Declarações De Amor

Declarações De Amor



Lily e Gina choravam juntas no dormitório quando Paola finalmente alcançou elas.
-O que deu em vocês?
-Ahh... Lola...
-Vocês são loucas de pedra!
-M-me explic-c-ca o que aconteceu mmmelhor - choramingou Lily.
-Assim: o Lockhart que tava dando as aulas, e o Snape tava ajudando ele, ou melhor, o Lockhart tava dando um show de palhaçadas e o Snape tava humilhando ele total - Lily abriu um sorrisinho - daí o Lockhart chamou uma dupla pra dar exemplo e o Snape sugeriu o Malfoy e o Potter, daí o Lockhart falou pro Potter fazer um negócio e invéz de um feiiço o idiota derrubou a varinha, o Snape falou um feitiço pro Malfoy e eles ficaram dando risadinhas do outro lado do palco, daí quando eles foram duelar, o Malfoy usou um feitiço chamado "serpensortia" e saiu uma cobra da varinha dele, daí a cobra foi pra cime de um menino da Lufa-lufa, e o Harry Potter começou a falar em lingua de cobra, e a cobra saiu de perto do lufa-lufo.
Lily já não ouvia mais o que Paola estava dizendo fazia um tempo, sua mente travou nas palavras "Snape falou um feitiço pro Malfoy". Ela enxugou as lágrimas com a manga da blusa e saiu irritada.
-Não esperem por mim.
Lily saiu andando pelos corredores barulhentos onde as pessoas cochichavam sobre o novo indício de que Harry Potter teria aberto a câmara secreta. Ela chegou na tão conhecida sala nas masmorras do castelo, e como sempre, nem esperou convite, apenas abriu a porta, mas desta vez, carregada de raiva, ódio e tristeza. A porta abriu com um estrondo, assustando Snape, que organizava as preteleiras do armário de igredientes dos alunos, deixando cair alguns frascos no chão. Tão forte quanto abriu, a porta bateu. Lily caminhou batendo os pés no chão frio de pedra da sala, fazendo eco no silêncio pesado que fazia. As lágrimas de raiva que caiam de seus olhos verdes assustavam Snape, que não podia se mecher com o choque do momento em que se encontrava.
-O que você fez?
As lágrimas insistiam em cair cada vez mais dos olhos verdes da garota.
-O que você fez? - repetiu ela agora elevando o tom de voz.
-O que...?
-Você sabe muito bem do que eu estou falando! Lembra o que aconteceu faz alguns minutos?
-O clube de duelos?
-Exatamente, você falou pra'quele pirralho loirinho metido a besta conjurar uma cobra no meu filho! Se você não tivesse feito isso ninguém taria comentando "como o Potter é mal e abriu a câmara secreta"!
-Eu não sabia que...
-Prescisava saber que o Harry é ofidioglota pra ter o bom senso de não mandar uma criança conjurar uma cobra pra atacar outra criança? Sabe de uma coisa, eu tenho nojo de você.
[N/A: uhhuuul!!! humilhou totaaal!10 x 0 pra Lil!!!]
-Lily, a cobra não faria mal nenhum ao garoto, eu daria um geito nela em um instante!
-E qual exatamente foi o objetivo de fazer isso? Ah, é claro! Eu esqueci que você tem raiva do meu filho com o James porque... ELE É FILHO DO JAMES COMIGO!
-Lily...
-Não me chame de Lily, Snape.
-Mas...
-Você tem um ciúmes ridículo de um cara que já morreu e desconta isso numa criança que tem um terço da sua idade. Se toca: a criança tem mais maturidade que você.
Lily saiu irritada da sala, novamente batendo a porta, suas lágrimas já haviam secado, sua face vermelha de raiva parecia assustar as pessoas que passavam por ela. A garota seguiu para o salão comunal, já não havia mais nenhum motivo para se preocupar com aquele homem, ela concentrava-se em ajudar as amigas e Harry, que eram quem prescisavam dela naquela momento.
-Lily, aonde você foi desse jeito?
-Tirar um peso das costas - disse a menina com agressividade.
-Ok...
Lily se jogou em uma poltrona e ficou observando o fogo crepitando na lareira com uma expressão assassina.
-Lily, você tá legal.
-Tô ótima, ótima!
-Desculpa então...
As amigas de Lily acharam melhor sair de perto dela antes que perdesse a paciência, que pelo jeito estava mais curta do que perna de formiga.

A semana passou rápida, o menino que a cobra de Malfoy quase atacou foi petrificado, Harry ficou com fama de herdeiro de Slytherin definitivamente.Chegou a a hora da aula de poções na sexta-feira.
-Vamos, Lily, não sei o que deu em você, mas não seria bom ficar perdendo aula desse jeito.
-Eu sou a melhor aluna da classe!
-Mas você já perdeu uma aula de feitiços segunda pra...
-NÃO ME FALE DAQUELE DIA!!!
-Ok, desculpa! Mas de qualquer modo, você devia ir...
-Tudo bem, você me convenceu!
Paola e Lily voltaram a ser mais amigas, apesar de tudo, as garotas andavam cada vez mais sozinhas e cada vez menos juntas umas das outras.
Lily, Paola e Gina sentaram-se no lugar de sempre, e arrumaram as coisas em cima da mesa. Snape estava de um "ótimo humor".
-Eu quero trinta centimetros de pegarminho sobre a propriedades da poção preparada na aula anterior para o final da aula. Sem conversa, sem varinhas, sem idiotisses.
-Alguém acordou do lado errado da cama - Lily nem se preocupou com o volume de sua voz quando disse isso. Snape encarou ela com tristeza, ela retribuíu o olhar com despreso e indiferença.
-Quê?
Snape virou e saiu andando pela sala como sempre fazia, parecia realmente deprimido.
-O que ele tem? - cochichou Gina para as amigas.
-Não sei, não - respondeu Paola olhando desconfiada para Lily, que apenas escrevia sua redação. Ela estava estramente fria aquela manhã.
Passados apenas cinco minutos de aula Lily levantou a mão no ar.
-O que foi, srtª Rampton?
-Terminei minha redação.
-Os trinta centimetros?
-Na verdade eu fiz quase sessenta centimetros
A classe observava a cena boquiaberta. Era verdade. A garota entregou cinquenta e oito centimetros de pergaminho completamente escritos com letra miúda e caprichada.
Snape leu a redação de Lily com uma infelicidade que dava até dó. Terminou um pouco depois, colocou a nota e devolveu a Lily. Ela pegou a redação e leu um "E" tremido. Ela levantou os olhos, agora um pouco menos dura e fria, seu temor se concretizou: Snape sentou-se, suas mãos tremiam.
-Eu acho que entendi o que você veio fazer depois que eu te contei do clube de duelos - cochichou Paola para Lily - e eu tenho que dizer pela cara do Snape que você deve ter exagerado um pouco. Você deve ter dado o maior escandalo se eu te conheço.
-Não te intereça os escândalos que eu dou.
-Não prescisa ficar brava, eu só quero te dar um toque, porque afinal se eu fosse te dar um toque do que eu realmente acho você ia começar a gritar comigo.
-Tá, faz logo sua redação.
A aula acabou e todos os alunos sairam correndo da classe, como se temessem que Snape fosse fazer alguma coisa com eles. Paola e Lily demoraram mais, como de costume.
-Eu não sei porque exatamente eu tô falando isso, mas: Lily, fica aqui hoje, vai. Você deve ter pego muito pesado por uma coisa tão boba.
-Meu filho é um assunto sério, Paola!
-Não estou falando que não seja, (apesar de não acreditar que ele seja seu filho), eu só tô falando que você exagerou um pouco. Ficou meio coisa de mãe coruja.
-Você nem sabe como foi! o.õ
-Mas deu pra perceber, né! - retrucou Paola apontando para o professor.
-Ahh!!! Tá, você venceu.
-Tô indo, vou falar com o Michel.
-Ai, o Mikinho!
-Sem graça!
Paola saiu, Lily terminou de arrumar o material e caminhou lenta e penosamente até Snape.
Snape estava, como sempre, sentado em frente sua mesa. Lily começou a lembrar de como fora a briga deles depois do clube de duelos, agora, vendo de cabeça fria, ela achava que havia sido um pouco cruel. Verdade seja dita: ela falou apenas verdades. Mas não foi o que ela falou que foi cruel, e sim o jeito que ela falou: com frieza, despreso, nojo... Talvéz Paola estivesse certa, ela estava irritada e explodiu com Snape de um modo duro e exagerado.
-Sev...
Snape levantou a cabeça automaticamente ao ouvir seu nome, estava corrigindo as redações.
-Sev, eu...
A garota não sabia o que dizer, estava muito confusa, como sempre, a saida que ela achou foi esvasiar-se em lágrimas.
-Ah, me desculpe! - disse a garota sentando na carteira mais próxima e deitando o rosto sobre os braços - Me desculpe! Paola está certa, eu fui tão cruel...
Ela se desmanchava de chorar. Soluçava, não conseguia falar mais nenhuma palavra. Estava em um estado de dar dó. Snape levantou rapidamente e se ajoelhou ao lado de Lily, abraçando-a. Ela levantou a cabeça da mesa e se jogou no pescoço de Snape.
Ele sabia que todo aquele drama não era apenas por um motivo, havia mais coisas perturbando Lily. -O que foi, Lily? O que aconteceu?
-É tanta... Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo...
Lily estava aflita e desesperada. Chorava muito, muito mesmo, soluçava, tinha fechado os olhos bem apetados, abraçava Snape forte.

Paola andava de um lado para o outro pelo castelo e pelos terrenos procurando alguém.
-Procurando por mim? - disse uma voz conhecida em suas costas.
-Tava sim! - disse Paola se virando sorridente.
-Eu sei que sou irresistível! - brincou Michel - E suas amigas? Ainda estranhas?
-Lily eu já sei o que é...
-E o que é?
-Não posso te contar, fofoqueiro! - riu Paola - E quanto a Gina eu acho que ela tá gostando de um menino do segundo ano...
-Você poderia me dizer quem é?
-Se você quer mesmo saber, eu acho que é o Harry Potter.
-O herdeiro de Slytherin?
-Ele não... - começou Paola irritada.
-Eu sei que não, só tô brincando. Sabe, eu estudo com os irmãos dessa Gina.
-Mesmo?
-Sim, o Fred e o Jorge. Hilários, são tão populares quanto eu.
-Ai, como é metido!
-Com muito orgulho! Olha, eu não quero me meter no que não é do meu interece, mas...
-Já fazendo isso...
-É, bem...
-Vai em frente, o que foi?
-Eu nunca mais vi você com suas amigas. Vocês tão meio se afastando.
-É, algumas amizades são assim: as necessidades unem, as opinões separam.
-Ah, que frase filosófica! - eles riram.
Os dois continuaram andando até chegar a uma faia na beira do lago negro. Ventava muito, o céu estava nublado, não tinha ninguém além dos dois do lado de fora do imenso castelo de Hogwarts. Os dois foram se aproximando lentamente, fecharam os olhos e finalmente tocaram os lábios. Michel passou os braços pela cintura de Paola e a puxou mais para perto com ternura. A menina deixou levar pelos movimentos de Michel e eles foram explorando a boca macia e quente um do outro.

Lily ia levantando calmamente, secando as lágrimas de seus olhos com as costas da mão. Ela ajeitou os longos cabelos ruivos, e voltou a sorrir para Snape que
-Lily, eu gostaria de te mostrar uma coisa.
-Ah, eu tenho que ir agora - disse ela com jeitinho de desculpas - Eu tenho mesmo que ir agora. Eu adoraria ficar, você sabe o quanto eu adoro ficar aqui com você, mas eu tenho que ir.
-Tudo bem, outro dia eu te mostro.
A garota sorriu para ele e lhe abraçou, como sempre fazia antes de sair.

Paola e Michel estavam abraçados em baixo de uma árvore. Apenas abraçados, sem dizer uma palavra, sem fazer um movimento. Apenas contemplando o quanto belo era o final do por do Sol a beira do Lago Negro, pensando no que acabara de acontecer.
-Lola?
-Sim?
-Você gosta de mim?
-Eu gosto muito de você, Mike.
-Eu também.
-Você gosta de mim?
-Não, de mim.
-o.ô
-Quê?
-Ah, entendi! Era pra ter graça! Rá, rá, rá!
Mike riu e voltou a beijar a garota. Eles deitaram na grama, lá, abraçados, se beijando, na calma do jardim, apenas eles, o vento e o lago.

O tempo em Hogwarts passava muito rápido [N/A: e a autora tem preguissa de escrever o que acontece nesse meio tempo] e logo já era dia dos namorados. O professor Lockhart quiz fazer uma graça e decorou o salão com cupidos e outras coisa bregas, e o pior: fez uma espécie de "correio elegante" entregado por anões feiosos vestidos de querubins.
-Lily, eu vou mandar um cartão musical pra ele, o que você acha?
-Depende, Gina, faz um poema razoável, não vai fazer o Harry pagar mico.
-Não vou fazer... eu acho...
-Seja criativa, seja feliz e seja anônima, assim qualquer coisa você não paga mico junto.
Gina foi rindo para procurar um "querubin" do Lochart.

Depois do almoço, Lily foi procurar Snape. Ele queria mostrar alguma coisa à ela e ela ficou curiosa. Como sempre, ao chegar na porta da sala ela abriu sem convite.
-Oizinho!
-Que?
-Oizinho: oi pequenininho.
-Vou fingir que fez sentido.
-Tá bom. E aí? O que você queria me mostrar?
-Tá bom. E aí? O que você queria me mostrar?
-Er... Vem aqui.
Snape levou Lily até um lugar onde ela nunca havia entrado. Dentro do escritório de Snape havia uma porta da qual ela não se lembrava de ter reparado alguma vez, a porta levava para um quarto grande e escuro como o resto das masmorras. Lily ficou adimirando o quarto por uns segundos: era grande e espaçoso, em um canto havia uma cama com lençois pretos, encostado em uma parede estava um grande armário de madeira, em outro canto se encontrava uma escrevaninha com várias gavetas, em uma das gavetas Snape procurava alguma coisa. Lily sentou-se na cama e começou a pular sentada no colchão macio.
[N/A: nesse momento eu vou usar muitas carinhas para demonstrar melhor a conversa dos personagens, não me matem!]
Snape se virou com uma caixa de madeira nas mãos e se deparou com Lily pulando alegremente em sua cama.
- o.ô?
- xD!
- o.ô?
- xD!
-Lily!
-Ah, desculpinha - disse a garota parando de pular sentada e voltando o olhar para a caixa de madeira nas mãos de Snape - Porque seu armário é tão grande? Todas as suas roupas são iguais!
- ¬¬'
- =D
- ¬¬'
- =D
- ¬¬'
-Ah, deixa eu ser feliz, Sev! E aí? O que é essa caixa?

Enquanto isso em outro lugar de Hogwarts...
Harry estava fugindo desesperado de um dos "querubins" de Lockhart que teimava em entregar-lhe um cartão musical. Quando o anão finalmente agarrou Harry pelos tornozelos, o derrubendo e o impedindo de fugir, Gina e Malfoy chegaram quase ao mesmo tempo.
Uma fila de alunos do primeiro ano onde Gina se juntou se encontrava ao lado da cena.
-Muito bem, vamos ao seu cartão musical - disse o anão mal-humorado sentando nos calcanhares de Harry.
"Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos
Teus cabelos, negros como um quadro de aula
Queria que tu fosses meu, garoto divino
Herói que venceu o malvado Lord das Trevas."

Snape sentou-se ao lado de Lily na cama e deu à ela a caixa da madeira.
-Estou sentindo que eu vou gostar do que tem aqui - disse Lily animada. Ela abriu a caixinha com cuidado.
Lily nunca poderia estar preparada para o que estava prestes a ver...
Quando abriu a caixa, Lily se deparou com várias fotos de Lily Evans, a Lily antes de morrer, antes de casar, antes de Lily Rampton nascer.
A garota levou as mãos ao rosto e começou a chorar novamente. "Por que eu sempre tenho que chorar?" pensou a menina emocionada. Lily começou a mecher nas fotos dentro da caixa enquanto mantia outra mão tampando a boca.
Haviam fotos de Lily criança, adulta, adolescente, fotos dela com outras pessoas, assinaturas rasgadas de outras folhas, cartas, bilhetinhos...

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