, está uma noite fria...

- Sim, e daí?

- Pensei que dormiríamos abraçados, juntinhos.

- Pensou errado. – Hermione sorri da cara de decepção que Ron fazia. – Pode se retirar, estou cansada, ainda preciso me trocar.

- Você está brincando! – Ron tenta rir, mas sem muito sucesso.

- Não, até você decidir confiar em mim e contar a verdade, aqui você não dorme.

- Tem certeza?

- Absoluta. - Hermione diz com uma expressão séria.

Ron a contragosto se retira do quarto e Hermione deita-se na cama novamente. Ron não confiava nela, mas ela iria descobrir o que estava acontecendo, pois ela sabia que nervoso do jeito que Ron ficou quando ela tocou no assunto, a coisa era grave.

Pesando nisso decidiu retirar seu vestido e a maquiagem e tentar dormir. O que ela pensava que não seria muito fácil já que com tantas coisas novas, como Harry e Oliver Sexton, sua cabeça estava cheia. Só esperava que não tivesse mais aquelas lembranças que tanto a incomodavam.


N/A: Oie. Surpresa!!!!!Em homenagem a thamila moliterno que insistiu tanto na postagem. Quanto ao cap? Não sei qual será a opinião de vocês, mas eu esperava mt mais, eu axei que ele ficou meio chato, para não dizer horrível. Eu recebi coments perguntando se a Hermione tem um bom motivo para não ficar com o Harry, é claro que ela tem, já dei algumas pistas do que é, mas só vou poder revelar mais para o final. O próximo cap não vai demorar tanto já que eu só falta a cena de mais um reencontro H/H.
Mt obrigado por todos os coments e as visitas. Para quem lê e não comenta, eu peço para continuar a comentar, pois cada coment é importante para continuar escrevendo a fic. Dessa vê eu relevei e postei antes do que havia esperado, mas quero mais coments, pleaaaaaassssseeeeeee. Desculpa não responder os coments a cada um mas acabei de chegar da faculdade e ainda queria postar esse cap hoje.

Bom, se odiaram o cap ou se gostaram, COMENTEM. É IMPORTANTE.

BJOS, NAT GRANGER E JULY EVANS (Que nem sabe desta postagem, a partir daqui ela começa a escrever a fic comigo).

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