A cura



Capítulo 7 – A Cura.



Dumbledore olhou pela centésima vez para o livro que estava em sua frente. Ele representava a cura da Srta. Weasley.

Merlim sabia o quanto ele e Harry haviam pesquisado nas madrugadas para tentar achar uma cura para a maldição que estava impregnada em Gina. E nesse exato momento ele havia encontrado a única solução para salvar a vida dela.

Harry não estava com ele. E Dumbledore agradecia por isso, pois teria que fazer uma escolha e precisava de tempo pra pensar.

Ele teria que contar para Harry sobre a cura, mas... Que decisão Harry tomaria? Com toda certeza tomaria a decisão que seu coração mandasse. E Dumbledore sabia o quanto aquilo dificultaria as coisas pro lado deles...

Suspirando, Alvo fechou os olhos e deixou que uma onda de orgulho se apoderasse de si. Se Harry fizesse o que ele tinha certeza que faria, ele teria cumprido sua missão: Teria feito Harry enxergar que o amor vence qualquer obstáculo, por mais impossível que ele pareça de se resolver.

***

- O que você descobriu seu imprestável? – Voldemort perguntou a Draco Malfoy com uma voz cortante.
- N-n-nada muito relevante mestre... – Draco respondeu enquanto um calafrio lhe percorria a espinha. – Apenas sei que a Weasley e o Potter ficaram um dia inteiro sumidos, sem nem dar sinal de vida.
- Eu não deixei bem claro que era pra você segui-la? Pra ficar no rastro dela?
- Eu sei mestre... Mas eu perdi-os... A última coisa que eu vi foi o Potter conversando com uma moça loira que estava abraçada a ele... Depois a idiota da Pansy me chamou e eu tive que ir pra não levantar suspeitas...
- Então quer dizer que o Potter estava traindo a Weasley...? Mmm... Interessante... Agora Malfoy, eu quero que entenda uma coisa... É PRA SEGUI-LA, ENTENDEU!? E saia já daqui, antes que eu me arrepende da minha decisão de te nomear espião.

Draco fez uma reverencia exageradamente longa e tratou de se mandar logo daquela sala. Tinha tido sorte do Lord estar de bom humor esse dia. Se não seria um Sonserino morto.

***
Alguns dias depois...

- Eu... – Harry deu um selinho e Gina. – Já falei que você está maravilhosa hoje?
- Mmm... – Gina fez um cara de pensativa, enquanto se aconchegava mais em Harry e no sofá em que eles estavam deitados, no Salão Comunal. – Já sim... Mas pode dizer de novo.
- Você está maravilhosa hoje, ruivinha. – Ele mordiscou o lábio inferior dela e sussurrou malicioso. – Mas nada se compara a quando você está nua... Ofegante em meus braços...
- Harry! – Gina falou enquanto corava intensamente. – Quer parar com isso?
- Ehhh... Não. – Ele olhou ao redor deles e constatou que estavam sozinhos. Sorrindo, ele voltou a sussurrar. – Nada se compara a quando seu rosto se contorce em prazer quando você está sobre mim... Ou a seus olhos castanhos salpicados de estrelas de deleite quando eu a toco...
- Oh Harry... – Gina sentiu um arrepio de êxtase lhe atravessar as costas. – Não faça isso...
- Você é tão... Perfeita... – Harry lhe esmagou os lábios num beijo arrebatador. – Preciso de você... É como uma droga...

Gina sentiu seu mundo girar quando ele penetrou com a língua em sua boca e começou a lhe acariciar ternamente a cintura.

Merlim, não conseguia resistir a Harry. Nunca conseguiria. Ainda mais quando ele tinha as mãos tão fortes e quentes.

Sentiu quando ele virou-a de modo a ficar por cima dela, e beijou seu pescoço, subindo logo em seguida para a clavícula. Depois ele achou uma brecha em sua camiseta e subiu suas mãos para sua barriga, arranhando-a levemente em seguida.

Não pôde evitar o gemido baixo e longo que soltou quando ele voltou a capturar seus lábios num outro beijo intenso e quente.

Mas então ele se desgrudou dela e lhe lançou um olhar malicioso, atacando-a com cócegas logo em seguida.
Gina começou a rir desesperadamente tentando se livrar das mãos dele, mas foi em vão. Em poucos minutos estavam os dois lado a lado, gargalhando juntos, numa cena envolvente e carinhosa.

Harry começou a brincar com uma mecha de cabelo dela, enquanto tentava não se lembrar da maldição.

Merlim, ele estava desesperado! Nunca imaginara que chegaria a sentir tudo o que sentia por Gina. Era algo tão grande e poderoso, que ele certamente daria sua vida, para salvar a dela.

Sentia-se como um bobo enquanto estava ao seu lado. E talvez por amá-la tanto, tivesse percebido que ela perdia peso a cada dia que passava... E desmaiava com mais freqüência do que ele acharia saudável.

Mas ela não pedia mais... Não suplicava pela verdade como antes... Apenas ficava quieta, calada. E olhava Harry com um olhar tão poderoso, que ele quase fraquejava e contava tudo, porque não agüentava ver o sofrimento nos olhos dela, quando ela se recuperava de uma das suas crises.

Oh... Ele a amava. Mas sabia que não era só ele. Rony vinha agindo estranhamente, assim como Hermione... Eles estavam mais calmos, atenciosos e carinhosos com Gina. E ela parecia não notar nada, mas Harry conseguia ver por dentro dela. Sabia que ela estava padecendo aos poucos, num sofrimento mudo, ao mesmo tempo em que era alegre.

E Harry se perguntava se não a estava fazendo sofrer mais por omitir a verdade dela e tentar cumprir a promessa de que fizera ao Sr. e a Sra. Weasley, de que se aproximaria de Gina e que a faria feliz... Porque os Srs. Weasleys conheciam tão bem Gina, que sabiam que ela amava Harry, mesmo que tivesse demonstrado o contrário, quando começou a agir normalmente na frente dele, ou a tentar sair com outros rapazes...

Ele não queria pensar nisso. Não queria lembrar de mais nada. Queria apenas aproveitar seu tempo com Gina. Queria desesperadamente faze-la feliz. E só isso importava. Só.

- Um galeão pelos seus pensamentos... – Gina murmurou ao seu lado enquanto mergulhava no verde profundo dos olhos do namorado.
- Nada feito por um galeão. – Harry falou brincando enquanto aproximava o seu rosto do dela. – Mas quem sabe por um beijo eu mude de idéia...
- Mmm... – Gina fez uma cara de pensativa. – Não sei... Acho que meus lábios não agüentam mais uma seção de amasso... – Depois ela sorriu. – Se bem que com você...

Mas ela não pôde terminar a frase porque Harry capturou novamente seus lábios. Mas não foi um beijo quente como costumavam dar... Era um beijo terno, carinhoso...

Eles envolviam suas línguas lentamente, saboreando o gosto um do outro. Suas mãos estavam firmemente entrelaçadas, como da primeira vez em que fizeram amor, mas agora tudo parecia estar em câmera lenta.

Então as coisas começaram a ficar realmente esquisitas...

Harry sentiu o gosto acobreado de sangue na boca e viu Gina arregalar os olhos enquanto se desgrudava dele de uma vez.
A expressão dela era de puro terror enquanto se engasgava com o sangue que saía de sua garganta.

Harry enlaçou-a pela cintura, e pediu calmamente pra ela deixar o sangue sair, sem se importar com o fato de que sua camisa branca já estava manchada de vermelho.

Então, a tosse. Gina começou a tossir desesperadamente e seu corpo antes ardente de paixão, estava agora tremendo, muito quente pela súbita febre.

Rony e Hermione entraram no salão comunal sorrindo, mas ficaram sérios assim que viram o estado em que a ruiva estava.

Rapidamente os dois se dirigiram a Harry, mas não falaram nada. Estava estampada em seus olhos a verdade e, naquele instante, Harry percebeu que eles sabiam. Eles já haviam descoberto tudo. Não fazia sentido esconder mais nada.

Mas então, Gina desmaiou. Seus olhos se tornaram opacos, para depois girarem e por fim se fecharem. E sua respiração, antes acelerada e instável, se tornou lenta e superficial, quase nula.

- Precisa levá-la para a enfermaria! – Hermione ordenou tentando manter a calma. – Madame Pomfrey deve ter algo para ajudá-la!

Harry não esperou nem mais um segundo e se pôs a correr desesperadamente com a namorada nos braços. Via com um desespero crescente, sua tez se tornar pálida enquanto seu corpo aumentava ainda mais a sua temperatura.

O tempo pareceu se arrastar até ele conseguir finalmente chegar na enfermaria e suplicar a Madame Pomfrey que a salvasse.

- Você tem que ficar calmo! – Ela ralhou com ele enquanto pegava uma poção em um armário. – Se desesperar não vai adiantar absolutamente nada!
- Mas...
- Nada de “mas” Sr. Potter! – Madame Pomfrey suspirou triste e falou um pouco mais suavemente. – Está piorando... A doença se agravou nos últimos dias... Ela está mais frágil... Vai ser rápido agora, você sabe até a hora dela...
- Pare! – Harry falou nervoso sentindo um nó enorme na garganta e suas vistas se embaçarem devido às lágrimas – Ela não vai morrer! Está me ouvindo?! NÃO VAI!
- Harry... – Hermione chegou com Rony, ambos afobados. – Se acalme.
- Cara, eu também estou desesperado... – Rony murmurou melancólico. – Mas se você continuar gritando, vai acordar até os mortos.
- Desculpem... – Harry falou. – Desculpem é só que eu...
- Dumbledore está te chamando. – Hermione disse. – Ele mandou falar que o assunto era urgente. E é pra você ir vê-lo AGORA.
- Eu não vou deixar Gina sozinha aqui... – Harry disse franzindo o cenho.
- Obrigado pela parte que nos toca. – Rony falou mal-humorado. – Nós vamos ficar aqui enquanto você vai, seu tapado. Agora ande logo!
- Eu vou. – Harry cedeu, mas lançou um olhar preocupado para o leito de Gina. – Se ela acordar, pelo amor de Merlim, arrombem a sala do diretor, mas me avisem.
- Nós avisaremos. – Hermione falou e deu um pequeno empurrão nele. – Agora vá!

Harry lançou um último olhar para Gina e saiu da enfermaria com um pressentimento imensamente contraditório na mente. Sentia que Dumbledore tinha uma boa notícia, mas mesmo assim, o sentimento de medo persistia. TINHA que acabar tudo bem. E Gina... Bem... Gina viveria, nem que ele tivesse que mover céus e terras... Mas ela continuaria viva!

Ele andou a passos acelerados até a sala do diretor e falou a senha rapidamente, querendo ficar ao lado de Gina o máximo de tempo que pudesse. Não queria que ela acordasse e ele não estivesse ao seu lado, mas ao que parecia Dumbledore realmente precisava falar com ele.
Então suspirando, Harry entrou na sala do diretor esperançoso e, ao mesmo tempo receoso.

- Bom-dia Harry. – Dumbledore falou calmo, mas sua voz parecia estar levemente embargada.
- Aconteceu alguma coisa? – Harry perguntou prontamente com uma preocupação crescente se estampando em seu rosto.
- Sente-se. Nós precisamos conversar seriamente.
- Por favor, professor. Diga logo o que está havendo!
- Eu... – ele hesitou por um momento. – Achei uma cura para a senhorita Weasley.
- Oh Merlim... – Harry murmurou sentindo sua visão por um momento se tornar embaçada de alegria. – OH MEU MERLIM! – Ele gritou enquanto seu rosto era enfeitado por um sorriso luminoso.
- Eu peço que se contenha um pouco. As coisas não são tão simples. – Só então Harry reparou no quanto o diretor parecia casado e mais magro. E seu sorriso desapareceu.
- O que eu tenho que fazer? – Harry perguntou direto compreendendo logo em seguida que o problema seria com ele.
- Primeiro me responda... Você a ama?
- Amo. – Harry suspirou e optou por ser franco. – Amo mais do que tudo no mundo e, sinceramente, eu não me envergonho disso, e nem tenho mais medo.
- Muito bem. Então você estaria disposto a se sacrificar por ela?
- Eu daria minha vida. E minha alma se fosse preciso. Gina é tudo pra mim.
- Harry... – Dumbledore começou. – Você sabe que Voldemort lançou essa maldição nela. E você sabe que ele quer invocar algum espírito, sabe-se lá Merlim qual, para possuí-la quando o ritual da maldição estiver completo. E Gina, morta.
- Ele não vai conseguir. – Harry falou firme enquanto tentava ler os olhos de Dumbledore. – Não vai.
- Existe apenas UM jeito de acabar com os planos dele, Harry. E conseqüentemente de salvar a vida da Srta. Weasley.
- Diga o que é. Pelas calças de Merlim, diga. – Harry fechou os olhos e suspirou.
- O único jeito de retirar a maldição dela é transferindo-a para outra pessoa.
- Eu não entendo...
- Vou tentar explicar melhor. Quando Lord Voldemort possuiu Gina quando ela tinha onze anos, já sabia que ela era uma garota forte e de garra. Não é qualquer um que sobrevive a Voldemort e, principalmente, não é qualquer um que consegue sair dessa provação sem ser influenciado pelo mal. Gina, felizmente, saiu. E Voldemort, nessa hora, percebeu o quanto ela era forte e o quanto seria proveitoso pra ele, toma-la para fazer o Ritual da Troca.
- Mas o que isso tem haver com a tal da transferência? – Harry perguntou ansioso e impaciente.
- Tenha calma, já vamos chegar lá. Quando Voldemort escolheu Gina, tinha em mente te atingir. Mesmo que indiretamente a perda de uma garota como ela, irmã do seu melhor amigo, afetaria terrivelmente o sistema unido que você e os Weasley têm uns com os outros. Por isso ele escolheu Gina.
- Mas...
- Ele só não contava, que você fosse se apaixonar por ela. Voldemort não acredita nos sentimentos humanos. Talvez pelo fato de ele não conseguir, realmente, senti-los... Não os sentimentos bons, pelo menos.
- Será que o senhor poderia ir direto ao ponto? – Harry perguntou apreensivo.
- Tudo bem. – Dumbledore suspirou e olhou fixamente para Harry. – Gina ama você e você a ama. Isso é um fato. Só você pode retirar a maldição dela.
- Mas como? – Os olhos dele brilharam de alegria. – Fale! Eu faço qualquer coisa.
- Você seria capaz de tomar a maldição dela pra si, Harry?
- Toma-la? – Ele perguntou confuso.- Como toma-la?
- A maldição que está dentro dela, passará pra você e, conseqüentemente você sofrerá tudo o que a maldição causa nela. E Voldemort não conseguirá preparar o ritual.
- Eu topo. – Harry falou sem hesitar. – Não me importo em ficar no lugar dela. Juro, Dumbledore, que eu faria de tudo por aquela ruiva. Agora é a hora de provar que eu realmente a amo. Se eu tiver que morrer por ela, morrerei. Não me importo em ficar doente. Mas não agüento mais vê-la sofrer... Não consigo suportar ver o sangue dela e nem sua face pálida...
- Pois bem. – Dumbledore suspirou. – Você já pensou que só você pode matar Voldemort?
- Não importa. – Harry sentiu um nó na garganta. – Não importa. Eu não morrerei pela maldição então. Terei que morrer pelas mãos de Voldemort, mas eu prometo, que vou fazer de tudo pra leva-lo junto comigo.
- Você ficará incrivelmente fraco. A maldição sugará suas forças aos poucos como está fazendo com Gina... As chances de você conseguir duelar com Voldemort são ínfimas.
- Eu já falei que não importa. – Harry suspirou. – Simplesmente não vou deixa-la morrer.
- E você pensou pelo lado dela, Harry? Acha que ela não vai sofrer se você morrer... E ainda por cima por causa dela?
- Ela não precisa saber que fiz isso por ela. E eu vou dar um jeito de... Não sei... Talvez se ela me odiar não sinta minha falta...
- Ora, não fale bobagens!
- Mas é verdade... Se ela me odiar profundamente, duvido que lamente minha morte.
- Eu vou deixar a seu critério e...
- Eu já decidi. – Harry levantou-se e se encaminhou para a porta do escritório. – Eu volto outra hora pra saber como passar a maldição de Gina pra mim. Agora preciso, realmente, vê-la na enfermaria.
- Tudo bem e... Harry? – Dumbledore o chamou. – Eu estou muito orgulhoso de você. Mesmo.
- Não precisa sentir orgulho. – Harry esboçou um sorriso. – Eu a amo e isso, Dumbledore, não merece orgulho de ninguém. Eu faria tudo por ela. Se você quer sentir alguma coisa... Sinta-se feliz. Por mim, por ela e por todos os que não serão privados de sua companhia cintilante e alegre.
- Você tem razão. Eu vou ficar feliz, então.
- E a propósito... Muito obrigado por me contar a cura. E por descobri-la também.
- De nada, Harry.

Então Harry saiu da sala.

Ele caminhou por um instante sentindo-se como se estivesse em um sonho.
Sua cabeça girava lentamente enquanto o ar faltava de súbito em seu pulmão.

Ele poderia salvar Gina! – E essa perspectiva, por mais que parecesse assustadora, era uma dádiva.

Só Merlim sabia o quanto ele havia pedido pra trocar apenas por um momento de lugar com Gina. E agora... Ele finalmente poderia faze-la parar de sofrer...

Claro que precisava fazer com que ela o odiasse também, para que assim não sofresse tanto quando ele morresse, mas... Oras! Nada mais importava de qualquer modo! Gina SOBREVIVERIA e isso era o que mais importava.

Amava-a muito para deixar com que ela morresse e, enfim, todas as suas preces haviam sido atendidas.

Tudo bem que ele nem sabia o que teria que fazer para maldição sair do corpo dela e passar pro seu, mas... Oras! Que se ferrasse! Não ligava a mínima para o que teria que fazer desde que Gina continuasse a salvo.

E foi com esses pensamentos que conseguiu, num estado muito grande de torpor e alegria, chegar a enfermaria.

Gina dormia profundamente no mesmo lugar em que ele a havia deixado quando saiu e Rony e Hermione estavam ao seu lado, com os rostos tristes, deixando Harry por um momento confuso...

Merlim! Havia se esquecido completamente de Rony e Hermione!
Fechou os olhos sentindo uma pontada no peito e pela primeira vez deixou que sua decisão caísse sobre ele.

Ele estaria deixando todas as pessoas que mais amava! Estaria deixando Rony e Hermione que sempre estiveram a seu lado por quase toda a sua vida... Estaria deixando seus professores, Remo, Dumbledore, os Weasleys, Hagrid e... Oh... Até Snape, que ele odiava, estaria deixando! Mas principalmente estaria deixando Gina... Estaria deixando ela, que tanto amava e foi como uma facada em seu coração quando a realidade finalmente tomou conta de si.

Mas era por ela. Tudo em sua vida era ela. E não seria agora, quando finalmente poderia recompensar todos os anos que passara sem vê-la, que desistiria do provar seu amor. Não seria justamente agora que se acovardaria.

Gina era sua vida. Sem ela, morreria de qualquer forma. Definharia aos poucos, de um modo angustiante e doloroso até se afundar na mais horrível depressão.

Seria incrivelmente doloroso deixar toda sua vida pra trás... Era como jogar todos num enorme abismo e depois, não estar lá embaixo para ampara-los. Mas tentaria construir uma rede de proteção firme e concreta, e tentaria de todas as formas deixar-los seguros.

Derrotaria Voldemort. Acabaria com aquele infeliz filho de uma meretriz e depois, poderia morrer em paz. Poderia ter paz, sabendo que amara e fora amado e que na terra, deixara todas as pessoas maravilhosas que ajudaram a fazer Harry, o que era hoje.

Oh, agora tinha certeza. Estava fazendo o que era certo pela mulher que amava. E não se arrependeria disso. Nunca.

- Harry? – Gina murmurou com a voz levemente rouca enquanto abria os olhos lentamente.
- Estou aqui, amor. – Harry se encaminhou rapidamente até a cama dela e segurou sua mão.
- O que aconteceu? – Ela perguntou enquanto piscava os olhos que estavam embaçados. – Eu não estou conseguindo enxergar bem...
- Está tudo bem. – Ele respondeu enquanto trocava um olhar preocupado com Rony e Hermione. – Apenas feche os olhos, querida.
- NÃO! – Ela gritou desesperada enquanto sentia as lágrimas lhe inundarem os olhos. – NÃO QUERO FECHAR OS OLHOS!

Harry não falou nada. Apenas se aproximou dela e se inclinou de encontro a seu rosto, beijando seus olhos levemente.

Então secou suas lágrimas e começou a sussurrar palavras carinhosas e seu ouvido acalmando-a aos poucos.

Hermione segurou Rony pela mão e tirou-o dali, sabendo que o casal precisava de privacidade por um momento.

- Eu a amo tanto, princesa... – Harry murmurou enquanto a abraçava.
- Eu também te amo muito, Harry. - Ela falou fracamente enquanto apoiava a cabeça no peito dele.
- Então apenas confie em mim, tudo bem?
- Aham...

Harry se levantou e rapidamente foi até o escritório de Madame Pomfrey perguntar qual poção deveria dar a ela.

- Harry... – ela falou sorrindo levemente. – É a poção roxa que está em cima da mesinha de cabeceira. Mas ela não vai adiantar por muito tempo...
- Não importa. – Ele respondeu e a fitou intensamente. – Ela vai se curar.
- O diretor acabou de me comunicar. – Ela murmurou enquanto apontava uma carta para ele. – Oh Merlim... – Seus olhos se encheram de lágrimas e ela se levantou da cadeira em que estava sentada e o abraçou fortemente. – Você é tão jovem, Harry... E mesmo assim é a pessoa mais corajosa que eu já tive a felicidade de conhecer.
- Não é coragem... – Ele respondeu firme. – É apenas amor. – Então, saiu sem dizer mais nada.

***
Gina saiu da enfermaria no dia seguinte, enxergando perfeitamente.

Harry a estava enlaçando pela cintura e sorria murmurando palavras carinhosas em seu ouvido. Ele decidira que viveria essa última semana com Gina e depois trocaria de lugar com ela, rompendo todos os laços que pudessem ter.

Mas ele simplesmente precisava estar com ela por um tempo, por mais curto que este fosse.
E precisava ama-la ao menos mais uma vez. Precisava ter na lembrança todos os momentos bons que tinham vivido pra quando fosse combater Voldemort,- e ele sentia que esse dia não demoraria para chegar-, ter um objetivo claro pra vencer.

Por isso, parou no corredor escuro em que estavam e a empurrou contra a parede deixando seus corpos colados.

- Parece que eu não consigo resistir muito tempo a você, meu anjo... – Harry murmurou no ouvido dela enquanto separava as pernas dela com sua coxa. Seus corpos se entrelaçavam perfeitamente, numa sintonia perfeita.
- E eu agradeço todos os dias por isso... – Ela respondeu sussurrando enquanto mordiscava o lóbulo da orelha dele.

Então Harry se inclinou e roçou seus lábios nos dela de um jeito carinhoso e delicado, para depois aprofundarem o beijo de um modo selvagem e quente.

Ele a agarrou pela cintura e começou a acariciar sua barriga por de baixo da camisa do uniforme de um jeito sensual e provocante instigando-a a ondular seu corpo contra o dele, no que não ouve resistência da parte dela.

Gina soltou um gemido rouco e baixo enquanto entrelaçava as mãos nos cabelos dele, despenteando-os ainda mais. Então Harry a segurou no colo de repente.

Ele sorriu enigmático e continuou andando com ela, até chegarem a sala precisa.

Pensou por um momento e, quando entraram Gina não pôde evitar o ofego que soltou ao ver o lugar que ele lhes proporcionara.

Era uma praia deserta e luminosa que tinha no mar, águas azuis e límpidas.
Harry a colocou no chão e sussurrou perto de seu ouvido:

- Quero você agora.

Gina olhou novamente para o lugar e se emocionou com o que Harry estava tentando lhe dar. Era muito mais que desejo físico... Era amor puro. Ele estava lhe dando seu coração. E isso, Gina pensou enquanto o abraçava, era o presente mais valioso que ele poderia lhe dar.

***

Draco Malfoy andava de um lado para o outro em seu dormitório.

Por que diabos, não conseguia achar a Weasley nunca? Tudo bem que ele fora a enfermaria na madrugada passada para vigia-la de perto, mas por um instante em que descansava ela e o Potter havia simplesmente sumido do mapa.

Não gostava nem de imaginar o que aqueles dois faziam estando tanto tempo sozinhos. A Weasley devia seu um furacão na cama, para o Potter não se cansar dela...

Ou Ginevra é que era cega de mais e não via o quanto o Potter fedia. Afinal de contas, que mulher em sã consciência correria atrás de alguém como Harry Potter, se tinha alguém como Draco Malfoy no mesmo lugar para procurar?

Bem, pensou suspirando, não conseguiria entender as mulheres jamais. Aquela era uma raça inferior a dele. E só usava as mulheres, porque elas tinham um buraco no meio das pernas. E porque esses buracos eram uma fonte de prazer muito grande.

***

- Gina? – Harry a chamou enquanto olhava para o corpo estendido ao seu lado, todo sujo de areia.
- Sim?
- Me promete uma coisa? – Ele perguntou acariciando a face dela que estava um pouco vermelha pelo sol.
- O que?

Harry sorriu e a beijou delicadamente nos lábios, fixando na memória o toque macio e suave que eles tinham.

- Me promete que, aconteça o que acontecer comigo, vai seguir sua vida?
- Para com isso. – Ela murmurou sentindo seus lhos se encherem de lágrimas. – Não vai acontecer absolutamente nada com você. Entendeu bem?
- Promete que nunca vai esquecer o que vivemos juntos? E que sempre vai tentar lembrar com carinho dessas horas, por mais que isso pareça impossível?
- Harry! – Ela a repreendeu sentindo uma lágrima escorrer por seu rosto. – Por que está fazendo isso?
- Só me prometa. É muito importante pra mim que você faça isso.
- Tudo bem. – Ela sorriu docemente e passou as mãos pelo rosto dele. – Mas você também tem que me prometer. Tem que me prometer que vai seguir sua vida se alguma coisa acontecer comigo e que nunca vai se esquecer do que vivemos juntos... De acordo?
- Sim, eu prometo.
- Eu também prometo.

Harry a olhou atentamente sentindo seu coração disparar. Seus cabelos ruivos estavam mais claros devido ao sol. Havia fios loiros quase imperceptíveis que se misturavam aos rubros dando a face dela um moldura incrível.

As sardas de seu rosto estavam mais a mostra, e seus olhos castanhos, olhos de fada, estavam num tom de mel quase verde. Linda... Perfeita...

Então ele a beijou. Encostou seus lábios nos dela de um modo doce a agradeceu mentalmente à sala precisa por ter dado a eles a oportunidade de desfrutar um momento assim.

As coisas seriam muito difíceis dali pra frente e eles teriam pouquíssimos momentos juntos até a hora de ele salva-la. Mas não importava mais. Não quando seu coração e sua alma já eram dela. Sua vida, por ela, não seria nada de mais.

Apenas precisava dela por mais um tempo. Um tempo pra recordar. E sabia que não teriam um momento inesquecível. Simplesmente porque todos os momentos ao lado de sua ruiva eram inesquecíveis.

- Te amo, minha lenhadora de bonsai... – Harry falou espantando os pensamentos tristes enquanto acariciava os cabelos dela.
- Você por um acaso está me chamando de baixinha, sua mangueira de incêndio? – Ela perguntou brincalhona, mas fazendo uma cara de malvada.
- Por um acaso eu estou sim, meio metro!
- Oras seu...! – Ela falou fazendo uma pose falsamente ultrajada enquanto se sentava. – Você vai ter que pagar por isso, Sr Poste de Luz.
- Vou é? – Ele perguntou irônico enquanto a via se levantar lentamente. Harry levantou-se também e pôde reparar de Gina era realmente baixinha se comparada a ele, o que seria uma diversão muito grande... Ele poderia tirar uma com a cara dela e faze-la o provocar, como estava fazendo agora, andando sensualmente até o mar que se estendia a frente deles.
- Você não vai me “pegar” querido? – Ela perguntou usando o sentido ambíguo da palavra, enquanto começava a correr gargalhando.
- A pode apostar que sim, sua pirralha! – Ele disse também rindo muito, enquanto rapidamente a alcançava e a enlaçava pela cintura.
- Mmm... – Gina inclinou um pouco a cabeça e sussurrou. – Obrigada por tudo. Nunca me senti assim, antes.
- Eu que tenho que agradecer. – Ele respondeu beijando-a delicadamente no rosto. – Você veio como um anjo pra me iluminar. Se não fosse por você, aposto que eu seria aquele garoto carrancudo e mal-humorado de antes...
- Bem... Devo admitir que eu tenho meus poderes de sedução... – Ela falou brincalhona enquanto mordia levemente o maxilar dele. – E que eu sou muito sexy.
- E nem um pouco convencida, não é, seu projeto de gente?
- Não... – Ela murmurou manhosa deslizando um pé pela perna de Harry. – Nenhum pouquinho. Sou apenas realista.

Bem, Harry pensou enquanto capturava os lábios dela num beijo arrebatador, ela estava certa. Gina era realmente sexy. Mas havia algo mais. Havia uma coisa no interior dela que o fascinava. Amor. E bondade.
E por isso a amava.




***

N/A: Oii pessoal!!! Aqui está mais um capítulo. Espero que vocês estejam gostando e... Peloamordemerlim COMENTEM! Preciso de comentários pra sobreviver, sabem? É como uma droga. A gente vicia. E nós pagamos por ela com os capítulos. Mas sem pressão. E por favor. NÃO se droguem, ok? Foi só um exemplo de uma doida como eu. Mas em fim. AMEI os coments. Muito obrigada.

E como eu tenho um tempinho extra vou responde-los ( F.I.N.A.L.M.E.N.T.E)

Fl4v1nha: Muito obrigada pelo elogio! Eu me esforço pra tentar escrever melhor a cada dia, então espero que continue gostando! E quanto a cura... Bem, já sabemos que o Harry terá que tomar a doença de Gina pra si e isso é o mais importante. Espero que goste do novo capítulo. Bjks e continue comentando.

Deusiane Potter: Nossa, acho que vou sair correndo daqui e bater minha cabeça na parede de tão feliz que eu fiquei com seu comentário. Juro. Quero dizer, não é todo dia que alguém me diz que eu escrevo um pouco como a NORA ROBERTS! Pra dizer a verdade ninguém nunca me disse isso. Eu quase chorei de emoção quando vi seu comentário. Porque eu AMO os livros da Nora. Sinceramente são perfeitos. E eu leio muuuito mesmo as histórias dela e, acho que por isso, acabou que me influenciou um pouco no modo de escrever.
Ai ai... Se eu bebesse trinta tequilas não ficaria mais feliz. Mas em fim... Devo agradecer ao destino por você ter entrado na minha fanfic. Eu também sou uma romântica incurável, sabe? Queria um Harry desses pra mim, mas como isso é impossível... Fazer o que né? Vou me contentar com a ficção. E deixar ele pra Gina.
De qualquer modo, agradeço MUITO MESMO ao comentário e eu juro (palavra de escoteira) quer vou tentar não demorar com as atualizações. Bjks e continue comentando.

Tonks & Lupin: Oieee. Muito obrigada pelo comentário. Realmente o Harry se tocou que ama a Gina, mas venhamos e convenhamos, já não era sem tempo não é? Digo, não é como se ele tivesse culpa por ser tão lerdo o coitado... Mas em fim... O Rony e a Mione também descobriram tudo, mas infelizmente só poderão ajudar um pouco mais pra frente. E quanto a cura da Gi... Bem, acho que eu não deveria estar falando isso, mas a noite de amor que ele e a Gina tiveram não adiantou muito não... Apenas serviu para que o vinculo deles aumentasse mais. Mas eu vou calar minha boca senão eu acabo contando o final da história. Bjks e continue comentando!

Gaaby Radcliffe: Oiee!!! Estou muito feliz que esteja acompanhando a fic. Eu também sou uma romântica nata! =D E eu admito que tive que fazer um suspense básico quanto a maldição da Gina, mas as coisas estão começando a se encaixar lentamente agora. Muito obrigada pelo comentário... Bjks e continue comentando!!!

Yumi Morticia Voldemort: Oieee! Muito obrigada por estar acompanhando a fic! Infelizmente, a Gina não se curou ainda, mas esse capítulo já deu praticamente a idéia completa de como ela poderá se curar. Mas bem quanto à NC... Infelizmente eu acho que não consigo escrever uma ainda. Talvez mais pro final de história eu tome coragem, mas por enquanto eu realmente não consigo. Desculpe então. Mas em fim, Bjks e continue comentando!

Guta Weasley Potter: Oiee! Fiquei muito feliz com seu comentário! Eu também adoro os “dias seguintes” e eu fico realmente feliz que você tenha gostado de como eu coloquei as coisas! E quanto a Gina morrer... Bem eu não posso garantir nada, mas já por esse capítulo da pra ver que ela tem uma chance muito grande agora, porque ela vai poder se curar. E o Harry é tão louco pela Gi, que vai pegar a maldição pra ele né? Bem, obrigada pelos elogios! Bjks e continue comentando!

Susan Potter : Oiee! É eu finalmente postei... E agradeço pela paciência. E quanto a Gina morrer... Bem, parece que o Harry vai salvar ela não é? Mas eu não posso garantir nada. Nem que ela vai sobreviver nem que ele vai. Porque se não eu conto o final da história. E nós não queremos estragar a surpresa, não é? Rsrs. Bem, muito obrigada por comentar! Bjks e continue comentando!

Tatiane Evans: Oiee! Estou muito feliz que você tenha gostado da fic! Eu vou tentar não demorar tanto pra postar, ok? Bjks e continue comentando!

Tamires Logrado Aguiar: Oiee! Muito obrigada por comentar! E pelos elogios também! Fiquei muito feliz! Bjks e continue comentando!



Ufa! Bem... Comentários respondidos e capítulo postado! Espero que estejam gostando e se tiverem algumas sugestões, digam okay?

BeijOs MeladOs

By: Bruna Star

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