A proposta
Hermione demorou um pouco mais do que o costume para se arrumar aquela manhã. Enrolou o quanto pôde no banho e depois, para se enxugar, trocar e pentear os cabelos, para dar a mãe todo o tempo do mundo para se restabelecer, afinal de contas, sabia que o assunto que pretendia tratar com ela era muito, mas muito delicado.
Abriu a porta de seu quarto com cuidado, seu perfume suave tomando conta do corredor. Olhou para os lados; a mãe devia continuar lá embaixo e a porta de Malfoy estava fechada. Encolheu os ombros e saiu do quarto, não se preocupando em encostar a própria porta. Passou pelo quarto do sonserino em silêncio, afinal de contas não o queria dando opinião no que não sabia, de novo, e então desceu as escadas.
A sala estava vazia, bem diferente da noite anterior, quando tinha ficado apinhada de bruxos, para a “felicidade” de seu pai. Mione passou direto por ela, mentalizando a cozinha. Sabia que a mãe estava lá. A porta do cômodo estava entreaberta e a garota não pensaria duas vezes em empurrá-la levemente com uma das mãos para entrar se não tivesse escutado uma voz tão familiar, tratando de um assunto tão... recente.
- ...com magia negra! Mas, ainda não sei quem as fez! Anne não comentou nada com você sobre isso? – ela podia ouvir a voz de Lupin, do outro lado da porta.
- Não, não comentou. Mas seria bem o tipo de coisa que ela faria por mim, não? - Lynda respondia. Mione pensou que devia tirar o chapéu para mãe. Ela com certeza estava se controlando muito para esconder em sua voz a tristeza e mágoa da partida de Edward.
- Talvez. Fico pensando se não seria o tipo de coisa que ELE faria... - Lupin ponderou.
Hermione não queria mais ouvir nenhuma conversa alheia naquela manhã, mas não pôde deixar de prestar atenção depois das palavras "magia negra" e a clara evidência de que estavam falando sobre sua mãe verdadeira. Tinha reconhecido de imediato a voz de Lupin e se perguntou o que ele estaria fazendo ali tão cedo... mas segundos depois chegava a conclusão de que ele devia ter ficado de guarda em sua casa. Mordiscou o lábio e decidiu não ouvir mais, empurrando a porta e entrando na cozinha.
- ...ahm ...bom dia! – desejava, olhando de Lupin para a mãe.
- Bom dia, meu amor! - Lynda cumprimentou, com um belo sorriso. Aquela realmente era uma mulher forte - Sente-se eu vou preparar seu café! - falou, enquanto se levantava da cadeira que ocupava ao lado do ex professor de Defesa contra Artes das Trevas, indo em direção ao fogão.
- Bom dia, Mione... - Lupin murmurou, o rosto cansado denotando alguém que não dormira a noite inteira.
- Ahm... - Hermione murmurou sem saber o que dizer. Sorria de forma amena, mas nada feliz... Não poderia falar com a mãe a respeito do pai naquele momento, não com Lupin ali. Sentava-se, fitando as costas da mãe, um bocado desconfortável em iniciar uma conversa em que teria de admitir que tinha escutado o que não devia. Ninguém falou, e por algum tempo, só havia o barulho de Lynda cozinhando.
- Lyn... - Lupin começou, fitando as costas de Lynda - Dumbledore precisa de informações precisas. Tem certeza que você não sabe se foi Faust ou Anne que colocou magia negra nessa casa?
- Absoluta... - Lynda respondeu, sem desviar os olhos castanhos dos ovos que estava fritando - Mas, que eu lembre Faust era péssimo com magia negra, enquanto a Ann... - ela suspirou - Bom, ela era um gênio nessa área.
Hermione não disse nada. Para ela, era meio óbvio que Anne quem tinha colocado magia negra na casa. Na verdade, óbvio demais... e já estava em contato com o mundo bruxo tempo suficiente para não acreditar piamente naquele tipo de situação. Pigarreou brevemente, chamando atenção para si:
- ... uhm... se é que eu posso opinar... não é um pouco óbvio demais suspeitar dela só porque conhecia sobre magia negra?
- Ela não conhecia magia negra, filha... - Lynda respondeu, ainda sem se virar ou interromper o que estava fazendo - Ela NASCEU para magia negra...
- E as magias que se encontram aqui são complexas e bem inteligentes, segundo Moody! - Lupin completou, agora olhando Mione - É o perfil de Anne. Embora, o que você disse possa ser verdade. Alguém pode ter imitado o estilo dela... alguém que a conhecia muito, como o Faust... O que volta a minha primeira pergunta, Lyn. Você tem tido contato com Faust nesses últimos anos?
- Depende do quê você define como contato, Aluado... - Lynda respondeu finalmente virando-se de perfil para fitá-lo; após ver o olhar de insistência do Auror, continuou - Ele ignora minhas corujas, mas deixa sutis indiretas de que está presente...
Mione ficou em silêncio, escutando-os. Não tinha nem idéia do que pensar, já que daquilo ainda não conhecia nada. E por mais que tivesse descoberto que a mãe tinha mentido a respeito de Anne, não achava que estivesse mentindo agora. Comprimia os lábios quando Lupin fazia aquela pergunta. Tinha feito uma parecida à Andrômeda, no sentido de saber se Faust ainda estava vivo e a resposta não tinha sido boa. Mas então a mãe dizia aquilo, bagunçando completamente seus pensamentos e a obrigando interferir na conversa.
- Mas a mãe de Tonks disse ontem que... que... ele devia estar morto... ou pior do que isso! - exclamava olhando para a mãe com cara de interrogação, como quem perguntava 'porque não disse isso antes?’.
- Mas eu não podia dizer isso na frente de uma completa estranha! Ainda mais a para uma desconhecida mãe daquela berinjela ambulante e mal educada! - Lynda se justificou, com um ligeiro tom irritado na voz.
- Que sutis indiretas são essas? - Lupin perguntou na primeira oportunidade, ignorando a conversa paralela da mãe e filha.
- A maioria são presentes... - Lynda explicou, encolhendo interromper aquela discussão também - Para Mione, é claro. Começou desde o primeiro Natal que ela passou com a gente. Um presente misterioso endereçado à Mione simplesmente apareceu na árvore de Natal. Com medo que Edward suspeitasse de alguma anormalidade, eu assumi o presente como meu. E isso acontece até hoje. E o mais curioso é que os presentes que ele manda são exatamente o que Mione deseja no momento. Como no Natal passado, que ele deu um livro caríssimo de Aritimância que Mione estava babando há alguns meses...
- São presentes dele? – Hermione interrompeu a mãe de novo, alteando as sobrancelhas completamente espantada - ...mas... - parecia pasma demais para continuar a falar nos próximos segundos - ... Por que...? - perguntava a primeira pergunta óbvia que passava em sua cabeça, parecendo bastante confusa. Por que Faust daria presentes para a filha de Anne com outro homem?
- Porque ele é seu padrinho...- Lynda esclareceu, finalmente colocando a frente da filha dois saborosos ovos fritos com bacon - E ele gosta de você... ou melhor, ele te ama como um pai.
- Mas...? – ela já ia argumentar, quando as coisas encaixavam em sua cabeça - ... meu padrinho? - perguntava ainda mais abismada. Sua mãe devia ser um tanto sádica para convidar para apadrinhá-la o homem que amava. Não fazia sentido.
- Bom, em teoria... porque eu acho que na prática você é filha dele! – Lynda continuou, sentando de frente para Mione na mesa.
- Ele te confessou isso? - Lupin perguntou, intrigado.
- Não, mas Anne nunca teria tido uma filha com outro homem. Na verdade, eu duvido que ela algum dia ia querer ter uma filha. A não ser que Faust pedisse... - ela explicou, frisando o cenho de modo confuso.
Hermione sentia o estômago afundar quando a mãe dizia aquilo. Não gostava nada da idéia de não ter certeza de quem era seu pai. E conhecia tão pouco sobre Faust, que não sabia se queria que ele tivesse alguma ligação consigo.
- Mãe... isso não faz sentido algum... por que Anne me deixaria pensando que sou filha de Sirius, então?
- Não faço a mínima idéia... - respondeu Lynda, dando de ombros.
- Talvez Faust não tenha deixado-a abortar. Ele não seria capaz de matar uma criança só por causa do pai... – sugeriu Lupin.
- O que...? - ela parecia indignada - ... você acha mesmo que minha mãe tenha engravidado acidentalmente de Sirius? E que... além disso, pudesse ter pensado em... me... abortar? - parecia tonta com a idéia.
- Não sei... na época, passava mais tempo evitando que lobisomens se aliassem a Voldemort do que com Sirius. Mas é que... Anne e Sirius é um casal...
-...improvável demais para acontecer - completou Lynda, suspirando.
Hermione nem sequer tinha mexido em seu prato. Aquele tipo de coisa era que não dava para conceber. Sua vida era uma bagunça, e uma bagunça desde que tinha sido concebida. Suspirou, meneando o rosto ligeiramente pálido.
- Eu gostaria de ter certeza que Sirius era meu pai...
- É... a gente deveria ter pedido um teste de DNA...- Lynda brincou.
- Ele é seu pai, eu tenho certeza! - Lupin falou com firmeza. Mione percebeu o olhar intrigado que a mão dirigia a ele, e segundos depois, ele esclareceu - Conheço Sirius muito bem para saber quando ele fala a verdade ou não. E sobre o fato dele ser seu pai, eu tenho certeza que ele foi franco. Mas na parte de ter tido algo sério com Anne, eu não sei...
Mione encolheu os ombros, em dúvida. Era difícil manter certezas quando o mundo ruía ao seu redor. Suspirou, se limitando a ouvir a conversa agora. Apanhava o garfo e ficava remexendo na comida por um tempo, pensativa.
- Mas enfim, não adianta pensarmos nisso agora. Fora os presentes, você teve qualquer outro contato com o Faust? - inquiriu Lupin.
- Não. Tentei mandar corujas para agradecer os presentes e conversar com ele, mais não tive o menor sucesso... - Lynda respondeu num tom cansado.
- E quando foi à última vez que você o viu? - Lupin perguntou com ares de quem têm muitas outras perguntas a fazer.
- Logo um mês após a morte de Ann... - Lynda murmurou um tanto melancólica - Eu estava enlouquecida, na época. Minha irmã morta, eu com apenas vinte um anos, ainda na faculdade... um bebê para cuidar! - o olhar dela ficou meio vago, como se estivesse voltando a vivenciar aqueles momentos na memória - ...quando entrei no meu quarto para ver se Mione estava dormindo, eu o vi. Estava sentado na cama, olhando para Mione... ou pelo menos, parecendo que estava olhando. Faust estava completamente diferente da época de Hogwarts. Os cabelos na altura dos ombros, a barba por fazer... e... tinha uma faixa vendando os olhos. Eu até pensei que ele estava cego, mas tinha quase certeza que os olhos azuis dele enxergavam Mione... era tão... estranho.
Aquilo chamava a atenção da garota de novo, que erguia os olhos castanhos para Lupin, depois para a mãe. Faust não parecia estar menos do que 'enlouquecido' então, com a morte da mulher que amava... e por mais que Mione não tivesse realmente conhecido sua mãe, podia ter uma pequena noção do que ele sentia.
- Vocês... conversaram...? - perguntou baixinho. A mãe fez que sim com a cabeça.
- Eu tinha recebido uma visita da minha irmã sofrendo... e depois uma carta de Dumbledore dizendo que ela estava morta. Eu não vi o corpo e nem o local que ela foi enterrada. Não conseguia conceber que Ann... que minha irmã estivesse morta - ela completou, a voz fraca - Eu sei que tivemos divergências mais minha irmã era a única família que tinha...e eu nutria uma vã esperança que Faust me dissesse que tudo aquilo tinha sido mentira. Mais uma mentira...
-E ele apenas confirmou, não foi? – Hermione perguntou, ainda naquele tom de voz - Faust não disse mais nada? O que faria, para onde iria? - continuava, agora no tom melancólico emprestado da mãe, como se aquilo contagiasse. Sentia um arrepio frio correndo sua coluna. Comprimiu os lábios, esperando que a mãe respondesse. Lynda assentiu mais uma vez com a cabeça.
- Eu sentei perto dele e comecei a chorar. Então, ele me consolou... dizendo que Anne tinha feito o que tinha que fazer e que as coisas podiam ter sido piores. Eu não imaginava como as coisas poderiam ter sido piores... e perguntei isso a ele... Faust então me disse que você poderia ter morrido também...
- ... e ele não te explicou porque, não foi? – Mione perguntava depois de dar um grande suspiro - Foi embora depois... e você não o viu nunca mais?
- Explicou a maneira dele... - Lynda respondeu - Quando perguntei o que é que tinha que ser feito por Anne, ele disse que era para fazer você feliz. E ao ver que não entendi, ele apenas me pediu para esperar. Disse que Anne havia feito uma forma de você descobrir a verdade... e que seria entregue a você antes que completasse 17 anos... então... depois disso... eu nunca mais o vi.
Hermione ficou em silêncio. Sabia bem ao que a mãe estava se referindo. Ao diário da Anne. Aquele era o único caminho para a verdade e tinha chegado em suas mãos antes de seu aniversário; de uma maneira bem sinistra e caótica, era verdade... mas estava em suas mãos. Tudo o que precisava era saber como abri-lo. E apesar de todo aquele clima, sentiu uma pontada de excitação, por saber que estava perto da verdade, na trilha que Anne havia traçado. Não tinha contado sobre o diário para a mãe, e nem pretendia, não na frente de Lupin. Poderia haver pessoas demais interessadas nele e Mione não deixaria ninguém colocar as mãos nele antes que pudesse extrair cada linha que a mãe biológica tivesse escrito. E era por isso que esboçava uma reação vazia... como quem não tivesse idéia do que poderia acontecer em tão pouco tempo, para que descobrisse a verdade. Suspirou, finalmente levando a primeira garfada do desjejum aos lábios.
- Falta pouco tempo então... - Lupin murmurou para si mesmo, pensativo – mas... ele não disse o que poderia ser entregue à Mione? Um objeto? Uma penseira... um... sei lá, qualquer coisa... ?
- Não. Então, eu “agradeci” a ele por fazer à mesma coisa que Anne: dizer a explicação de tudo apenas à Mione e não a mim. Ele não respondeu nada e ficamos novamente em silêncio. Faust olhando Mione e eu o chão. Então eu... bom, veja bem, eu estava me sentido perdida e confusa e ele era a única pessoa que sabia de toda verdade. - ela explicou, os olhos castanhos idênticos aos de Hermione olhando diretamente para Lupin- Eu tinha que fazer aquela proposta, especialmente pela forma que ele olhava Mione...
- E você fez o quê? - Lupin indagou, intrigado.
- Eu o convidei a morar comigo e com Edward! - ela explicou, parecendo um tanto constrangida com a idéia - Eu diria a Edward que ele era algum parente meu e assim ele poderia acompanhar Mione crescer... Sei que existem feitiços que ajudariam a apagar e até criar uma memória nova. Ok, podia ser meio ilegal, mas a forma que o Faust encarava Mione... ou que eu achava que estava encarando, porque, como disse antes, ele estava com os olhos vendados... parecia tão carinhoso e ao mesmo tempo tão triste. Achei que essa proposta ajudaria a resgatar de novo aquele Faust feliz e brincalhão que conheci...
Quanto mais sua mãe tentava explicar como tinha sido aquele encontro, Mione menos entendia de seu 'padrinho'. Tudo bem que achava um pouco torta a idéia da mãe convidar um bruxo para morar com seu pai, mas talvez, se ele tivesse aceitado... frisou o cenho.
- ... ele não aceitou, não é? - ela perguntava, enquanto voltava apenas a mexer no prato de novo, sem levar novas garfadas à boca.
- Não... - a voz de Lynda soou grave e melancólica aos ouvidos da filha adotiva - Ele sorriu e pelo jeito do sorriso, acho que era a primeira vez que ele fazia aquilo... Mas mesmo assim, ele disse que não, que além de privá-lo ao amor, a vida o privou de criar você.
- Não... dá... pra entender! - ela exclamou frustrada depois de alguns segundos. Não que quisesse ter sido realmente criada por ele, amava os pais que a vida tinha lhe dado por acaso... mas... se Faust não tivesse sumido, poderia saber mais, muito mais, a respeito de sua própria existência. Suspirou.
- Foi exatamente o que eu disse para ele - Lynda continuou, sorrindo amarga – Faust então me pediu desculpa e se despediu. Como disse, foi a última vez que eu vi...
- Hmmm... - fez Lupin, com o semblante pensativo - E quanto a Anne?
- O quê que tem ela? - Lynda perguntou levemente desconsertada.
- Por quê é que vocês perderam contato uma com a outra? - ele perguntou.
Hermione chegou a prender a respiração. Ela achava que sabia muito bem, porque elas tinham brigado. Ficava se perguntando se deveria revelar agora que tinha escutado a 'conversa' dos pais naquela manhã, mas talvez não precisasse. Tinha ficado tão subitamente pálida, que um dos dois haveria de notar sua falta de cor, por conta daquele assunto. Mesmo assim, prestaria atenção em cada pausa sem palavras, da fala da mãe.
- Cada uma seguiu seu caminho, Aluado. Apenas isso... - Lynda respondeu, desviando o olhar de Lupin. E mais uma vez sua mão segurou o bracelete dourado, incrustado com uma gema feita de uma pedra sem graça.
- Lyn... - Lupin a chamou, gentil - Eu posso não ter sido íntimo o bastante de Anne, mas te conheço a tempo suficiente para saber quando você está ou não omitindo alguma coisa. Eu sei que se você quisesse manter contato com sua irmã, Anne teria arranjado um jeito. Por que você simplesmente aceitou que ela sumisse da sua vida?
- Eu já lhe disse: cada uma seguiu seu próprio caminho! - Lynda respondeu, áspera - Nós éramos diferentes demais e, mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria...
Primeiro Hermione tinha ficado chocada com a declaração, do ex-professor; então, ele não conhecia Lynda por conhecer Anne, e sim o contrário. Não sabia como nem porque, mas era por isso que a mãe e ele se tratavam com tanta intimidade. No entanto, outra coisa lhe chamou ainda mais atenção; era o momento mais próximo que chegara de interrogar a mãe sobre a briga. Suspirou.
- ...só, mãe? - ela perguntou baixinho - Quer dizer...vocês se amavam, eram grudadas... é estranho que só por serem diferentes tenham se afastado tanto. Vocês... nunca... brigaram?
Lynda tinha desviado os olhos para o chão e assim os mantinha até Mione terminar sua fala. Mas não a respondeu.
- Lyn, isso teria haver com...? - mas Lupin parou. Lynda empurrara para trás a cadeira que estava e se levantava.
- Eu já disse tudo o que tinha que dizer, Aluado. – Murmurou severa, embora evitasse fitar a filha ou o lobisomen - Por favor, mande alguém ir atrás do meu marido, antes que ele faça alguma besteira! - e após dizer isso, ela saiu da cozinha. Nem Mione nem Lupin fizeram ou disseram algo de imediato, apenas ouvindo os passos ecoantes de Lynda subirem as escadas.
- É.. deve ter haver! - Lupin murmurou baixinho, após um longo suspiro.
Hermione ainda estava olhando para o caminho que a mãe tinha percorrido, um pouco pasmada. Aquela reação só tinha confirmado que sim, tinha havido uma briga de fato, embora ela nem suspeitasse o motivo, que qualquer que fosse, Lupin parecia ter conhecimento. Suspirou.
- ...com o quê, professor? - perguntava com interesse. Seu café da manhã já tinha esfriado no prato e ela não tinha mais o menor desejo por ele.
- Dois anos após entrar no Departamento de Mistérios, sua família foi atacada... - Lupin explicou com voz grave, fitando o café da manhã frio em seu prato - Anne não estava mais morando na sua antiga casa trouxa, mas Lyn e seu avô ainda estavam. - Ele... - Lupin fez um pequena pausa, acompanhada por um breve suspiro - ... morreu no ataque e ninguém sabe explicar como Lyn conseguiu escapar.
Hermione entreabriu os lábios. Então... era isso. Piscou os olhos algumas vezes, deixando o garfo escorregar nos dedos e bater com estrépito na borda do prato de porcelana. O barulho a fez fechar os lábios e se endireitar na cadeira, e embora ainda não conseguisse esconder o espanto, pigarreou.
- Professor... eu... vou ver como minha mãe está... – murmurava, levantando-se. Já estava na porta da cozinha, quando se virou para Lupin de novo - fique a vontade para... ah, fique a vontade!
Lupin se levantou também e acenou positivamente, o que deu liberdade a garota de sair dali. Atravessou a sala em passos largos e subiu as escadas pulando de dois em dois degraus. O quarto da mãe, que ficava de frente para a escada, no final do corredor, estava fechado. Ela ia caminhando até lá, um pouco mais calma agora, e teria chegado a seu destino, se não tivesse escutado o pio inconfundível de corujas vindo de seu quarto. Parou e deu alguns passos para trás. Empoleiradas em sua escrivaninha estavam duas corujas... uma parda, grande e com um aspecto idoso e outra... o coração de Hermione disparou; a outra era branca como a neve e tinha um porte altivo e orgulhoso.
Correu diretamente para Edwiges, a respiração acelerada. A coruja estava impassível, mas mesmo assim Mione continuava feliz. Tão feliz que se preocupou primeiro em desatar o pergaminho de sua perna direita, sem nem ao menos oferecer água as duas aves. Edwiges a censurou e Mione ouviu a outra coruja piar, mas não ligou, sentando-se na cama e desenrolando rapidamente o pergaminho.
- Ah Har... – ela começava a murmurar sozinha, toda feliz, quando frisava o cenho - Gina? – exclamava num tom ligeiramente decepcionado quando percebia que aquela era a caligrafia de Gina e não de Harry, como esperava. E mesmo sem querer acabava desanimando um pouco, afinal aquilo não devia significar que o amigo voltara a falar com ela. Suspirou baixinho e começou a ler:
Mione,
Como você está? Ando preocupada desde que você voltou para casa. Eu sei que você é a criatura mais ingênua e tapada da face da terra, mas duvido que o Malfoy também seja. Não, conhecendo a fama descarada desse loiro, aposto que ele tentou alguma coisa com você! Ele invadiu seu quarto? Tentou te seduzir? Ou te estuprar? Você sabe o quão criativa é minha mente, então faça um favor a si mesma e sua reputação de boa aluna, e me mande três vezes no dia corujas dizendo como você está. Ou, então, eu não asseguro os tipos de pensamentos maldosos que posso ter...
Eu queria está aí com você. Já elaborei seis planos de fugas, mas eles foram frustrados pelos Aurores. Droga! Por que diabos eles têm que ME vigiar? Voldemort quer o Harry e não a mim (Pobre Harry... essa frase pega tão mal para ele. Entende agora a razão para você me escrever umas seis vezes por dia, dizendo que está bem?). De qualquer forma, mamãe escondeu o pó de flu, o quê significa que devo demorar mais um pouquinho para conseguir ir aí. Se o babaca do Ronald não tivesse destruído o carro do papai (Ah, nem preciso dizer que ele está mais insuportável que o normal, né? E o coitado do Harry tem que agüentar as paranóias dele. Pobre Harry, MAIS uma frase acabando com a boa reputação dele. MIONE, PELO AMOR DE DEUS, ME ESCREVA LOGO DIZENDO O QUE VOCÊ ANDA FAZENDO COM O MALFOY! EU SEI QUE ELE É GOSTOSO, MAS NÃO DEIXE AS COISAS PASSAREM DE UM SIMPLES AMASSOS, OK?).
Espera um pouco, me perdi e vou ter que ler o quê tinha escrito antes de abrir os “parênteses”. Ah, sim! Sem o carro de papai as coisas complicam um pouco, mas eu sou irmã de Fred e Jorge, então não creio que isso vá me impedir de lhe visitar!
Saudades,
Gina
Ps: Estou mandando Edwiges porque o idiota do meu irmão não quis me emprestar Pitchi.
Ps2: Me manda notícias, ok?
Somente Gina conseguia fazê-la rir numa situação daquelas. Afinal de contas não bastava Malfoy ter entrado em sua vida e a bagunçado ao ponto que estava, os Weasley estavam furiosos com ela. Rony certamente jamais iria querer olhá-la na cara de novo e Harry... bem, Harry tinha emprestado Edwiges mas Gina não falara uma única palavra sobre ele, então deveria estar na mesma.
Enrolou o pergaminho com carinho e ficou olhando para o nada, quase esquecida da vida, quando um pio de protesto chamara sua atenção. Levantou-se depressa, abrindo uma gaveta da escrivaninha e tirando de lá frasquinhos vazios, que encheria água no banheiro, para as corujas. Era tão normal que elas viessem lhe trazer coisas, que estava preparada para essas ocasiões. Voltou ao quarto em passos lentos, para não respingar água no carpete rosado, colocando um potinho a frente de cada ave.
Imediatamente começaram a beber. Ficou olhando a espécime parda com curiosidade. Não a reconhecia, mas também não estava ali representando nenhum órgão bruxo, já que não carregava brasões consigo. Com cuidado, retirou um bilhete de sua pata, voltando à cama para lê-lo. Desenrolou o pergaminho e não reconheceu a letra.
Mione,
Queria te pedir perdão pelo meu comportamento na sua casa ontem. Eu sei que peguei pesado, apesar de não achar que estava contando mentiras. Mesmo assim, pela sua reação, creio que te machuquei dizendo essas coisas, não foi? Minhas sinceras desculpas... nunca imaginei que você fosse tão apegada à imagem de sua tia...
Se não quiser mais falar comigo, vou entender. Mas se por outro lado quiser bater um papo numa boa, estarei sempre pronta para te atender.
Minha mãe está mandando beijos para você e para aquele estrupício loiro que ela chama de sobrinho... e está dizendo também, que assim que puder, aparece aí, como prometeu.
Tomara que esteja tudo bem. Caso precise de uma mãozinha com Malfoy, é só me chamar.
Mais uma vez, desculpa.
Até mais, espero.
Tonks
Tinha ficado um bocado surpresa. Pela atitude de Tonks e pela coragem dela sustentar seus argumentos, embora tivesse baixado a guarda àquele ponto. Alisou o pergaminho por uns momentos, pensando se gostaria de ter aquela conversa com a Auror. No momento, achou que não. A última coisa que precisava para completar aquele dia que mal tinha começado, era alguém que a convencesse que sua mãe biológica era uma assassina e torturadora cruel. Juntou as cartas e as guardou em uma das gavetas... não estava exatamente inspirada para escrever a Gina, mentindo que estava tudo bem , nem preparada para responder a Tonks, dizendo que a perdoava. Suspirou pesadamente, puxando da mesma gaveta que colocara as cartas, o diário da mãe, que guardava ali. Alisou a lombada com carinho, então folheou as páginas irritantemente brancas. Queria tanto poder ter nelas a confirmação da inocência da mãe! Estava tão perdida em pensamentos, que não percebeu a movimentação diante da porta de seu quarto, ainda aberta, mas não podia ignorar aquela voz arrastada.
- Progresso, senhorita sabe-tudo? – perguntou Malfoy com uma voz impregnada de sarcasmo. Estava parado na soleira da porta do quarto, os braços cruzados e a expressão mais cínica do mundo estampada da cara cumprida.Ela fechou o diário com força. Virava-se rápido, olhando-o de perfil.
- Não enche, Malfoy. Me deixa sozinha, tá? - dizia num tom ríspido, mas até mesmo mais educada que de costume. Talvez estivesse deprimida demais para se sentir melhor descontando tudo nele.
- Nossa que grosseria, Granger! Seus pais não lhe deram educação não? - ele escarneceu, entrando no quarto sem cerimônia alguma, ocupando a cama ao lado dela.
Hermione levou uma mão ao rosto, completamente cansada, deslizando a mão por lá e mal acreditando na 'sorte' que tinha. Achava que preferia quando queriam se matar a cada segundo, porque uma 'conversa' com Malfoy sempre a deixava em um estado de nervos pior do que quando se via obrigada a meter a mão no meio da cara dele. Aquele sarcasmo, aquelas ironias...
- Arrghh! Malfoy! "Por favor" – ela acrescentou, embora fizesse uma careta - ... me deixe sozinha... - repetia, olhando-o logo a seu lado, sentado em SUA cama.
- Eu deixaria você sozinha Granger, se não fosse patético demais ver alguém tentando abrir um objeto de magia negra usando magia branca... - ele respondeu irônico, agora deitando na cama dela completamente folgado. Levou as mãos atrás da cabeça, numa pose relaxada, acrescentando - É inútil o que você está fazendo, sabia?
- Nada, absolutamente NADA deixava Hermione mais estressada do que algo que desafiasse sua inteligência àquele ponto, e Malfoy insinuar que sabia como abrir aquilo e ela não, a deixava possessa. Mas não diria aquilo para ele, apenas suspirou e se empertigou, embora voltasse a guardar o diário na gaveta, fechando-a com uma força desnecessária
- Para sua informação eu ainda não tentei abrir o diário efetivamente. Só vou poder fazer isso em Hogwarts, quando testar cada feitiço de uma lista enorme que preparei. Feitiços de magia branca, não negra... você, que é obviamente obcecado por isso, não entenderia mesmo... - murmurava resolvendo não olhá-lo, ou voaria em cima dele. Ele gargalhou, uma risada fria e cruel.
- Eu não sou o único obcecado por magia negra. Caso não se lembre do escândalo com os Aurores, terei o prazer de te lembrar que Anne ama tanto magia negra como eu... - ele a fitou, um sorriso de vitória nos lábios - Quem diria, hein? A mãe da Santa Virgem Grifinoriana, cheia de princípios e códigos morais, uma adoradora de artes das trevas!
Ela revirou os olhos. Não ia deixá-lo falar assim da sua mãe, na sua casa.
- Malfoy ...cala essa boca! – murmurou, virando-se para ele - Você não sabe, absolutamente do que fala. Se MINHA mãe usou magia negra na vida, tenho certeza que foram por ótimos motivos! E deve haver um jeito de abrir o diário com magia branca! Anne sabia que eu descobriria tudo sobre ela e deve ter feito alguma coisa nesse diário que só eu posso descobrir... então... sem opiniões em assuntos que não lhe dizem respeito, ok?
- Oh, claro! Com certeza, Anne-adoradora-de-magia-negra, sabia que a filha que abandonou com dois anos de idade se tornaria avessa à artes das trevas... - Draco soltou uma risadinha pelo nariz - Ela era inteligente, Granger, não advinha!
- Ela pode não ser adivinha, mas para sua informação, ela sabia que eu descobriria tudo aos 14 anos de idade, como realmente aconteceu. Ela pode ter acertado quanto a isso também...
- Certo. - ele assentiu, parecendo se divertir - Então me explica, se tudo o que você fala é verdade, por que ela lhe deixou uma aletheia?
- Ahm? – ela fez uma cara de interrogação inédita, tratando-se de conhecimento em magia - O quê é uma aletheia? – perguntou antes que pudesse se controlar, para em seguida mordiscar o lábio inferior, não muito certa de que estava fazendo o correto. Acreditar numa resposta de Draco Malfoy? Draco sorriu presunçoso.
- Ah, ela deixou uma aletheia para filha que nem sabe o que é! Uhhhhh, talvez Ann não fosse tão inteligente assim! - ele zombou - Afinal, se ela fosse, por que o diário foi parar nas minhas mãos ao invés das suas? Ou vai me dizer que o nosso pacto faz parte do plano de sua mamãe?
- Ah Malfoy cala essa boca... – ela o cortou impaciente, mandando-o calar a boca pela pela segunda vez consecutiva, praticamente. Ele não só era enxerido. Era também desagradável! - ...ou melhor! Usa essa sua voz irritante para me dizer o que é uma aletheia ao invés de ficar zombando do que não sabe!
- A questão, Granger, é que EU sei... – ele começou a falar num tom baixo, olhando-a com uma cara que Hermione não gostou nem um pouco - E minha informação custa um preço. Afinal, se não cobrasse pela minha ajuda, teria caído na Grifinoria, não na Sonserina, não?
Ela quase unia as sobrancelhas de tão incrédula tinha ficado, quando ele dizia aquilo. Seus lábios se contorciam um pouco numa careta, e ela evitava olha-lo fixamente nos olhos, ainda não gostando nada do modo como ele a encarava, quando finalmente dizia:
- O quê mais você pode querer de mim? - perguntava com ironia, como se ele já tivesse feito tudo o que poderia para desgraçá-la - Fala logo, Malfoy, eu não tenho tempo pra toda essa conversa fiada e...
- Um VERDADEIRO comportamento de namorada, Granger. - ele respondeu na lata, interrompendo-a. As sobrancelhas estavam maliciosamente erguidas - Afinal, nós vamos voltar para Hogwarts em breve e ficaria muito estranho se minha namorada me tratasse cheia de grosseria, como você tem me tratado. Mulheres caem aos meus pés, Granger, e com você tem ser o mesmo. Então, aqui vai à proposta: eu te ajudo a descobrir como se abre essa aletheia e você se comporta em público como uma boa namorada, o que inclui mão dadas, abraços, beijos, amassos, cafunés...
- Há... - ela deixava um risinho incrédulo escapar quando ele resumia o que queria na primeira frase. Sua expressão antes incrédula se transformava em divertida, como se ele estivesse brincando, até voltar a se fechar, conforme ele exemplificava o que ela teria que fazer. Levantava-se da cama de repente - Nem morta Malfoy! Eu não vou deixar você encostar nem mais um dedo em mim! Quanto mais em público! ...Até parece... - dizia se afastando dele, andando pelo quarto. Apesar de negar prontamente, sabia que teria dificuldades para descobrir sozinha... mas não ia ceder aos caprichos dele, não mesmo!
- Uhum, sei... - Draco disse, nada convencido. Voltava a se sentar na cama, e Hermione podia senti-lo acompanha-la com os olhos – Aposto cem galeões que você vai mudar de opinião após a primeira semana de aulas em Hogwarts!
- Eu não vou apostar nada com você! E agora, se não for me dizer o que é uma aletheia, pode sair do quarto! - dizia ríspida, irritada por ele praticamente ler seus pensamentos.
- Claro, Granger! Eu vou sair! - ele respondeu, levantando-se da cama e se aproximando dela - Sabe por quê? Porque eu SEI que você não vai conseguir abrir o diário! - afirmou, com a mais absoluta certeza naquela voz irritante - E VOCÊ vai me procurar para dizer que aceita minha proposta... – prosseguiu naquele tom. Hermione alçou os olhos até os dele e arrepiou ao ver que aqueles olhos cinza brilhavam a medida que ele aproximava o seu rosto pálido do seu - E aí, Granger... - ele sorriu, cínico - Você será o brinquedinho mais divertido que eu terei em toda minha vida.
- Pode ficar esperando, Malfoy... – ela respondeu séria, olhando-o diretamente nos olhos. Tomava o cuidado de ficar numa distância segura, afinal de contas não sabia mais que tipo de idéia cabeçuda ele poderia ter. Ele sorria uma última vez, como quem estava se divertindo e então começava a se afastar em direção a porta, completamente confiante. Ela deixou que ele fosse e tão logo tinha saído do quarto ai até a porta e a batia com força
- Irritante! - dizia revoltada, respirando fundo.
Mal feito feito
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Charichu diz: Saudações, pessoal! Antes de tudo, lamentamos muito a demora em atualizar a fan fic. Como já explicamos na coruja, aconteceram uns probleminhas que acarretaram em uma perda temporária de inspiração na Estrela. E você sabe que, sem ela, fica complicado para um reles pokemon como eu brilhar, né?’’’ Esse capítulo nunca teria saído tão bom, se ela não tivesse usado seu dom e melhorado bastante o nosso jogo
Desculpas a parte, vamos falar um pouco sobre “A Proposta”. Assim como o anterior, ele é também uma transição... seu objetivo é introduzir algumas coisas a cerca do passado misterioso das irmãs Bellford e deixarem vocês com mais água na boa. É, eu sei, somos escritoras cruéis’
O mais interessante em todo o capítulo, em minha opinião, são três personagens: Lyn, Lupin e Tonks. A primeira está se saindo tão misteriosa quanto à irmã, não é? E, eu me divirto muuuuuuuuuuuuito fazendo a Lynda. Sei que ela está saindo uma verdadeira irmã mais velha da Mione do que uma mãe propriamente dito, um problema, talvez, oriundo do fato de não ter um filho...¬¬’ Mas, de qualquer forma, acho que Lyn não está tão ruim assim. E, melhor parar por aqui, antes que estrague alguma surpresa dos futuros capítulos. Prometo que discorro sobre a Lynda melhor mais na frente
Quanto ao Lupin, ele parece ter ganhando uma grande popularidade bancando o “paizão”, né? Estrela simplesmente baba nessa atitude dele, enquanto eu, simplesmente, o acho careta demais. De fato, nunca dei muita atenção ao Lupin, até no dia em que minha mãe resolver ler os cincos livros de Harry Potter já lançados (na época, só tinha esses) e me confessou que o ex professor de Artes das Trevas era seu personagem favorito. Quando indaguei o motivo, ela disse que “ele tem tudo para ser uma pessoa amarga e azeda, mas, ainda assim, é bondoso e amigo”. Beeeeem, sinceramente prefiro pessoas amargas e azedas, como o Snape, mas como minha é mente fértil ao extremo, achei interessante trabalhar com um personagem assim... alguém que tem tudo para ser ácido, mas conseguiu manter sua essência bondosa intocável. Não sei se vou conseguir fazer isso com o Lupin nessa fic, mas pretendo tentar depois de Hermione Granger e a Maldição de Prometeus...
Sobre Tonks... nunca pensei que uma personagem que gostasse tanto pudesse dá tanto trabalho! SÉRIO, sei que já reclamei isso em algum capítulo anterior, mas Ninfandora está me saindo um trabalho infernal! Como ela reagiria a essas situações todas? Será que estou fazendo-a bem? PELO AMOR DE DEUS, se tiver algum fã da Ninfa aí lendo, comente ok? Ajudem essa escritora paranóica que aspira em chegar a perfeição ...¬¬’
Bom, acho que isso é tudo. Ah sim! Jeh seu personagem deve aparecer no próximo capítulo e Srta. Depp... você sabe que pode contar conosco para o quê der e vier, né? Estamos torcendo por você e esperamos que, assim como conseguimos superar nossos obstáculos, você supere o seu!
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