Malfoy



Capítulo 5 – Malfoy


Draco Malfoy andava pelos corredores de Hogwarts com a expressão fria no rosto.Os traços bem desenhados de sua face contrastavam perfeitamente com os olhos prateados e gélidos.

Sua boca se contorceu em um pequeno sorriso quando ele a viu em sua frente. Não se permitia sorrir freqüentemente, mas abrira uma exceção naquele momento.

Então ele umedeceu os lábios, botou uma expressão triste no rosto e começou a botar seu plano em prática.

Andando rapidamente, esbarrou “sem querer” na ruiva que andava calmamente e sozinha pelo corredor.

- Desculpe. – Draco murmurou com a voz embargada e a ajudou a se levantar, delicadamente.
- Malfoy? – Gina perguntou com o cenho franzido, estranhando a reação dele.
- O que foi? Não se pode mais ser educado nessa escola? – Ele perguntou com um sorrisinho triste no rosto.
- Você está de zoação com a minha cara, não é?
- Olha Weasley... – Ele começou enquanto pegava um livro dela que havia caído no chão. – Não é porque eu odeio seu irmão e seu namoradinho, que eu tenho que ser mal educado com você, ok? Sou um Malfoy, mas não sou um monstro.
- Você está doente? – Gina perguntou estreitando os olhos. – Só pode estar brincando comigo.

Draco estava sorrindo por dentro. Gina Weasley era um pedaço de mau caminho. E talvez se aproveitasse um pouco dela no final das contas.
- Weasley, eu já disse que não tenho nada contra você, não é? Não preciso de mais infelicidades (e inimigos) do que já tenho. – Ele murmurou essa última parte bem baixinho, mas não baixo o bastante para que ela não ouvisse.

Gina Weasley não era uma menina ingênua. Mas tinha o defeito de ter o coração muito mole. Não agüentava ver o sofrimento dos outros. Por mais que esse “outro” fosse um Malfoy.
Por isso, sua expressão se suavizou um bocado antes dela dar um tapinha nas costas dele e sair andando, fingindo que nada tinha acontecido.
Só não sabia ela, que Malfoy estava agora com um sorriso satisfeito no rosto. Afinal de contas, não seria tão difícil assim vigiar a Weasley pobretona. E ainda poderia se aproveitar um pouquinho, se o Lord deixasse.

***

- Você sabia não é? – Voldemort perguntou nervoso para o espectro de Morrígan.

A sala em que os dois se encontravam era escura. Havia uma espécie de trono no meio desta e uma jaula onde o espírito de uma mulher vivia aprisionado. O sentimento de medo era a primeira coisa que se sentia ao se penetrar tal aposento.

- Não, Lord... – Ela sibilou tornando fingir ser algo que não era. – Se eu soubesse é claro que lhe diria, afinal vou me favorecer, não?
- Acho, querida, que não vai realmente querer me enganar. Num momento você está a favor deles e no outro do meu lado!
- Vamos jogar limpo então. – Morrígan começou enquanto se levantava com extrema dificuldade, mas não deixou transparecer. – Eu realmente fiquei do lado deles no começo. Pra que mentir, não é? Mas agora, eu vejo a grande possibilidade de me dar bem. Ginevra, Voldemort, é ingênua. A garota tem um coração tão puro que ma dá nos nervos. Você não vai encontrar dificuldades em captura-la.
- Morrígan, Morrígan... – Voldemort estreitou os olhos se aproximando dela. – Ela está namorando o garoto Potter!
- O que não quer dizer, necessariamente que ele a ame, certo?
- Você quer dizer que...
- Exato! – Ela sorriu maliciosa. – E se ele por um acaso se apaixonar por ela, duvido que faça o ritual para salva-la... Então não dará certo!
- Mas nós podemos dificultar ainda mais as coisas... – Ele soltou uma gargalhada fria. – O imprestável do Malfoy já está fazendo a parte dele e eu... Posso fazer uma visitinha à ela...

Se Morrígan tivesse um corpo físico, certamente ficaria tão pálida quanto o possível. Mas como não tinha, se contentou em se sentir culpada pelo que estava fazendo.

- Não esqueça que a garota é forte. – Foi tudo que Morrígan pode murmurar antes de voltar a se sentar fechar os olhos.
***


Gina andava calmamente pelos corredores. A expressão infeliz de Malfoy não lhe saia da cabeça. Por que, diabos, um Malfoy deixaria transparecer seus sentimentos dessa forma?

Ele estava louco, só podia ser. Não é como se um Malfoy fosse realmente uma pessoa que sofre, ama e se diverte. Os Malfoy, sempre, por todos os séculos dos séculos, foram pessoas frias e fúteis. E então agora, aquela doninha descascada resolvia, só Merlim sabe porque, quebrar a regra da família. E não era como se ele fosse uma exceção ou coisa parecida. Ele simplesmente...

Mas Gina não pode terminar o pensamento. Uma mão a agarrou pela cintura e a puxou para uma sala de aulas, esmagando seus lábios num beijo arrebatador e dócil ao mesmo tempo.

Gina reconheceu na hora a textura das mãos e, sentiu a armação dos óculos. Não pode evitar sorrir por entre o beijo e puxa-lo mais para si. Sentiu quando Harry a prensou contra a parede, ajeitando-a por entre suas pernas.

- Harry... – Ela murmurou por entre o beijo. – Eu tenho aula com o Snape agora...
- Aham... – Ele murmurou de volta sem para de beija-la. Segurou mais forte sua cintura e a levantou no colo, colocando-a sentada em uma mesa.
- É sério... Ele vai me estrangular se eu chegar atrasada...

Dessa vez ele não respondeu. Mas diminuiu o ritmo alucinado do beijo, para um roçar de lábios mais terno e suave.

Gina conseguia sentir as batidas frenéticas do coração dele e o hálito fresco que lhe deixava encantada.
Sentia perfeitamente o carinho com que ele a tratava e a ânsia que os dois tinham em estar juntos. Parecia coisa de outro mundo, mas era real. Ela obrigou-se a lembrar que era real. Finalmente.

Porque só Merlim sabe o quanto sofrera sem ser notada por ele. Tentara, é óbvio, esquecê-lo saindo com outros garotos, mas depois de um curto espaço de tempo tudo fora ruína abaixo porque nenhum era ele. Nenhum tinha esse gostinho bom na boca e nenhum tinha essas mãos grandes, quentes e carinhosas, que faziam-na sentir-se segura. Ele era o Harry. O seu Harry. E isso bastava.

- Vá logo então. – Harry disse com um sorrisinho malicioso. – Mas se ele fizer qualquer coisa contigo, por menor que seja, me avise que eu jogo umas bombas de bosta na cabeça dele, pra ele aprender que não se deve mexer com a minha namorada.

Gina sorriu e deu um selinho nele, indo logo em seguida para sua aula de poções.

***

Quando Gina saiu da sala, Harry encostou a cabeça na parede e fechou os olhos.
O que diabos estava acontecendo com ele? Como podia, em tão pouco tempo, ter ficado tão dependente de uma garota que nem amava?
Estava fazendo tudo isso por gratidão. Aceitara participar desse plano, porque Gina ia morrer no final, quer ele a namorasse, quer não.
Se ele ia sofrer? Merlim sabe o quanto ele ia sofrer, mesmo se ela não fosse sua namorada. E agora... A conhecendo mais profundamente, era quase impossível que não se sentisse destruído, somente pelo fato de ter que ficar longe dela... E Gina ia morrer!

Harry fechou os olhos fortemente e crispou os lábios. Ele ia falar com Dumbledore. Ia suplicar a ele que pesquisasse mais um pouco por uma cura... Ou por qualquer feitiço que estendesse um pouco mais a vida dela. Não podia deixa-la partir assim, sem luta. Devia haver um jeito... Uma esperança que fosse...

Era injusto que o destino fizesse isso com uma garota tão boa, enquanto existia um Voldemort, solto por aí, matando e destruindo a tudo e a todos.
Harry já havia se acostumado com as injustiças. Mas mesmo assim, nunca deixara de lutar contra elas e, nunca deixaria.

***

Quando Gina fechou os olhos pra dormir naquela noite, dormiu instantaneamente. Estava exausta e não entendia o porquê. Sentia seu corpo todo esgotado e tudo o que queria naquele momento era descansar.
Não foi bem isso que fez.

Ela estava caminhando por um caminho de pedras. Sentia frio, muito frio, mas a trilha parecia não acabar nunca. Então começou a subir em um morro. Um horrível perspectiva assolava sua mente enquanto ela ia subindo, mais e mais alto.
Viu que estava com um vestido branco bem colado em seu corpo, que chegava a se arrastar no chão. Seus cabelos ruivos estavam presos em um coque bem feito no alto de sua nuca.
Sentiu sua respiração se tornar ofegante a medida em que caminhava pela trilha e se aproximava do topo da montanha. Seus pés descalços estavam doendo muito e ela viu, com grande terror que estavam sangrando.
Então começou a correr. Correu desesperadamente até o topo da montanha e olhou por cima de seus ombros vendo assim vários vultos se aproximarem de si.
Começou a sentir uma falta de ar terrível e viu que sua única saída era o precipício logo abaixo de si. Olhou novamente para os vultos e reconheceu o do meio. Era Harry.
Mas ele não tinha a expressão carinhosa no rosto, como normalmente. Tinha o rosto contorcido em uma careta de desagrado, ódio. E estendeu as mãos. Estava tão perto que quase podia toca-la.
Gina sentiu a textura fria das mãos dele de encontro a seu pescoço e engasgou quando ele começou a aperta-lo. Não conseguia respirar mais. Sentia as lágrimas escorrendo livremente por seu rosto e não agüentou o olhar que Harry lhe lançava. Por isso num último golpe de força deu um empurrão nele fazendo com que ele se afastasse. O problema foi que ela começou a cair no precipício. O frio na barriga era aterrorizante e ela conseguia ouvir a gargalhada que Harry estava soltando.
Era o único som que ouvia. Sua cabeça girava loucamente enquanto uma vontade de vomitar horrível se apoderava de si.
E quando pensou que ia bater no chão tudo mudou.
Estava agora em uma sala circular pequena e não conseguia enxergar nada. Só sentia calor. Estava terrivelmente abafado dentro do aposento. O vestido estava apertando sua barriga terrivelmente. E era por isso que não conseguia respirar direito.
Tentou se livrar da roupa, mas não obteve sucesso. Sentou-se no chão desesperada e tentou gritar. Sua voz não passava de um sussurro rouco. E então tudo se acendeu. E Gina o viu. Com o rosto de cobra e os olhos aterrorizantes, Voldemort estava ali, sorrindo malicioso pra ela.
A cabeça de Gina começou a rodar e sua visão ficou turva por um momento. Então as sensações passaram. Ela conseguiu respirar novamente. Sua visão voltou ao normal. Tudo melhorou. Até Gina perceber que só estava de calcinha e sutiã.
- Ora, ora... Faz muito tempo que não nos falamos não é Ginevra? – Voldemort perguntou enquanto olhava fixamente pra ela.

Gina não respondeu. Apenas tentou se esconder dele. Olhou para os lados e não viu nada. Nenhuma porta, nenhuma janela... Absolutamente nada!
Então a temperatura aumentou consideravelmente fazendo-a suar. Mas Gina não fez nada. Apenas respirou profundamente e olhou bem nos olhos de Voldemort.

- O que você quer comigo? – Ela perguntou corajosamente, mas por dentro tremia feito uma vara verde.
- Acho que a resposta está bem obvia, Ginevra. – Ele respondeu malicioso olhando fixamente para o corpo dela.

Gina estremeceu, mas franziu o cenho. Ele só podia estar brincando, não é? Isso era alguma brincadeira de muito mal-gosto.
Não se contendo, Gina gargalhou.

- Vamos Tom, pare com isso! – Ela falou com a voz firme, mas o calor estava começando a deixa-la sem ar novamente.
- Acha que eu estou brincando, Gininha? – Ele perguntou enquanto se aproximava dela. – Mas fique calma porque não será hoje que eu porei minhas mãos em você. – Seus lábios finos e pálidos se curvaram em um sorriso maquiavélico. – Estou aqui só pra te dar um aviso, pequena.
- Eu não quero nada que venha de você, seu porco! – Gina sibilou quase cuspindo as palavras.
- Tsc, tsc, tsc... – Ele a repreendeu “amavelmente”. – Pare com isso, Ginevra. – Delicadamente passou os dedos longos sobre os lábios rosados dela. – Só quero lhe dizer pra ter cuidado com o Potter.
- Realmente eu teria que ter muito cuidado... Afinal temos que cuidar para que as pessoas que nos amam não nos matem, huh? – Ela falou sarcástica enquanto se afastava dele. – Harry me ama Voldemort! Não tenho que ter medo dele.
- Tão ingênua... – Ele soltou uma gargalhada fria. – Alguma vez o idiota do Potter já disse que te ama? – Não deu chances para ela responder. Apenas se aproximou mais dela e a agarrou pela cintura. – Ele só quer seu corpinho, Ginevra. Quer se aproveitar de você... Te levar pra cama como uma puta. – Ele sorriu malicioso. – Entendeu agora, ou quer que eu desenhe?
- Você não acha mesmo que eu vou acreditar no que você está me dizendo, acha?
- Pois deveria. – Ele bufou e se soltou dela, aproximando os lábios de seu ouvido. – Ele trai você, Gininha... Ele vai dormir com outras, enquanto você está no seu quartinho sonhando com os dias perfeitos que terão no futuro...
- Mentira! – Ela gritou sentindo lágrimas escorrerem por seu rosto. – Você é um porco nojento! Eu te odeio! Te odeio! Harry nunca...! Nunca faria isso comigo! Ele me ama!
- Então comece a observa-lo mais atentamente, ruiva. – Voldemort se aproximou novamente dela e escorregou as mãos por suas costas. Depois sorriu e deu uma piscadela com um olho, para logo em seguida tudo começar a girar, girar e girar...



Gina acordou suando muito em sua cama. Seu cobertor estava todo enrolado em torno de si a apertando fortemente.
Sua cabeça continuava girando, fazendo suas vistas se tornarem embaçadas. Seu coração palpitava fortemente, fazendo-a tremer inteira enquanto lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto pálido.
Merlim, o que estava acontecendo com ela? Não tinha pesadelos com ele há muito tempo. E agora lá estava, chorando e tremendo como um bebê enquanto imagens nojentas lhe invadiam a mente.
Precisava se acalmar. E sair dali. O calor a estava consumindo e ela precisava de um pouco de ar fresco.
Por isso, silenciosamente, desceu as escadas para o salão comunal, sem acordar as colegas de seu dormitório.
Sentou-se em uma poltrona perto da janela e fechou os olhos, sentindo uma brisa suave lhe acariciar o rosto, de um jeito tenro, agradável. E então soube que não estava mais sozinha.
Encostado em uma poltrona atrás de si, com os braços cruzados em frente ao peito, Harry Potter a observava atentamente, com um pequeno sorriso no rosto.
Ele estava extremamente sexy, usando apenas a calça do pijama enquanto seu peitoral forte se destacava perante a fraca luz da lareira.
E quando ele sorriu ali, naquele instante, Gina soube que ele não estava com outra e que a amava. Mesmo que não dissesse isso.
Era humanamente impossível que alguém tratasse outra pessoa como ele a tratava e não amasse essa pessoa.
- O que faz aqui? – Harry perguntou enquanto se dirigia à ela, sem parecer envergonhado por ter o peito desnudo.
- Pesadelo. – Gina sorriu e lhe lançou um sorriso calmo. – Nada de mais. Apenas bobagens.
- Tem certeza? – Harry perguntou franzindo o cenho, enquanto a observava atentamente. Seu rosto estava mortalmente pálido e um pouco suado. Seus lábios contrastavam perfeitamente com essa cena, estando num tom de vermelho sangue intenso e sedutor. E por fim, a calça do pijama, que ia até de baixo de seu joelho, e a blusa colada que usava, pareciam se moldar perfeitamente àquela imagem, dando a Gina um ar angelicalmente aterrorizado. – Você pode me contar qualquer coisa, querida.
- Está tudo bem, Harry. – Ela respondeu se levantando e enlaçando o pescoço dele com os braços. – Foi apenas uma bobagem que me deixou assustada. – Ela sorriu maliciosamente e aproximou seus lábios do dele. – Já passou...

Tudo que havia na mente de Harry evaporou em um segundo quando ela colou seus lábios macios no dele. Havia uma certa química entre eles que parecia não se esgotar nunca... Como uma droga em que se vicia e não se consegue largar mais.
Então ele aprofundou o beijo delicadamente, no que não houve resistência da parte dela. Suas línguas se entrelaçavam suavemente, numa carícia doce e terna.
Harry escorregou uma das mãos por toda a extensão de suas costas até abraçar a cintura e com a outra segurou a nuca de Gina, despenteando assim, seu cabelo ruivo que tanto o fascinava.
Ela soltou um pequeno lamento pelo lábio e se agarrou mais nele, fazendo seus corpos ficarem colados. Então um pequeno calor começou a se espalhar, desde a ponta de seus pés até seu pescoço, mas, Gina percebeu, não era o calor que estava sentindo antes... Era um calor que a reconfortava e a fazia sentir-se segura... Um calor que fazia com que seu corpo ficasse todo arrepiado...
Merlim! Era tão bom estar com aquele garoto... Tão bom sentir as mãos fortes dele, prensando seu corpo... Era mágico, era perfeito.
- Você está tremendo, querida. – Harry sussurrou em seu ouvido. E só então, Gina percebeu que o calor se transformara em fogo e agora, ela incendiava aos poucos, tornando-se as cinzas que esvoaçavam ao vento, quando soltas na praia.
- É minha reação a você. – Gina sussurrou e fechou os olhos encostando a cabeça no ombro largo e forte dele. – Só a você.

- Voldemort a amaldiçoou... - A voz do senhor Weasley penetrou a mente de Harry, como se estivesse ali do seu lado, murmurando essa palavras em seu ouvido. - Não sabemos direito o que irá acontecer com ela, mas... Ela ainda está viva! Precisa de amor e de...Você, Harry! Ela o ama e você sabe muito bem disso...

- Eu sempre estarei aqui... – Ele falou para Gina enquanto a abraçava mais forte. - Com você. Aconteça o que acontecer eu… Sempre estarei aqui, ao seu lado...
- Eu sei... – Ela se afastou e deu um sorriso luminoso. – Eu sempre estarei com você também. Nada vai me fazer deixa-lo.

Harry pensou em seus pais. E em como eles deveriam ter feito essa promessa a ele quando era apenas um bebê. Sentiu sua garganta se apertar, seus olhos marejarem e um turbilhão de sentimentos se instalarem dentro de si. Seus pais fizeram essa promessa. A certeza o arrebatou. E a cumpriram.
Eles estavam ali, naquele momento, sentindo tudo o que ele sentia por Gina naquele instante, porque eles estavam em seu coração. Assim como Sirius. E sempre estariam ali. Sem previsões de tempo nem de intensidade. Somente estariam, imortais e intocados.
Se Gina se fosse, seria assim também. Ela estaria ao seu lado o tempo todo. Dentro de si, impregnada como a doença que agora a arrebatava.
Harry fechou os olhos. Se Gina morresse, ele não iria agüentar. Mesmo sabendo que ela estaria ali com ele, não agüentaria. Precisava achar um jeito de cura-la. Faria de tudo para salva-la.
Simplesmente porque a amava. Amava com todas as forças de seu coração. Daria sua vida, para vê-la feliz.
E essa certeza, - tão simples e concreta, - encheu-o de um terror enorme. Não pretendia se apaixonar por ela. Não pretendia que esse sentimento, - que havia começado como uma pequena chama, - agora abrangesse proporções tão grandes e incoerentes, se tornando um grande incêndio.
Ele nunca havia notado Gina. Nunca havia a tratado como uma mulher de verdade e, no entanto, lá estava ela ali, consigo. Ela havia perdoado sua miopia. Havia o perdoado por não a ter notado antes.
Gina era sua. Somente sua e ele sabia disso. Eles pareciam moldados. Um para o outro. Se encaixavam e se entendiam tão bem, que parecia ilusório tudo o que estavam passando. Tudo o que sentiam.

- Harry eu... – Gina murmurou agarrando-se no ombro dele e suspirando. – Eu não estou conseguindo respirar direito... O ar está denso... – Ela olhou-o e ele viu como ela havia empalidecido.
- Fique calma, querida. – Harry respondeu e a segurou no colo, sentindo a pele dele de encontro a sua, quente, febril. – Tente respirar fundo... – Madame Pomfrey havia dito à ele o que ele poderia fazer para ajuda-la nas horas de crise. Se não melhorasse, ele teria que leva-la diretamente a enfermaria. Então ele delicadamente a deitou no sofá e conjurou um copo de água. Ajudando-a beber logo em seguida.
- Harry... O que... Está... – Gina fechou os olhos e uma lágrima escorreu por seu rosto. – O que está acontecendo comigo? Eu sempre tive uma ótima saúde e agora isso...
- Não está acontecendo nada. – Ele falou firme sentando-se do lado dela e colocando a mão em seu pescoço, tomando seu pulso discretamente. – É só uma queda de pressão, nada mais. Eu só preciso que você se esforce pra respirar fundo.

E Gina fez o que ele pediu.

***

N/A: Ok, eu não gostei muito desse capítulo. Ele ficou... Estranho. Mas pelo menos já apareceu um pouco mais sobre a doença da Gina e o Harry finalmente sacou qual era a dele! *Coro de aleluia*

Então, amores, por favor, me digam o que vocês querem que eu mude e o que eu preciso melhorar pra eu tentar concertar...

E muito obrigada a quem comenta e a quem não comenta também! *Bruna profundamente emocionada e com os olhinhos marejados*.
Ok, eu estou dramatizando, mas fazer o que né? Estou meio lesada hoje. Nada que não vá passar. Aff…

PS: Gostaria de agradecer (e dedicar esse capitulo) a minha vizinha Martina, porque sem ela eu não conseguiria escrever essa fanfiction. Então vizinha obrigada por ficar até as três da manhã aqui em casa me aturando e me dando idéias pro Harry e a Gina. Love you Chuchu!
♥♥♥♥
Quero Coments! E Votem!

Ósculos e Amplexos!!!

By: Bruna Star!

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