Um Dia De Verão



Lily descia correndo as escadas em espiral da torre da Grifinória. Na noite anterior, os alunos haviam chagado de maria fumaça para mais um ano em Hogwarts, eles ainda teriam três dias livres antes de começarem as aulas.
Ao chegar no salão comunal, Lily se deparou com uma desagradável nem um pouco surpresa.
-Hey, Evans?
-Que avanço! Me respeitando? Que agradável novidade!
-Sem brincadeiras, só quero ter uma palavrinha com você.
-Vai logo, Potter, tenho mais o que fazer.
-Você qu...
-Pontas?
-Agora não da, Almofadinhas, espera um pouco.
-É urgente! Vem logo!
James fez uma cara de puro desgosto e se virou.
-Deixa pra outra hora...
-Potter... - resmungou Lily com indiferença balançando a cabeça negativamente. Ela continuou seu caminho, tinha combinado com Severus e não queria perder hora. Ela foi correndo para a orla da floresta proibida. Uma sensação de ansiedade, medo e prazer de uma criança fazendo coisa errada se apoderou de Lily. Ela nunca havia entrado na floresta, e ela sabia que era totalmente proibido entrar lá sem a companhia de um professor ou funcionário da escola.
Ela avistou, no alto de uma árvore, uma pequena bandeirinha verde, quase imperciptível, e foi seguindo a direção da árvore marcada até uma pequena clareira, aparentemente vazia.
-Sev? - chamou ela, com a voz tremendo, bem como suas mãos. Apesar de que ainda era manhã, o medo de estar na floresta, sem autorização ainda por cima, era inevitável. Apesar disso, ela começava a ver como era linda a clareira onde se encontrava: no meio das árvores velhas da floresta, com raios de luz escapando por entre as folhas, o chão de terra fria coberto de folhas e flores secas, um tronco caido elegantemente no chão e algumas pedras que davam ao local um ar simples e rústico, fazendo parecer o lugar perfeito para namorar.
-Oi!
O coração de Lily disparou quando alguém a segurou pela cintura e falou "oi" em seu ouvido. Ela quase caiu e soltou um grito muito alto, seus pés foram escorregando nas folhas muito rápido e, se alguém não a tivesse segurado pela cintura, ela teria caido ridicularmente no chão.
-Severus... Prince... Snape! Nunca... mais... faça isso! - disse ela ofegante e ainda assustada. Snape riu.
-Não queria te assustar tanto.
-Me ajuda a... levantar?
Ele ergueu Lily pela cintura, ela virou de frente para Snape e sorriu.
-Nem acredito que eu tô aqui!
-É lindo aqui, não?
-É perfeito! - dizendo isso, Lily abraçou Severus e o beijou. Eles ficaram ali, aproveitando a brisa suave e o clima quente de final de verão e comecinho de outono, durante o que pareceu ser algumas horas. Lily afastou os lábios quentes e rosados com delicadeza e sorriu novamente. Eles se sentaram encostados no tronco caido e ficaram lá, apenas desfrutando a paisagem e a presença um do outro durante o que parecia ser mais algumas horas.
Em meio o silêncio, a brisa quente de fim de verão foi acariciando suavemente a pele macia e os cabelos sedosos de Lily, Severus abraçou-a mais forte, causando-lhe leves arrepios e fazendo-a dobrar um pouco mais as pernas, de modo que a saia de tecido fino subisse alguns centimetros e deixando sua pele quente descoberta.
Lily virou-se de frente para Severus e, sem aviso, o beijou. A língua dele penetrou em sua boca, sutilmente, com cuidado e delicadeza. Sem se importar com o fato de estarem escondidos no meio da floresta, Lily sentou em seu colo, sem separar a boca dos lábios quentes que a envolviam. Ela abraçou o toráx magro de Severus com as pernas finas e, nesse ponto, praticamente nuas, já que a saia se encontrava inteiramente dobrada e caindo na altura da cintura, deixando a mostra a calcinha de renda, rosa bebê. Lily levou as mãos aos cabelos negros e lisos de Severus, desta vez foi ele quem sentiu um arrepio. Ela sentiu o mebro de Severus ficar ereto e não pode conter um sorriso.
O beijo começava a deixar ambos sem ar, Lily se afastou lentamente, respirou fundo e fechou os olhos. Ela começou a lamber e morder os lábios, como se tivesse acabado de saborear um doce, abriu os olhos e desabotoou a camisa com cuidado ao mesmo tempo em que Severus tirava a camiseta. Eles ficaram se acariciando com os olhos, provando da pele e a carne um do outro com o olhar. Por fim, o momento de silêncio e troca de olhares cessou e foi trocado por mais um beijo longo e apaixonado.
Lily separou os lábios dos de Severus e se escorregou levemente do colo dele para o chão, coberto de folhas secas. Ela se sentou entre as folhas e se arrastou um pouco para longe de Severus.
Ainda um pouco ofegante, Lily deu um sorriso inocente ao mesmo tempo, cheio de malícia. Lançou um olhar rápido e cheio de significados de Severus para a calcinha de renda e novamente para Severus. Snape ficou encarando Lily, sem ter certeza do queria ou do que entendera do olhar da ruiva, agiu mais por instinto do que por plena compreensão, puxou o corpo em direção as pernas brancas, finas e definidas da jovem e tirou lentamente a calcinha dela.
Conforme ia tirando a calcinha dela, ele acariciava as pernas da garota com as mãos e com os olhos. Lily se sentiu tomada por uma sensação de medo e provocação. Estava nua. Nua na floresta proibida. Prestes a fazer uma coisa que parecia ao mesmo tempo banal e aburda. Ela suspirou e fechou os olhos, ouviu o barulho do zíper da calça de Snape e seu coração disparou.Lily sentiu ele se aproximar lentamente, seus lábios quentes tocaram o pescoço dela e, com um pequeno susto e um forte arrepio, Lily sentiu Severus entrar nela. Primeiro ela sentiu dor e um pouco de medo, mas essa sensação passou em segundos e foi substituida por prazer e uma alegria doentia. Ela começou a gemer baixinho, Snape também, ambos suavam e estavam muito quentes, apesar da leve brisa que passeava serenamente por entre as árvores.
Severus entrou um pouco mais, Lily soltou um gritinho abafado e estremeceu. A ruiva mantinha os braços ao lado do corpo, agarrando as folhas no chão com as mãos, como se estivesse se segurando, mas Lily abraçou Snape e, com a dor e o prazer, ela acabou fincando as unhas nas costas do garoto.
Apesar do arranhar das folhas, do movimento sutil dos galhos e dos pequenos animais, do canto dos pássaros, das flores e frutas silvestres ao redor do casal, os dois não ouviam nem ouviam nada, sentiam-se isolados de todo o resto do mundo. Eles não sentiam cheiro nenhum além do aroma viciante do corpo um do outro.
Severus saiu com cuidado de Lily, a menina se sentia exausta, porém uma sensação de satisfação, prazer, alegria e serenidade tomou conta dela. Com os olhos fechados e os fios de cabelo colados no rosto, ela descansou no tapete fofo de folhas, Lily sentiu Snape deitar a cabeça em seus seios. Eles podiam ficar assim para todo o sempre, estavam bem como estavam, parecia que cada segundo durava um mês, por eles poderia durar um ano.
Lentamente, os sentidos iam voltando ao normal. Se não fosse o canto dos passarinhos, o farfalhar das folhas e os batimentos dos corações sincronizados estaria tudo silencioso, até que o barulho de passos pesados de apressados ao longe quebraram o silêncio. Lily e Severus se levantaram de repente, a garota correu para a camisa florida de botões, arrumou a saia, antes amassada nos quadris, e pos a calcinha correndo enquanto Severus também se vestia rapidamente.
Os passos vinham em direção à clareira, não pareciam passos normais, parecia que, quem quer que fosse, estava batendo com força no chão.
Lily correu até Severus e o abraçou com os olhos fechados apertados, temia que fosse um professor. As folhagens e galhos foram afastados por magia e um vulto muito conhecido dos dois apareceu ofegante e furioso.
-O que...? O que você está...? - Lily virou-se para ver quem era e ficou imediatamente vermelha de raiva, mal conseguia falar.
-Sai daqui, Potter!
James ofegava, parecia indignado e segurava um pegaminho amassado. Seus olhos estavam vermelhos, seus óculos tortos e a face molhada. Estivera chorando.
-Cala a boca, Ranhoso! - brandiu ele irritado. A voz dele tremia ligeiramente, James olhava com despreso, angustia e nojo para Snape, ao virar os olhos para lily, seu olhar se encheu de tristeza e ódio - Eu devia contar para um professor. Dois monitores, na floresta proibida. Ainda mais fazendo...
Ele parou de falar de repente, seus olhos se encheram de lágrimas e, para esconde-las, ele se virou brutamente para tráz. Cheio de raiva, ele socou uma árvore ao seu lado com força.
Agarrada no braço de severus, lily estava receosa que James contasse a um professor. Para ela, tudo aconteceu em camera lenta:
James socou uma árvore, um graveto esquisito com braços e pernas pulou da árvore para a cabeça dele tentando furar seus olhos, Severus empurrou Lily para o lado enquanto puxava a varinha e gritava "relaxo", o bicho caiu no chão e tentou atacar o primeiro que aparecesse na sua frente e os três lançaram, ao mesmo tempo, três feitiços diferentes no tronquilho, deixando o bichinho inconciente com cabelos verde limão e o corpinho inteiramente fucsia.-Bom... - começou James com a voz fraca - Obrigado, eu vou indo... Talvéz se eu encontrar algum professor no caminho eu conto pra ele.
Lily sentiu seu estomago se revirar.
-Não! - protestou ela indignada.
-O que foi, Evans?
-Você não faria isso.
-E posso saber por quê?
-Potter, você sempre diz que me ama, mas você só estraga todos os bons momentos que eu tenho. Você diz que me ama mas se você me amasse de verdade você gostaria de me ver feliz. Você consegue atrapalhar minha vida todo dia. Você nunca tentou me deixar ser feliz, você pensa que eu só posso ser feliz ao seu lado, justo onde eu me sinto mais infeliz.
James fixou o olhar no chão, evitando os olhos verdes penetrantes da garota.
-Sempre soube que você mentia. Eu sinto pena de você, Potter.
-Lily, voc..
-Evans.
-Muito bem então: Evans. Você sabe que eu amo você. Eu não minto, é só que eu não suporto...
Eles se encararam durante alguns segundos. O clima tenso e pesado que a floresta tomara dés da chegada de James parecia ficar a cada segundo pior.
-Ok.. Então eu não vou contar, Evans. Eu devo estar ficando louco. É... Louco de amor...
Ele virou e saiu andando. Lily ficou parada de braços cruzados, fitando o tronquilho desmaiado desconcertada.
-Um dia desses eu ainda te dou um tronquilho fucsia de pelúcia, Sev.

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