Lobimulher? Isso é possível?



Capítulo XVIII_ Lobimulher? Isso é possível?

(Narração de James)
Eu acordei e olhei eram onze e meia da manhã. Olhei para os lados e os outros ainda estavam dormindo, com exceção de Remo que está lendo um livro. Como alguém consegue ler um livro depois de acordar? Quer dizer, não deve fazer muito tempo que ele acordou.
- Bom dia! – falei me levantando e indo na direção do banheiro para lavar o rosto.
- Quase boa tarde! – Remo respondeu.
Passaram-se alguns minutos e eu saí do banheiro.
- Que horas você acordou? – perguntei.
- Dez horas! Desci tomar café e como as meninas devem estar dormindo voltei para cá!
- Ainda bem que o inverno está no fim! Não gosto de frio, não da animo nenhum de sair lá fora.
- Também não gosto de frio! Da vontade de voltar para o Brasil!
Fiquei desenhando e escrevendo estratégias de quadribol até à hora do almoço, já que sou capitão do time e terça-feira começam os treinos.
Ao meio-dia Peter acordou, e por algum milagre ele não foi o ultimo a acordar. Pouco depois descemos para almoçar, lá encontramos Herica e Lily. Elas disseram que as outras meninas estão dormindo e resolveram não acordá-las.
- Herica, já que o Sirius está dormindo quero que você me conte o que aconteceu ontem! – eu falei, afinal estou curioso para saber o que houve com meu amigo que disse que não iria ficar com ela por causa da amizade.
Herica sorriu timidamente.
- Você viu o que aconteceu! – ela falou.
- Eu quis dizer sobre palavras, o que ele te falou? Ou o que você falou para ele. Dispenso detalhes.
Lily e Remo riram.
- Não falamos muita coisa. Aquele idiota fez o mesmo de sempre, bebeu um monte na festa. E não sei se vocês dois ficaram sabendo, – ela apontou para mim e Remo – mas ele estava começando um Streep tease (N/A: tava olhando como se escreve e é assim mesmo) para um grupo de garotas lá. Quase tive que bater nelas para tirá-lo de lá.
- E você o tirou de lá por quê? – Remo falou – Será porque é uma boa amiga ou porque queria um show particular?
O rosto de Herica ficou da cor dos cabelos de Lily.
- É claro que eu sou uma boa amiga! – ela respondeu fazendo uma cara de anjo que não convence ninguém.
Depois que almoçamos fui quase que obrigado a acompanhar os três até a biblioteca, pois queriam pegar livros. Bruna foi para lá à uma hora da tarde. Acho que Sirius mesmo que tenha acordado não viria para cá.

(Narração de Sirius)
Eu acordei já eram duas horas da tarde, senti minha cabeça rodar assim que sentei na cama. Pensei que o dormitório estaria vazio, mas vi Frank ainda dormindo.
Logo que entrei no banheiro vi que meus cabelos estão completamente bagunçados e estou com olheiras. Fui tomar banho para ver se acordo direito.
Liguei o chuveiro deixando a água cair e tentei me lembrar de ontem e com que garota eu fiquei. Não precisei fazer muito esforço, pois logo imagens vieram na minha mente como um flash.
A bebida, a festa, a sala comunal, a luz da lua, a parede e o beijo. Então eu beijei a Herica. Todos estes dias nas férias e nada aconteceu, mal voltam às aulas e por causa de um pouco de bebida eu a beijo. Que espécie de amigo eu sou? Ela deve estar pensando que sou um idiota, porque fico com quase todas as garotas da escola e nem soube tratá-la de forma diferente.
O pior de tudo é que nem me lembro de como ela beija, se é bom ou ruim, se é atrevido ou delicado. E eu consigo descobrir tantas coisas pelo beijo de uma garota, posso saber se está apaixonada ou apenas quer brincar.
Mas o beijo dela devia ser apenas uma brincadeira de fim de festa, se ela estivesse apaixonada teria me contado. Juramos que não haveria segredos entre nós depois daquele beijo no segundo ano.
Preciso falar com ela ainda hoje, embora não saiba o que exatamente.
Terminei de tomar banho e desci para a cozinha comer alguma coisa, afinal não vou esperar até a janta. Depois consultei o mapa do maroto e vi que ela está saindo da biblioteca junto com James, Lily, Bruna e Remo. Peguei os atalhos e logo os encontrei.
- Bom dia! – falei.
- Pensei que na iria acordar tão “cedo”! – falou Remo.
Eu revirei os olhos e olhei para o relógio de pulso, são quatro horas da tarde.
- Herica, acho que nós precisamos conversar. – eu falei olhando para ela.
- Ah que bom! Não quero ficar de vela mesmo! – ela falou.
- Você está tão de vela quanto eu ou o James! – falou Lily – Os únicos que estão namorando aqui são a Bruna e o Remo.
- Isso porque você não aceitou ser algo além de minha amiga. – falou James.
- Nem vou aceitar...
- Vamos Sirius! Essa discussão ainda vai longe. – falou Herica me puxando pelo braço.
Paramos alguns corredores acima daquele andar e entramos numa sala de aula vazia, eu fechei a porta.
- Eu quero falar sobre ontem. – eu falei tentando escolher as palavras.
Agora seria útil se eu tivesse conversado mais com as outras garotas que eu fiquei. Eu saberia o que dizer, devia pelo menos ter falado com o Remo que sempre abusa das palavras e sabe ser educado para falar com uma garota.
- Pensei que você nem lembraria... – ela falou sem olhar para mim.
- Você está brava comigo?
Ela ficou em silêncio por um instante como se estivesse pensando.
- Por que eu estaria brava?
- Não sei, fiquei com medo de que tivesse feito bobagem em te beijar e isso estragasse nossa amizade.
Foi como se um brilho que existia nos seus olhos tivesse sumido. Será que falei alguma besteira? Como gostaria de saber usar legilimencia.
- Então ele não quer estragar a amizade. – ela falou numa voz quase inaudível como se estivesse falando sozinha.
- O que você disse?
- Nada não. Uma verdadeira amizade não acaba por um beijo, apenas se transforma.
Ainda bem que não me lembro de como ela beija ou talvez quisesse repetir o beijo e poderia piorar essa situação.

(Narração de Herica)
- O que você quer é permissão para ficar com outras garotas? Quer dizer, saber se não vou ficar magoada. – eu falei isso, mas já estou magoada.
Sirius porque você não percebe que o que eu quero é outro beijo? Que eu gosto de você e te ver com outra garota só machuca meu coração? Era isso que eu devia falar, devia te contar logo a verdade. E depois te beijar sem pedir permissão, até faltar o ar.
- Herica, você ta aí? – Sirius falou comigo.
Acho que comecei a viajar nos meus pensamentos.
- Claro que estou! Você não está me vendo?
- Mas seus pensamentos estavam bem longe das minhas palavras.
- Você disse alguma coisa? – ai, acho que pelo menos eu devia fingir que ouvi.
- O que você estava imaginando?
- Nada de mais! – por enquanto não pensei nenhuma besteira.
- Sei! – ele sorriu – Eu disse que quero continuar sendo seu amigo e...
Eu coloquei meu dedo indicador na frente dos seus lábios para que fizesse silencio.
- Não precisa dizer mais nada Six! Eu sei que o que aconteceu ontem foram apenas alguns beijos. Não precisa se preocupar, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, você sabe disso!
Ele sorriu aliviado e eu sorri fingindo felicidade. Mas meio que por impulso eu dei um selinho nele, o que raramente acontece de eu agir antes de pensar.
- Pensei que fossemos apenas amigos! – ele falou.
- E somos, mas isso pode ser considerado um beijo de amigos! Ou não pode?
Será que eu pirei de vez? Eu devia estar vermelha e ter escondido minha cara em algum lugar por fazer isso. Em condições normais eu nem faria isso. Mas eu sempre tive vontade de criar coragem e beijar ele na frente de todo mundo e falar que eu gosto dele... Melhor parar de viajar.
- Claro! Poderíamos considerar beijo de língua de amigos também?
- A sim, você daria beijo de língua no Peter, no James ou no Remo?
- Não daria nem um beijo no rosto. Você acha que eu tenho cara de que? Eu quis dizer que poderia ser um beijo entra amigos de sexos diferentes.
- Respondendo a sua pergunta, você tem cara de cachorro! E ao seu comentário, isso poderia ser considerado namoro!
Agora então você poderia me pedir em namoro e seriamos felizes para sempre. Ou enquanto durasse.
- Pensei que namorar era deixar de ficar com várias garotas para ficar com uma só.
-Que lindo seu conceito de namoro! – falei num tom de ironia – Você já namorou alguém? Não apenas ficar.
- Não, o Maximo que fiz foi ficar duas semanas com uma garota. Se um dia eu resolver namorar alguém será porque gosto muito desta garota. Mas não se preocupe, nenhuma será mais importante que minha amiga Herica!
- Vou me lembrar disso no dia em que você me pedir em namoro! – eu falei num tom de brincadeira, que ele nem imagina que eu quero isso de verdade.
Ficamos conversando e andando pelo castelo até a hora da janta.
***
(Narração de Lily)
Depois de sair da biblioteca nós fomos para o salão comunal, passamos no dormitório e vimos muita fumaça saindo do banheiro, acho que a Alice está tomando banho.
- O que você acha que vai acontecer com a Herica e o Sirius? – Bruna perguntou sentando na cama.
- Acho que vão continuar como amigos! Às vezes tenho minhas duvidas se eles nunca se beijaram antes. – eu falei deitando na minha cama e olhando para as estrelinhas coladas no teto.
- Nossa, até o James já mudou, não sei por que o Sirius não muda.
Nesse momento eu ouvi que Alice desligou o chuveiro.
- Realmente eu tenho que admitir que o James está mudado. – Alice saiu do banheiro – Agora senhorita Alice, você vai ter que nos contar onde esteve que veio tão tarde para o dormitório.
- Ora, eu estava na festa. – ela falou ficando vermelha.
- Sei, - falou Bruna sorrindo – E para onde você foi depois da festa?
- Para a sala precisa... com o Frank...
Nós duas sorrimos de um jeito malicioso, Alice ficou ainda mais vermelha.
- Quer parar de tentar imitar a cor do meu cabelo e contar logo! – eu falei.
- É que... nós... eu e o Frank, nósfizemosamor. – ela falou as ultimas palavras muito rápido, mas eu entendi.
- Que legal! – falou Bruna – Vocês já estão namorando há um ano e meio não é?
Nós ficamos conversando sobre isso até a hora da janta. Parece que meu palpite estava certo, Herica e Sirius continuam amigos. Pelo menos não brigaram!
***
Ficamos na sala comunal até umas dez horas da noite, Herica ficou até as nove, disse que estava cansada. Quando eu e Bruna chegamos ao dormitório vimos que ela estava fazendo umas das coisas que mais gosta: escrevendo.
Ela estava de bruços na cama, escrevendo num caderno virado quase de ponta cabeça. Nunca entendi esse jeito estranho dos canhotos escreverem. Cheguei perto dela para ver se não era um alienígena escrevendo daquele jeito e percebi que ela está chorando.
- Herica. – eu falei sentando na cama.
Bruna olhou para nós e percebeu também, logo sentou do outro lado da cama.
- O que o Sirius te fez agora? – Bruna perguntou.
Herica olhou para nós, tentou escrever mais algumas palavras, mas logo fechou o caderno. Percebi que ela estava escrevendo uma poesia, o que normalmente ela só escreve quando está triste ou apaixonada. Nesse caso acho que são as duas coisas. Ela sentou na cama.
- Ah, o Sirius é o Sirius e nunca vai mudar. Pensei que depois de ontem ele perceberia que eu gosto dele. Mas ele nem lembra direito, pois sei que ele sabe reconhecer um beijo apaixonado.
- Porque você não conta para ele? – eu perguntei.
- Ele deixou bem claro que para ele sou apenas uma amiga. – ela falou com a voz chorosa – Será que se eu me afastar dele esqueceria esse sentimento idiota?
Nós a abraçamos, um abraço em conjunto. Amigos servem para estas horas, não apenas para momentos felizes.
***
Terça-feira de tarde.

(Narração de Alice)
Eu e Lily saímos da aula de aritimância (N/A: alguém me diz se é assim que escreve?) em direção as masmorras. Bruna, Herica e os marotos chegaram logo depois.
- Ainda não entendo porque vocês fazem adivinhação. – falou Lily sem se dirigir a ninguém exatamente.
- Porque é uma matéria divertida! – falou James.
- Eu acho interessante estudar o futuro, mesmo que ele nunca venha a acontecer da forma que foi previsto. – falou Herica – Até porque eu só acredito nas coisas boas que são previstas!
Neste momento Snape, Malfoy, Zabini e todo o pessoal do sexto ano da Sonserina chegaram, fazendo os grifinórios, inclusive eu e principalmente os marotos, os olharem de cara feia.
Acho que James devia estar pensando numa azaração quando o professor Slughorn entrou na sala e mandou que Lily e Snape sentassem na primeira certeira. Se eu fosse a Lily desobedeceria ao professor, vi o Snape dar um sorriso de canto de boca que parece uma copia muito mal feita do Malfoy.
O professor mandou que fizéssemos poções rejuvenescedoras, isso é muito complicado. Eu definitivamente não tenho paciência.
- Parabéns Lily! Sua poção está quase transparente, em breve estará no ponto! – falou o professor quase babando em cima do caldeirão de Lily.
Realmente eu nem quero ser uma boa aluna em poções, eu tenho amor pelos meus cabelos e não ver eles cheios de baba.

(Narração de Severo Snape)
Eu adoro aulas de poções, pois o professor sempre pede para que eu sente ao lado da Lily. Ele gosta que seus dois melhores alunos estejam próximos! Ela fez uma careta, mas eu sorri, e o melhor de tudo é ver o Poter com ciúmes.
- Nem me dirija a palavra Ranhoso. – falou Lily sem olhar para mim.
Isso acabou com meu bom humor, pensei que depois de todos esses meses ela sentisse falta da nossa amizade e me desculpasse. Pensei que aquela carta fosse uma brincadeira de mau gosto.
- Você não está realmente namorando o Potter. Está? – eu perguntei enquanto fazíamos uma poção rejuvenescedora.
- Quem eu namoro ou deixo de namorar não interessa a você.
- Eu esperava mais de alguém que dizia odiar os marotos. – eu falei.
Percebi que o Potter está olhando para nós, deve estar morrendo de curiosidade para saber o que tanto conversamos.
- Eu também esperava mais de alguém que se dizia meu melhor amigo há tanto tempo.
- Lily, mas não foi... – nesse momento o professor parou do nosso lado.
- Parabéns Lily! Sua poção está quase transparente, em breve estará no ponto! – falou o professor quase babando em cima do caldeirão de Lily – Snape sua poção também está ótima!
Esse professor é um puxa-saco dos mais irritantes. Porque não trata de corrigir os ignorantes que não sabem fazer uma poção tão simples?
Não pude terminar a conversa, pois Lily terminou a poção e colocou num frasco para entregar ao professor. Logo depois a aula chegou ao fim, fazendo vários alunos agradecerem em voz alta, os que não fizeram isso provavelmente agradeceram mentalmente.
***
(Narração de Bruna)
Chegamos ao dormitório correndo para ver quem ia tomar banho primeiro, eu ganhei! Eu me amo! Ok, isso foi muito infantil, até porque eu saí primeiro. Meia hora depois eu sai do banho, Lily foi logo depois.
- Herica, quantas semanas faltam para a lua cheia? – eu perguntei enquanto secava o cabelo com um feitiço.
- Não sei, acho que contando com essa semana, faltam duas. Por quê?
- Bruna, você acha que pode se transformar em lobimulher ou lobisomem fêmea? Existe um termo certo para isso? – falou Alice.
- Realmente estou com medo disso, mas nunca ouvi falar de mulheres com o vírus da Licantropia. – falou Bruna – Herica você já leu sobre isso?
- Uma vez li um breve comentário num livro que dizia que – ela falou sentando na cama - Tanto a licantropia quanto o vampirismo são doenças que surgiram a mais ou menos dez séculos, na época do começo da decadência de Atlântida. Não sei se vocês lembram, mas foi em Atlântida que se têm registros dos primeiros humanos capazes de fazer magia.
- Eu lembro sim! Você falou varias vezes! – eu falei e Alice concordou com a cabeça.
- Estas e muitas outras são doenças criadas pelo próprio ser humano, mas elas são mutantes, reagem de formas diferentes em cada pessoa. Por exemplo, aqui os homens se transformam na lua cheia, no México eles se transformam apenas nas sextas feiras treze, no Brasil o vírus é hereditário e não passa por mordida. Mas todos são metade humana e metade lobos, e outra coisa em comum é que quando estão transformados só morrem se alguém os acertar com algum objeto de prata.
- Nem uma maldição da morte mata um lobisomem? – eu perguntei.
- Nem uma maldição da morte! –Herica respondeu – Mas claro que esse objeto de prata não pode ser uma colher, por exemplo, pois não vai feri-lo, deve ser uma faca, uma espada, uma bala de revolver, objetos que tem capacidade de matar.
- Mas você disse que a doença foi criada pelo próprio ser humano, por que alguém criaria algo tão terrível? – Alice perguntou.
- Bom, os lobisomens são quase imortais quando estão transformados, tem um olfato e audição privilegiados, além da força fora do comum, que só perde para os gigantes e os dragões. – falou Herica sorrindo – Quem fez isso provavelmente queria fazer a humanidade tomar um novo rumo, aperfeiçoar a espécie. Não pensou nas quimeras* que poderia criar. E no caso do vampirismo, os morcegos podem se localizar no escuro apenas com o seu eco, esse dom é conhecido como “biosonar”. Existiram outras experiências como misturas genes de águia com humanos, para conseguir sua visão aprimorada, genes de peixe para podermos respirar debaixo d’água e desta ultima vieram os sereianos.
Percebi que Lily já havia saído do banho e estava ouvindo também.
- Nossa, quem fez isso devia ser ancestral de Hitler. Um trouxa idiota que pensava que iria criar uma raça pura e por isso matava negros e judeus principalmente. – falou Lily.
- Mas eu quero saber o que acontece com mulheres contaminadas pela licantropia! – eu falei.
- A biblioteca já fechou hoje, mas podemos pesquisar amanhã. – falou Herica.

(Narração de Herica)
- Mas eu quero saber o que acontece com mulheres contaminadas pela licantropia! – falou Bruna.
- A biblioteca já fechou hoje, mas podemos pesquisar amanhã. – eu falei.
Eu já iria falar mais sobre estes assuntos de história da magia quando alguém bateu na porta do quarto e logo Thaiza Zadinello (N/A: espero que a Tha não fique brava de eu emprestar seu nome e sobrenome...), uma garota do quinto, entrou e olhou para mim.
[b]Thaiza Zadinello:[/b] cabelos pretos com luzes e lisos, pele clara, olhos azuis acinzentados, não é alta, porém não é baixa e magra. Batedora no time de quadribol da grifinória. Ela é bem simpática e inteligente, bem humorada, “às vezes” é meio indiscreta e bagunceira.
- Oi meninas! Herica, você não vai ao treino de quadribol? – ela falou tentando fazer uma cara de brava quando se dirigiu a mim – Que tipo de jogadora você é que esquece os treinos do time de quadribol em que joga? – ainda bem que eu sei que ela está brincando.
- Ai, eu até me esqueci do treino. Mas já estou indo! – falei me levantando a procura daquele uniforme horroroso de quadribol.
- O James está quase tento um filho lá no campo. – ela falou desta vez sorrindo.
***
- Posso saber onde a senhorita estava? – James perguntou assim que entrei no campo.
- Estava no dormitório conversando com a Lily, a Bruna e a Alice.
- Logo no primeiro treino do ano você atrasa quase meia hora de treino. – ele falou – O nosso próximo jogo será contra a sonserina e depois contra a corvinal, a lufa-lufa já foi detonada no ultimo jogo.
- Ok James! – eu falei antes que ele começasse com o discurso de sempre.
Logo eu já estava voando para defender os aros que Sirius Jennyfer e Kael tentavam fazer gols. Como é bom voar, mas é bem melhor quando estou transformada em águia. Eu gosto de ser goleira, acho bem melhor do que ser artilheira ou batedora, mas acho que também é legal ser apanhadora.

(Narração de Lily)
Eu já me acostumei a acordar cedo com a volta às aulas e quase não preciso de despertador. Herica enfeitiça o despertador para tocar quatro vezes para poder levantar. Mas Bruna e Alice precisam que alguém as acorde, o incrível é como essas três conseguiam acordar com muita facilidade nas férias.
- Bruna acorda ou vamos nos atrasar. E a primeira aula é transfiguração. – eu falei.
- Ah, só mais cinco minutinhos! – ela sempre diz isso.
O problema é que cinco minutos se transformam em meia-hora.
Nesse momento o despertador que fica ao lado da cama de Herica despertou pela terceira vez.
- Ai que preguiça! – ela falou se espreguiçando de uma forma tão exagerada que caiu da cama. A única pessoa que consegue cair da cama se espreguiçando.
Quarenta e cinco minutos depois, saímos do dormitório encontrando um salão comunal cheio, como em todas as manhãs antes das aulas. Os marotos não estão mais aqui, devem estar no salão principal tomando café da manhã. Então fomos direto para lá.
Eu odeio quarta-feira, só tem matéria chata. Primeira aula dupla de transfiguração com a Sonserina, logo em seguida aula de Herbologia. Depois do almoço tem aula de feitiços (essa até que é legal), um tempo livre e no fim da tarde tem trato das criaturas mágicas com a Corvinal. E pior que hoje nem da para dormir cedo, pois a noite tem aula de Astronomia.
***
- Eu to morta! – falou Alice assim que entrou no dormitório.
- Eu também! – falei me jogando na cama.
- Mas até que tava divertido cuidar dos unicórnios! – falou Bruna jogando a mochila em cima da cama.
- Quarta-feira é um dos melhores dias da semana! – falou Herica abrindo a janela – Com exceção da aula chata de feitiços. E não se esqueçam que ainda tem aula de astronomia a meia-noite.
- Devia ser proibido ter aula de astronomia de noite! – falou Alice.
- De noite é mais fácil de ver as estrelas! – falou Herica.
- Vamos para a biblioteca? – falou Bruna – Não iríamos pesquisas sobre lobisomens?
- Vamos! – eu e Herica falamos quase ao mesmo tempo.
Pegamos uns cadernos e canetas para fazer anotações, e saímos do salão comunal sem que os marotos percebessem, já que a Bruh não quer que o Remo saiba que estamos pesquisando.
***
(Narração de Bruna)
Já faz quase uma hora que estamos aqui, daqui a pouco a biblioteca vai fechar e não encontramos quase nada. Ou melhor, não encontramos nada do que queremos.
[i]“O vírus da licantropia surgiu por volta do século 10.000 a.C.”[/i]
A Herica já falou algo parecido ontem.
[i] “Só comem carne humana, por isso não atacam animais. São criatura completamente violentas capazes de matar um amigo ou alguém da família.”[/i]
Mas a culpa não é deles, odeio que falem mal de lobisomens.
[i] “Durante a idade média a caça deles era um esporte autorizado, no qual os caçadores recebiam 12 galeões do governo por cada cabeça de lobisomem.”[/i]
Que horror. Ai, está começando a ficar difícil de ler, estou com sono.
- Achei alguma coisa! – falou Herica sorrindo e depois começou a ler em voz alta – [i] “Não há muitos relatos sobre mulheres com o vírus da licantropia, pois elas raramente saiam de casa em lua cheia. E quando o faziam estavam desprovidas de proteção necessária de sair vivas caso encontrassem um lobisomem, pois carregavam apenas uma varinha. A maioria das mulheres que foi atacada por uma destas bestas-feras não sobreviveu.
Por isso é difícil dizer se o vírus reagiria da mesma forma numa mulher, como reage em um homem. Mas segundo algumas pesquisas, durante a lua cheia elas só morrem por meio de objetos mortais de prata. Tendo assim os mesmos dons que o homem recebe durante a transformação.
Porém devem existir alguns defeitos para elas também. Não se sabe ao certo quais seriam, pois as famílias das moças atacadas preferiram esconder esse resultado de todos.”
- O que seriam estes defeitos? – eu falei assim que ela terminou de ler?
- Deve ter a resposta aqui na biblioteca, pois este é um livro muito antigo. – flou Lily olhando o ano de edição do livro.
Nesse momento a bibliotecária falou que teria de fechar a biblioteca, então nós tivemos que sair para continuar as pesquisas amanhã.
***
Na quinta-feira acordamos às dez horas, já que o sexto ano tem a primeira aula livre, por causa da aula de astronomia de quarta. É muito melhor dormir tarde e acordar tarde do que dormir cedo e acordar cedo!
Depois da aula fomos para a biblioteca novamente, mas não achamos muita coisa. Apenas o mesmo do dia anterior com palavras diferentes.
Sexta-feira não fomos pesquisar, pois Herica tinha treino de quadribol, Lily queria fazer os deveres, Alice foi namorar Frank e eu fui junto com Remo assistir o treino. Quando o treino acabou fomos para o salão comunal e aproveitamos para fazer os deveres. Aqui está mais vazio do que o normal já que tem festa para o sétimo ano.
O fim de semana passou tão rápido que quando vi já era segunda e novamente tínhamos que acordar cedo.

(Narração de Alice)
Chegamos ao dormitório nove horas da noite, depois de ficar um bom tempo na biblioteca. Descobri varias coisas sobre lobisomens, se soubesse disso no fim do terceiro ano, teria tirado nota máxima em DCAT.
- É sempre a mesma coisa! – falou Lily – Não tem nada ou quase nada de informações. Existem muitos livros sobre lobisomens na biblioteca, mas não conseguiremos ler tudo nesta semana.
- Bruna, eu sei o que você pode fazer para descobrir o que acontece! – falou Herica.
- O que? – nós três perguntamos curiosas.
- Tem duas opções, a fácil e a difícil! A fácil é perguntar para o Dumbledore, provavelmente ele sabe.
- E eu falaria o que? – disse Bruna – “Diretor Dumbledore, nestas férias fui atacada pelo Remo transformado em lobisomem, só não morri porque a Herica e os marotos são animagos...” não seria muito legal. Qual é a opção difícil?
- Espera a lua cheia chegar! É semana que vem! Não deve ser algo tão terrível, ou saberíamos!
- E a reação não é a mesma que do lobisomem! – eu falei na esperança de não voltar a pesquisar sobre isso.
- Ok, espero que não seja algo tão terrível! – falou Bruna concordando.
- Mudando de assunto, vocês vão a Hogsmeade no próximo sábado? – eu perguntei.
- Eu vou com o Remo! – falou Bruna.
- Eu não sei, todas vocês tem com quem ir... – falou Herica.
- Como assim temos com quem ir? – falou Lily – Só a Bruna vai com o Remo e a Alice vai com o Frank.
- E você acha que o James não vai te chamar até o final da semana? – falou Herica revirando os olhos.
- E quem disse que eu vou aceitar? – Lily falou – Não é porque estou amiga dele que vou aceitar sair todas as vezes que ele me chamar. Até porque se fizer isso, vão pensar que estamos namorando e nenhum garoto me chamará para sair.
- Então aceite namorar com ele! – falou Bruna – Aí só falta a Herica namorar com o Sirius e seremos todas felizes para sempre!
- Você fala isso como se fosse a coisa mais simples do mundo! – falaram Herica e Lily ao mesmo tempo.
- E não é? – eu falei sorrindo – Lily basta você aceitar sair com ele, quando rolar um clima beijá-lo e depois ele vai te pedir em namoro em você aceita!
- E o que eu sinto não importa? – falou Lily.
- Aposto que você não saberia ficar uma semana sem que o James a elogiasse! – falei jogando uma almofada nela. - E Herica, seu caso realmente não é tão simples, mas você nem tenta falar o que sente para ele.
- Se fosse tão simples eu já teria feito! – falou Herica.
Ficamos conversando mais um pouco e depois fomos dormir, pois amanhã ainda é terça-feira e temos que acordar cedo.

(Narração de Remo)
É terça-feira de manhã e estamos esperando as meninas descerem do dormitório para irmos tomar café.
- Vou chamar a Lily pra ir a Hogsmeade neste sábado! – falou James.
- Agora conte uma novidade! – eu falei, já que o James sempre chama Lily para sair.
- Acho que vou chamar a Jennyfer Watson! – falou Sirius.
- Só não se esqueça que ela faz parte do time de quadribol, ou seja, terá que continuar falando com ela! – falou James.
- Sem problemas, ela não está muito a fim de ter um namoro sério depois que terminou o namoro com o Diggory, não vai se importar em apenas ficar! – Sirius respondeu.
- Não quero ver nenhuma garota do time desanimada por sua causa. – falou James – Ganhamos o campeonato de quadribol desde o segundo ano, espero que este ano não seja uma exceção!
As meninas chegaram ao salão comunal então fomos para o salão principal, onde Peter já estava à meia hora. Depois ele não sabe por que nenhuma garota aceita sair com ele, mas nem fecha a boca para mastigar.
***
(Narração de James)
A aula de feitiços havia acabado e as meninas saiam conversando e rindo de algo.
- Lily! – eu falei e ela se virou – Posso falar com você!
Ela falou algo para as meninas que logo depois continuaram andando, enquanto ela esperou que eu a alcançasse.
- Fale James! – ela falou sorrindo.
Não sei por que, mas tenho a leve impressão de que ela já sabe o que vou falar.
- Você quer ir comigo no próximo passeio a Hogsmead?
- James, não é porque aceitei ir numa festa com você que vamos sempre sair juntos! – ela falou – Somos apenas amigos!
- Mas podemos ser mais do que isso, basta você querer! – eu falei me aproximando dela e tirando uma mecha de cabelos ruivos do seu rosto.
Como esses olhos verdes são lindos!
- Mas eu não quero James! – ela falou segurando meu peito para que não me aproximasse mais.
- Você poderia me dar uma chance para te mostrar que não sou tão ruim como você pensa!
- E quem me garante que você não quer apenas uns beijos? Se for assim essa chance seria tudo que você quer.
- Eu te garanto meu lírio! Eu te amo!
- Me desculpe James, você é um bom amigo, mas não significa que seria um bom namorado! E eu deixei você me chamar de Lily, mas não de meu lírio. Não sou sua! Vamos almoçar! – ela saiu andando, mas eu continuei parado.
- Mas um dia você será meu lírio! – eu falei para mim mesmo e depois comecei a andar para alcançá-la
(Narração de Herica)
Já é terça-feira, dia de lua cheia. Finalmente vamos saber o que vai acontecer com a Bruna. Pena que não vou poder acompanhar os marotos, estou com saudade de me transformar em águia.
Os marotos um pouco antes do anoitecer e nós ficamos na sala comunal conversando.
- Voldemort nem tem dinheiro! Se fosse rico faria mais sucesso. – falava Alice, cada conversa doida que nós inventamos.
- Mas a maioria dos comensais vem de famílias ricas. – falou Lily – Aí eles não têm nada para fazer e resolvem sair matando todo mundo.
- Bruna, seus olhos estão ficando vermelhos. – eu falei meio assustada, mas em voz baixa para que ninguém mais além de nós quatro ouvisse.
- O quê? – Bruna falou com cara de espanto e saiu correndo em direção ao dormitório.
Eu, Lily e Alice fomos até lá e a encontramos se olhando no espelho. Seus cabelos naturalmente de um tom loiro claro, estão loiro mel e parecem escurecer cada vez mais.
- O vírus está reagindo. – falou Bruna em tom de desespero – Estou me sentindo mal. Será que vou me transformar?
- Acho que não. – eu falei – Não pelo menos uma transformação igual a do lobisomem, ou você já estaria bem pior.
Eu olhei pela janela, daqui já da para ver a lua cheia e o céu escuro praticamente sem estrelas. Bruna saiu correndo em direção ao banheiro, logo ouvi o barulho de alguém vomitando. O vírus ainda está se estalando no corpo e essa será a pior noite da vida dela, como é para qualquer lobisomem que se transforma pela primeira vez.
Uns cinco minutos depois ela saiu do banheiro com os cabelos quase castanhos e o rosto pálido, além dos olhos ainda mais vermelhos. Bruna se jogou na cama segurando com muita força um travesseiro e começou a chorar. Nós sentamos na mesma cama sem nos importar se ela vai se transformar ou não.
Ficamos em silêncio sem saber o que dizer até que ela jogou o travesseiro longe e deu um grito olhando para as próprias mãos. Suas unhas estão crescendo um pouco mais rápido que o normal.
Estou preocupada, mas não posso demonstrar isso, tenho que parecer forte diante da minha amiga. Esse é um momento muito difícil. Lily e Alice estão visivelmente preocupadas, pois mal viram Remo se transformar uma vez e não estão acostumadas. Estou na duvida se devo me transformar ou não, se ela começar a representar perigo, terei que fazer isso.
- Bruna, você sabe quem sou eu? – eu perguntei para conferir se ela ainda está em sã consciência.
- Sim, você é minha amiga Herica! – ela falou se levantando e indo para frente do espelho.
Lily e Alice se olharam e depois me olharam.
- Não seria melhor levá-la até a ala hospitalar? – perguntou Lily.
- Não! – falou Bruna irritada e praticamente gritando – Não vou sair daqui desse jeito, ninguém mais pode me ver assim.
- Bruna, ninguém vai saber que é você com os cabelos dessa cor. – eu falei tentando manter a calma – é só esconder um pouco o rosto. Até porque isso pode piorar e se tornar realmente perigoso.
- O quê? Piorar? – Bruna está alterando cada vez mais seu tom de voz.
Ela está perdendo a consciência de seus atos, pois não é assim normalmente. Pegou uma almofada e começou a bater nela, depois arranhar, até reduzir tudo a penas e pedaços de pano.
- Bruna, você precisa se acalmar vai ver que nem é tão horrível. – eu falei como se tentasse convencer uma criança pequena a tomar remédio – Se você se revoltar será pior.
Ela respirou fundo e foi até a janela, a abriu e ficou olhando par a lua.
- Por Merlin e por Morgana. – falou Bruna com cara de espanto.
Corri par a janela na esperança de ver o que causou tanto espanto nela, mas vi só a lua no céu e lá em baixo um pouco do lago e da floresta proibida.
- Está ouvindo? – ela perguntou sem olhar para lugar nenhum exatamente.
Lily e Alice chegaram perto de nós também.
- Não estou ouvindo nada além do que falamos. – eu disse.
Ela apontou na direção da floresta, como se visse algo lá.
- Há lobisomens lá, e eles sabem que eu estou aqui. Posso ouvir seus uivos desesperados.
E assim se passou a noite, praticamente em claro, Bruna se descontrolou muitas vezes. Quando era quase meia-noite foi a pior hora, como é a pior para os lobisomens, seus cabelos estavam completamente negros, suas unhas pareciam com as minhas garras quando estou transformada em águia, ela perdeu completamente a consciência de quem era e tentou sair do dormitório de qualquer forma. Não foi fácil impedir.
Conseguimos dormir pouco antes de o sol nascer, mas logo fomos acordadas pelo barulho do despertador.
***
(Narração de James)
Eu estava tomando café da manhã, mas o que queria é estar dormindo. Remo estava mais agressivo do que normalmente está noite, várias vezes enquanto estava transformado tentou sair da casa dos gritos.
As garotas estão com olheiras como se também não tivessem dormido a noite toda, mas elas se recusaram a falar algo além de bom dia.
Minnie se aproximou de onde eu e os marotos estávamos.
- Senhores Potter, Black, Pettigrew e senhorita Camargo o diretor Dumbledore deseja falar com vocês. – ela falou com a mesma cara de maracujá amassado de sempre, mas no fundo ela é gente boa e queria ser marota também, eu sei disso com o meu sexto sentido.
- Tudo bem tia Minnie! – eu e Sirius falamos quase ao mesmo tempo, ela nos olhou por um instante, mas depois se virou e saiu andando para dar bronca numas crianças do segundo ano que faziam guerra de comida.
- O que será que o Dumbledore quer? – perguntou Herica.
- E porque ele não me chamou? – perguntou Remo.
- Não faço idéia. – eu respondi e logo depois tomei o resto do café que tinha na xícara de uma vez só – Mas logo descobriremos!
- Vocês não aprontaram nada? Talvez vão ganhar alguma detenção. – falou Lily.
- Lily, o Dumbledore nunca aplica detenções nos alunos! Isso é coisa desses professores malvados. – falou Peter.
- E se alguém tivesse nos visto aprontando algo, teríamos levado detenção na hora. – falou Sirius.
- Então vamos logo! – falou Herica já de pé.
Nós logo saímos do salão principal, Sirius ainda estava terminando de comer uma torrada e Peter tirou um sapo de chocolate do bolso e começou a comer.
- Sirius, não sei como você não engorda. – falou Herica – Pois come quase tanto quanto Peter.
- Ele gasta as calorias com as garotas que fica. – falei com um sorriso malicioso.
- Imaginei que fosse isso. – ela falou.
Chegamos à sala do diretor e ele estava lá sentado numa cadeira atrás de sua mesa nos olhando por aqueles óculos de meia-lua. Quando de repente...
Fowkes (N/A: acho que é assim que escreve), a fênix, pegou fogo.
- Bom dia marotos! – ele falou com, um sorriso e depois olhou para a fênix – Já estava tão velha, já era hora. Sentem-se. – ele apontou para quatro cadeiras na frente de sua mesa.
- Bom dia! – nós respondemos.
- Os chamei aqui mesmo em horário de aula, pois tenho uma pergunta importante para fazer. E quero que vocês digam a verdade. – ele falou sério – Vocês passaram as férias de natal com Lupin?
Nós fizemos que sim com a cabeça, cada vez eu entendo menos porque ele nos chamou aqui. Dumbledore continuou a falar.
- Durante a lua cheia ele atacou alguém? Alguma garota?
- A Bruna. – respondeu Sirius – Mas no outro dia ela já estava bem novamente, o Remo nem ficou sabendo.
- Diretor, - Herica falou – essa noite a Bruna passou muito mal, acho que o vírus estava reagindo no corpo dela.
- Ela virou uma lobimulher? – perguntou Sirius, por um momento se esquecendo de que o diretor está aqui.
- Caso não saibam o vírus da licantropia reage de uma forma diferente no sexo feminino. Sorte que ela não foi atacada por um lobisomem brasileiro, ou teria se transformado numa mula sem cabeça durante a lua nova. Deviam ter me falado sobre isso logo que as aulas voltaram.
- Mas ela nem parecia tão perigosa quanto o Remo, ficou a maior parte do tempo consciente. – falou Herica.
- Quando uma mulher ou garota tem o vírus da licantropia, os lobisomens podem sentir seu cheiro de longe, isso os atrai. – falou Dumbledore – Ontem os lobisomens que ficam no meio da floresta proibida tentaram se aproximar de Hogwarts.
- Por isso Remo queria sair da casa dos gritos. – falei.
- Então a Bruna não deve sair para lugar nenhuma durante a lua cheia? Deve se proteger o Maximo possível? – perguntou Herica.
- Na verdade ela não estará em perigo, pois pode dominar uma alcatéia durante a lua cheia. O mais perigoso é os lobisomens consigam atacar Hogwarts.
- O que o senhor vai fazer? – perguntou Sirius.
- O certo é mandá-la para a casa dos gritos, onde vocês podem impedi-la de sair. Não haverá perigo nenhum em deixá-la perto de Lupin. – o diretor falou como quem termina uma conversa e depois sorriu – Agora vão, pois estão perdendo aula.
- Tudo bem! – eu falei.
Eu realmente espero que fique tudo bem, o Remo não vai gostar de saber disso.
- Será que o Remo vai querer terminar com ela? Quer dizer, ele vai achar que é culpa dele. – Herica perguntou como se lesse meus pensamentos.
- Não sei. – respondi.
- Se ele fizer isso é muito burro. – falou Sirius – Faltam quarenta minutos para acabar a aula de transfiguração com a sonserina, a Minnie é gente boa, mas acho que ninguém aqui ta a fim de olhar para os sonserinos logo cedo.
- Você está sugerindo que matemos quarenta minutos de aula como se fossem dez minutos e que não adiantaria ir para a sala? – perguntei, mas nem sei por que fiz isso, já que matar aula não é algo tão anormal, principalmente quando é idéia do Sirius.
- Não, estou sugerindo que cada um pegue uma venda e tape os olhos para não ver os sonserinos.
- Era minha próxima opção! – eu falei.
Nós rimos e fomos andar pelo castelo até a hora da aula de feitiços.
Fim do capítulo XVIII
Quimera*: Em linguagem popular, o termo alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de elementos disparatados ou incongruentes.
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No próximo capítulo:
- James, seu... – e do que xingo ele agora? – idiota. Eu não beijo mal porcaria nenhuma.
- E quem me garante isso? Você pode estar mentindo. – ele falou quase no mesmo tom que eu.
Eu o empurrei e ele bateu na parede do corredor. Me aproximei e olhei nos seus olhos cor de chocolate.

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