Doce Vingança
A enfermeira vai descobrir,, o diretor vai descobrir, estamos condenados.
-Ninguém vai descobrir, amor relaxa.
-É claro que vão descobrir! É o fim, está tudo acabado...
-P*** que o paril, ninguém merece! Amor: não é POSSÍVEL que alguém descubra!
-Posso saber por quê?
-Porque só tem dois jeitos de descobrir: se eu fosse virgem, ou se eu engravidasse. Agora me explica COMO alguém poderia descobrir?
-Eu sei lá!
-Então vai lá!
-Lá onde?
-Você não disse "eu sei lá"? Então vai lá que você vai saber!
-Você bebeu?
-Não.
Cheirou pó-de-flú?
-Não! Pára de bobeira!
-Você que começou com essa história de "lá"!
-Já reparou como a gente parece duas crianças brigando?
-Será que é porque você tem onze anos?
-Será que é a sua convivencia com aqueles Sonserinos metidos e mimados, filhos daqueles comensais com quem você andava a tempos atrás?
-Eu deixei de ser comensal por você, mesmo depois que você morreu, o que mais você quer de mim?
-Eu aguentei e fingi que não via, que não escutava, mas, já que você perguntou eu vou falar.
-O quê?
-Você trata meu filho como se ele fosse horrível, trata ele com ódio, trata o Harry como trataria o James.
-Como você pode ter tanta certeza do modo que eu trato o Potter, você sequer convive com...
-Não me venha dizendo o que eu sei ou deixo de saber, meu bem, eu vi muitas barbaridades e muitas mesmo. Tantos absurdos que eu aguentei calada, sabe-se lá o porque. Tudo isso deve fazer de mim uma idiota, totalmente isolada em uma quimera.
-Isolada em quê?
-Joga no google.
-O que que é isso?
-Se você não sabe não sou eu quem vai te explicar.
-Você é extremamente irritante, sabia?
-E você é um grosseiro insensível e ciumento.
-Ciúmes? Onde você achou ciúmes?
-Exatamente, você morre de ciúmes do James. Você tem ciúmes de alguém que já morreu, isso é ridículo.
-E por quê eu teria ciúmes de alguém tão metido, arrogante, estúpido...
-NÃO FALE MAIS UMA PALAVRA DO MEU MARIDO!
-ELE MORREU, LILY!
-Sabe de uma coisa, você tem motivos pra ter ciúmes do Jay, ele é muito mais romântico, mais educado, mais sensível, mais cheio de atitude, mais engraçado e muito mais bonito do que você!
-AH, É MESMO?
-É! SABE DO QUE MAIS?VOCÊ SAIA DE PERTO DE MIM AGORA, eu nunca mais quero olhar na sua cara, Ranhoso.
-ÓTIMO! EU VOU INDO MESMO. E fique sabendo que essa criança aí não tem mais pai, sangue-ruim.
-QUE BOM QUE VOCÊ JÁ SABE!
Lily assistiu a porta da enfermaria bater com o rosto manchado de lágrimas, lágrimas que molhavam também o pescoço e colavam os cabelos da garota, a voz rouca de tanto gritar.
Snape saia da enfermaria secando bruscamente um lágrima solitária que parecia cortar sua pele.
Uma semana havia se passado depois que Lily começou a nova rotina de passar as noites na ala hospitalar. Os desmaios da garota se tornaram cada vez mais frequentes dês de então.
Aos soluços, Lily se ajeitou na cama, apoiou os braços sobre os joelhos e deitou a cabeça nos braços. Não tinha lembranças de ter chorado daquele jeito antes. A não ser uma única vez.
Enquanto a menina se desmanchava em lágrimas, Madame Pomfrey entrou pela mesma porta pela qual Snape saira minutos antes.
-Por Merlin, meu anjo, o que aconteceu? - perguntou Madame Pomfrey exasperada, ela foi até Lily e abraçou a menina pelos ombros.
-Ah, tia... - choramingou Lily enquanto abraçava Madame Pomfrey, a garota mal conseguia falar de tanto que soluçava.
-Querida, o que foi? Oh, meu bem, está tão tarde, deite um pouco, tente dormir, se você quizer eu posso lhe dar um remédio para dormir.
-Não p-prescisa, eu acho que... acho que é melhor eu ficar sozinha um pouco...
-Tudo bem, eu vou dormir então. Qualquer coisa me chame, ok?
-Ok...
Lily esperou Madame Pomfrey fechar a porta do quarto e o som dos passos morrer para enterrar a cara no travesseiro e voltar a chorar desoladamente.
Na manhã seguinte, Lily despertou de uma noite mal dormida às cinco e meia da manhã para ir para classe. Era segunda feira, o que significava que a primeira aula do dia era poções. Poções...
Depois de um demorado banho, Lily se encontrou com Gina e Luna que iam para a aula também.
-Oi, Li!
-Olá, Lily.
-Oi, meninas.
-Tá meio desanimada, Lil, o que foi?
-Ah, briguei com alguém que eu gostava muito.
-Briga feia?
-Ah, terrível, Gina, você não faz idéia.
-Se prescisar de alguma coisa, pode contar comigo, amiga.
-Valeu, Gi, mais eu acho que não há nada que ninguém possa fazer por mim agora.
-Ta bom, então. Mas se prescisar de mim é só falar.
-Sabe, quando eu estou triste eu gosto de dançar com as fadas mordentes ou procurar dilátex vorázes.
-Er... Bem, talvéz seja uma boa idéia. Gina, o que que é isso?
-Não faço idéia, coisas da Luna
Elas entraram na sala de poções e procuraram uma carteira vazia. A sala estava já cheia e a única carteira que as três acharam era justo na frente da mesa do professor. Enquanto se sentavam, as três se entreolheavam aprensivas, sentar bem em frente ao Snape não era o melhor modo de começar a semana, muito menos, sabia Lily, naquele dia especifico.
Snape ainda não estava na sala, as mãos de Lily tremiam, bem como seus lábios. Repentinamente a porta do escritório abriu e Snape entrou assustando alguns alunos.
-Abram na página 248.
Lily sentiu toda a tristeza que a tomava se transformar em raiva, seu olhar apreensivo ficou frio e a tremedeira parou ao mesmo tempo que seu corpo enrijeceu.
Toda a turma lia silenciosamente a página 248 quando Lily ergueu a mão em direção ao teto das masmorra, encarando abertamente o professor.
-O que foi, Rampton?
Ao ouvir o sobrenome da garota, a classe inteira voltou o olhar para Lily em questão de um segundo.
Apesar de sentir que toda a classe prendia a respiração, Lily e Snape estavam ocupados em se fusilar com os olhos e não deram atenção à esse detalhe.
-Aqui no livro tá escrito que o sangue de dragão adicionado mo acônito e mechido no sentido anti-horário vai resultar numa poção rosa esverdeado que cura pequenos ferimentos e hematomas. Mas, na verdade, a poção ficaria azul e provavelmente explodiria se alguém tentasse mecher - desdenhou a garota com despreso.
-Sério? - disse Snape ironicamente, levantando as sombrancelhas e andando lenta e ameaçadoramente até Lily, que lhe lançou um olhar de desdém dos pés a cabeça.
-Sério -rebateu de um jeito paciente como quem explica à uma criança que um mais um é dois - O certo ceriaadicionar o sangue de pouco em pouco enquanto meche no sentido anti-horário em fogo baixo. E para cada cinco mechidas no sentido anti-horário, se dá uma no sentido contrário.
-Isso é o que a srta. pensa, porém, a sua opinião não foi requisitada, Rampton.
-Então prove que estou errada preparando a pocão! quem sabe você dá sorte e a poção explode na sua cara e concerta eu nariz gigante.
Algumas meninas soltaram gritinhos, a maioria da classe abafou risadinhas com as mãos, Gina boquiabriu-se, Luna arregalou os olhos para Lily com uma expressão de leve interece, Lily, porém, mantinha um ar de puro tédio. Snape pestanejou e ficou muito vermelho.[N/A:e eu chorei T.T]
-Menos 10 pontos para a Grifinória. Devo lembrar a você, Rampton, que sou seu professor, e portanto você deve se referir a mim como "senhor" ou "professor".
Lily soltou uma rizada de desdém.
-Me desculpe, mas... - ela deu outra rizadinha - eu não vou me rebaixar a tanto.
-Ah, claro! Esqueci que a srta. perfeitinha não gosta de ninguém além do "Jaysinho" dela.
-Na verdade, Snape, a srta. perfeitinha gosta e respeita todos os seres racionais, sabe? Humanos, cervos, lobos, cachorros... Você não se encontra nessa categoria.
-Gente morta, presos de Azkaban e lobisomens estão nessa categoria de "racionais"? 9 jan excluir Lily
-Claro! -sorriu ela - Agora, você vai ou não vai testar a poção?
Snape olhou para a garota, que agora sorria, extremamente desconfiado.
-E o que você planeja ganhar com isso?
-Bom, se eu estiver certa, eu ganharia o prazer de ver a sua humilhação perante uma aluna que tem o terço da sua idade - respondeu Lily com o sorriso mais inocente o possível.
Os dois ficaram se encarando por um tempo, um grupo de corvinais estava fazendo apostas, o sinal da segunda aula começou a tocar e Snape falou:
-Podem sair. Menos você, Rampton, você fica aqui.
-Eu não tenho mais nada pra fazer aqui, me perdoe, mas eu vou embora.
-Se você passar por essa porta você ganha uma detenção.
-Se você me der uma detenção eu simplesmente não irei na detenção.
-Menos 50 pontos para Grifinória.
Lily estava de costas para Snape, se virando para ir embora, quando ouviu essa última frase. A reação dela foi extremamente inexperada, Lily virou rapidamente e meteu um tapa na cara de Snape com toda a força que conseguiu reunir.
A classe inteira paralisou, a única pessoa que se mecheu foi Paola, no fundo da classe, que levou as mãos ao rosto em desaprovação. Todos os outros observaram no mais profundo silêncio, boquiabertos, Lily também não se mecheu, apenas respirava fundo tentando manter a calma, coisa que já tinha perdido fazia alguns segundos.
Passaram-se penosos três minutos sem que ninguém (além de Paola) se mechesse, até Lily saisse calmamente para a aula de feitiços, seguida por toda a classe, que fugiu antes que Snape voltasse à plena conciencia.
[N/A: narração de Lily]
3:12, 7 de maio, aula de História da Magia
Olá, pergaminho! É, eu não tenho um diário e eu tô muito deprê e falar com as minhas amigas só vai piorar 50 000 000 000 000 000 000 vezes, então você acaba de virar meu melhor amigo.
Vou te chamar de Jay! *D*
Então, Jay, eu estou brigada com o amor da minha segunda vida. É, eu esqueci de avisar que eu sou uma reencarnação... E que diferença vai fazer isso? Você é um pergaminho, saver da minha vida não vai ajudar e além do mais eu tô com preguissa de escrever ¬¬'
Mas, enfim, eu briguei com o amor da minha vida dois TTT_TTT
E pra você ter uma idéia, eu acabei de armar o maior barraco na aula dele e quando ele foi tirar pontos da minha casa eu virei um, ou melhor, O Tapa Do Ano no coitadinho -.-'
Foi a minha vingança cruel_____Muahahahahahahahahahahaha
tá, parei...
Bom, graças a todos os santos, anjos, Deuses, Budas, Alás, Merlins, elefantes azuis de tanguinha verde limão que dançam valsa com os gansos rosas e Faraós do mundo, Dumbledore cancelou as provas finais, então é menos uma coisa pra se preocupar.
Também esqueci de dizer que eu estou grávida dele e que ele é meu pissor de poções ^^
De tanto pensar nisso me deu até mal estar
Tá tudo girando, acho que vou vomitar...
Pior.. eu acho que vou desmai
[N/A: narração normal]
Lily demaiou de cara na mesa, o professor Bins virou para a classe enquanto tagarelava sobre alguma guerra e reparou na menina apagada. Ele estava acostumado com alunos dormindo na aula, mas não assim tão descaradamente.
-Mas o que é isso? - perguntou com a voz de giz arranhando o quadro negro de sempre.
-Acho que ela dormiu, senhor - respondeu uma puxa saco da Lufa-lufa.
-Já percebi, srta. Tursie. Alguém acorde a garota!
Uma menina sentada atrás de Lily tentou acorda-la e fez uma careta.
0Professor, acho que ela desmaiou.
-Avise a Madame Pomfrey! Rápido!
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