Acontecimentos um tanto difere
Capítulo XIX_ Acontecimentos um tanto diferentes
(Narração de Sirius)
Eu estava beijando a Watson num corredor vazio do terceiro andar.
[b]Jennyfer Watson:[/b] Cabelos loiro mel e lisos, olhos castanho claro, magra e um pouco mais baixa do que eu. Artilheira do time de quadribol da grifinória está no sétimo ano. Bagunceira, simpática, maluca e cara-de-pau, por exemplo, ela pede dinheiro emprestado para quem não conhece, chega falar com um casal que estava se beijando ( a maioria das pessoas fica sem graça, mas ela não). Quase todos os garotos do sétimo ano babam por ela e também alguns do sexto e do quinto ano.
- Você conhece a sala precisa? – perguntei depois de um beijo demorado.
- Já ouvi a Thaiza comentar sobre a sala. Ela me disse que vai lá para ensaiar aquelas danças que apresentam aqui na escola. Mas não sei onde fica.
Eu sorri, então a Zadinello procura a sala para dançar. Quem sabe eu faço uma visita por acaso quando ela estiver ensaiando sozinha. Ela é outra que ainda não fiquei.
- A sala fica no sétimo andar. O que você acha de irmos para lá? – eu perguntei com um sorriso malicioso.
- Quem sabe outro dia queridinho, agora me lembrei que tenho de fazer dever de poções e escrever detalhadamente cada um dos usos do sangue de dragão. – ela me deu um beijo – Tchau gatinho, a gente se vê por aí!
Depois disso ela saiu andando em direção a biblioteca. Vai entender essas garotas. Eu fui para a cozinha comer umas guloseimas e depois fui pra o dormitório. Ainda bem hoje já é lua minguante e não preciso ir para a casa dos gritos, eu gosto disso, mas é cansativo.
***
Eu estava deitado na cama pensando na vida quando James entrou no quarto batendo a porta.
- Brigou com a ruiva de novo? – perguntei.
- Pior que isso, nós não brigamos mais. – ele respondeu sentando na sua cama.
- Ta sentindo falta das brigas com a ruiva? – eu perguntei achando graça.
- Mais ou menos. É que antes eu podia a chamar para sair quase todos os dias, as vezes tentava beijar-la, mesmo que depois recebesse um tapa. Agora parece que ficou mais difícil fazer rolar um clima, e beijar ela prece impossível.
- Entendo. Então acabe com essa amizade!
- Se fosse tão simples eu já teria feito, mas ela vai ficar brava comigo. Não posso simplesmente dizer que não quero mais ser amigo dela. Lily jamais entenderia meus motivos, mesmo que eu os fale para ela. – depois que ele falou isso, ficamos algum tempo em silêncio – Já sei! Tive uma idéia!
- Então me conte qual foi seu plano infalível!
James abriu a boca para falar, mas nesse momento Remo entrou no quarto batendo a porta. Pobre porta, desse jeito não dura até o fim do ano.
- Como foi a conversa com a Bruna? – James perguntou.
O Remo não conversou com Bruna na semana que passou, por causa da lua cheia. Mas ele havia falado que hoje precisava conversar com ela.
(Narração de Remo)
- Como foi a conversa com a Bruna? – James perguntou assim que entrei no quarto.
Pela minha cara eles já devem imaginar que não foi nada bem.
- Foi como eu esperava. – respondi – Nós terminamos.
Flashback
O ultimo horário era vago, na havia visto Bruna fora das aulas hoje, quando estávamos saindo da sala de herbologia a chamei para conversar. Fomos andar perto do lago.
- Bruna, meu amor, se eu pudesse voltar no tempo jamais teria ido naquela viajem. Agora você está sofrendo por minha causa. – A cada palavra que eu dizia, parecia que um buraco se abria no meu coração.
- Não Reminho, a culpa não é sua. Eu é que não devia ter sido tão curiosa e seguido vocês. Bem dizem que curiosidade pode matar. E eu não me importo que você seja assim...
- Como não se importa? Você é uma garota linda, nasceu para brilhar nas passarelas que você tanto sonha. Não nasceu para sofrer por um amor sem futuro.
- Mas nós podemos ser felizes! Posso ser uma modelo mesmo assim! Você não pode deixar de viver por causa desse pequeno problema. – ela falou segurando minhas mãos.
- Não posso deixar de viver, mas não posso parar a vida de outras pessoas por causa disso.
Uma lágrima teimosa e sozinha caiu de seu olho, eu a sequei com as costas da mão.
- Não chore por mim, não mereço o amor de nenhuma garota. Estou condenado a viver aprisionado neste corpo doente.
- Mas agora que diferença isso faz? Você não pode mais voltar no tempo. Estou tão condenada quanto você.
- Não diga isso, não é verdade. Você pode viver quase como uma pessoa normal, não será capaz de tirar a vida de alguém. Com o tempo conseguirá se controlar ainda melhor. Tente me esquecer e procure alguém normal que te ame o quanto eu te amo.
- Não Remo...
- Não fale nada. Precisamos nos afastar, você não pode sofrer por minha causa. E isso deve ser agora. Antes que eu comece a chorar e perca a coragem.
Eu beijei sua testa e toquei seus cabelos loiros por um ultimo instante. Depois disso sai andando, em coragem para dizer qualquer palavra. Com a certeza de que havia acabado de deixar ali parte de minha alma.
Fim do flashback.
- Remo, você é um idiota. – Sirius falou.
- Por que você fez isso? – James perguntou.
- Porque eu a amo! – respondi – Vou tomar banho, ver se acalmo essa dor na alma.
Liguei o chuveiro ainda de roupa e deixei a água cair, junto com as lágrimas que não consegui mais segurar. Encostei-me na parede e fiquei lembrando todos os momentos que passamos juntos, nosso primeiro beijo, o dia em que começamos a namorar, a virada do ano, o por do sol na praia, as guerras de comida, as tardes na frente do lago, foi tudo tão perfeito enquanto durou.
(Narração de Sirius)
- O Remo precisa parar de ter preconceito contra ele mesmo. – James falou.
- Concordo. Mas agora me fale qual foi a sua idéia!
James abriu a boca para falar, mas nesse momento Peter entrou no quarto batendo a porta. Coitada da porta que não tem culpa de nada.
- O que houve? Dormiu na aula de reforço de novo? – eu perguntei.
- Não, a Anna falou que eu sou muito feio e chato. – ele cruzou os braços e fez um bico igual uma criança que briga com os pais.
- Que Anna? – eu e James perguntamos ao mesmo tempo.
- Anna Lima, da lufa-lufa! – Peter respondeu.
- Aquela que vive grudada na Milena Zureck? – eu perguntei.
Milena é uma garota que fiquei faz um mês.
- Essa mesma, ela está fazendo reforço de poções comigo! E eu acho que gosto dela!
- Caramba Rabicho, até tu apaixonado. – eu falei.
- Viu Almofadas, ta na hora de tomar juízo! – falou James.
- Depois dessa até me deu vontade de pensar no assunto. – falei – Mas não dizem que sobre gostar de alguém não se escolhe quem nem quando. Então não é minha culpa ser assim.
- Pior que isso é verdade! – falou James com aquele olhar sonhador de quando está pensando na Lily.
Nós ficamos um bom tempo conversando essas asneiras de gostar de alguém, até o Frank entrou na conversa. E James finalmente contou a idéia dele, que eu achei meio maluco, mas pode dar certo.
***
(Narração de Lily)
Eu e James estávamos voltando da biblioteca, ele havia me ajudado num trabalho de transfiguração. Vínhamos conversando sobre bobagens, quando o assunto acabou.
James parou de andar, eu olhei para ele, querendo saber por que ele fez isso. Mas antes que resolvesse perguntar ele falou:
- Lily, quer ficar comigo? Agora?
O James perdeu completamente a noção. Antes ele ainda tentava criar um clima, mas agora isso, como se eu fosse uma daquelas garotas atiradas com quem ele ficava.
- Você sabe que eu não quero nada além de amizade, James. – eu falei me virando para começar a andar novamente.
- Por quê? – ele perguntou me fazendo parar de andar – Você beija tão mal assim, para se recusar a ficar comigo, depois de todas essas declarações?
Como ele ousa dizer que eu beijo mal se ele nunca me beijou? Afinal o primeiro beijo não conta. Eu me virei para ele dei um passo em sua direção.
- James, seu... – e do que xingo ele agora? – idiota. Eu não beijo mal porcaria nenhuma.
- E quem me garante isso? Você pode estar mentindo. – ele falou quase no mesmo tom que eu.
Eu o empurrei e ele bateu na parede do corredor. Me aproximei e olhei nos seus olhos cor de chocolate.
- Eu te garanto. – falei numa voz rouca e segurei seus cabelos bagunçados.
Fui me aproximando devagar, enquanto senti uma de suas mãos nas minhas costas e outras nos meus cabelos. Isso devia ser só uma brincadeira para ele aprender a não me criticar, mas assim que meu nariz tocou levemente o dele, senti um arrepio, que aumentou quando nossos lábios se tocaram.
Nossa, que beijo! No começo parecia que ele tinha medo de como eu iria reagir, mas depois conseguiu mexer comigo. Um beijo do diferente dos garotos que costumo ficar. Ele deu uma leve mordida no meu lábio inferior e depois, sem interromper o beijo, fez com que eu ficasse contra a parede, me prendendo desta forma. Agora eu consigo entender porque ele conseguia beijar tantas garotas.
Mas de repente uma luz se acendeu na minha cabeça (na forma figurada porque eu não sou um abajur). O que diabos eu estou fazendo? Como posso ser tão burra? Ele fez de propósito e eu caí na armadilha. Então eu o empurrei, o que foi uma pena, porque tive que interromper o beijo.
- JAMES POTTER EU TE ODEIO SEU MAROTO NOJENTO! – eu gritei mais alto que pude – PENSEI QUE VOCÊ DESA VALOR PARA A NOSSA AMIZADE.
Depois eu comecei a bater nele onde conseguia alcançar.
- Ai Lilian, eu não fiz nada. Foi você que me beijou, eu só aceitei beijo! – ele falou sorrindo apesar dos tapas.
- SEU SEM VERGONHA, IDIOTA. – eu continuei batendo nele, pois como tem coragem de sorrir – VOU TE MATAR SEU GALINHA, CACHORRO, CAFAJESTE.
Eu peguei minha mochila que havia derrubado no chão para beijá-lo e tirei um livro enorme de dentro antes de colocar nas costas. Comecei a bater com o livro na cabeça dele. Além de continuar gritando e xingando.
Mas como hoje não é meu dia, eu não consegui matá-lo. Pois nesse momento a Mcgonagall apareceu.
- Senhor Potter, senhorita Evans, o que pensam que estão fazendo? – ela perguntou com a mesma cara de sempre.
É claro que nós não respondemos, eu apenas parei de bater nele. E ele continuou sorrindo igual um bobo.
- Me procurem na minha sala amanhã às oito horas da noite, que decidirei qual vai ser a detenção. Vocês dois precisam aprender a conviver como pessoas civilizadas. Agora vão para o salão comunal e não quero vê-los brigando novamente ou a detenção será dobrada!
- Isso não vai se repetir! – James falou ainda sorrindo.
Eu ainda vou matar ele, nem que fique todos os dias até o final do sétimo ano em detenção. Melhor fazer detenção sozinha do que com essa ameba.
***
(Narração de Bruna)
Faz quatro dias que não estou mais com o Remo. Agora estou sentada perto da janela do dormitório olhando lá fora. É o que mais tenho feito nos últimos dias, com exceção de quando estou nas aulas. Antes eu ficava chorando, mas agora não há mais lagrimas para chorar, a vida não parece ter sentido sem ele.
Nesse momento alguém entrou no quarto, mas nem olhei para ver quem é.
- Bruna, você precisa se animar um pouco! Não pode ficar o resto da vida neste quarto. – falou Herica.
- Ah Herica, eu não consigo me conformar, estava tudo tão perfeito. Por que ele fez isso? – eu falei ainda olhando para fora.
- Acho que os garotos são egoístas até com os problemas. Mas pelo menos ele te ama! Não é um galinha que sai agarrando a primeira que encontra.
Nesse momento Lily entrou no quarto falando um monte de palavrões, então nós logo a olhamos.
- O que houve? – Herica perguntou – Voltou a brigar com o James?
- Peguei detenção por culpa desse maroto com o nome James e sobrenome Potter. – ela respondeu jogando um livro de umas mil e quinhentas páginas em cima da cama.
(N/A: Esse foi o livro que ela usou para bater no James, isso deve doer.)
- O quê? – eu e Herica perguntamos ao mesmo tempo – Lilian Evans em detenção?
- Será que nenhum aluno vai conseguir passar por Hogwarts sem detenção? – ela falou com cara de indignada – eu estava tentando bater este Recorde.
- É serio que nenhum aluno passou por Hogwarts sem levar detenção? – eu perguntei.
- Eu li em Hogwarts, uma história! O aluno que passou mais perto disso foi Tom Riddle, o próprio Voldemort, que levou duas detenções.
- Estou imaginando o Dumbledore levando detenção, ou a Minnie! – falou Herica – Mas afinal qual foi o motivo da detenção?
- É... nós nos beijamos e depois eu comecei a bater nele, a Mcgonagall viu e nos deu detenção. Mas não disse o que termos de fazer. Só vou saber isso amanhã às oito da noite.
Eu e Herica rimos, é a primeira vez que rio está semana. Lily vai fazer detenção junto com o James, isso vai entrar para a história.
***
(Narração de James)
Merlin ouviu minhas preces, finalmente eu consegui sentir o gosto de beijar a ruiva de verdade! Mesmo tendo que levar uns tapas depois. Estou torcendo para que a Minnie passe uma detenção que dure um mês, ou poderia ser um ano!
Quando sai da sala comunal para a detenção, Lily já havia saído. Cheguei lá e ela estava na porta esperando. Então a Minnie abriu a porta.
- Boa noite senhorita Evans e Senhor Potter!
- Boa noite! – nós respondemos.
- Venham, vou mostrar o que terão de fazer.
Nós fomos a seguindo sem dizer uma palavra. O que será que teremos de fazer? Paramos em frente à biblioteca que estava fechada. Minnie usou um feitiço não verbal para abri-la.
- A biblioteca precisa de uma atualização. Vocês terão que catalogar cada livro de cada estante da biblioteca!
- Mas isso vai levar anos. – protestou Lily.
- Não, na verdade, isso vai levar um mês, se vocês forem pontualmente todos os dias à biblioteca, das oito da noite às onze.
- Mas, mas... Todos os dias incluem...? – falou Lily.
Eu só observava sorrindo.
- Inclui os fins-de-semana e, inclusive, os dias que houver festas, bailes e coisas desse tipo. Agora vocês devem começar, assim que entrarem na biblioteca as portas e janelas serão magicamente fechadas e só se abrirão as onze. Assim que saírem daqui vão imediatamente para os dormitórios. E não briguem.
Tudo bem, as melhores festas começam as onze! Então essa será a melhor ou a pior detenção da minha vida.
Nós entramos na biblioteca e automaticamente a porta e as janelas se fecharam. Lily foi até uma estante e pegou o Maximo de livros que podia e colocou em cima de uma mesa. Eu me sentei na mesma mesa que ela, mas então ela se levantou pegou mais livros e colocou em outra mesa.
- Fique longe de mim, Potter. – ela falou antes que eu me levantasse.
Tudo bem, hoje é só o primeiro dia de detenção. Passou-se uma hora e meia e eu já não agüentava mais catalogar livros. Fui até a mesa onde Lily estava, ela havia começado a ler um livro e nem percebeu que eu cheguei.
- Lily, - eu falei bem perto dos seus ouvidos.
- AAI, VOCÊ QUER ME MATAR SEU BOCÓ? JÁ FALEI PARA FICAR LONGE DE MIM.
Nesse momento vários livros começaram a cair de uma estante. Nós olhamos para lá assustados. Será que o grito da ruiva é tão poderoso assim? Então as placas que está escrito “silêncio!” começaram a piscar.
- Isso é um feitiço anti-gritos? – eu pensei em voz alta.
Lily começou a contar até dez e respirar bem lentamente. Ninguém merece isso, ela que grita e causa essa bagunça e ainda fica brava comigo.
Ficamos o resto do horário da detenção arrumando os livros para que amanhã ninguém perceba esta bagunça. Isso foi ruim, o único lado bom é que ela não pode gritar comigo.
E como quando saímos de lá já eram onze horas, ou seja, tarde, ela não pode gritar comigo. Sei que amanhã cedo ela vai querer descontar, mas tudo bem! Ela vai acabar percebendo que no fundo me ama!
***
(Narração de Herica)
Eu estava no salão comunal fazendo tarefa de Trato das criaturas mágicas com o Marcelo. Nós ficamos amigos depois da ultima festa na torre, no ultimo passeio a Hogsmead nós fomos juntos, mas não rolou nada.
- E se o enigma for muito difícil e eu não conseguir desvendá-lo? – eu perguntei enquanto terminava de escrever um texto sobre a esfinge.
- Aí você corre o mais rápido possível para um lugar que tenha água, já que a água produzida por meio de um feitiço não resolve. – ele respondeu terminando de escrever – Terminei o texto! Precisa de ajuda?
- É verdade, felinos não gostam de água! Terminei também! Quer ler? – perguntei entregando meu pergaminho.
- No próximo capítulo vamos estudar a fênix! – ele falou antes de começar a ler.
- Que legal! – eu falei pegando o seu texto para ler.
Depois que terminei de ler, olhei para o relógio de parede que Lily resolveu colocar a dois anos atrás. São dez horas da noite.
- Nossa já está ficando tarde! – falou Marcelo olhando no relógio também – Tenho que voltar para a torre da corvinal!
- Então boa noite! – eu falei.
Nos despedimos com beijo no rosto, como amigos normais. E ele saiu pelo buraco do retrato. Nesse momento eu notei que Sirius está do outro lado da sala se agarrando com Camila Felton, a melhor amiga de Jennyfer, algo me diz que isso vai dar briga.
Arrumei meu material e fui para o dormitório, a única que já estava lá era Bruna. Lily está na detenção e Alice deve estar por aí com Frank.
Não demorei muito para deitar, mas quem disse que eu consigo dormir rápido? Eu sempre demoro pelo menos meia hora para dormir, enquanto isso fico pensando ou imaginado. A primeira imagem que veio na minha mente foram aqueles olhos azuis e depois aqueles lábios perfeitos, me lembrei daquele dia em que nos beijamos lá na sala comunal.
Maldição, porque eu tenho que pensar nele todos os dias? Mesmo quando não estou o vendo. O pior é que é bom pensar nele! Ai, como eu odeio isso, ao mesmo tempo em que gosto.
***
(Narração de Sirius)
Hoje é terça-feira e tem treino de quadribol, mas o folgado do James não vai poder ir porque ta em detenção coma ruiva. Espero que essa detenção realmente valha à pena, pois se ele não conquistar a ruiva agora, melhor fazer uma poção do amor.
Esse treino vai ser longo, já que sem capitão esse time vira uma completa desordem. Agora, por exemplo, isso aqui ta uma bagunça, Jennyfer Watson está pintando as unhas; Kael Langdon, que é artilheiro, está dando em cima de uma garota do quinto ano da Corvinal que não sei o que está fazendo aqui; Rodrigo Truszczanczuk (N/A: Bruh, é assim que escreve esse sobrenome?) que é batedor, está ensaiando uns passos de dança de salão com Thaiza Zadinello; e tem mais três garotas do quarto ano da lufa-lufa e dois garotos do sétimo ano da corvinal.
Eu e Herica nos olhamos assim que entramos no campo e vimos àquela bagunça. Quando o James está aqui não é assim, e mesmo quando há um pouco de bagunça, ele chega e todo mundo fica quieto. Eu queria ter esse dom de ser capitão de quadribol.
- Ok, precisamos desse e dos próximos treinos porque o jogo contra a sonserina está próximo. – Herica falou – Já volto!
Ela foi correndo até onde estavam Zadinello e Truszczanczuk e falou algo. Então a Zadinello subiu na arquibancada para ficar mais alta e gritou:
- SILÊNCIO! –levaram alguns segundos até que todos parassem de falar, então ela continuou – QUEM NÃO É DA GIRFINÓRIA, POR FAVOR, SE RETIRE IMEDIATAMENTE!
As garotas da lufa-lufa fizeram caretas e reclamaram alguma coisa e foram em direção a saída. E fizeram questão de passar perto de mim.
- Boa noite Sirius! – falaram com uns risinhos.
- Boa noite lindas! – eu respondi se nem tentar lembrar os seus nomes.
Logo depois os dois garotos da corvinal saíram falando sobre táticas de quadribol, algo me diz que eles estavam tentando espionar nosso treino. Por ultimo saiu a garota que estava conversando com o Langdon.
Agora está tudo mais simples! Ai, eu não acredito que a Zadinello e o Truszczanczuk voltaram a dançar e colocaram aquela musica chata de novo. E onde está a Jennyfer agora? Eu vou ficar maluco. Como o time que não perde há quatro anos o campeonato de quadribol pode ser o mais desorganizado?
***
(Narração de Lily)
Eu cheguei ao dormitório depois do quinto dia de detenção, Herica e Alice estão se arrumando para a festa. Nossa, tinha até me esquecido que hoje é dia de festa. Bruna está conversando animadamente, mas está de pijama.
- Estou morta! – falei me jogando na minha cama – Acho que realmente vou morrer se fizer essa detenção até o fim. Acho que não vou à festa.
- Também? – perguntou Herica – A Bruna já disse que não vai. Vocês precisam se divertir! E não ficar aí reclamando, no lugar de pensar nos problemas, vão esquecê-los!
- Na próxima festa eu vou! – falei – Mas hoje estou morta, tive que fazer muito esforço para não gritar com o James.
As meninas acabaram desistindo de nos convencer e saíram já era quase onze e meia. Fui me deitar já era quase meia-noite, pois demorei no banho. Apesar de estar cansada não dormi muito bem.
Herica chegou cedo, eram duas horas da madrugada (N/A: para um fim de semana com festa é cedo), Alice chegou às três.
***
(Narração de Herica)
Hoje é quarta-feira, dia de reunião sobre as festas da torre. A Lily me pediu para substituí-la, já que está em detenção e Remo disse que não quer ir.
São oito horas da noite, estou indo com a Thaiza (representante do quinto ano) e o Rodrigo (representante de festas da grifinória) para uma sala que fica num corredor do quinto andar.
Os representantes da corvinal já estavam lá, empurrando as carteiras da sala para os cantos, deixando apenas algumas no centro, dentre eles, o Marcelo. Um pouco depois chegaram os da lufa-lufa e por ultimo os da sonserina.
Depois que todos ficaram em silêncio Talissa Zadinello (prima da Thaiza), da corvinal, começou a falar as mesmas coisas de sempre. “Boa noite! A ultima festa foi legal, obrigada aos alunos que organizaram a decoração...”
- Agora os alunos do sétimo ano têm algo a dizer sobre a festa dessa sexta. – Talissa terminou de falar e depois sentou numa carteira vazia.
David Jones, do sétimo ano da lufa-lufa, foi até a frente.
- Boa noite! – ele falou – Eu estou aqui para representar os alunos do sétimo ano das quatro casas, - tive a leve impressão de que os alunos da sonserina fizeram uma careta ao ouvir isso – Os alunos do sétimo ano já sabem que segunda e terça teremos uma espécie de simulado dos NIEMs revisando tudo que já estudamos até agora. Então chegamos à conclusão de que precisamos de tempo para estudar e por isso queremos adiar a festa para a próxima sexta. Então a festa em que sorteamos as quatro turmas será amanhã, se você concordarem.
Nesse momento todos começaram a falar e dizer sua opinião sobre o que o Jones disse. A maioria concordou com isso. Então teremos que fazer o sorteio das quatro turmas. Os alunos do sétimo ano já saíram da reunião.
Talissa pegou um objeto, no formato do brasão de Hogwarts, que mede um meio metro. Em cima tem uma espécie de um ponteiro. Além do animal representante de cada casa tem os números 5, 6 e 7 repetidos quatro vezes. Marcelo colocou um feitiço para que o número sete sumisse.
Me chamaram para fazer o primeiro sorteio, talvez porque eu não tenha vindo nas outras reuniões. Eu fui até a frente e apontei a varinha pra o brasão, que está visível para toda sala.
- Depulso! – eu falei.
Foi como se o desenho dos animais ganhasse vida, pois ele começaram a correr em círculos, primeiro bem rápido, até a velocidade ir diminuindo. Como em uma roleta trouxa, mas com um toque de magia. Até que a casa da sonserina parou no ponteiro, podia ter qualquer outra casa, junto com o número cinco.
Percebi que Regulo Black, que está representando o quinto ano da sonserina, sorriu vitorioso olhando para mim quando voltava para o meu lugar. Mas logo em seguida o chamaram para sortear uma turma. O mais engraçado foi que ele acabou sorteando o sexto ano da grifinória.
As outras duas turmas sorteadas foram o quinto ano da Lufa-lufa e o sexto da sonserina. Ai, duas turmas da sonserina.
Já eram quase dez horas da noite quando acabou a reunião. Eu estava esperando Thaiza do lado de fora da sala, já que não é legal voltar sozinha para a torre da grifinória. Ela está falando com a prima sobre a avó que não está muito bem.
- Oi Camargo! – falou alguém com uma voz um pouco parecida com a do Sirius.
Eu me virei e vi Regulo Black. O que será que ele quer?
[b] Regulo Black: [/b] Cabelos negros e lisos, olhos da mesma cor, pele clara, mas não tanto igual o Snape. Acho que tem a mesma altura que o Sirius. Ele é bonito, mas tem uma cara de malvado, não sei e é coisa da minha imaginação por ele ser sonserino. E é apanhador da sonserina.
- Oi Black! O Malfoy já saiu faz alguns segundos, se você correr, ainda pode alcançá-lo. – eu falei tentando parecer educada, afinal não vou xingar alguém só porque chamou meu nome.
- Eu sei disso! Mas quem disse que sou amigo do Malfoy? Ele é só um colega. Eu queria te agradecer por sortear a minha turma, mesmo sabendo que não foi intencional. Festas são sempre bem vindas!
Pensei que os sonserinos fossem mal educados e que só pensavam neles mesmos. Pelo jeito que ele falou, parece ter puxado o Sirius para gostar de festas.
- É... de nada! Então obrigada por sortear a minha turma, mesmo não sendo intencional! – falei meio sem jeito.
- Na verdade foi! Não sei por que, mas desejei que sua turma fosse sorteada. – se ele não fosse um sonserino que odeia o Sirius e todos seus amigos, eu pensaria que está dando em cima de mim.
Nesse momento Thaiza saiu da sala. Olhou para mim e depois olhou para ele.
- Herica, podemos ir? – ela perguntou.
- Claro. – eu respondi – É... tchau Black!
- Tchau Camargo! – ele respondeu com um sorriso – Nos vemos na festa!
Eu e Thaiza saímos andando e logo que começamos a subir as escadas no final do corredor, ela falou:
- O que foi isso? Não sabia que você tem amizade com sonserinos.
- Mas eu não tenho. Também não entendi nada. – respondi.
***
(Narração de Sirius)
Eu estava no salão comunal, a Camila acabou de subir para o dormitório feminino. Fiquei deitado no sofá pensando nos beijos das garotas que eu fico. E de repente me veio um vazio, por que ao mesmo tempo em que tenho todas as garotas, não tenho ninguém.
Todas as garotas que eu fico são lindas, perfeitas em corpo, mas a maioria quando resolve falar, só falam besteira. Não conseguiria conviver muito tempo com alguém assim. Já sei, vou começar a dar em cima das garotas inteligentes, só que estas normalmente são mais difíceis. Mas não custa variar um pouco.
Comecei a pensar nas garotas que ainda não fiquei e delas quais são inteligentes. Quando Herica e Thaiza entraram no salão comunal. É isso aí, a Thaiza é inteligente e bonita, um pouco maluca também, mas isso a torna simpática!
- Oi Sirius! – falou Herica, apesar de já ter me visto hoje.
Ela arrastou meus pés do sofá, já que eu estava deitado, e sentou. Thaiza sentou no “braço” do sofá.
- Oi Sirius! – Thaiza falou.
- Oi para as duas! – falei sorrindo – Como foi a reunião?
- Foi legal! – respondeu Herica – Depois de amanhã nossa turma tem festa!
- Mas não é festa do sétimo ano? – eu perguntei.
- Eles adiaram para a outra sexta. – respondeu Thaiza – Aí usamos o sorteio para escolher as quatro turmas.
- Quais são as outras três?
- Quinto e sexto ano da sonserina e quinto ano da lufa-lufa. – respondeu Herica.
Eu me sentei, não gostei muito disso.
- O quê? Duas turmas da sonserina? – falei.
- Bom, já está ficando tarde, amanhã tem aula e eu vou dormir! – falou Thaiza se levantando – Boa noite gente!
- Boa noite! – falei depois de dar um beijo no rosto dela.
- Six, seu irmão é maluco ou é impressão minha? – Herica falou.
Desde quando ela conhece meu irmão? Ou melhor, meu irmão é o James e não aquele Xerox muito mal feito de mim.
- Se você está se referindo ao Regulo, ele é um completo idiota. – falei – Ele veio te encher a paciência?
- Ele veio falar comigo, mas nada de mais. Só achei ele meio maluco...
- Aquela criatura perdeu o bom senso? – falei aumentando o tom de voz – Se você quiser eu jogo uma boa azaração nele, para ele nunca mais querer se aproximar de qualquer grifinório.
- Calma Sirius, ele não me pareceu ser tão mal.
- Esse é problema, os sonserinos nunca são o que parecem ser.
- Abaixe seu tom de voz! – ela falou numa voz um pouco mais alta que o normal – Eu só fiz uma pergunta, mas se você não gosta de falar sobre sua família, tudo bem! Quer saber de uma coisa, você é insuportável quando quer! Boa noite!
Ela saiu andando rapidamente e subiu a escada de dois em dois degraus. O que deu nela agora?
***
(Narração de Alice)
Eu e Bruna subimos para o dormitório faz quase uma hora para tentar fazer os deveres, para não atrapalhar o Sirius e a Felton que estavam quase se engolindo no salão comunal.
Estava terminando a tarefa de transfiguração quando Herica entrou no quarto batendo o pé. Isso é meio estranho, porque ela quase nunca se irrita, algo me diz que está relacionado com Sirius Black.
- O que houve? – Bruna perguntou.
- O Sirius – eu sabia - e a idiotice dele. Eu tentei falar uma e ele já começou a gritar. Tudo bem odiar a família, mas não precisava descontar em mim.
Depois de falar ela isso foi para o banheiro e fechou a porta com força. Eu fechei meu caderno, já que terminei a tarefa.
- Aposto que amanhã de manhã os dois vão estar conversando normalmente! – falou Bruna – Não conseguem ficar mais que algumas horas brigados, se ficassem talvez o Sirius sentisse falta...
- Será mesmo que o Sirius nunca gostou de ninguém? - perguntei e logo depois ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado.
- Vindo de um maroto tudo é possível! – falou Bruna – Acho que Lily está chegando da detenção.
Eu olhei para ela com uma cara de “Como você pode achar isso? Tem bola de cristal?”. Ela sorriu e logo depois Lily entrou no quarto de mau humor. Eu olhei para Bruna surpresa.
- Como você soube? – perguntei.
- Ouvi os passos já no começo da escada, um pouco depois deu para sentir um perfume único de lírios. – Bruna falou sorrindo – Uma das vantagens da licantropia. Lily brigou com o James de novo ou se beijaram?
- Nem me fale numa coisa dessas, não sou louca de beijar ele de novo. – ela respondeu.
- Vai dizer que você não gostou de beijar ele? – eu perguntei.
- É... um pouquinho. – ela respondeu sorrindo.
- Ela adorou! – falou Bruna.
***
(Narração de Remo)
Eu não estou nem um pouco a fim de ir na festa que vai ter hoje, não sou como o Sirius que vai nas festas para ficar com as garotas mais bonitas. Eu gosto sair se já tiver uma companhia, alguém para ficar junto o tempo todo e depois que acabar poder falar sobre a festa.
- Remo, você não tem companhia porque não quer! – falou James – Quem me dera se a minha ruivinha pensasse em mim igual a sua loira pensa em você!
- A Bruna não é minha, não estamos juntos. Ela tem liberdade para ficar com quem quiser. – falei sentindo um nó na garganta.
- Mas quem ela quer é você! – falou Frank – Para de ser bobo e preconceituoso.
- Pelo menos honre seu titulo de maroto e vamos para a festa! – falou Sirius me empurrando.
- Ta bom. – eu falei desanimado – Deixa eu trocar de roupa, porque não é festa do pijama.
- Não sei por que você ainda usa pijama, se é muito mais fácil só tirar a roupa de cima! – falou Sirius se olhando no espelho.
- Sirius, não sei por que você se olha tanto no espelho se quase todas as garotas de Hogwarts insistam em repetir que você é lindo. – falou James – Embora eu não concorde com elas.
- Ainda bem que você não concorda! – falou Sirius – Ou eu te deserdava já que sou mais velho!
- Você não poderia me deserdar seu lesado. Não somos irmãos biológicos! – falou James.
***
Fomos para a festa como fazíamos nos velhos tempos (leia-se ano passado), só os marotos. Já que prefiro evitar ver Bruna, não quero me sentir ainda pior. Frank foi com Alice.
- Hoje eu não vou beber quase nada alcoólico! – falou Sirius.
- Essa eu quero ver! – falou James.
- Mas eu não disse que não vou beijar ninguém! – falou Sirius observando um grupo de garotas que estavam em uma das mesas mais perto da pista de dança.
- O dia que você disser isso eu vou fazer questão de descobrir quem foi que tomou uma poção polissuco com um fio de cabelo seu, ou poderia ser um pouco de saliva. – eu falei sorrindo.
Logo vi que Herica, Lily e Bruna haviam chegado e estavam conversando com três garotos da corvinal. Como eu gostaria de ser normal como esses garotos, para poder ficar para sempre com Bruna. O pior que é impossível não sentir ciúmes, mas eu preciso acabar com isso, logo ela será feliz com outro garoto.
- Remo, se você quiser voltar com a Bruna, talvez ainda tenha uma chance de que isso ocorra sem brigas e mais sofrimento. – falou Sirius – Mas se realmente quer esquecê-la, a melhor coisa que pode fazer é ficar com outra garota. Não gostar, apenas ficar, acho que você não se importa com isso.
Por um instante eu pensei, seria bom ir falar com ela, pedir desculpas, dizer que eu a amo muito e tudo que mais quero é passar o resto da minha vida ao seu lado. Mas eu não vou fazer isso, não agora que ela parece estar superando. O Sirius está certo.
- Tudo bem Sirius, acho que é a melhor coisa a fazer. Se não for para esquecê-la, ela me esquecerá assim.
Eu olhei para James, mas não vi o Peter. Já deve ter ido procurar a Anna Lima ou então as comidas. Fomos falar com as garotas que Sirius estava olhando e logo nos sentamos na mesma mesa, que é perto de onde Bruna está.
(Narração de Herica)
Logo que eu, Bruna e Lily chegamos encontramos Marcelo e seus amigos, então começamos a conversar e fomos para uma das mesas, perto de um grupo de garotas. Não demorei muito para localizar onde Sirius estava, que por sinal ainda não está beijando nenhuma garota.
Uma garota morena se aproximou da mesa onde estávamos e começou a conversar com Roberto, um dos amigos do Marcelo, acho que eles são namorados. Logo os dois saíram para dançar. O outro amigo dele tem o nome mais estranho que já vi e que não faz parte da tabela periódica dos trouxas, Xenófilo Lovegood.
Acho que a Bruna poderia ficar com o Marcelo, eles combinam! É Claro, que não como ela combina com o Remo. E falando no Remo, ele o James e Sirius estão na mesa ao lado conversando com umas garotas, mas a Bruh ainda não notou.
James mais olha para cá do que presta atenção na conversa, Remo parece prestar atenção no que elas falam por educação e Sirius confirma tudo com a cabeça, pois com certeza está mais interessado em beijá-las do que conversar. As três garotas parecem ter bebido porque não param de rir. Melhor disfarçar e parar de olhar, ou vou ficar igual o James.
Mas mesmo fingindo prestar atenção nas bobeiras que o tal Xenófilo falava, eu percebi pelo canto do olho quando Sirius foi dançar com uma garota loira que se não me engano tem os olhos azuis. Pelo menos esse Mané ainda não bebeu, porque se aprontar algo hoje não ajudá-lo a sair dessa.
- Herica, você está bem? – perguntou Marcelo – Está me ouvindo.
- Ah... estou sim, só estou um pouco distraída. – respondi. Ainda bem que já sou distraída por natureza – Vou dar uma volta pela festa, olhar melhor a decoração.
Me levantei e passei pela pista de dança, vi Sirius beijando a garota. Tem vezes que nem ligo para isso, já que é normal, mas tem dias que fico mais irritada e realmente sinto ciúmes, mas não posso fazer nada. Aquele motivo natural que deixa uma garota irritada uma vez por mês.
Algum tempo se passou em que não pude definir os minutos exatamente. Um elfo doméstico passou oferecendo uma bebida que não defini o que era, só vi que não era cerveja amanteigada, porque não gosto. Automaticamente peguei o copo ou taça, a bebida era um pouco doce.
Nesse momento vi Sirius saindo da festa com a garota, mesmo estando longe. Consigo avistar coisas à distância, mas quando se trata dele vejo melhor ainda. Será que realmente é bom ser melhor amiga dele?
Me sentei num lugar isolado dali e logo peguei mais daquela bebida, mas não me preocupei em saber o que era. Um vulto apareceu na minha frente, desejei que não viesse me encher a paciência, mas para minha infelicidade a pessoa se aproximou e sentou-se ao meu lado.
- O que leva uma garota tão bonita e deixar suas amigas para vir beber... vinho em um canto isolado de todos? – ele falou.
- O que leva um garoto feliz e que provavelmente estava dançando com pessoas legais vir conversar com a garota sem-graça que só serve para ser amiga? – eu falei ouvindo minha própria voz esquisita.
- Não gosto de ficar dançando e conversando com pessoas populares e fúteis. E você não me parece sem-graça, acho que está apenas olhando para pessoa errada.
- E quem seria a pessoa certa? Você? Um garoto que nem conheço.
- Acho melhor você parar de beber, vai acabar passando mal. – eu o ignorei e continuei bebendo, como se fosse como uma criança que apronta para chamar a atenção - E não, não sou certo. Sou a pessoa mais errada com quem você já conversou. Não está me reconhecendo?
Eu olhei para ele, mas minha visão está embaçada e ainda tem as luzes da festa que dificultam. Mas foi como se visse o rosto de Sirius. Será que ele parou de se agarrar com aquela loira falsificada e veio dizer que quer ser muito mais do que meu amigo.
Mas o que aconteceu com seus olhos? Azuis como o mar, e agora negros como uma noite sem estrelas.
- Você não está bem. Pare de beber, não está costumada com isso e está delirando por causa de algum amor não correspondido. Alguém que não merece isso.
- Se você quer falar do que estou tentando esquecer, então me deixe em paz.
Pensei que ele iria dizer algo, mas apenas se levantou e sumiu em meio a multidão de corpos dançantes.
Vi a janela da torre a alguns metros e distância, então resolvi ir até lá. Me sentei ali, olhando para o céu estrelado e infinito que tanto me encanta e que ajudou a definir minha forma animaga.
Fechei meus olhos e senti uma lágrima solitária escorrer por meu rosto. Certa vez li uma frase que dizia: “Nunca se sinta só, pois até as lágrimas caem em duas!”. Nas como posso não me sentir só? Se até minha lágrimas são sozinhas.
Senti um cheiro bom de um perfume masculino. Abri os olhos e vi aquele mesmo garoto me olhando e ofuscando o brilho das estrelas. Ele se aproximou e, antes que eu pudesse reagir, me pegou no colo.
- O que você está fazendo? – eu perguntei, mas não sei se ele ouviu.
Ele começou a nadar não sei para onde, mas passamos ao lado da caixa de som. Repeti a pergunta varias vezes, mas ele não respondeu. Gostaria de poder reagir, mas não me sinto bem. Não estou acostumada a beber mais que dois ou três goles de bebida alcoólica.
O volume da música foi abaixando até sumir de repente. Nós acabamos de sair da festa.
- Para onde você está me levando? – perguntei novamente.
- Não se preocupe, você não está bem e precisa descansar...
Eu olhei para onde ele estava olhando e vi a porta de uma sala entreaberta, logo percebi que Sirius e aloira oxigenada estão lá. Como eu odeio isso.
- Eu posso ir andando, não se preocupe, pois não vou voltar para essa porcaria de festa mesmo. – falei baixo para os dois lá dentro da sala não me ouvissem.
Ele pareceu pensar, mas depois me colocou no chão e começou a andar, não sei por que, mas o segui.
- Então é esse jumento que provoca sua tristeza? – ele falou me olhando.
Eu percebi ódio no seu olhar, então me lembrei de quem ele é. Como não percebi antes? Tão parecido com o Sirius, só podia ser irmão dele. Mas por que está fazendo isso comigo? Porque está aqui comigo e não lá na festa se divertindo? Pelo que eu sei, ele é popular na sonserina.
Quando percebi já havíamos descido vários andares. Mas a grifinória é para o alto e é para lá que eu deveria ir.
- Você não está pensando em ir para o salão comunal da sonserina?
- Me parece um lugar bem agradável! Você não esperava que eu fosse ate o salão comunal da grifinória?
Ele falou a senha e entramos. Como era de se esperar é quase tudo verde e prata. Ele apontou para que eu me sentasse no sofá, então m sentei ao seu lado.
- Vou buscar uma poção que ajuda a curar esse efeito, acho que Severo tem algo.
- Não vou tomar algo feito pelo Snape. – falei segurando seu braço – Até porque uma das minhas melhores amigas faz ótimas poções.
- A Evans ainda deve estar na festa, ocupada demais em discutir com o Potter. Ridículo isso. – a ultima frase ele falou mais baixo, mas eu ouvi.
- De qualquer forma, o Snape me odeia tanto quando aos marotos, não iria querer me ajudar. E você deveria me odiar também, já que sou a melhor amiga do seu irmão.
- Você apenas sofre de um dos piores maus do ser humanos: a paixão. Tome cuidado, pois essa doença pode piorar e virar amor. E isso não se cura com poção nenhuma, apenas com morte.
Será que ele lê pensamentos? E tem um jeito tão estranho de falar. Estou enjoada e minha cabeça está doendo.
- Eu não estou legal. – falei segurando minha cabeça.
Ele se aproximou mais e colocou a mão em minha testa, acho que para saber se estou com febre. Mas eu vi o rosto de Sirius e sorri. Num momento de delírio levei minha mãe até seu pescoço e o beijei. Percebi que ele se assustou com isso, mas depois correspondeu. Senti uma mão sua no meu rosto.
Eu toquei seus cabelos e então me lembrei que não é o Sirius. Os cabelos de Regulo, embora não sejam bem curtos, não chegam a ser compridos e perfeitos como os de Sirius. (N/A: amo garotos de cabelos compridos!)
Me afastei, até porque precisava respirar. Então senti meu estomago piorar, eu preciso tomar alguma poção logo. Eu o soltei, iria falar algo, mas não consegui.
- UGH! – eu vomitei no tapete, isso definitivamente não é legal.
Depois disso senti tudo rodar e não me lembro mais o que houve.
Fim de capítulo.
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No próximo capítulo:
Ele deu um sorriso ao ver que isso me afeta, então fiquei com o rosto inexpressível dos últimos meses.
- Isso não vem ao caso. Ou será que Regulo Black está apaixonado pela melhor amiga de seu odiado irmão?
*
Vi quando Sirius fez o primeiro gol e mandou beijos para umas garotas na torcida. Alguns minutos depois Malfoy empatou o jogo, marcando um gol.
- Agora o jogo está empatado: Dez a dez.
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