Quadribol
Capítulo XX_ Quadribol
(Narração de Bruna)
Eu quase morri de ciúmes quando vi Remo beijando uma garota na mesa ao lado. Senti vontade de voar em cima da garota e bater nela até que desmaiasse, mas me lembrei que não tenho mais nada com ele. Senti vontade se chorar, mas tive que me segurar.
Um pouco depois James finalmente veio falar com Lily, que começou a brigar com ele. Essa minha amiga é muito cabeça dura, só ela não percebe que o James morreria por ela.
Chamei o Marcelo para dançar, pois não agüento mais ver isso. Ficamos dançando o resto da festa, já eram umas três horas da madrugada quando ele me acompanhou até o salão comunal da grifinória.
Pensei que Herica já estaria no dormitório, mas cheguei lá e não encontrei ninguém. Onde será que ela se meteu? Pois a ultima vez que a vi, era uma hora da madrugada. Mas estava tão cansada que mal deitei e já estava dormindo.
Mas acho que mais ou menos meia hora depois eu acordei com uma luz na minha cara. A Lily havia acabado de chegar e parecia irritada.
- Não sei por que você ainda se irrita quando briga com o James. – falei – Isso acontece todos os dias.
- O Potter me beijou. – ela falou tirando a bota de salto.
- E você...? – eu falei me sentando.
- Bom... no começo eu acabei correspondendo, mas quando percebi o que estava fazendo, mordi a boca dele. – ela respondeu sorrindo.
- Tome cuidado, um dia ele vai acabar desistindo de você. – eu falei me deitando novamente – Mas as pessoas só sentem falta depois que perdem. Boa noite.
***
(Narração de Snape)
Eu acordei às sete horas da manha, como faço todos os sábados. Já que não vou naquelas festas ridículas que fazem na torre de astronomia. Se um dia eu me tornar professor, vou fazer questão de proibir isso.
Me vesti e desci para o salão comunal, que eu imaginei que estivesse completamente vazio, mas vi alguém dormindo sentado no sofá. Cheguei perto vi que é o Regulo, mas tem uma garota deitada no sofá. Eu reconheci a Camargo imediatamente, já que é uma das melhores amigas da Lily, mas eu acho uma das piores já que sempre tentou levá-la para o lado dos marotos.
- Regulo. – falei com a mão em seu ombro, no que ele pareceu se assustar como se tivesse acordado de um pesadelo.
- Ah, é você! – ele falou como se estivesse aliviado, depois olhou para a Camargo ainda dormindo.
- O que ela está fazendo aqui? – perguntei.
- Ela passou mal por ter bebido mais do que o normal e desmaiou. – Regulo respondeu como se fosse a coisa mais comum do mundo ele falar com alguém da grifinória.
- Mas por que você a trouxe para cá? Se queria fazer uma boa ação que a levasse para a ala hospitalar. – falei.
- Cala a boca Severo! Você não pode falar mal sobre as grifinórias quando é apaixonado por uma delas. – ele falou em voz baixa para não acordá-la.
- A Lily não é bagunceira e não sai por aí fazendo bagunça com os marotos.
- Ela não [u]era[/u] assim. Ou se esqueceu que sua amada ruiva pegou detenção com o Potter? (N/A: o serviço de fofocas funciona bem em Hogwarts.) Os dias estão contados para que ela descubra que corresponde ao amor dele.
Ele deu um sorriso ao ver que isso me afeta, então fiquei com o rosto inexpressível dos últimos meses.
- Isso não vem ao caso. Ou será que Regulo Black está apaixonado pela melhor amiga de seu odiado irmão?
- Claro que não, eu nem a conheço direito. Parece que você não pensa, - ele falou baixando ainda mais a voz – o meu odiado irmão adora brincar com as garotas, mas já deu para perceber que ele da muito valor para as amizades, seu ponto fraco...
- Estou entendendo seu raciocínio. – falei esboçando um sorriso – Já estava pensando que a anemia que você teve no começo do ano letivo afetou seu cérebro.
Parei de falar quando vi a Camargo se mexer no sofá. Ela mal abriu os olhos e levou a mão diretamente a cabeça.
- Ai que dor de cabeça.
Ninguém merece essas pessoas que bebem e esperam que vá estar tudo bem no dia seguinte.
- Eu vou tomar café. – falei me afastando – Regulo você já sabe muito bem onde guardo as poções para ressaca. Vou anotar na sua conta, que já não é pequena.
- Você sabe que sempre pago tudo, dinheiro não é problema! – ele falou.
Logo depois eu saí do salão comunal da sonserina.
(Narração de Herica)
Eu acordei e senti minha cabeça latejando. Olhei para os lados e me lembrei de que estou no salão comunal da sonserina. Não acredito que passei a noite aqui. Então vi Regulo e Snape se afastando. Será que mais algum dos sonserinos me viu aqui?
- Black, que horas são? – perguntei.
- Sete e meia da manhã. – ele respondeu com um sorriso de canto de boca, isso me lembra o Sirius – Pode me chamar de Regulo.
Então me lembrei exatamente do dia anterior, eu beijei ele e depois vomitei. Acho que usaram feitiço para limpar o chão. Será que ele está bravo comigo? Pelo sorriso eu acho que não.
- Vou buscar uma poção para curar essa ressaca! –ele falou se levantando – Não se preocupe, o único que acorda cedo é o Severo. Os outros só vão começar a acordar lá pelas nove horas.
Ele subiu a escada, de onde suponho ser o dormitório masculino, de dois em dois degraus.
***
Os dias foram passando, eu me tornei amiga do Regulo, embora uma ou duas vezes ele tenha tentado me beijar. Percebi que ele não é inexpressivo, frio e até estranho na forma de agir como aparenta, mas simpático, festeiro, inteligente e um pouco bagunceiro. Mas às vezes ele demonstra um humor negro.
Eu havia acabado de sair de uma aula de poções, na qual fiz dupla com o Regulo, percebi que ele não é muito bom nessa matéria.
A próxima aula é livre. Bruna foi “falar” com o Marcelo, já que agora os dois estão ficando. Alice está com Frank, e Lily e Remo tem aritimância. Não sei onde os outros marotos se meteram. E Regulo tem história da magia.
Resolvi ir para a biblioteca escrever. No caminho vi Sirius com Thaiza. Ele finalmente conseguiu ficar com ela, depois de quase um mês.
Passei reto, mas ele me viu.
- Ei, Herica! – eu me virei - Quero falar com você.
Ele falou algo para Thaiza, que pareceu não gostar muito. Ela passou ao meu lado e disse um “oi”, que eu apenas respondi. Depois olhei novamente para Sirius, que estava encostado na parede com os braços cruzados, isso daria uma boa foto, pois ficou lindo.
- Nossa, para você dispensar a Thaiza é por o assunto é sério! – falei tentando ser um pouco antipática, mas é impossível ficar brava com esse ser.
- Posso saber por que você fez dupla com o Regulo? – ele perguntou tentando manter a voz normal.
- Porque eu quis. – respondi – Ele é meu amigo, caso você não tenha percebido.
- O QUÊ? – ele descruzou os braços e fez uma careta.
- Isso mesmo que você ouviu! – respondi sorrindo e tentando manter a calma – Algum problema?
- Tem vários problemas. Primeiro, ele é um sonserino. Segundo, ele é um Black que segue os antigos costumes de que bruxos de verdade são só os “sangues-puros”. Terceiro, ele é ou será um comensal da morte. Quarto, ele não deve estar realmente interessado na sua amizade ou não conheço meu irmão pelos anos que vivi naquela maldita casa.
Sirius e sua mania de querer ser melhor do que os outros em tudo. Mas será que é verdade que o Regulo pode ser um comensal?
- Primeiro, para toda regra existe uma exceção, como você diz: “regras existem para serem quebradas!” Então não significa que todo sonserino seja do mal. Ele não me parece mal! Segundo, você também é um Black, embora esteja na grifinória. Terceiro, como você sabe que ele pode ser comensal? Quarto, você está com ciúmes por acaso?
Eu sorri com a possibilidade dele estar com ciúmes.
(Narração de Sirius)
- Eu convivi com o Regulo pó muitos anos e conheço-o muito mais do que você. Se eu estou com ciúmes? Estou sim, você é minha amiga e eu me preocupo com você. – eu respondi alterando o tom de voz.
Quando falei a ultima frase ela parou de sorrir, como se estivesse triste. Às vezes eu penso na possibilidade de existir algum sentimento além e amizade, mas logo afasto isso da minha mente.
Mas o fato dela estar falando com Regulo me deixou irritado. Com uma sensação estranha. Já senti isso antes, pois sou ciumento até com as amizades. Mas parece um pouco mais forte.
- Então obrigada pelo aviso! – ela falou friamente – Talvez seu irmão tenha mudado. As pessoas mudam o tempo todo! E sinceramente espero que você também mude um pouco.
A ultima frase ela falou um pouco mais baixa. Como se fosse um pensamento em voz alta.
- As pessoas mudam, mas não do dia para a noite e não bruscamente. É como alguém que no primeiro dia do ano promete que vai ser tudo diferente e vai deixar de beber ou fumar, falar é fácil. – eu falei baixando o tom de voz e me aproximando dela – Não estou dizendo isso por mau, não fique brava comigo, eu me preocupo com você. Meus amigos são minha única família.
Nós estávamos cada vez mais próximos. Eu sei que isso não é certo, mas é impossível resistir a um beijo. Quando pude sentir o cheiro do seu perfume, fechei os olhos e toquei suas costas de leve.
Mas como se ela tivesse despertado de um transe, me empurrou.
- Sirius, por que você faz isso? Se só quer beijar, procure essas garotas que quase desmaiam para que você as note. Não sou boba de cair na mesma armadilha duas vezes. – ela falou isso e saiu andando rápido com os punhos fechados de quando está brava.
Eu sabia que não devia nem ter começado isso. O James falou que não tinha na a ver ficar com amiga, mas eu acho que definitivamente não da certo.
O pior é que agora fico imaginando como seria seu beijo, pois não me lembro exatamente daquela noite depois da festa. Preciso diminuir um pouco essa mania de querer ficar com todas, ou vou acabar me dando mal. Ou talvez não tenha mais garotas para ficar em Hogwarts até o fim do ano.
Sai andando para os jardins, já que a próxima aula é herbologia. Vou ver se consigo falar com a Herica, pois não vou deixá-la ser amiga do Regulo. Não se eu puder impedir.
(Narração de Lily)
Graças a Merlin que hoje é o penúltimo dia de detenção. Não agüento mais ter que suportar o James. Ele é simpático quando não está tentando me beijar, mas ele mais faz isso do que conversa.
O pior foi que algumas vezes conseguiu me beijar, como agora por exemplo. Ele estava conversando normalmente e nunca da para saber quando ele vai agir para me preparar. Mas foi se aproximando e mudando o rumo da conversa, junto com seu tom de voz. Meu corpo resolve travar justo quando ele está próximo. Eu só consegui reagir depois que estava o beijando, uma voz dentro de mim (dizem que é a consciência, mas acho que é a loucura) dizia para não interromper o beijo. Parece que essa boca tem o poder de me hipnotizar.
- Jam... Potter eu te odeio! – falei respirando rápido.
- Lily eu te amo! – ele falou respirando rápido e sorrindo – E você pode me odiar, mas gosta dos meus beijos! Posso perceber.
Eu me levantei e fui para outra mesa, pois se não terminar isso até amanhã, nossa detenção será prolongada. Já deviam ser umas dez horas quando James veio para a mesa onde estou. Até aí tudo bem, no começo ele ficou catalogando os livros.
Mas aí essa criatura sem cérebro começou a arrastar a cadeira para perto de mim e eu comecei a afastar minha cadeira. Até que não tinha mais mesa para catalogar os livros.
- AAI, O QUE VOCÊ QUER? POR QUE NÃO VAI ENCHER A PACIENCIA DE OUTRA GAROTA? – pronto, um monte de livros começaram a cair das estantes que estão mais próximas – Eu ainda te mato Potter.
- Mas quer me deixar surdo antes. – ele falou sorrindo, como isso é possível?
Fomos juntar os livros, mas não havíamos terminado e já eram onze horas. A porta se abriu, mas continuamos juntando a bagunça. Eu apressei para sair logo dali.
Faltava um ultimo livro e nós nos abaixamos para pegá-lo ao mesmo tempo. A mão dele tocou a minha, o que foi meio estranho. Até perece as novelas trouxas que minha irmã assiste. Nós nos olhamos ao mesmo tempo e isso fez um arrepio percorrer meu corpo. O que está acontecendo comigo?
Começamos a nos aproximar, mas não da mesma forma dos últimos dias, algo meio que sem pensar. Não, dois beijos num mesmo dia é demais. Não posso fazer isso.
BLAM!
Eu olhei na direção do barulho e acho que James fez o mesmo. Eu não acredito nisso, hoje definitivamente não é meu dia, ou devo dizer noite. A porta se fechou, acho que tem um tempo limitado para sairmos depois que o horário da detenção acaba.
Eu fui imediatamente até a porta e tentei abri-la, mas não funcionou. O pior é que estou sem varinha, pois a Mcgonagall colocou um feitiço para não entrarmos com varinhas para não catalogar os livros com Magia.
- Estamos trancados. – falei preocupada, me encostando à porta e olhando para ele.
- O quê? – ele falou com cara de espanto também.
Pensei que do jeito que ele é retardado iria sorrir e sair dando pulinhos de alegria. Já ia me esquecendo, amanhã tem quadribol. Um clássico, grifinória contra sonserina. Acho isso ridículo.
- Você não é um maroto? Vive cheio dos seus truques e segredos, então faça algo que nos tire daqui. – eu falei me segurando para não gritar.
(Narração de James)
Por essa eu não esperava, a porta da biblioteca está programada para fechar sozinha. Se soubesse tinha enrolado para ficar mais tempo aqui com a Lily nas outras noites. Mas justo hoje, véspera de jogo de quadribol. Sem querer me gabar, mas o time é uma desordem sem mim.
- Você não é um maroto? Vive cheio dos seus truques e segredos, então faça algo que nos tire daqui.
- Sou um maroto, não um mago. – respondi levando a mão aos cabelos – E estou sem varinha, não da para fazer quase nada sem uma em um lugar bruxo.
Então me lembrei do espelho, acho que está no meu bolso. Então o peguei, o que deixou Lily irritada, já que ela pensa que é um espelho comum.
- Não acredito nisso, nós estamos trancados aqui e você vai se olhar no espelho. – ela falou.
- Sirius,– eu chamei – onde está você seu cão pulguento?
Não houve resposta, mas ele nunca dorme antes das onze, principalmente nas sextas, mesmo em vésperas de jogos. Aposto que está com alguma garota.
- É Lily, acho que você vai ter que passar a noite comigo! – falei sorrindo – Eu nem precisei fazer nada, o destino ou o acaso quis isso.
Ela levantou a sobrancelha como quem duvida de que não foi culpa minha. Esse é o único lado ruim de ser maroto, parece que sou culpado por tudo que acontece.
- Eu não acredito nisso, só pode ser um pesadelo. – ela falou andando de um lado para o outro, como se buscasse uma solução.
- Pois eu acho que é um sonho bem real!
Sentei-me no chão e a fiquei observando andar de um lado para o outro e resmungando alguns feitiços ou pensando numa solução. Alguma hora ela vai cansar e parar de andar.
- Lily, você pretende sair daqui fazendo um buraco no chão? – eu perguntei alguns minutos depois.
- Você tem certeza que não sabe como sair daqui? – ela parou de andar e me olhou.
- Tenho, não poderemos fazer nada antes do amanhecer e sem uma varinha.
- Acho que não podia ficar pior. – ela falou – E como não estamos num lugar a céu aberto acho que não tem problema de falar isso, pois não vai chover.
Mas nesse momento todas as luzes da biblioteca se apagaram, deixando tudo completamente escuro. As janelas não deixam passar muita luz nem de dia.
- Por que eu tive que abrir a boca? – eu ouvi a voz de Lily – O que eu faço agora?
- Quer uma sugestão? Venha até onde eu estou, sente-se do meu lado e vamos dormir. Claro que se você quiser, eu tenho outras sugestões...
- Nem se atreva a dizer isso. – ela falou em tom autoritário.
- Eu iria apenas dizer que poderíamos ficar conversando ou se você sentir frio eu te abraço... Depois dizem que são os garotos que tem uma mente maliciosa.
Eu adoraria que estivesse claro para ver a cara da Lily da cor dos cabelos dela. Ela veio até onde eu estava e quase tropeçou em cima de mim, só não caiu porque estava andando bem devagar. Ela sentou ao meu lado, mas um pouco afastada, mas eu logo me aproximei.
- Não se atreva a encostar um dedo em mim, ou irei dormir do outro lado da biblioteca.
- Só o fato de estar perto de você já alegra meu coração.
Passaram-se alguns minutos em um silêncio completo.
- Boa noite! – Lily falou bocejando.
- Boa noite! – respondi – Que horas serão agora?
- Acho que mais ou menos meia-noite.
Depois disso não falamos mais nada, mas eu não consegui dormir. Comecei a pensar nos beijos dela e num provável futuro feliz pra nós dois juntos. Peguei minha blusa e a cobri. Um pouco depois senti Lily usar meu ombro como travesseiro, acho que já dormiu.
Eu a abracei, agora ela não pode reclamar. Um pouco depois acabei dormindo também.
(Narração de Lily)
Eu estava em casa assistindo televisão quando minha irmã entrou em casa dizendo ela e James iriam se casar, pois ele tomou uma poção do amor. Aí eu comecei a brigar com ela porque meu casamento com ele já estava marcado e faltava apenas uma semana, seria o maior mico. Ela bateu com a perna de uma cadeira no meu pescoço e eu senti uma dor terrível.
Quando ouvi várias vozes:
- Ai que lindo! Esses dois nasceram um para o outro!
- Não acredito que a ruiva dormiu com o Pontas!
- Será que não foi outra garota que tomou poção polissuco para ficar no lugar dela?
Esse travesseiro está um pouco estranho. Não acredito que estou deitada com a cabeça no colo do James. Eu abri meus olhos e vi Bruna, Herica, Sirius, Remo e Thaiza. Depois vi a Mcgonagall com uma cara não muito amigável.
Eu me levantei imediatamente e senti uma dor no meu pescoço, igual ao sonho. Não acredito que estou com torcicolo, que ótimo jeito de acordar. Meu cabelo deve estar parecendo uma juba de leão.
- Depois do jogo vou querer saber tudo! – falou Herica.
- James, acorda seu veado. – falou Sirius chacoalhando o James com força.
- Nós vamos acabar perdendo o jogo contra a sonserina e você vai quere nos matar. – falou Thaiza.
Até parece que ela disse uma palavra mágica, porque o James abriu os olhos imediatamente.
- Jogo, que jogo? – ele falou se levantando e depois se espreguiçou – Bom dia Lily!
- Mau dia.
***
(Narração de Bruna)
A Lily e o James ficam tão lindos juntos, pena que ela não perceba isso. Os dois tiveram que explicar para a Mcgonagall porque dormiram lá ou não poderiam sair da biblioteca. Tive a leve impressão de que a professora estava torcendo para que os dois estivessem juntos.
Depois disso eu, Lily, Alice e Frank fomos esperar o jogo começar. Remo fez questão de dizer que iria ver o jogo com a monitora chefe: Talissa Zadinello. Isso me deu nojo, antes eu até falava com ela.
Não procurei o Marcelo já que os beijos dele não me agradam, quem eu quero de verdade é o Remo. Eu não agüento mais isso.
- Lily me lembre de te matar depois que esse jogo acabar. – falei enquanto escolhíamos um lugar na arquibancada.
- O que foi que eu fiz agora? – ela perguntou.
- Finge que não sabe que o James mudou por você. Fica o ignorando quando ele está apaixonado. E o pior de tudo, faz isso quando gosta dele.
- Eu não gosto do Jam... do Potter. Você sabe muito bem disso.
- Ah, claro que não! – falei em tom irônico – Você apenas o acha simpático e depois diz que gosta dos beijos dele.
Nós escolhemos um lugar que dava para ver quase todo o campo. Aqui perto está o Digorry caçula, que não é tão lindo quanto o irmão (que saiu da escola faz dois anos), mas ainda sim está entre os dez mais bonitos de Hogwarts. Se eu não fosse apaixonada pelo Remo seria apaixonada por ele.
Cada um dos jogadores foi para o seu lugar e James apertou a mão do Lestrange (capitão do time da sonserina). Madame Hooch apitou e soltou o pomo de ouro.
- Está começando o penúltimo jogo do campeonato das casas! – a voz de Xenófilo Lovegood ecoou pelo campo – Um clássico: Grifinória contra Sonserina. E Kael Langdon pega a goles e passa para Jennyfer Watson, que a perde para Gaspar Zabini, mas logo Sirius Black a recupera e marca o primeiro gol. Abrindo o placar: Dez para grifinória e zero para sonserina.
- O Black realmente é muito lindo! – ouvi uma garota cochichar para as amigas ali perto.
- Qual deles? O Regulo ou o Sirius? – outra perguntou.
- Eu estava me referindo ao Sirius Black, mas o irmão dele também é! Por isso que os melhores jogos são da grifinória contra a sonserina, os garotos são lindos!
- Isso eu tenho que concordar! – falou uma terceira – Olha só o jeito do Potter, aqueles cabelos desarrumados ficam lindos!
- Pena que o Truszczanczuk tenha namorada. Ele é outro pedaço de mau caminho, além de dançar muito bem!
Eu não acredito que estou ouvindo isso. Parece que a Lily não gostou muito quando falaram do James.
(Narração de James)
Eu subi o mais alto que todos os jogadores e fiquei procurando o pomo e observando a partida. Agora seria bom ter olhos de águia. Para não ficar o tempo todo parado, comecei a voar em círculos ao redor do campo.
É tão bom voar, é uma sensação de liberdade. Quando estou aqui, consigo até esquecer por um momento que amo a ruiva. Parece que os problemas e amores não correspondidos somem nessa imensidão.
Vi quando Sirius fez o primeiro gol e mandou beijos para umas garotas na torcida. Alguns minutos depois Malfoy empatou o jogo, marcando um gol.
- Agora o jogo está empatado: Dez a dez. – eu ouvi a voz do Lovegood – Narcisa Black está com a posse da goles, mas acaba a perdendo ao desviar de um balaço jogado por Thaiza Zadinello. Jennyfer Watson aproveita e pega a goles, passando-a para Kael Langdon, que faz o segundo gol da grifinória.
Regulo Black não estava muito distante, de olho em cada movimento meu. Ano passado eu usei a finta de Wronski e ele ficou uma semana na ala hospitalar. Então acho que não é tão idiota a ponto de cair nisso uma segunda vez.
Avistei o pomo uns dez metros abaixo de onde estou, ou seja, uns três ou quatro metros acima do chão. Inclinei a vassoura para ganhar velocidade na descida.
- Parece que Potter avistou o pomo. – essa é parte em que odeio quem está narrando o jogo, poderiam ser mais discretos – E Regulo Black está logo atrás, não será outra finta de Wronski? Rodrigo Truszczanczuk joga um balaço na direção de Regulo Black, mas Parkinson o rebate antes que atinja o alvo. Jennyfer Watson aproveita a distração de todos e marca o terceiro gol para a grifinória.
(Narração de Lily)
Eu nunca tinha reparado como um jogo de quadribol é perigoso. Como é que ninguém aqui da escola nunca morreu jogando isso? Eu sei que isso não é normal, mas não consegui tirar meus olhos do James. Como se eu pudesse impedi-lo de cair dessa forma.
Lovegood continuava narrando:
- Potter faz uma manobra arriscada para desviar de um balaço, - resumindo, ele quase virou de ponta-cabeça com a vassoura – parece ter perdido o pomo de vista. Então o jogo continua. Narcisa Black pega a gole e passa para Gaspar (N/A: nem sei de onde tirei esse nome... Se alguém puder me ajudar meu estoque de nomes está no fim) Zabini que tenta fazer um gol, mas Herica Camargo defende.
Eu vi que o James voltou a ficar mais alto que os outros jogadores novamente. Isso me da medo só de olhar. O pior de tudo é que o metido fica bagunçando o cabelo, como se fosse necessário.
- Herica Camargo joga a bola para Sirius Black, este atravessa o campo numa fração de segundos, mas é seguido de perto por Lucio Malfoy, que toma a goles na primeira oportunidade.
- É uma pena que o Malfoy seja da sonserina. – falava uma das garotas fofoqueiras – Aqueles cabelos e os olhos azuis são perfeitos!
- Mas ouvi falar que ele anda se agarrando com aquela galinha da Narcisa Black. – falou outra.
Pior que eu também odeio aquela Black sem graça.
- Ele é lindo, mas beija mal para caramba, fiquei com ele na penúltima festa. O Sirius Black beija bem melhor!
Eu não acredito que estou ouvindo isso. Se soubesse teria escolhido outro lugar.
- Quarenta para grifinória e trinta para sonserina. – Lovegood continuava a narra o jogo – Parece que James Potter avistou o pomo novamente e já está atravessando o campo rapidamente. Regulo Black está o alcançando, os dois já estão lado a lado.
Meu coração quase saiu pela boca agora, o James deu uma pirueta de 360 graus no ar, o que me lembrou uma montanha-russa trouxa. Ele é completamente maluco.
- E grifinória ganha de cento e noventa a trinta!
Eu vi James exibindo o pomo para todo mundo ver. Mas quando ele capturou o pomo que não vi? A torcida da grifinória começou a gritar e comemorar, inclusive eu, enquanto a sonserina vaiava.
(Narração de James)
Depois que peguei o pomo, desci para o campo. Já havia algumas pessoas ali.
Um círculo de garotas se formou ao meu redor, elas não paravam de rir e dizer que eu jogo muito bem. Até o ano passado essa era a parte mais legal de um jogo.
Pensei que só iria ver a ruiva no salão comunal, mas a vi se aproximando.
- Parem com esse assedio para cima do James. – ela falou para as garotas – Desse jeito vão acabar o sufocando.
Eu realmente ouvi isso? É impressão minha ou a ruiva ta com ciúmes. Eu só fiquei a olhando se aproximar de mim. As outras garotas ficaram olhando sem saber se ficavam espantadas ou com raiva.
- Parabéns pelo jogo James! – ela falou me abraçando – Você é um maluco de fazer aquilo, imagina se caísse da vassoura.
É, realmente essa ruiva me ama! Ela reclama, mas não sabe mais viver sem mim! (N/A: Ele nem se acha. Até me lembrou certo cachorro!)
Estávamos quase nos beijando, quando ouvi uns gritos que quebraram o clima.
- NÃO SEI O QUE EU TINHA NA CABEÇA QUANDO ACEITEI FICAR COM VOCÊ BLACK! – era Thaiza gritando – ACHA QUE PODE FICAR COM TODAS AO MESMO TEMPO SÓ PORQUE TEM OLHOS AZUIS E ESSE CORPO SARADO. SEU GALINHA, NOJENTO, METIDO. E NEM VOU MAIS PERDER TEMPO COM VOCÊ.
Ela deu um tapa na cara dele e saiu correndo dali empurrando todo mundo que estava na frente. Mais uma que passou a odiar o Sirius. Esse tipo de cena já virou comum. Aposto que ele beijou outra garota na frente dela.
Rodrigo Truszczanczuk olhou de cara feia para Sirius, já que ele é bem amigo de Thaiza.
Quando ia dirigir o olhar novamente para a ruiva, que ainda está na minha frente observando a cena, vi algo que me surpreendeu. A Herica estava beijando Regulo Black. Será que acertaram um balaço na cabeça dela durante o jogo?
Fim de capítulo
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No próximo capítulo:
- Sirius, você estava pensando em alguém? – ele continuou me encarando e como não recebeu resposta continuou – Você está apaixonado, só pode ser!
- Eu? – falei levantando e fingindo estar espantado – Você não me conhece?
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