A Fênix Negra



Capítulo XVII


A Fênix Negra


Arken permaneceu trancada em seu quarto durante todo o dia.Recusou-se a comparecer as refeições no Salão Principal com a desculpa de que queria descansar.Antes era difícil entender, agora, depois das palavras de Dumbledore parecia que pioraram o modo como via todas as coisas que lhe aconteceram ultimamente.
“-Há uma razão para lhe ser concedido este poder, Arken Éowyn.Você nasceu com uma missão e terá que enfrentá-la.Não resista quando o momento chegar, é a única forma de derrotá-los.Fazendo-os acreditar na concretização dos seus planos..
-E se eu falhar! Se eu não tiver mais forças!
-Mantenho o que disse minutos atrás.Esta tarefa foi dada a você.Se não encontrar o caminho ninguém mais encontrará...”
Queria fugir, afastá-los do perigo que trouxera.O mesmo homem que ensinou Anakin a matar, o mesmo homem que a fez aprender o que era a dor, o sofrimento e a raiva vinha a seu encontro, cedo ou tarde.Ela teria que enfrentá-lo, não havia escolha.E se perecesse, os que amava morreriam.
-Dumbledore me contou da luta entre você e Vader.-disse Obi-wan.
Estivera tão absorta em seus devaneios que nem percebeu a entrada de seu mestre.Olhá-lo sabendo que poderia ser a última vez doía, uma dor no peito que ela tentava disfarçar.
-Porque insiste em carregar esse fardo sozinha? Diga-me o que te aflige e eu a protejo, minha querida.Como nos velhos tempos.
-Não há fardo nenhum, mestre.São bobagens.
-Costumava confiar em mim antes.Você é a única família que me resta, o que sobrou de bom do nosso passado se resume a nós.Eu...
As janelas abriram-se violentamente e Obi-wan fora arremessado contra a parede.Havia um homem encapuzado pairando no ar com um outro acorrentado.Sirius.
-Enfim nos encontramos Arken Éowyn.Eu sei tudo sobre sua história, e esperei ancioso pelo dia de nos conhecermos.Vader me disse o quanto era linda, pelo visto herdou também a beleza de Gullveig.Pronta?
-Deixe ela em paz!É só uma menina!- gritou Sirius.
-É a escolhida e servirá aos propósitos que nasceu para cumprir.
-Arken não!Não faça isso!- gritou Obi-wan.
-Jedi insolente!Terminarei o serviço mal-feito de Vader.-disse Palpatine apontando o dedo para Obi-wan caído no chão, mas Arken postou-se diante dele o impedindo.
-Faça o que tiver que fazer.Mas deixe-o em paz!
Arken olhou para, o que talvez fosse, o rosto do seu mestre.Que fora por longos anos, seu refúgio mais preciso.
-Não se preocupe, mestre.Vai ficar tudo bem.
-Não!Arken!
Ela foi erguida no ar e uma nuvem negra penetrou em seu corpo levando-a para a escuridão.

Harry corria desesperado até o quarto de Arken, sem querer colidiu bruscamente numa figura sólida e caiu no chão.Hermione e Rony o ajudaram a levantar e para horror dos garotos se tratava de Snape parado diante deles.
-Ora ora, o que fazem três garotos da Grifinória perambulando pela calada da noite?
-Arken corre perigo, professor!Temos que chegar ao quarto dela o quanto antes!
-Potter, acaso não sabe que é feio entrar no ambiente íntimo das pessoas tarde da noite? Que decepção.Srta.Granger, achei que tivesse um pingo de responsabilidade não deixando seu amigo cometer tamanha loucura.
-Harry teve um sonho, professor.- disse Hermione-Só queremos ter certeza de que Arken está bem.
-Talvez seja melhor Grifinória perder alguns pontos.-continuou Snape sem dar atenção ao comentário de Hermione.-Para ver se aprendem a ficarem nos seus devidos lugares.
-Algum problema aqui?
Era Dumbledore.Justamente a quem Harry implorava aos céus para que aparecesse.Desatou a dizer ao diretor de seu sonho e do que vira nele, antes de Snape abrir a boca.O diretor, para ódio de Snape, acreditou nas palavras dele e correram o máximo que puderam pelos corredores.
Harry nunca esteve no quarto de Arken antes.Passaram por mais e mais portas chegando a uma no final de um corredor comprido, quase próximo a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.A porta estava entreaberta e quando Dumbledore a escancarou com um movimento de sua varinha viram a cena.
Arken mudara como fizera antes.Seus olhos azul-elétricos e o rosto completamente sem expressão.E Obi-wan caído no chão.
-Sirius!-gritou Harry.
-Saia daqui Harry!Ela irá matá-lo, não a toque!Saiam todos daqui!
Obi-wan adiantou-se para perto de Arken, chamando seu nome e pedindo que não fizesse nada.Ela nem se quer mexeu um músculo do seu corpo, porém, com um simples gesto, Obi-wan fora jogado com violência contra parede perdendo a consciência.
-Não faça isso Arken!-pediu Harry em voz alta.
Ela o encarou.Em nada lembrava a cavaleira doce e gentil, que outrora Harry conheceu, e sim a Arken que viu no Oráculo de Gullveig.Fria e desprovida de sentimentos.
-E quem disse que sou Arken.
-Isso mesmo menina.-disse Palpatine-Mostre a estes tolos quem você realmente é.
Para completar a desastrosa situação, Dolores Umbridge se meteu no quarto com seu ar de superioridade, segurava um papel com o selo do Ministério.
-Que algazarra é essa? São altas horas da noite!
-Eu a aconselho voltar ao seu recinto, Dolores.-aconselhou Snape.
-De jeito nenhum, Severo!Não agora que recebi ordens do Ministério!Olhe aqui,Dumbledore.
E jogou o papel nas mãos de Dumbledore.Uma autorização assinada pelo ministro da magia, Cornélio Fudge, nomeando Umbridge como Alta Inquisidora e concedendo poderes de demitir qualquer professor que oferecesse perigo com os seus ensinamentos, e anular qualquer tipo de aula que ela considerasse imprópria.
-Tenho agora o poder de colocar ordem nessa escola, Dumbledore!Os seus dias como diretor estão contados!E começarei por você, Jedi insolente!Você e seu mestre estão expulsos daqui!
Arken a ergueu no ar.Dolores agonizava levando as mãos a garganta como se estivesse sendo asfixiada, segundos depois parou de debater-se ficando imóvel.
-Sabe, mulher detestável, eu poderia matá-la se quisesse.-disse Arken-Mas, dessa vez, vou poupá-la.Afinal, graças ao ódio que a senhora despertou em Arken, eu nunca teria acordado.
E soltou Umbridge que caiu na cama.
-Dumbledore!Com todo este alvoroço, esqueci de sua presença.Voldemort manda lembranças...e Harry Potter...prazeroso conhecer o Menino-Que-Sobreviveu.-disse Palpatine.
-Saia da minha escola, Palpatine.Suas maldades não são bem-vindas aqui.-ordenou Dumbledore.
-Por enquanto.Por enquanto, Dumbledore.Iremos embora sim, mas antes...
Raios saíram da varinha de Palpatine em direção as pessoas que estavam no quarto, porém Dumbledore os protegeu com um enorme escudo transparente conjurado de sua varinha.Os raios ricochetearam batendo nos vidros da janela estilhaçandos-os.Houve um grande clarão e no minuto seguinte, Arken, Palpatine e Sirius desapareceram.
-Mas o que está havendo aqui?- perguntou Mcgonagall adentrando no quarto, os olhos arregalados por causa dos estilhaços da janela espalhados pelo aposento e Umbridge caída no chão.
-Minerva, leve-os a minha sala e esperem por mim.Severo, mande uma mensagem a Lupin e peça-o que venha o mais rápido possível.Levarei Dolores para a ala hospitalar.
Na sala do diretor, ninguém mencionava nada.Obi-wan enterrara-se numa poltrona e sem parar de lançar olhares ansiosos a porta.Harry, Rony e Hermione trocavam olhares rápidos entre si.Após alguns minutos, Dumbledore apareceu acompanhado de Lupin e Tonks, Mcgonagall e Snape.
-Por favor, Remo e Tonks, nos contem o que aconteceu no Largo Grimmauld.
-Descobriram a sede da nossa Ordem.-explicou Lupin-Abriram a porta com violência e Sirius foi ver quem era.Havia um homem encapuzado, Sirius sacou a varinha mas o homem foi mais rápido e o arremessou para longe.Eu e Tonks tentamos duelar, entretanto, ele tinha uma habilidade enorme.Como se lesse nossos pensamentos, sabia que feitiço íamos lançar e nos combatia.Falhamos.Fui arremessado para cozinha e bati com a cabeça na quina da mesa.
E mostrou o ferimento enfaixado do lado direito de sua cabeça.
-Eu ouvi Sirius perguntar o que queriam, e o homem respondeu que se tratava do sangue dele.Sangue de um rebelde.Eu tentei impedi-lo, mas também fui atingida.Quando acordei, procurei Lupin e o vi caído no chão, e Sirius sumiu.A voz do homem era bem velha.
Durante o depoimento de Lupin e Tonks, por segundos, Harry via imagens de montanhas em sua cabeça.Ás vezes, cavernas escuras e vultos distorcidos e a voz de Gullveig em sua mente, como das outras vezes dizendo: Ela está nas montanhas...nas montanhas.A levaram para as montanhas...
Embora mantivesse a cabeça baixa, sentia que Dumbledore o observava.
-Nos traíram.-disse Mcgonagall-É única maneira de explicar como descobriram a sede perfeitamente protegida.
-Eu também concordo com Minerva.Contudo, o Fiel do Segredo é Dumbledore, então como existir uma possibilidade de traição?-concordou Lupin.
-Nenhum membro da Ordem nos traiu.A magia que Palpatine utiliza para atingir os seus fins vai muito além do que sequer podemos supor.Com nossos feitiços ou não, ele chegaria a Sirius cedo ou tarde, e em Arken.Porque ela é a escolhida.
-Aquela não era Arken, eu lhes garanto.Fizeram alguma coisa com ela.Arken nunca, nunca...
-...o machucaria.Eu sei, Obi-wan.E de fato, não era ela.
-Aconteceu Dumbledore?-perguntou Tonks
-Sim.Todos vocês viram, a exceção de Lupin e Tonks, Heider ou Fênix Negra.O lado mais sombrio do poder de Gullveig.

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