Aura Negra
- Há sete anos atrás, senhoras e senhores, Hogwarts era um inferno! Duas criaturas endiabradas, conhecidas como Fred e Jorge Weasley, perambulavam a soltas pelos corredores da nossa magnífica escola, causando o caos e o terror à todos os estudantes! - a voz do monitor-chefe grifinoriano Leopold Watson, ecoava cheia de emoção, enquanto ele se levantava, fitando o rosto de cada colega - Sim, tempo terríveis eram aqueles, em que nenhum estudante estava seguro! Eles aprontavam, aprontavam, aprontavam e quando finalmente pensávamos que estaríamos em paz, eles aprontavam de novo! Mas, houve um homem que se rebelou contra o poder maligno dos gêmeos, senhores! Sim, um homem que embora tivesse o mesmo sangue daqueles capetas, era como um anjo para nós! Somente Percy Weasley tinha a fibra e a coragem necessárias para lidar com os “Gêmeos Weasley”! - ele continuava, comovido, e Mione tinha que concordar que ele sabia como transformar um assunto banal, como a nova lista de objetos proibidos em Hogwarts, parecer uma verdadeira batalha - E hoje, quando finalmente pensávamos que estaríamos livres daquela ameaça, a tragédia veio à tona: eles criaram uma loja, senhoras e senhores! Uma loja cheia de produtos perigosos que vão colocar em risco a vida das pobres criaturas ingênuas que os comprarem. Sim, nossos calourinhos agora são ludibriados e...
- O quê esse dramático desmiolado quer dizer, pessoal... - a voz sarcástica de Victor Hyuuga, monitor-chefe da Corvinal se sobrepôs, chamando a atenção dos demais - ...é que 98 dos produtos da Gemialidades Weasley, foram proibidos em Hogwarts.
Hermione estava apenas com meia atenção no discurso dos monitores-chefes. Primeiro porque desde que fora nomeada monitora, os discursos começavam falando dos gêmeos Weasley, então, já conhecia aquilo de cór e salteado... segundo porque, em sua cabeça, tinha coisas bem mais graves e dramáticas do que as estripulias de Fred e Jorge. As duas últimas semanas de férias tinham sido as piores de sua vida, contrastando violentamente com aquelas em que tinha passado na Toca, logo no começo de julho. E para variar, não só a destruição de suas férias perfeitas como o feito de transformar sua vida em um inferno naquelas duas últimas semanas era culpa única e exclusiva de Draco Malfoy. O mesmo garoto que estava sentado agora a seu lado e de quem tinha que fingir gostar. Gostar não... amar... afinal, ele era seu namorado. Um namorado arrogante, idiota e imbecil, que a tinha privado da companhia dos amigos, do amor de Rony, das lembranças de sua tia Andrômeda e finalmente, sobre o conhecimento de uma Aletheia. Desde que tinha negado fazer outro trato com Draco em troca de informações, ele não só não dizia mais nem uma única palavra sobre o diário como tinha feito questão de ocupar toda atenção de Andrômeda, quando ela fora visitá-lo, como tinha prometido, não permitindo que Mione fizesse uma única pergunta a respeito de Anne.
Tinham sido as duas semanas mais negras de toda sua vida... e desde então ela passava o tempo enumerando as coisas imperdoáveis que Malfoy tinha feito, só para ter o prazer de imaginar um modo dele lhe pagar cada desfeita. Era justamente o que estava fazendo, imaginando-o como uma doninha amedrontada e encolhida, enquanto ela atiçava Bichento para cima dele e ria, quando a metade de seu cérebro que ainda prestava atenção no que se passava na cabine captou uma quebra na monotonia do discurso do monitor-chefe da Grifinória. Ergueu as sobrancelhas, a notícia de que 98 dos produtos da Gemialidades Weasley estavam proibidos em Horgwarts, surtindo algum efeito nela. Seria quase capaz de imaginar a reação de Rony ao saber, se o ruivo estivesse ali. Mas ele tinha faltado à reunião, sob pretexto de não estar se sentido bem. Ela tinha certeza que ele tinha comido vomitilhas ou qualquer artigo ainda mais perigoso produzido pelos gêmeos, só para evitá-la, o que era só mais um fator para ela desejar uma morte lenta e dolorosa à Malfoy.
- “Dramático desmiolado”...? - murmurou Leopold, cabisbaixo.
- Outra coisa. Creio que já seja de conhecimento geral o retorno de Você-Sabe-Quem... - Victor continuou sem dar a menor atenção ao colega grifinoriano. A menção ao Lord das Trevas fez alguns monitores remexerem na suas cadeiras. - Por isso, o Diretor Dumbledore não só reforçou as medidas de segurança mágica do castelo, como também pediu para que nós, monitores e monitores-chefes, trabalhássemos com mais afinco, a fim de impedir a entrada de qualquer item mágico que possa por em risco a vida dos estudantes...
- Qualquer objeto dito como “perigoso” será bloqueado, mesmo que esteja com um monitor com fama de politicamente correto? - perguntou Draco em um lapso. Estava quase dormindo, como, aliás, sempre fazia nas reuniões dos monitores, mas ao que parecia, assim como Hermione mantinha metade dos pensamentos atentos às falas. A garota, por sua vez, se remexeu de forma inquieta, mas discreta. Se pudesse o faria enfiar um dos punhos pela goela.
- É realmente um milagre presenciar você participando de uma reunião, Malfoy! Parece que a “mudança” noticiada pelos jornais era verdadeira, não? - Victor respondeu sarcástico, o que fez todos os outros monitores se entreolharem, como se estivessem esperando justamente por aquele momento da reunião. Hermione já podia imaginar, a escola toda comentando o ocorrido, depois que Padma Patil, monitora da Corvinal, contasse tudo à irmã.
- O amor muda as pessoas... – Draco mentiu convincentemente. Se fosse outra pessoa Hermione tinha certeza que Malfoy daria uma de suas respostas malcriadas. Mas Victor, além de monitor-chefe, era o capitão do Clube dos Duelos... e Mione sabia bem que Draco escolhia bem quando e com quem devia medir forças.
- Concordo! - assentiu Leopold, meneando positivamente a cabeça, como se o fato de amor mudar as pessoas fosse um dos quesitos a serem discutidos na reunião. – Eu também mudei no meu terceiro ano, quando me apaixonei por...
- Leopold, seus problemas amorosos não nos interessa! - cortou Victor mais uma vez, olhando carrancudo o grifinoriano. Era incrível como, apesar de viver censurando Leopold e terem personalidades completamente opostas, os dois fossem grandes amigos - Mas, então, Malfoy, já que resolveu participar da reunião, por acaso sabe de algum monitor violando as regras?
- Não... curiosidade, apenas! Nunca se sabe, não é? A propósito, quem vai revistar os materiais dos alunos para ver se eles estão ou não portando objetos perigosos? Nós? – Draco continuou com um brilho maligno no olhar.
Hermione definitivamente o mataria, quando tivesse a oportunidade! Aquelas pessoas todas a olhando pelo canto dos olhos enquanto Malfoy a usava de justificativa por seu comentário completamente dispensável na reunião era a morte! Mas era incrível como conseguia manter a expressão compenetrada, mesmo que Ernesto MacMilan e Ana Abbott, companheiros de outrora, a olhassem como se esperassem ver nela alguma reação que contradissesse tudo aquilo. Ficava apenas imóvel, embora o estômago desse algumas voltas. E se fosse pega com aquele diário? Já estava pensando no que fazer, quando Draco realmente fazia uma pergunta pertinente. Virou-se automaticamente para os monitores-chefes, ansiosa pela resposta.
- Não sei... somos nós? – Leopold perguntou para Victor antes que pudesse se conter, deixando evidente que ele não lera todo o “Manual para Monitores-Chefes”.
- Sua mera existência é uma vergonha para Grifinória... - Victor criticou, lançando um olhar frio ao grifinoriano. E ignorando um “Por que diz isso, Victor?” do garoto, voltou-se para Draco - ...nós iremos apenas fiscalizar as cabines durante o percurso à Escola. E quando chegarmos em Hogwarts, as malas e os alunos serão revistado por funcionários competentes...
Hermione teve que conter um suspiro aliviado. Na maioria das vezes 'funcionários competentes' significavam Filch e madame Norra, e eles nunca tinham sido um obstáculo realmente grande para a garota. O diário parecia ser inofensivo e Draco com certeza só reconhecia a natureza obscura dele, por entender de magia negra. Apenas isso. Recostou-se mais confortavelmente no banco, pronta para voltar fingir que estava prestando atenção na discussão entre Victor e Leopold.
- E desde quando Filch virou funcionário competente? - Draco perguntou arrogante, acompanhando de um coro de risadas, comprovando a impopularidade de Filch.
- Não será Filch que fiscalizará os pertences em Hogwarts, mas sim o novo professor encarregado de ministrar aulas de Defesa Contra Artes das Trevas... - Victor retificou, os olhos azuis analisando Draco com interesse. Conhecendo a fama de inteligente que o corvinal tinha e a discrição do tamanho de um elefante que Draco estava demonstrando, com certeza Victor estava suspeitando de algo.
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaahhhh! - Draco exclamou, extremamente feliz - Sem problemas, então...
- Novo professor de defesa contra artes das trevas! - Hermione repetiu como só tivesse se dado conta do fato agora, embora Harry já tivesse mencionado sobre ele durante as férias na TOCA. Pelo o que o amigo tinha dito, era um antigo professor de Hogwarts que teve sua aposentadoria interrompida. Mas, dentre todos os cinco professores que já tivera, apenas um era um ótimo profissional. Seria esse professor da altura de Lupin? Suspirou - Por acaso, seria o professor Slughorn, não? - perguntava, embora olhasse de relance para Draco. Pela cara de felicidade que ele fazia só podia supor que não era apenas pelo fato do professor Slughorn ser um antigo diretor da Sonserina.
- Não. O Novo Professor de Defesa Contra Arte das Trevas será Severo Snape... - Victor retificou e imediatamente houve um coro de lamuria e resmungos entres os presentes, com exceção de Pansy Parkinson e Malfoy que pareciam satisfeitos com a notícia. Hermione, por outro lado, escancarou os lábios, surpresa (ou apavorada) demais para falar. Snape, professor de Defesa Contra Artes das Trevas? Estava mais do que óbvio que ele suspeitaria do SEU diário. Se Draco sabia o que era uma Aletheia, ele certamente também saberia. E esse tal de professor Slughorn que Dumbledore contratara graças a Harry? Ocuparia o antigo cargo de Snape?
- Como disse antes, “sem problemas”... - Draco falou, dessa vez, virando para Mione, com um enorme sorriso de satisfação no rosto. Ela suspirou derrotada, resolvendo não dar atenção à provocação de Draco ou teriam que discutir na frente de todos ali.
- Mais alguma pergunta...? - indagou Leopold mais para cumprir seu papel na reunião do que alguém que tivesse realmente interesse em responder coisa alguma. Não depois de saber que seu professor de Defesa Contra Artes das Trevas seria Severo Snape.
- Ou alguém que queira denunciar outra pessoa? - Victor acrescentou sarcástico, olhando de relance para Draco.
Hermione permaneceu calada, estraçalhando Draco de todas as maneiras possíveis, em pensamento. Queria que aquela reunião acabasse logo para que drenasse toda aquela frustração, descontando tudo nele. Isto é... se encontrassem uma cabine vazia, quando saíssem dali. Para piorar, Hyuuga agora a olhava sério, como se tentasse ler seus pensamentos, e ela tinha que fingir que não estava entendendo o porquê.
- Se não há nenhum monitor com fama de politicamente correto portando um objeto de magia negra... – Hyuuga prosseguiu, deixando de olhar para Mione e só então se dirigindo a todos – ...e ninguém tem mais nada a dizer, nossa reunião está encerrada.
- ...vamos sair daqui... – Hermione sussurrou para Draco, num tom mais desanimado do que ameaçador, levantando-se ao som de um “Não esqueçam os horários de suas rondas!” de Leopold.
Draco se levantou, aparentemente não se preocupando em esconder sua satisfação, embora parecesse surpreso de repente. Hermione sentiu-se imediatamente confusa. Não deveria tê-lo chamado para sair dali? De qualquer maneira ele parecia bastante inclinado em acompanhá-la, estendendo uma mão que ela normalmente hesitaria em aceitar. Mas Draco teoricamente era seu namorado e era só acharem uma cabine e tudo se resolveria. O que ela teria feito com prazer, se a dois passos da porta, uma mão feminina não os tivesse impedido de continuar:
- Draco, podemos conversar?- Hermione automaticamente se virou. Aquela voz... Estava até mesmo surpresa que tivesse demorado tanto para se manifestar. E estava tão frustrada da vida, que não pensou duas vezes ao falar:
- Parkinson? – Perguntava em um tom ligeiramente presunçoso. Não fazia seu estilo, era claro... mas descontar em alguém talvez a deixasse menos tensa. Além do que tinha a proteção de seu relacionamento com Draco para justificar suas ações.
- Hmmmm... - Draco fez, olhando de Pansy para Mione e desta para sonserina novamente - Não vai dar agora. Mione... não está muito disposta no momento. E eu não quero deixá-la sozinha – Murmurou. Tinha sido bastante rápido até. E habilidoso (como sempre) nas respostas, embora Mione tivesse notado uma hesitação mínima da parte dele ao tratá-la pelo apelido. Devia ser intimidade demais.
- Então, vai ser assim agora? – Pansy perguntou em um tom meio choroso – Está namorando a Granger de verdade? Você vai mesmo se deixar misturar? Vai... vai ser um... um deles?
Habitualmente Hermione riria da situação. Não era segredo nenhum que Parkinson vivia lambendo o chão por onde Malfoy pisava, mas ouvi-la falar daquele jeito choroso era inédito. Fazer a buldogue sonserina chorar realmente aliviaria suas tensões. Apertou a mão de Draco firmemente na sua, suspirando longamente:
- É, parece que vai! Você perdeu, Parkinson... agora nos deixe em paz, por favor... - Murmurava, adiantando-se na resposta antes que Draco dissesse algo. Apertava a mão dele na sua suspirando longamente, para em seguida completar o resto do caminho que os separava da porta, arrastando Draco consigo.
Malfoy parecia visivelmente surpreso, mas Mione não se deteve. Não estava se sentindo realmente melhor, mas sua áurea de fúria era bastante útil para abrir caminho. E ai de Draco se reclamasse ou ela terminaria a sessão descarrego, descontando tudo nele, na frente da escola toda. Além do que, tinha a idéia fixa de que tinha prestado um favor a ele (embora ele não merecesse) o livrando daquela conversa com a ex.
Diante da falta de reação do namorado, continuou arrastando-o pelo corredor afora por uma das mãos, de cara feia, ignorando todo mundo que os olhasse com curiosidade. E Hermione tinha certeza que o trem todo os tinha observado, porque eles tiveram que atravessar vagão por vagão, para achar uma cabine vaga apenas no último. Abria a porta da cabine com um pouquinho mais de força do que precisava, soltando enfim a mão dele e se largando em um dos bancos, os braços cruzados, expressão fechada, olhando pela janela a paisagem lá fora, que passava correndo na velocidade do trem.
Era como se Draco não estivesse ali. Ela apenas fitava a paisagem lá fora, sem parecer, no entanto acompanhá-la, os olhos meramente vidrados ali. Estava frustrada, irritada, estressada e cansada. Mas dentre todas as coisas, estava com saudades dos amigos... Estava com um problemão nas mãos, e ineditamente se via na posição de não saber o que fazer, nenhuma idéiazinha. Daria a varinha por uma das extravagâncias de Rony que a pudessem tirar daquela situação. Estava pensando justamente nele... e como ele se prontificaria em ajudar, embora a recriminasse mil vezes antes por ela, justo ela, estar tentando entrar com um artefato proibido no colégio.
- Alguém já disse que você fica assustadora como um trasgo de TPM quando está nervosa? – ela ouviu ao longe. Era a voz de Draco, trazendo-a de volta a realidade.
Desviou lentamente os olhos castanhos da vidraça, pousando-os nele. Não havia ironia nem sarcasmo em sua voz, o que tornava tudo bastante estranho. De qualquer maneira, teria achado a frase engraçada, mesmo vinda dele, em qualquer outra ocasião... mas não era o caso. Suspirou:
- Isso foi o que chegou mais perto de um elogio, vindo de você... -murmurou, voltando a olhar pela janela.
- Por favor... - ele prosseguiu, o irritante tom divertido voltando a sua voz - Eu não sou tão asno para elogiar uma mulher a comparando com um trasgo de TPM. Ou estaria encalhado pelo resto da vida como o Wes... - ele se conteve, não completando a frase, o que fazia com que ela desviasse o olhar da janela de novo, como se o desafiasse a completar a sentença - ...bom, como um certos caras tapados por aí.
- Ahm... – murmurou sem dar muita atenção. Ter Draco contando vantagem depois de tudo o que tinha aprontado com ela era a última coisa que queria. Escorregou uns centimetrozinhos pelo assento do banco, completamente deprimida. Era como se todo aquele ar possesso tivesse sumido e dado lugar àquele peso no coração. Seria segunda viagem sozinha no Expresso de Hogwarts desde que fizera amizade com Harry e Ron, descontando claro, o modo desastrado como tinham se conhecido no primeiro ano - Que bom pra você então, Malfoy...
- Claro que é bom, Granger. Beijos, amassos, sexo... – Draco começou, fechando os olhos com uma expressão satisfeita no rosto, o que para o terror de Hermione a fazia pensar que ele estava se deliciando com suas próprias memórias pervertidas com Parkinson - Você deveria experimentar, sabe, Granger? Afinal, você só deu três beijos em 17 anos de sua existência. E ainda com um babaca como o Krum que não sabe agradar verdadeiramente uma mulher! Não é a toa que você anda tão estressada! - ele comentou, sarcástico, fitado-a.
Hermione não queria, mas não tinha como não enrubescer diante daquela enumeração no mínimo íntima que ele fazia, sem falar na ousadia em pensar que entendia alguma coisa de sua vida amorosa. Mas não ia deixar por menos, não para ele:
- Me poupe das suas conclusões idiotas Malfoy. Você não entende absolutamente nada de nada, nem de mulheres, que é o que julga ser melhor...
- Não sei sobre mulheres, é? - Draco falou calmamente, os olhos cinza se estreitando de maldade - Então, Granger, o quê acha de tirar essa história a limpo? De... experimentar...? – falava, ao mesmo tempo em que se levantava e procurava se sentar ao lado dela.
Aquilo sim, tinha sido a gota que faltava. Ela se levantava de pronto, a mão caçando habilmente varinha de dentro das vestes, para em seguida girar, apontando para o peito dele.
- Fale isso de novo Malfoy e vai ter que faltar ao primeiro banquete por estar na ala hospitalar! Eu não sou como essas garotas que você está acostumado! Eu não sou como a Parkinson e não vou admitir que fale comigo nesses termos!
- Você pode até amar o Weasley e estar acostumada com a personalidade perfeita do Potter. Mas EU tenho algo que eles não possuem: beleza física e charme incondicional. E EU sei que você me acha bonito, Granger... Um traste imprestável, mas um completo pedaço de mau caminho... - ele murmurou, toda a cautela que parecia estar tendo diante do stress dela indo embora. Parecia até mesmo achar graça naquilo tudo, o que a deixava ainda mais possessa. Levantou-se devagar, a varinha dela roçando o tecido da veste na altura do peito dele, já que a cabine era estreita. Ele abaixava o olhar para a varinha e de modo quase casual a desviava para o lado, desfazendo a mira da garota.
Hermione parecia não estar acreditando no que ouvia. Estava tão pasma com a ousadia e a falta de modéstia do sonserino, que a mão acabava perdendo a firmeza e permitindo que ele desviasse sua varinha. Ela definitivamente não entendia como alguém como Malfoy podia ser tão bonito e... sensual. Piscou os olhos repetidas vezes ao pensar no último adjetivo, se forçando a voltar a realidade e dizer algo:
- Isso não faz absolutamente nenhuma diferença para mim. Você pode ser lindo... mas isso não é motivo para que eu me sinta lisonjeada em me agarrar com alguém tão desprezível como você! - devolvia, ficando rubra em seguida, sem conseguir definir se era por raiva ou timidez. Ela tinha dito que o achava lindo?
- Claro que não iria ficar lisonjeada só em me agarrar! - ele falava baixinho, a voz sem o menor sarcasmo ou ironia, embora sorrisse. Provavelmente não tinha deixado escapar que ela o achava “lindo” - Eu conheço você, Granger. Muito mais do que o Potter ou qualquer outro Weasley. Eu sei melhor do que ninguém que você não é como as demais garotas que já peguei... Você é a Santa Virgem, pura e ingênua. – o sorriso se intensificou - Mas, ainda assim é uma mulher, Granger. Uma bela mulher cheia de moral e honra, mas ainda assim com desejos e libido... – sussurrava, precisando de menos que um passo para se aproximar perigosamente dela - E eu sei como satisfazer seus desejos e libidos. Melhor do que qualquer outro homem, diga-se de passagem... - finalizava, unindo seus lábios. Uma mão ia imediatamente à nuca, impedindo-a de se afastar, enquanto a outra a envolvia prontamente pela cintura.
Hermione mal podia acreditar que ele estava lhe roubando um beijo. De novo. Mas esse... esse era diferente de todos os outros poucos que ele tinha lhe roubado. Naqueles Draco tinha usado força e violência. Mas neste... neste havia doçura e... carinho? Não que não tivesse tentado resistir no começo, como sempre, os punhos batendo contra ele... mas era então que ele afrouxava o abraço, a mão que estava em sua nuca escorregando para seu rosto... sentia aquele toque diferente. Ele não estava obrigando-a, poderia se afastar se quisesse. Mas... ele beijava tão bem... e seus lábios eram tão macios... Suspirou baixinho, fechando os olhos devagar, sentindo um calor que não conhecia invadir o corpo. Draco era um patife imprestável, mas sabia beijar como nenhum outro garoto a tinha beijado. E como se lesse isso em sua mente, Malfoy intensificava o beijo, fazendo-a parar de pensar. A mão da varinha não oferecia mais resistência e a mão livre até mesmo ensaiava um movimento, repousando em um dos ombros dele, aproximando-os um pouquinho mais. Não fazia idéia do porque o estava correspondendo, os lábios entreabertos, sorvendo a língua dele enquanto a deixava brincar dentro da própria boca. Um frio gostoso se apossava do seu estômago e de repente ela se sentia eufórica, mas completamente compenetrada no que estava fazendo, até que ele parasse. Ainda tinha os olhos fechados, os lábios úmidos pelo beijo, quando a voz dele cortava o silêncio da cabine.
- Ainda acha que aquele acordo comigo é algo desprezível e humilhante? – perguntava baixinho, ainda tão próximos que ela sentia os lábios dele roçarem nos seus.
E era como se fosse um choque. Abria os olhos, como se tivesse levado um susto e levava a mão que estava apoiada no ombro dele aos lábios, como se não acreditasse no que tinha feito. Ficava sem ar por um segundo então se afastava... e na ânsia de fazer isso acabava caindo sentada em um dos bancos.
- Malfoy! - ela exclamava completamente atrapalhada, se levantando em seguida - Eu... não vou fazer trato nenhum com você! Me basta o que eu já tenho! E não... volte a encostar esses... esses... esses lábios... ou... ou qualquer coisa em mim! - dizia visivelmente nervosa, sentindo uma avalanche de sensações. Sonserino desgraçado. E dito isso, abria a porta da cabine de novo, saindo completamente desnorteada dali. Mas não dava nem um passo e...
- VÊ SE OLHA POR ONDE ANDA, IDIOTA! – Uma voz ecoou nada discreta, ao mesmo tempo em que esbarrava em alguém. Alguém menor. Como podia tão pequena e valentona? - Ahm... Mione? – A voz já em tom normal parecia com a de Gina. Abaixou os olhos, dando de cara com uma cabeleira ruiva, a qual a amiga massageava no ponto em que tinham se chocado.
Hermione ainda parecia bastante confusa, e por isso mesmo não muito bem. Mas piscou repetidamente os olhos, baixando as mãos dos lábios, profundamente vermelhos por conta do beijão que trocara com Malfoy.
- Gina... – ela começou, sem saber se estava aliviada ou apavorada por ter encontrado a pessoa que melhor a conhecia no mundo inteiro.
- Acho que revertemos nossos papéis de quem cuida de quem esse ano, né? – a ruiva brincou e sem esperar a resposta, abriu a porta da cabine ao lado - Hey, pessoal! - Gina falou, assim que os quatro quartanistas da Lufa-Lufa que estavam na cabine miravam seus olhos nelas - A monitora aqui... – ela começou, apontando para Mione - ...está requerendo esta cabine para debatermos táticas anti-infratores de regras. E de acordo com o artigo 160, do Código de Conduta dos Monitores, que regulamenta a ação dos monitores em Hogwarts. Vocês têm dez segundos para sair da cabine ou... – mas ela nem precisava terminar a frase e os estudantes acotovelavam-se para saírem o mais rápido possível. Tão logo estavam fora, Gina empurrava Mione para dentro, fechando a porta em seguida – Então...
- Gina! O trem está cheio! Você não podia expulsá-los assim... nem existe essa lei, para começar! – Hermione desatava a falar, a ação da amiga desviando um pouco sua atenção dos acontecimentos recentes. O que era bom; sua cabeça estava a ponto de estourar.
- Verdade? - Gina exclamou sarcástica, erguendo uma sobrancelha ruiva - Eu juuuuuuuuuurava que existia! Acho que me enganei! - completou, dando uma piscadela após sentar em um dos bancos acolchoados.
Mione meneava o rosto, ainda reprovativa, quando tomou um lugar no banco de frente para o de Gina, suspirando ao se sentar, como se estivesse extremamente cansada.
- Ok, o quê o Malfoy fez além de tentar sugar sua boca? - Gina perguntou prontamente.
- Gina! – Hermione exclamava tão visivelmente surpresa quando quanto ela descobrira mesmo sem evidência alguma que ela fizera um ritual de magia negra com Malfoy. Voltava a levar uma das mãos aos lábios, como se quisesse escondê-los de novo, evitando que ela tirasse mais conclusões acertadas sobre o que Malfoy tinha tentado fazer, mas suspirava. Era inútil - ...você precisa parar com essa mania horrível de adivinhar as coisas!
- Perdão! Às vezes, eu esqueço que as pessoas desprovidas de uma aguçada visão interior como a minha se assustam com as minhas revelações - Gina falou, imitando perfeitamente o tom místico de voz da Professora Sibila. Mas, ao ver que essa brincadeira não contribuiu para animar a amiga, completou - Não estou adivinhando, Mione. Os seus lábios vermelhos denunciam que alguém chupou desesperadamente a sua boca. E a menos que meu irmão tenha tomado atitude, o que é difícil, só resta então a loira pervertida do Malfoy! - ela explicou, agora imitando os ares de sabe tudo que Mione costumava fazer ao esclarecer alguma dúvida aos amigos - A menos, é claro, que exista outra pessoa na história...
- Mas é claro que não! - ela dizia um bocado irritadiça, como se um Weasley e um Malfoy em sua vida não fossem problema suficiente. Suspirou, recostando a cabeça no encosto do banco, completamente exausta - Aquele desgraçado do Malfoy me beijou... foi isso... – admitiu, sem olhar para a amiga.
- E você correspondeu, não foi? - Gina concluiu, dando um sorriso maroto - E aí? O beijo presta? Porque as palavras que saem da boca dele são um nojo total!
- Ginevra! – exclamava uma terceira vez, chamando-a pelo nome só porque ela não gostava... uma espécie de castigo que costumava aplicar à ela quando fazia coisas ou perguntas que não considerava nem um pouco adequadas - Você acha mesmo que eu tenho cabeça pra pensar se o beijo dele presta ou não?
- Primeiro, eu não conheço nenhuma Ginevra! Segundo, não se precisa de cabeça para saber isso... - Gina respondeu, inicialmente carrancuda, depois sorrindo de um modo que apenas Mione conhecia. Às vezes, tinha medo de ser amiga confidente daquela ruiva espevitada – Qual é, Mione! Concordo que Malfoy tem milhões de defeitos! Afinal, como uma boa Weasley, tenho o enorme prazer em apontá-los e ridicularizá-los. Mas, infelizmente, ele é um tesão. Até EU que gosto dos garotos politicamente correto tirados a heróis, acho Malfoy um gato. E se o boato do tamanho dos chifres da Pansy forem verdadeiro mesmo, ele tem experiência na aérea.
Hermione revirou os olhos. Não estava certa se queria fazer aquele tipo de confidência à amiga, porque simplesmente não queria ter feito o que fez. Não queria ter gostado do que fez... e principalmente, não queria estar morrendo de raiva de si mesma como estava. Mas os fatos estavam todos contra ela. Suspirou, derrotada.
- Aquele demônio beija bem, se você quer saber! Terrivelmente bem! E isso só me faz ter ainda mais motivos para odiá-lo... aquele...
- Mas, vocês ficaram só nos chupões ou você aproveitou para tirar uma lasquinha? A bunda dele é gostosa de apertar? Quando joguei como apanhadora, percebi que os jogadores têm bundas lindas! Sempre quis saber qual era a sensação de apertá-las.
- Gina, não estou brincando, tá bem? Eu não achei nem um pouco divertido tudo isso. Não era para ter acontecido. Não era para eu ter deixado! – ela recomeçava - Aquela doninha mal caráter...
- Ok, ok! Eu vou perguntar sobre a sensação de apertar a bunda de um jogador para Angelina! Só acho que não devia ficar tão chateada. Qual o problema de beijar o Malfoy? Você vai ter que fingir que é namorada dele e, sinto muito lhe informar, mas beijos fazem parte do namoro. Além disso, não foi você mesma que disse que somente beijando um garoto a gente esquece de outro?
- Não... eu não disse isso, Gina... - Hermione murmurava, ajeitando-se no banco para olhá-la de frente - ...eu disse que às vezes, para esquecer um garoto, uma paixão por outro resolveria... um beijo pode não dizer nada... - ela explicava em um tom que indicava que já tinha dito aquilo milhares de vezes para a ruiva.
- Ora, se um beijo não significa nada, então qual o problema de trocar uns beijos com o Malfoy? Você estará é fazendo uma boa ação para o mundo, nos livrando de ouvir as asneiras que ele normalmente diz, já que a boca dele estará ocupada demais com a sua!
- Porque... porque... porque eu definitivamente NÃO posso ficar dando esse tipo de intimidade para o Malfoy. Eu já me comprometi o suficiente com ele, selando esse pacto horroroso. Não quero que ele tenha mais motivo algum para fazer da minha vida um inferno! - dizia com raiva, o rosto se avermelhando diante daquelas palavras carregadas de ressentimento.
- Então, por que você não azarou logo o Malfoy quando ele lhe beijou ao invés de correspondê-lo? É tão difícil admitir que você gostou de ser beijada por ele?
- Porque... eu.. eu... – começou confusa, como se estivesse pensando por um segundo, antes de responder sinceramente à amiga –... é claro que eu não gostei dele ter me beijado, Gina! – dizia em seguida, como se aquela sugestão fosse uma ofensa – Eu quero a maior distância possível daquele sonserino doente! Foi só que... quando... ele me beijou... – tentava explicar, estreitando os olhos, sentindo aquele frio gostoso no estômago que o beijo tinha produzido, só em lembrar dele. Meneou o rosto – Foi diferente, só isso. E eu fui curiosa e estúpida o suficiente para deixar que ele continuasse só porque nunca tinha me sentido como me senti. O que não é grande coisa quando se tem a experiência amorosa que eu tenho... – concluiu irônica.
- Ok, ok! - Gina suspirou, cansada - Já vi que não adianta discutir que você gostou do beijo do Malfoy e que trocar mais alguns com ele pode estender seu currículo de relação amorosa, acrescentando experiência que impressionem seu futuro marido. Agora, qual a finalidade de Malfoy em querer te beijar? Afinal, ele ainda é o mesmo metido, inescrupuloso e preconceituoso que conhecemos. Então, por que, repentinamente, resolveu beijar uma “sangue ruim” que, até onde nós sabemos, ele despreza?
- Porque ele quer que nos tratemos mais intimamente em público – Hermione disse enfim, lembrando-se daquele detalhe. Era óbvio que ele estava jogando com ela. A tratando de forma diferente, só para conseguir o que queria, como sempre. Suspirou. E ao ver a expressão confusa de Gina, emendou – Isso mesmo. Quer beijos, abraços e demonstrações de carinho em frente a toda escola, para tornar nosso namoro mais convincente! – exclamava eufórica, a mínima possibilidade de voltar a ter um contato mais íntimo com ele a deixando alterada de raiva. Tudo que sei é que Malfoy quer fazer da minha vida um verdadeiro inferno, Gina! Ele está me chantageando com essa proposta, desde que me disse que o diário de minha mãe é uma “aletheia”. E eu não tenho a mínima idéia do que seja isso...
- E eu também não sei o quê é...
- É claro que não sabe! Deve ser alguma coisa terrível que apenas alguém como Malfoy deve saber! E, na verdade, eu duvido muito que o diário seja uma aletheia... seja lá o que for uma. Não acho que minha mãe se metesse com esse tipo de coisa. E é por isso que quero chegar logo em Hogwarts. Tentar abrir o diário de modo limpo...
- Eu não sei, Mione. Talvez, Malfoy esteja certo.
- Por que diz isso?
- Minhas experiências no passado me fazem desconfiar de qualquer tipo de diário... – a ruiva respondeu, infeliz.
- Mas, é o diário de MINHA mãe, Gina. Não de Voldemort, mas da MINHA MÃE! - protestou Mione na defensiva. Estava cansada de ouvir pessoas falarem mal de sua mãe.
- Laços sangüíneos nem sempre são garantia de que a pessoa quer seu bem. Veja, Harry com os tios, por exemplo...
- Minha mãe e Andrômeda me garantiram que Anne era uma boa pessoa, embora tivesse gostos estranhos. E eu SEI que elas estavam certas.
- Que seja. Tem algo a mais nessa história. Algo que me preocupa muito mais do quê seu pacto com Malfoy ou esse diário esquisito... - Gina disse, fitando Mione com um semblante sério.
- Como assim, Gina?
- É que você... você está repleta de uma aura negra.
- “Aura Negra”...? - Mione repetiu, agora assusta.
- É. Eu acho que essa é a melhor forma de defini-la. – Gina falou, e então tentou se explicar - Desde meu primeiro ano, tenho desenvolvido habilidades estranhas...
- Como enxergar auras negras nas pessoas? – perguntou Hermione rapidamente, quase desejando que aquilo fosse uma brincadeira da amiga, por mais que soubesse que a ruiva não brincaria com uma coisa daquelas.
- Isso. Eu consigo sentir quando um objeto ou uma pessoa está sobre efeito de magia negra. Elas meio que emanam uma aura negra, como a sua.
- E como é que você pode sentir esse tipo de coisa? – ela perguntou num tom levemente tremido, não gostando nada daquela conversa. Sabia que a ruiva era sensitiva, mas até aí, alegar uma “aura de magia negra” nela era demais.
- Bom, quando eu conversei com Dumbledore, ele disse que isso é um, dentre vários dons que alguns poderosos bruxos de artes das trevas possuem. E, como fui possuída por Voldemort, é natural que desenvolva algumas dessas habilidades... como um efeito colateral.
Hermione emitiu um murmúrio de compreensão. Era quase como Harry ter “herdado” a capacidade de falar com cobras, por exemplo.
- E por que essa aura negra está em mim? Foi por causa do Pacto que fiz com Malfoy?
- Pode ser, mas a aura negra que envolve Malfoy é incompatível com a sua. É diferente. Além disso, a aura de Malfoy é antiga, eu já a tinha visto depois da Grifinória vencer a Sonserina na final do Quadribol.
Hermione ponderou as palavras da amiga por um segundo. Não podia dizer a ela que aquilo era bobagem, afinal de contas, Gina tinha percebido o pacto que fizera com Malfoy quase que imediatamente. Mas não adiantava fazer nada a respeito, não agora, então meneou a cabeça, tentando tirar mais aquela preocupação dali. Tinha outras bem mais urgentes;
- De qualquer maneira... – começou devagar, tentando desviar a atenção da amiga e a sua própria daquela conversa – ...eu preciso dar um jeito de deixar o diário à salvo. As medidas de segurança do castelo aumentaram drasticamente e pasme, alunos e bagagens serão revistados pessoalmente por Snape, nosso novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas!
Gina entreabriu os lábios. E Mione sabia, ter Severo Snape como professor do cargo que ele mais desejava era um castigo tanto para a ruiva como para todos os alunos grifinorianos, principalmente.
- Aquele grande filho da puta! Como foi que Dumbledore permitiu essa desgraça? – ela disparou imediatamente sem se conter. Mas o choque da notícia mal havia passado, e já estava estampado naqueles lábios aquele sorriso malicioso que Hermione já conhecia, e temia, na maioria das vezes – Mione... nós não podemos dar o gostinho de Snape achar algo suspeito justo nas suas coisas! Já sei como salvar seu diário...
Mal feito feito
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Charichu diz: Senhores, senhoras e senhoritas, é com grande prazer que anuncio a volta de Charichu e Estrela Vespertina . Por isso, gostaríamos de pedir que parem o envio de berradores, envelopes com pus de bubotúrea puro e outras da Gemialidades Weasley para nos castigar. Acreditem, se eu e a Estrela tivéssemos opção, viveríamos apenas para escrever histórias que nossas mentes insanas criam, mas infelizmente temos faculdade, trabalhos, provas, etc o quê acarretam em atraso na publicação dos capítulos. Sem contar que agora o computador da Estrela desenvolveu vontade própria e só funciona quando ele quer. E como moramos em estados diferentes e distantes uma do outra, fica difícil escrever capítulos em parceria, não é? Mas, em fim, voltamos.
Quanto à produção de capítulo, sei que isso vai soar repetitivo, mas ele foi bastante trabalhoso. A minha primeira dor de cabeça foi com o monitor chefe da corvinal Victor Hyuuga. Ele não é um personagem da minha autoria e nem da J.K., mas da minha parceira de planos terroristas Jeh Winchester (veja o capítulo “Sobre fic” para descobrir o quê fazer para seu personagem aparecer na história). Eu passei dias pensando na melhor forma de Hyuuga aparecer na história sem fugir da descrição que recebemos dele. Em fim, o resultado vocês conferiram nesse capítulo e, sinceramente, espero que a Jeh fique satisfeita.
Outro problema do capítulo foi que, mesmo estando semi pronto há meses, tivemos que mudá-lo quase todo. Primeiro, para dar uma personalidade mais sarcástica e irônica ao Hyuuga, alteramos algumas falas na reunião dos monitores. Depois, refizemos a conversa de Draco e Mione já que a antiga estava “pacífica” demais (embora eu e Estrela concordássemos em manter a cena da sedução e a do beijo). Retiramos também uma cena em quê Mione tentava abrir o diário com feitiços após concluirmos que seria insensato demais para ela expor no trem um objeto de magia negra. E, para completar, apimentamos as falas da Gina. Talvez, alguns achem que ela está exagerada e agressiva nos comentários, mas é assim que vejo a ruiva nos seus quinze anos’
Por fim, gostaria de pedir desculpas aos fãs da Pansy. Eu nunca gostei muito dela, por isso, na fic, ela não terá muita participação. Mas, se quiserem ver uma Pansy muito bem trabalhada, sugiro que leiam a fic “Hallelujah” de Vick Weasley. E quanto aos Lufa-Lufas de plantão, prometo que haverá uma maior participação dessa casa no decorrer da fic (viu, Valadão?). Sempre quis explorar a diversidade das casas de Hogwarts já que J.K, nos seus livros, focou apenas a Grifinória. E, embora o objetivo da fic não seja esse, vou aproveitar o ensejo e me esforçar para que a Lufa Lufa, Sonserina e Corvinal marquem presença
Bom, por hoje é só, pessoal! XP
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