A Fuga



- Acabra cadabra, ratibum, um grifo voando, dois grifos no chão...- o elfo começou a cantarolar, ao mesmo tempo em que segurava as orelhas com força para baixo e balançava o tronco minúsculo para frente e para trás.
- Merda! - ele exclamou, embranquecendo. Hermione notava o mesmo pavor e medo que sentira a pouco sendo transferido para Draco. Ela poderia até ter escapado de um iminente estupro, mas com certeza, o que fizera Malfoy parar a ponto de transtorná-lo, deveria ser bem pior... - Khalmyr e Leona, venham aqui imediatamente! - ele gritou, levantando-se bruscamente, e em seguida, Mione podia ver mais dois elfos domésticos muito menos maltratados que o primeiro, surgirem na sala e fazerem uma referência exagerada para Malfoy.
- Em que podemos ser úteis, mestre? - um deles perguntava nem um pouco ansioso como Dobby parecia quando Harry lhe pedia um favor.
Mas, Draco não respondeu. Apenas apontava a varinha em um elfo por vez, murmurando "Reputatur", um feitiço que Hermione sabia, servia para tornar coisas e pessoas inodoras, completamente sem cheiro. Ela, aliás, mal podia se aproveitar da ausência de Draco; completamente amarrada, não podia tentar se recompor de sua semi-nudez. Malfoy, por sua vez, começava a desabotoar a própria camisa, para espanto de Hermione, naquele ritmo bizarro da canção do primeiro elfo, que parecia não ter consciência do que acontecia ao seu redor.
- Quero que vista isso e saia da mansão Malfoy pelas masmorras! - disse por fim, ao terminar de tirar a camisa, entregando-a ao elfo que havia feito a pergunta, deixando claro que não estava dando a roupa de presente ao elfo. Mesmo assim, não conseguiu segurar a camisa sem um certo receio. - E você fará o mesmo que ele, Leona... - ele prosseguiu, agora voltando a se aproximar de Mione e ajoelhando-se diante dela - Finite Incantatem! - murmurava apressado, desamarrando as cordas dos pulsos dela. Hermione imediatamente se sentava e cobria os seios, ainda visivelmente assuntada, mas Malfoy não tinha tempo para aquilo. - Com sua licença, Granger... - pediu, antes de descruzar os braços dela e terminar de tirar sua blusa. Era como se tivesse esquecido que estava prestes de fazer isso, com ou sem a licença da garota - ... mas você vai usar isto! - falou, atirando a blusa de Mione à elfa.
Hermione ainda não entendia nada, mas a julgar pela palidez anormal de Malfoy, não o questionou, embora voltasse a esconder os seios prontamente, assim que ele se afastava, apressado, indo em direção a lareira. Mione o viu cortar a palma da mão com a faca, deixando cair algumas gotas de seu sangue sobre as cinzas que haviam ali. A parede ao lado da lareira se mexeu, revelando uma passagem secreta pela qual Leona e Khalmyr entraram e sumiram. Ignorando a canção horrenda de Grampo, Draco voltou a se aproximar de Mione e apontar a varinha para ela, livrando agora, as cordas de suas pernas.
- Eu não tenho como voltar pra casa... - foi tudo o que ela disse a Draco. Enquanto se levantava, apoiando-se na estante mais próxima. Subia a calça que ele tinha despido até metade das pernas, fechando e abotoando-a. Não tinha licença para aparatar AINDA, e não tinha mais Flu. Mantinha distância dele, como se ainda estivesse assustada, com medo dele.
- Você não vai voltar para casa agora...- Draco respondeu, se abaixando para pegar a varinha dela e guardá-la no bolso de trás da calça.
- O que está acontecendo? - ela se arriscou perguntar, num tom de voz baixo, apenas olhando-o de longe.
- Comensais da Morte vieram parabenizar o novo casal do mês do Profeta Diário! - ele respondeu, sem emoção. Apontava a varinha para Hermione novamente, executando o mesmo feitiço anti cheiro nela, para depois, fazer o mesmo procedimento nele mesmo.
- Como você sabe? - Perguntava alarmada, embora sentisse seu sangue subir, por aquilo. Talvez coubesse dizer um "eu disse que tinha sido uma idéia idiota", mas o momento não era muito oportuno, se o que ele estivesse dizendo, fosse verdade - Mas o que é que você está fazendo...? Tirando seu cheiro de mim por algum acaso? - voltava a perguntar, irônica, ainda abraçando a si mesma. Não era nada confortável discutir com Malfoy prestes a receber comensais da morte, semi nua.
- Grampo... - dizia, e ao notar o grande ponto de interrogação que era a expressão de Hermione, completou impaciente - ... foi minha tia Bellatrix que o deixou nesse estado por pura diversão. Quando ele sente a presença dela fica assim. Agora, se você não se importar em me deixar salvar sua vida, Granger, será que pode falar menos e fazer mais?
- Ótimo! Aproveite e salve minha reputação também. Eu não posso ficar circulando por aí sem roupa... - ela murmurava meio impaciente, aproveitando-se do nervosismo de Draco em receber aquelas 'visitas'.
- E eu lá tenho cara de armário, Granger? - ele perguntou, sarcástico, voltando sua atenção as estantes. Não tinha como providenciar uma roupa para Mione, não sabendo que a qualquer minuto Comensais invadiriam aquele escritório. Seus dedos finos percorreram alguns livros das estantes, parando em um com uma capa grossa e preta, intitulado “Torturas Educativas: Como ensinar seu filho a obediência eterna a você”. Retirou esse livro, e Mione podia ver que a prateleira mais próxima dela havia se deslocado, deixando a vista um caixão, com um grande “M” em prata adornado na tampa.
- Você não quer que eu entre aí, quer? - perguntava a primeira coisa que vinha na mente, fazendo cara de horror ao ver o caixão.
- NÓS vamos entrar aí! - ele corrigiu, aproximando-se do caixão e abrindo-o. Não havia muito espaço lá dentro e a única forma de duas pessoas permanecerem lá seria, no mínimo, se abraçando. Draco parecia não se importar, pois não só entrara no caixão como estendia a mão para ela - Vamos, Granger, não temos muito tempo...
- O quê ? - perguntava franzindo o cenho, piscando repetidamente os olhos. Olhou ao redor. Ele não estava forjando aquilo tudo, não trabalhando daquele jeito. Suspirou, meneando o rosto. Mesmo sem aceitar a mão dele, dava um passo em direção ao caixão, tentando se encaixar nele junto com Malfoy - Eu não sabia que tinha medo de Comensais da Morte...
- Ao namorar você, Granger, eu declarei explicitamente que não quero ser um dos cachorros de Voldemort! - ele respondeu, carrancudo. E, mais uma vez no dia, Draco segurou o braço de Mione com força e a puxou para si. Quando sentiu o corpo dela encostar-se no seu, ele a abraçou. – E tente controlar sua libido, Granger. Não tente apertar minha bunda e nem encostar na parede do caixão! - sussurrou no ouvido dela, enquanto a tampa do caixão fechava sozinha.
- Pode ficar tranquilo... - respondeu irônica, não só abraçada a ele, como sentindo as peles sem proteção nenhuma de roupa se encostarem. Revirou os olhos. Por que Deus, aquilo tinha que acontecer com ela? Suspirou baixinho, apoiando o rosto em um dos ombros dele, a respiração esbarrando na pele dele, por aquela proximidade toda.
E de fato não demorou muito até Mione ouvir um barulho de explosão no escritório. Pelo visto, os Comensais estavam com pressa o bastante para não perderem tempo abrindo portas, preferindo apenas as explodirem.
- Nada aqui também... - disse a voz metediça de Bellatrix.
- Não é possível! Ele tem que estar em algum lugar! Se não os acharmos... – chiou outra voz que Mione reconheceu como a de Rabicho. Ele gemeu como se antecipasse o pior.
- Pai incompetente, filho também... aquele bastardinho traidor do sangue fugiu! - falou a voz de Bellatrix. Ela havia entrado no lugar e olhava para tudo com curiosidade, não parecendo nem um pouco delicada em revistar o local.
- Ele ESTÁ na Mansão. Eu tenho certeza disso! Estamos vigiando o dia inteiro e não o vimos sair! Ele também não usou Flu e não sabe aparatar. Sem falar que a Sangue Ruim está com ele... soubemos quando ela chegou! Estamos vigiando as lareiras da casa também! - explicava uma voz masculina grave, que Hermione achou conhecida, mas não soube identificar.
- Só se ele estiver invisível! - choramingou Rabicho - Tem mais de vinte comensais espalhados pela casa, Mcnair, e não há nenhum sinal do garoto...
- Não... - respondeu uma voz que mais parecia um latido - Macnair está certo. Draco esteve aqui...
- E cadê ele então? - perguntou Bellatrix.
- Ele esteve aqui com uma garota... - respondeu Fenrir Greyback - Meus sentidos ficam mais aguçados em época de lua cheia... Posso sentir os cheiros deles...
- E esse cheiro foi para onde? - perguntou Bellatrix, com desdém. Ela parecia pouco convicta daquilo.
- Em direção a lareira... parece que eles atravessaram ela.. - respondeu Grayback.
- As masmorras... - exclamou Bellatrix, e o cômodo ficara silencioso. Provavelmente ela devia estar executando o mesmo procedimento que Draco fizera, para abrir a passagem.
- Devemos chamar os outros? - perguntou Rabicho.
- Não... - disse Bellatrix - EU quero pegá-lo! Apenas vá lá e os avise que entraremos nas masmorras, a procura deles. Depois, retorne para cá e fique atento. Tudo isso pode ser um truque também...
Em um movimento cuidadoso, Mione desvencilhou o rosto do ombro de Draco para olhá-lo nos olhos, querendo saber como ele reagia aquelas notícias. Havia mais de vinte Comensais pela casa! Mas sua intenção inicial de inspecionar a expressão de Draco mudara, ao reconhecer uma genuína careta de dor naquele rosto pálido:
- Mas o que...? - perguntou baixinho, olhando-o sem entender - O que foi?
Draco apenas apertou mais Mione contra o seu corpo. Para que pudesse caber os dois naquele espaço estreito, suas costas estavam completamente apoiadas no fundo do caixão.
- Minhas costas... - ele murmurava com dificuldade -... no caixão... queimam... - ele apertou Mione contra si com mais força.
Mione frisou o cenho, então estendeu o indicador e o encostou no caixão. E era como se ela o tivesse colocado em uma frigideira untada a óleo.

- Ai...! - dizia entredentes, baixinho. Aquilo realmente queimava mesmo. E apesar de tudo que aquele garoto pretendia ter feito naquela tarde fatídica, compadeceu-se dele - Aqui... - ela chamou, dessa vez trazendo-o para perto do próprio corpo - Vamos revezar um pouco... - sussurrou para ele, olhando-o nos olhos. Também começara a rezar para que fossem embora logo.
- Nem pense, Granger... - ele respondeu também em sussurro, e logo seguida mordeu os lábios.
Hermione tinha quase certeza que as costas dele logo estariam em carne viva, e ainda assim não a deixava ficar em seu lugar. E estranho ele ter aquele surto de herói grifinoriano que se sacrifica pela donzela, principalmente quando o próprio quase tinha estuprado a mesma donzela.
- Não seja ridículo Draco... - ela continuava a dizer baixinho - ... eu não vou saber cuidar direito desses ferimentos depois... eu não sou madame Pomfrey e... -tentava convencê-lo, mas a voz de Bellatrix a fazia se calar.
- Eu espero que esteja certo Greyback... para seu próprio bem... - Bellatrix voltava a falar, a voz parecendo mais afastada.
- Meu olfato não me engana, Bellatrix... - latiu Grayback.
- Caralho, Granger! Será que você poderia parar de falar merda e calar a boca? - Draco finalmente respondia, em sussurro. Tinha os olhos fechados e uma expressão concentrada, do tipo que nunca usava. Mas Mione arregalava olhos para ele, como quem ainda queria insistir... só que não podiam começar uma discussão ali ou seriam descobertos. Milagrosamente não rebateu aquela resposta muitíssimo mal educada, embora ainda estivesse preocupada com ele... mesmo que com aquele aperto todo, ela mesma estivesse ficando sem ar. Era uma grifinoriana legítima mesmo.
- Vão embora... vão embora... vão embora... - desejava baixinho, toda sua atenção voltada para a conversa lá fora, já que o sonserino cabeçudo e auto suficiente não lhe escutava. Esperou vários segundos em silêncio, até que não ouviam mais absolutamente nada lá fora. - Eles devem ter ido... - dizia, voltando a olhar para Draco, que gemia baixinho. Ele devia estar no limite, sabia disso.
- Granger...consegue pegar sua varinha? - perguntou, em meio a gemidos.
Mione fez que sim com a cabeça, e ele mal tinha terminado de falar, a mão dela já tateava os bolsos de trás da calça dele, em busca da varinha. Não demorou a achar, mas mesmo assim, nos momentos que suas mãos resvalavam na parede do caixão, sentia ondas imensas de calor machucarem sua pele. Com dificuldade, trouxe-a para junto do corpo
- Aqui... - ofegou para ele, olhando-o, o cenho franzido. -Vai ter que tirar essa maldita proteção contra meus feitiços, Draco, ou não vou poder fazer nada por você... - lembrava-o. Era interessante perceber como Hermione o estava tratando, pelo primeiro nome, já que ele estava tão debilitado.
- Eu, Draco Malfoy, dono dessa Mansão, por pura e espontânea vontade permito Hermione Granger de usar magia! - a voz de Draco saiu fraca e gemida. - Agora, Granger, pense no livro que tirei daquela prateleira e concentre-se em fazer o mesmo. - ele continuou, meio gemendo e meio falando. - É bom que você faça jus ao título de sabi-tudo, porque esse caixão só abre por fora e eu não pretendo passar minha vida toda nele!
Ela não precisou mais do que um ou dois segundos para pensar. Um feitiço convocatório deveria servir. Ela só tinha que se lembrar do nome do livro, porque convocar UM livro em uma biblioteca... bom, teria de acertar de primeira ou poderia chamar uma atenção desnecessária para o cômodo.

- Accio “Torturas Educativas: Como ensinar seu filho a obediência eterna a você” - disse baixinho, erguendo a varinha o quanto podia para executar o movimento. Ficou em silêncio em seguida, para verificar se o feitiço tinha surtido o efeito que queria.
Percebia que obtivera sucesso quando ouviu um barulho de algo se chocando na prateleira na frente deles, que em seguida se abriu sozinha, colocando de volta o caixão no escritório. Ela cambaleou para fora, dando uma olhada ao redor. Podia ver o escritório exatamente como haviam deixado, exceto pela porta fora destruída e por Grampo que estava desmaiado no chão. Provavelmente tinha sido acertado pelos destroços de madeira. Imediatamente Draco parou de abraçá-la. Estava imensamente aliviada por estar do lado de fora de novo.
- Quem seria capaz de... de construir um negócio desses!? - perguntava baixinho, para si mesma, passando os olhos mais uma vez por Grampo, olhando-o com tristeza. Mas não teriam tempo para ele. Voltou-se para Malfoy, e dessa vez, era ela quem estendia a mão para ele. - Vem! Precisamos cuidar disso... - murmurava aflita, esperando por uma ação dele.
- Eu achei que você fosse inteligente, Granger. Não prestou atenção no título do livro? - ele dizia, e ainda que fosse estúpido, acabava por responder a pergunta dela. Então aquilo servia para castigar Draco quando Lúcio estava 'insatisfeito' com suas atitudes.
Ele aceitou a mão dela, embora se fosse em qualquer outra situação, Mione tinha certeza que provavelmente a refutaria e ainda faria uma piadinha maldosa. Mas seu corpo devia estar machucado demais para ele bancar o orgulhoso, e por isso aceitava a ajuda, cambaleando para fora do caixão.
- Há uma jarra em cima da mesa...- ele falava, arquejando. E quando endireitava o corpo, Hermione podia ver as costas dele completamente esfoladas, em carne viva.- ...tem pó de flu lá. Pegue-o.
- Flu... tá bem... flu... – Mione parecia bastante nervosa com o ferimento dele, para alguém que desprezava. Correu para apanhar a jarra, enfiando uma mão dentro dela e apanhando um bocado de flu. Voltou até ele, correndo. - Está aqui... quer... que eu te leve onde?
- Nós não podemos ir para sua casa. Eles podem nos rastrear e ir direto para lá... a gente tem que ir para um lugar protegido e... - Draco parecia estar cogitando as possibilidades, quando soltava o segundo palavrão do dia.- Porra! Eu não acredito que estou pensando nisso...
- O que é Draco? - ela então se exaltava também - Diz logo! Nós não temos tempo! Diz logo! Qual lugar? - pressionava-o, para dizer o que quer que estivesse pensando que não o agradasse.
- Pense, Granger, qual o lugar que está sendo mais protegido pelo Ministério? - ele perguntou mal humorado. Suas costas doíam e ele parecia não acreditar que ela não era capaz de pensar naquela casa.
Hermione arregalou os olhos, tudo clareando em sua mente. Mas ele não podia culpá-la por não pensar de primeira justamente naquela casa. Era o último lugar para onde queria ir, depois da matéria no Profeta Diário e principalmente no estado semi-nu em que se encontrava. Mas não tinha tempo para receios, porque lá fora, no corredor, Mione podia ouvir os passos de gente se aproximando. Os Comensais deviam estar voltando com Rabicho, ou talvez, tivessem escutado o barulho do suntuoso livro de torturas 'educativas'.
- Weasley! - ela disse baixinho, pegando Draco pelo braço e o enfiando na lareira. Entrava junto em seguida. - Para a TOCA! - dizia em tom claro, mas não alto, para quem quer que fosse que estivesse vindo não pudesse escutá-la e dar um jeito de invadir a casa dos Weasley.

Mal feito feito


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Charichu diz: Saudações, pessoal! É muito bom tê-los de volta em mais um capítulo!^^ E, pela quantidade de reviews deixados em “A Lei 1214”, penso seriamente em fazer mais cenas de estupro na fic. Não é que dá ibope?O.o
Piadinhas a parte, hoje falarei pouco sobre a construção desse capítulo. Tivemos tanto trabalho quanto o anterior, uma vez que “A Fuga” tinha que concluir os acontecimentos deixados em aberto anteriormente. Além disso, Estrela teve que refazer completamente os diálogos dos Comensais, já que originalmente Lucius Malfoy liderava a invasão. Mas o resultado ficou excelente, diga-se de passagem! Eu trabalho na parceria de um gênio literário!^^
Bom, a função deste capitulo é a mesma que a do anterior: ressaltar a diferença do nosso Draco para o de JK.
Se após esse três capítulos, vocês ainda esperam que Draco vire um medroso idiota como nos livros ou um ex vilão do lado negro que se tornará um verdadeiro herói, tipo Ikki de Saint Seiya ou Vegeta de Dragon Ball Z, então nem pensem em continuar a ler essa fan fic! O Draco Malfoy que você encontrará é um cara cínico, sarcástico, inescrupuloso, ambicioso e manipulador. Ou como Scooby definiu perfeitamente “um doente-filho-da-puta-rocks”. Se algum momento ele fizer alguma boa ação, pode ter certeza que foi uma atitude melosa e necessária para concretizar seus planos. Nada mais do que isso.
Ok, agora voltando a falar do capítulo em si, eu tive a idéia do estupro quando li uma fan fic na qual Draco, ao perceber que não tinha chances com Mione, resolveu arruinar a vida dela, violentando-a. Por incrível que pareça, achei essa perspectiva de amor interessante e confesso que, no decorrer do jogo, senti uma enorme vontade de concluir o estupro. Mas não o fiz por uma única razão: amor a minha vida. Eu sabia que se Draco conseguisse concretizar esse ato contra a virgindade de Mione, Estrela me mataria de forma bem dolorosa. ¬¬’
Então, resolvi aliviar para Mione e fazer os Comensais, convenientemente, estragarem tudo. E levando em conta as intenções de Draco, acho que os Comensais acabaram salvando a vida de Mione e não o elfo doméstico ^^’
Só peço que não pensem que Draco deixou suas costas em carne viva em uma atitude heróica de puro arrependimento. Apenas parem e raciocinem maquiavelicamente: não seria nada inteligente buscar refugio entre Aurores com a amiga de Harry Potter machucada. Especialmente, se ele pretendia fazê-los acreditar realmente que a amava e estava mudado. Eu só lamento pela Mione ter compadecido com a dor dele...¬¬’
Também quero falar um pouco dos elfos domésticos. Os rpgistas de plantão devem ter percebido que os nomes Khalmyr e Leona são, na verdade, extraídos do universo de Arton. Digamos que não levo o menor jeito para nomear personagens e coisas. Por isso, quando estava jogando, abri a revista mais perto (no caso, Holly Avanger) e escolhi os primeiros nomes que li!^^’ Quanto ao Grampo... bom, tive a idéia desse personagem quando li “O Mulato” de Aluíso Azevedo, há uns quatro ou cinco anos através. Tudo haver com Harry Potter, não?^^’
Grampo é baseado na personagem Domingas. Ela é uma escrava que foi violentamente castigada (a coitada foi açoitada e teve seus órgãos genitais queimados) quando Quitéria descobriu que Domingas havia concebido um filho de seu marido. Foi então que tive a idéia de criar algum elfo que sofrera cruelmente com seus patrões a ponto de perder a sanidade mental... e, quando fui me dá conta, essa idéia se materializou na figura do Grampo! Isso é uma coisa aleatória que acontece comigo com certa freqüência. Eu crio personagens e roteiros das formas mais impensáveis possíveis. O.o
Bom, antes de encerrar esse texto gigantesco, gostaria de esclarecer a razão de ter dito que o capítulo anterior havia cenas picantes: se você analisar na perspectiva do estuprador, no caso, Draco, você perceberá que tudo foi muito excitante para ele! Só não tenho culpa se Mione não relaxou e gozou, oras! u.u

Respondendo agora aos comentários:

Teresa: Acho que esse capítulo responde as suas perguntas, não é? Mas, continue a ler mesmo assim. Surpresas agradáveis virão. Obrigada pelo comentário! =*

Isabella Rodrigues : Respondi sim^^ Mais alguma duvida que posso esclarecer? =*

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