A descoberta de Hermione

A descoberta de Hermione



Capítulo 6 – A descoberta de Hermione

- Ai Mione, você pisou no meu pé! – Rony sussurrou para a namorada.
- Será que dá pra você calar essa sua boca grande, Ronald? – A garota respondeu também sussurrando enquanto saia de baixo da capa da invisibilidade e se encaminhava para a seção restrita da biblioteca. – Vigia a porta pra mim, ok?
- Tudo bem.

Hermione foi andando por entre os livros, com uma lamparina bem perto dos títulos pra poder enxergar direito. Não era todo dia que ela saia da cama as três e cinqüenta da manhã para a acordar Rony, pra eles quebrarem uma regra. Mas dessa vez ela realmente precisava disso. Queria saber o que diabos Gina tinha, para Harry a tratar desse modo.

Porque era óbvio que a garota estava doente. Sempre muito pálida e cansada, desmaiava freqüentemente e tossia sangue. Sentia-se um pouco sem ar, como algumas vezes em que ficara ofegante do nada e tinha vertigens, como da vez em que estavam andando e Gina parar bruscamente para apoiar-se em si, até a vertigem passar.

Hermione sabia que era uma maldição, pois todos os sintomas degenerativos apontavam pra isso. Agora restava saber qual maldição era e se havia uma cura. Porque se não houvesse, Merlim sabia que ela mataria Harry.

Ele não teria coragem de ficar com uma garota só por pena, teria? Porque se tivesse... Não gostava nem de pensar o que aconteceria com o amigo. Ela iria espanca-lo e com certeza Ron iria espanca-lo ao quadrado. Então Voldemort se pouparia de um grande trabalho e eles poderiam ser considerados os melhores comensais do Lorde Negro.

“Pare de pensar besteiras, Granger!” – Hermione se repreendeu mentalmente enquanto via mais a frente o livro que queria. Ele era muito velho e devia ter umas dois mil páginas. As folhas eram finas e as letras pequenas. O índice estava todo “apagado” pelo tempo e Hermione sabia que demoraria muito tempo para achar o que queria. Mas isso não seria problema. Não pra ela.

***

- Harry? – Uma menina de longos cabelos loiros o chamou. – Será que eu poderia conversar com você por um minuto?
- Claro Cíntia. – Harry respondeu e sorriu para a garota. Depois pegando sua mochila se dirigiu para fora do salão comunal com a garota. – Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu. – ela suspirou. – O aniversário do Simas é daqui há uns três dias e eu não sei o que dar pra ele!
- Relaxa Cinty. Você não vai perder seu namorado.- Harry sorriu para a garota e passou os braços por seus ombros. – Se você der a ele qualquer coisa sobre quadribol, tenho certeza de que ele vai adorar.
- Mas o quê eu daria, exatamente?
- Não sei, loira. – Harry sorriu. – Por que você não dá um livro sobre os times de quadribol que já existiram, e ainda existem?
- Ahhh Harry! – Cíntia sorriu. – Muito obrigada! Amo você! – Ela se inclinou e deu um beijinho em sua bochecha. Depois saiu correndo.

Harry, rindo muito de sua amiga loira e louca, ficou estarrecido quando viu quem estava em sua frente.
Gina Weasley, parecia uma pimentinha, com o rosto vermelho de raiva. Seus olhos formavam uma fenda perigosa enquanto ela tentava controlar a respiração.

Harry só esperava, que não ocorresse uma explosão Weasley ali. Gina era normalmente calma e doce, apesar de ser engraçada e ter uma língua afiada.
Não gostava nem de imaginar o que aconteceria se ela resolvesse dar um ataque.

- “Eu te amo”, Harry? – Ela perguntou sarcástica enquanto se aproximava perigosamente dele.
- Gina... Olha, querida, não é o que você está pensando e...
- “E” nada! – Ela gritou. – Onde já se viu, MEU namorado recebendo declarações de umazinha qualquer por aí!
- Por Merlim! – Harry falou, mas por dentro sorria. Ela ficava encantadora com ciúmes.
- Merlim, digo eu! – Gina tentava a todo custo ignorar a sensação que crescia dentro de si. Parecia uma bomba que estava prestes a explodir e ela sinceramente, não gostaria que isso acontecesse. – Se você estiver me traindo Harry James Potter eu...

Mas Gina não pôde terminar com o sermão. Harry agarrou sua cintura e colou-a junto a si, esmagando os lábios dela com os seus, num beijo caloroso.

Ele podia sentir os calor de seus lábios e a química que os envolvia. Sentia o coração dela, batendo descompassado junto ao seu e, suas mãos geladas que abraçavam seu pescoço num gesto automático.

Então, Harry parou o beijo e aproximou seus lábios da orelha dela, sussurrando:

- Só existe você, princesa. Só você.

Gina fechou os olhos e sua respiração se tornou rasa. Seus olhos se abriram abruptamente e ela sentiu sua caixa torácica se contorcendo em dor.
O ar parecia mais pesado e era quase impossível respirar. E então a súbita fraqueza nas pernas.
Gina se agarrou aos ombros de Harry e viu os olhos verdes do namorado se tornarem escuros, quase pretos. Sentiu as mãos fortes dele a amparando e a carregando no colo.
Sua visão estava toda enevoada e parecia que alguém a tinha drogado.

Então se viu em uma superfície macia e quente, mas estava sentindo muito frio. Sua cabeça girava e ela não conseguia pensar direito. Ouviu a voz de Harry ao longe e tentou se concentrar para entender o que ele estava falando.

- Vamos, querida... – Ele suspirou enquanto tomava o pulso dela rapidamente. – Tome essa poção agora, tudo bem?
- Harry... – Ela suspirou e fechou os olhos, a dor em seu peito aumentando drasticamente.
- Abra a boca, princesa... – Ele tornou a falar e como ela não respondeu, abriu ele mesmo a boca dela e jogou todo o conteúdo do frasquinho em sua garganta.

Gina sentiu o líquido em sua garganta e se forçou a engolir, mas se arrependeu instantaneamente depois. O gosto da poção era horrível e queimava seu estômago. Parecia que estava tomando o Diabo Verde que sua mãe usava para desentupir a pia da cozinha. Mas então tudo passou.

A dor. A falta de ar. A falta de visão. Tudo o que sentia agora era sua respiração ofegante e as mãos de Harry em seus cabelos.

- Por favor... – Ela murmurou. – Me diga, Harry... Me diga o que está acontecendo comigo... – Lágrimas silenciosas escorreram por seu rosto – Eu não agüento mais isso... Não suporto mais toda essa dor...
- Vai passar. – Harry falou e a abraçou tentando passar algum conforto pra ela. – Juro por Merlim, que vai passar. Nem que eu tenha que dar minha vida por isso.
- Você está mentindo para mim? – Ela perguntou com a voz fraca, seus olhos ficando pesados de sono pelo remédio. – Você não faria isso, faria? – Não conseguiu falar mais nada. A escuridão tomou conta si e ela caiu no sono.
- Eu amo você. – Harry sussurrou mesmo sabendo que ela não ouvia. Permitiu-se derramar uma lágrima e segurar as mãos delicadas dela. – Amo você, meu anjo.

***

Maldição da Troca.



A Maldição da Troca é uma das piores maldições existentes. Não se costuma falar abertamente dela, porque o ritual usado para completar a maldição é terrível.

Normalmente, as pessoas que possuem essa praga dentro de si, sabem que estão amaldiçoadas, mas não tem nem idéia do que acontecerá com o corpo delas depois que a doença acabar com ela aos poucos, de um jeito lento e doloroso.

Há muitos anos atrás, existiu um bruxo muito egoísta, mas que era apaixonado por uma bela dama. Ela era sua razão de viver e ele fazia de tudo por ela.

Até que um dia, um outro bruxo, obcecado também pela bela dama, enfiou uma espada em seu peito, matando-a. O bruxo, que a amava de mais, jurou que a traria de volta, não importa por quem tivesse que passar por cima.

Roga a lenda, que ele passou dez exatos anos de sua vida procurando um jeito de traze-la de volta, até que conseguiu um jeito que não era completo, mas que valia a pena e que ainda seria muito útil a seus planos de vida.

O bruxo, sabendo que sua amada tinha uma irmã, lançou uma maldição sobre ela, que aos poucos, foi morrendo. A irmã aterrorizada pela dor e pelos mal-estares se deixou morrer, querendo que sua vida fosse ceifada o mais rápido possível.

Essa garota, que sofrera tanto com a morte da irmã, queria que tudo passasse. Sentia muitas dores no peito, tossia sangue, mal conseguia respirar e desmaiava com uma freqüência absurda. Logo após um curto período de tempo, veio a falecer.

O bruxo, vitorioso, pegou o corpo da irmã e colocou-o sobre um altar de pedras. Depois olhou para uma jaula que ficava no mesmo lugar e viu a alma de sua amada aprisionada. Ela estava lá há muitos anos já, mas se recusava a conversar com ele.

Via-se claramente sofrimento nos olhos dela, mas o bruxo estava obcecado. Ele poderia fazer a alma de sua única mulher, adentrar o corpo da irmã dela e traze-la de volta a vida! Era perfeito! E ele ainda se assegurara de que ela voltaria com um poder mágico imenso e que obedeceria só a ele e mais ninguém.

Não podemos dar mais informações sobre a maldição, pois é um assunto de extremo perigo. Acabamos com essa maldição por aqui...


Hermione olhou horrorizada para o livro a sua frente. No momento em que leu as poucas palavras que o livro trazia sobre a Maldição da Troca, soube que era o que Gina tinha.

Mas quem, diabos, ela incorporaria? A única pessoa capaz de fazer tal maldade com uma garota como Gina era Voldemort, mas ele queria que quem voltasse no lugar da ruiva?

E Merlim, o livro não falava nada sobre uma possível cura! Será que existia?

Ela franziu o cenho e tentou se acalmar. Devia haver um jeito que fosse... Alguma coisa que a fizesse sobreviver e durar por mais tempo.

Gina era uma garota boa. Nunca fizera nada a ninguém e seu melhor amigo era completamente louco por ela. Estava escrito nos olhos verdes dele.

Se Gina morresse, iria ser uma outra perda terrível na vida de Harry e talvez ele se deixasse morrer também.

Hermione conhecia o amigo como a palma de sua mão. Sabia que Harry faria uma besteira como tomar arsênico ou se entregar a Voldemort, na pior das hipóteses.

Merlim, o que fariam sem aquela ruiva louca e temperamental? E Rony, como reagiria?

Hermione fechou os olhos tentando conter as lágrimas e suspirou. Precisava dar um jeito.

***
- Onde eu estou? – Gina perguntou com a voz sonolenta e arrastada enquanto abria os olhos lentamente. O ambiente era escurinho, iluminado apenas por algumas velas, e ela estava deitada em uma cama macia e quente.
- Sala precisa. – Harry respondeu enquanto se aproximava dela e tomava-lhe o pulso discretamente. – Você está bem?
- Estou. – Ela respondeu, mas franziu o cenho. – Você vai me dizer agora, o que diabos, eu tenho?
- Querida... – Harry sorriu e se aproximou dela delicadamente, tocando seus cabelos ruivos. – Esqueça isso...
- Como você quer que eu esqueça algo assim? – Gina sentiu sua cabeça latejar um pouco. – Acha realmente que eu não percebo que estou doente? Eu vejo você me dando poções que eu não tenho nem idéia do que fazem, sinto você contando meus batimentos... Droga, Harry... O que está acontecendo?
- Por favor... – Harry pediu enquanto enlaçava a cintura dela. – Não pense nisso... Apenas aproveite. Eu estou cuidando de tudo...
- Não! Me conte a verdade... Por favor...! –Ela sussurrou suplicante.
- Você quer a verdade? – Harry se aproximou mais dela e roçou seus lábios delicadamente. – A única verdade... É que eu te amo. E é só disso que você precisa saber.
- Harry, eu...
- Não diga nada.

Então, ele aprofundou o beijo, pedindo passagem com a língua de um jeito sensual e provocante.
Sentiu o corpo dela amolecer, totalmente entregue a si, enquanto o calor do beijo os envolvia. A pele dela era macia, quente. Havia qualquer coisa ali que prendia as mãos de Harry, como um imã.
Ele involuntariamente inclinou-a, fazendo-a ficar deitada na cama, enquanto se debruçava sobre ela.

Harry conseguia sentir o coração dela, batendo no mesmo ritmo alucinado que o seu, enquanto ele depositava pequenos beijinhos por toda a extensão de seu pescoço.

Mas então Gina afastou-se, e se sentou, olhando pra Harry de um jeito intenso, que misturava alegria e confusão.

- Repete. – Ela pediu. – Repete, por favor, o que você disse.
- Eu amo você. – Harry sorriu. – Amo muito. Mais do que qualquer coisa no mundo. E você devia saber disso. – Ele passou as mãos pelos cabelos dela – Eu sei que demorei muito pra te enxergar - Merlim sabe o quanto eu me arrependo..., pensou ele - Mas acho que no fundo, eu tinha medo. - Eu ainda tenho medo, querida... Eu ainda morro de medo... - Medo te sentir algo tão grande por alguém, e que depois, meu coração não agüentasse. Mas agora você está aqui. - Eu não quero que vá embora... - E eu posso senti-la em mim... Posso toca-la... Porque você é real... - A única coisa real... - E tão perfeita, que parece mentira... Eu ainda me assusto, quando te beijo, e você não some. - Mas você vai sumir... E eu não poderei mais te ter... - Porque mais do que tudo no mundo, Gina, eu amo você.

Gina sentiu seu coração martelar dentro do peito, enquanto uma onda de felicidade a envolvia. Harry a amava. A amava! E isso, Merlim sabia, era o que ela mais desejara nos últimos sete anos.

Sorrindo maliciosa, ela voltou a deitar na cama e disse:

- É agora que você me beija, Harry.

Harry sorriu e se debruçou sobre ela, seus lábios, quentes e macios, sussurraram como uma carícia perto de seu ouvido.

- Eu vou fazer mais do que te beijar... Então avise logo, se quiser que eu pare.
- Eu amo você. – Gina simplesmente respondeu e o puxou pela lapela do uniforme, colando seus lábios num beijo faminto e ao mesmo tempo carinhoso.

***
- Onde, diabos, aqueles dois estão? – Rony perguntou pela centésima vez, enquanto andava de um lado para o outro no salão comunal.
- Ronald Weasley! – Hermione o repreendeu com a voz ríspida. – Os dois são namorados, por Merlim, homem! Até parece que nós também não sumimos assim, de vez em quando.
- Mas ela é minha irmãzinha! – Rony franziu o cenho. – E se o Harry estiver fazendo você-sabe-o-que, com ela?
- Eles são namorados! – Hermione falou pausadamente como se estivesse falando com um bebê. – E Gina sabe muito bem o que quer da vida. Ela tem 16 anos, Rony, e não seis! Não é mais uma criança. – Hermione bufou. – Você devia se preocupar com o que eu vou te falar, sobre ela... As notícias não são nada animadoras.
- Você descobriu alguma coisa, daquele livro velho e fedido? – Ele perguntou, sentando-se instantaneamente na frente da namorada.
- Ah... Agora você quer saber, não é?
- Hermione! – Rony suspirou. – Eu estou sendo um idiota. Desculpe. Satisfeita agora?
- Muito. – Hermione esboçou um sorriso, mas suas feições ficaram sérias logo em seguida. – Gina foi amaldiçoada e aparentemente por uma maldição muito, e quando eu digo muito, eu quero dizer muito mesmo, maligna.
- Você ta de brincadeira, né? – Rony deu um sorrisinho nervoso.
- Não. – Hermione segurou as mãos do namorado e deu um aperto, reconfortante. – Não estou, Rony.
- T-tem... Alguma cura?
- Não sei... – Ela suspirou e deixou que seus olhos se enchessem de lágrimas. – Eu juro que eu já revirei aquela biblioteca inteira... Procurei de cabo a rabo e nada... Só descrevia a maldição, mas não havia absolutamente nada falando de uma cura.
- Não pode ser... – Rony sentiu sua garganta apertada, seu mundo parecia que ia desabar.
- Eu sinto muito, Rony... – Hermione deixou que uma lágrima escorresse. – Mas é quase impossível que achemos alguma coisa.
- NÃO! – Ele gritou e se levantou. – NÃO É VERDADE!
- Fica calmo... – Hermione murmurou e se levantou também, enquanto abraçava o namorado. – Tenho certeza de que o Harry está cuidando de tudo... – Ela suspirou. – Ele tenta esconder, mas eu vejo que ele está lutando... Ele está fazendo de tudo por Gina, querido.
- Ele mentiu pra gente... – Rony ficou vermelho. – Ele está fazendo tudo isso por pena! Nunca nem sequer notou a Gina!!!
- Não fale assim... – Hermione repreendeu-o – Você não vê? Harry a ama. Ele está sofrendo também...
- Eu não vou perde-la, Hermione. – Rony suspirou. – Não vou perde-la.
- Nós não vamos. – Hermione segurou o rosto dele com as duas mãos. – Prometo que vou fazer de tudo Rony, para tentar achar alguma cura.
- Obrigado. – Ele respondeu e deu um selinho na namorada, sentindo-se um pouco mais calmo. – Se o Harry machuca-la, juro Hermione, que vou esquarteja-lo com um facão.
- E eu vou ajuda-lo, pode ter certeza.

***
Harry acordou sentindo um corpo entrelaçado ao seu.

Por um instante ficou atordoado, mas depois sua mente se clareou. E ele sentiu Gina, colada a si.
Ela estava com uma perna passada por sua cintura, e o tronco estava colado em suas costas. Uma das mãos dela estava entrelaçada com a sua. As duas mãos se encaixavam perfeitamente.

Harry sentiu o calor que emanava do corpo nu dela, e descobriu-se encantado com a sensação de acordar com ela a seu lado, junto a si.

Haviam feito amor na noite passada. E por mais que tentasse se sentir culpado, não conseguia. Não conseguiria sentir culpa por algo que fora tão terno e doce e, ao mesmo tempo tão frenético e selvagem.

Gina era sua vida. Era seu mundo. E nem mesmo Voldemort, ou a maldição dela, fariam com que Harry naquele momento, sentisse algo, além do intenso amor, que descobrira sentir por sua ruiva.

Amor em estado bruto. Amor denso, quase palpável.

Não, ele não se arrependia de ter se unido a Gina na noite passada. Não se arrependia, de a ter junto a si, numa dança sensual de corpos, enquanto ofegavam, espantados com a intensidade do prazer.

Precisavam um do outro, assim como precisavam de ar. E a forma mais certa e sincera de demonstrar todo esse sentimento, que os embriagava e os deixava loucos, era fazendo amor. Simples assim.

Gina se mexeu levemente a seu lado, e abriu os olhos cor de uísque, que pareciam brilhar mais do que normalmente. Sentia-se estranhamente viva, ali. Podia sentir seu coração batendo rapidamente, e sua pele, quente de encontro a de Harry.

Vida... Será que já havia compreendido a vida, antes de aquela noite?

Não... Pelo menos, nunca havia sentindo a vida em si, circulando por suas veias, batendo em seu peito, como um ser vivo.
Sentia-se absurdamente emocionada. E feliz. Harry havia a tratado como uma princesa. E não se esqueceria nunca disso.
Do sabor dos lábios dele. Do contato das mãos... Calor contra calor. Fora mágico. Fora perfeito. Sem inibições e vergonhas... Era apenas... Amor.

Gina sorriu e se desenroscou de Harry, rolando sobre e ele e ficando cara a cara com os olhos verdes mais lindos do mundo.

- Bom dia, querido. – Ela murmurou e entrelaçou sua mão a dele novamente.
- Bom dia, flor do dia... – Ele falou brincalhão notando que a única coisa que conseguia enxergar era Gina. Todo o resto a sua volta estava embaçado, porque estava sem óculos. E seria sempre assim, percebeu. Tudo em seu mundo agora era Gina. Não conseguia enxergar mais nada. E nem nunca conseguiria. Porque ela era tudo.
- Você acha que vamos ser mortos quando nos virem hoje?
- Por quem?
- Ah, sei lá... – Gina murmurou enquanto delineava com uma das mãos a cicatriz dele. – O Rony, é lesado, mas não é burro. Ele com certeza vai deduzir que nós estivemos nos... Divertindo. E depois tem os professores, sabe? Eles vão ficar muito “P” da vida com a gente, porque nós matamos todas as aulas de ontem.
- Não se preocupe com Rony. Qualquer coisa eu dou um soco nele. Seria muita hipocrisia ele falar qualquer coisa, quando também tem suas sumidas estratégicas com a Mione. E quanto aos professores... Bem, eu não me importo em pegar detenções conjuntas com você, querida. Nós podemos nos divertir muito, você sabe, naquelas salas escuras...
- Ah! Seu pervertido! – Gina falou divertida enquanto se levantava da cama e procurava sua calcinha, que achou caída no chão.
- O que, diabos, você está fazendo? – Harry perguntou, vendo o borrão ruivo que era sua namorada se esgueirar por entre o aposento, enquanto ia pegando suas peças de roupa.
- Estou me vestindo, oras! – Gina falou com calma, pegando os óculos de Harry e colocando no rosto dele. – Você devia fazer isso também, se quer saber minha opinião.
- Prefiro fazer isso daqui a pouco, sabe. – Ele murmurou maroto, vendo o corpo da ruiva, emoldurado apenas por uma calcinha de rendas branca e um sutiã também de rendas. –Você é linda.

Gina parou de tentar vestir a saia do uniforme e se sentou na beira da cama. Ela colocou uma das mãos no peito de Harry enquanto com a outra, acariciava os cabelos dele.

- Eu amo você Harry... Foi perfeito. Eu nunca tinha... Você sabe...
- Tudo bem... Eu também não... – Harry corou furiosamente, assim como Gina. Depois eles trocaram um olhar completamente constrangido e começaram a gargalhar.
- Ok... – Gina falou ofegante. – Essa cena foi patética...
- Eu... Concordo. – Harry disse e abraçou, sentindo o cheiro inebriante dela. – Mmm... Eu amo você.
- Também. – Então, Gina o beijou.

***

- RONALD! – Hermione finalmente gritou perdendo a paciência. – PARE DE ANDAR DE UM LADO PARA O OUTRO COMO UMA BARATA LOUCA!
- Mas... Hermione, eles ainda não chegaram!
- Escute bem, porque é a última vez que eu vou falar: N-Ã-O A-C-O-N-T-E-C-E-U N-A-D-A C-O-M E-L-E-S!
- Mione...
- Ronald... – Hermione suspirou. – ... quantas milhões de vezes eu vou ter que falar que Harry a AMA? Merlim! Ele não deixaria que nada de mal acontecesse a ela. E ela precisa aproveitar...
- Aproveitar?
- Você ouviu alguma coisa do que eu disse sobre a maldição?! – Hermione fechou os olhos, exasperada. – Ela precisa viver. Precisa ser feliz... E ela é feliz com Harry. E você sabe que ela está sendo mais feliz do que jamais foi.
- Eu sei... Eu sei, mas... Eu também quero ficar com ela... Eu a amo tanto Hermione... E, no entanto, sei que o Harry é a única pessoa que a deixará completamente feliz.
- Deixe-a viver... E a abrace quando ela chegar... Ela vai gostar. E pelo amor de Merlim... Não faça um escândalo.
- Não vou fazer, Hermione. Não vou fazer...


***

N/A: Tudo bem, podem me matar. Sei que demorei muito pra postar esse capítulo, mas eu simplesmente NÃO conseguia escrever. E pra piorar eu estou em SEMANAS DE PROVAS, ou seja, estou caminhando em direção a morte. Não que eu seja uma garota completamente burra e lesada, mas ainda assim as drogas das provas exigem muito de mim, se eu não quiser ficar de recuperação.

De qualquer modo, então peço que me desculpem, pelo tamanho do capítulo. E também, me perdoem se eu não tiver conseguido expressar bem os sentimentos dos personagens.

Estou postando hoje, pois talvez não consiga postar na semana que vem e porque eu ganhei um concurso de redação em PRIMEIRO lugar e por isso, minha inspiração voltou um pouco. De qualquer modo, espero que gostem do capítulo.

Ah... E pra quem quiser acompanhar minha outra FF, ela se chama: “Caminho Para o Amor” e é uma UA, ok?
O link é: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=27693

Bem, sem mais delongas... Obrigada por quem comentou e até o próximo capítulo
BeijOs MeladOs! =*


By: Bruna Star

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