Eu Louca? Harry Assassino?

Eu Louca? Harry Assassino?



Aquela noite, Gina passou muito mal. Ela acordou às duas horas da manhã, depois de um pesadelo, chorou e quase vomitou de tão mal que ficou. Madalaine acordou com o barulho e começou a discutir com Lily, que estava tentando ajudar a amiga. Acabou que, depois que Paola e Lily quase sairam no tapa com as gêmeas Shefield e Gina não conseguia mais parar de chorar, as meninas do dormitório ao lado foram até lá ver o que estava acontecendo.
Duas garotas, chamadas Parvati Patil e Lilá Brown, ficaram cuidando de Gina, ignorando que Paola e Heloisa Midgeon armavam o maior barraco com Madelaine e Nadelaine, enquanto Hermione Granger e Lily se esforçavam para resolver o problema.
No dia seguinte, todas as garotas dos primeiro e segundo ano estavam muito cansadas. Paola e Lily perceberam que Gina estava um pouco abalada, depois de conversarem entre sí e fazer algumas perguntas à amiga, elas chegaram à conclusão de que tinha alguma relação com o ataque à Madame Nor-r-ra, e toda aquela história de "câmara secreta".
As três caminhavam em direção a primeira aula do dia, que, apenas quando chegavam perto das masmorras, Lily lembrou que...
-A primeira aula de segunda é poções?
Paola deu um sorriso maldoso.
-Primeiro dia depois da ficada é duro, né?
-Como você sabe, se nunca ficou com ninguém?
O sorriso bobo desapareceu da cara de Paola.
-Como você pode ter certeza?
-Você e o Mikinho já deram o segundo passo? Como foi?
-Como você é infantil.
-Eu achei a resposta dela bem madura!
-Gina! Você fala!
-Rá, rá, rá, muito engraçado.
-Que foi? Vai ficar aí fora?
Quando chegarem na porta da sala, Lily travou e olhou aflita patra as amigas.
-Ah, deixa ela aí, Gina.
-Me esperem!
Lily entrou na classe olhando o chão, sentou olhando o chão, pos o material na mesa e voltou a olhar o chão. Parecia como no primeiro dia de aula, exeto que desta vez, Snape também evitava Lily.
-Você é a primeira aluna em todas as matérias, daí, do nada você começa a agir assim. Sabe, eu acho você meio louca.
-Eu acho que "totalmente louca" seria mais adequado - concordou Paola.
-Pensei que vocês fossem minhas amigas! - riu-se Lily. As três riram juntas e continuaram a fazer o exercício.
Passados quinze minutos de aula, Lily resolveu tomar uma atitude. Ela teria que encarar a situação de qualquer geito, e esperar atitude de um homem, é como ensinar sapateado ao caldeirão a sua frente sem usar magia.
Lily esperou que ninguém estivesse olhando para ela e Snape se afastasse, apertou bem os olhos e contou mentalmente até três. Quando levantou a cabeça, outra pessoa parecia ter tomado conta de Lily, ela sorria animada, afastou os fios ruivos do rosto e continuou a trabalhar em sua poção.
-Lily? - Paola encarava ela com uma expressão de "medo".
-Sim?
-Foi atingida por um feitiço para animar?
-Não que eu saiba. Por quê?
-Sei lá... Medo de você!
-Já me disse isso ontem.
-Só pra reforçar...
-Lola, você é engraçada!
-Você é mais ainda, tenha certeza.
Snape se aproximava da mesa delas, Paola fez silêncio, Lily, porém, continuava feliz e rindo tolamente. Snape evitava olhar para Lily, mas a ansiedade e a vontade foram mais fortes. Ele lançou um olhar rápido para Lily, como sempre que o professor chegava perto da menina, todos os alunos observavam a cena discretamente, porém, ninguem além de Snape viu quando a menina mandou um beijo para ele. Snape corou e fez força para não sorrir, arranjou um motivo para ficar irritado indo dar uma bronca em um corvinal que brincava de inchar os sapos mortos em um frasco.
Ao final da aula, Lily fez seu ritual de dispersar as amigas que inventara havia um tempo: acompanhava Paola e Gina até certo ponto, deixava a bolsa atráz de um banco e, na primeira bobeada das amigas, ela corria para as masmorras.
-Oiê!
Lily entrou na sala de Snape pulando, feliz da vida. Snape se assustou um pouco com o modo que a menina entrou, (de nada, pulando e gritando "oiê") desviou o olhar, mais uma vez segurou o sorriso, corou, e fingiu não ter ouvido Lily, o que seria impossível.
-Nossa, será que eu beijo tão mal assim que voc~e nem quer mais falar comigo?
Snape corou mais ainda, ainda sem olhar para Lily, ele começoua falar com a voz tremendo.
-Eu... Er... Não, é que...
Lily achava tudo isso muito engraçado. Ela ria alegremente enquanto ía até a mesa onde Snape estava sentado. Ignorando o professor que ainda gaguejava palavras desconexas, Lily empurrou um pouco a mesa e sentou-se no cola de Snape, olhando risonha para a expressão confusa dele.
-Eu te ajudo a decidir se foi bom ou não.
Falando isso, a garota levantou o rosto de Snape e puxou para perto do seu, ao mesmo tempo que se inclinou para frente. Seus lábios se tocaram...
Seu slábios se tocaram, suas linguas se entrelaçaram e seus corações pararam. As mãos de Lily foram passando pelo pescoço dele, uma mão subiu para seus cabelos negros e a outra desceu por suas costas. A garota se aproximou mais, eles ficaram colados, os corações batendo devagar em perfeita sincronia. Snape abraçou a cintura de Lily, e foi descendo uma das mãos pela perna dela, acariciando com paixão as curvas da ruiva.
Havia muita beleza na cena, mas era de uma beleza tão inocente que apenas observando a cena com amor poderia enxergar apenas o bonito do momento e ignorar os defeitos.
Passados cinco minutos, ou provavelmente algumas primaveras, eles se separam. Lily olhou sorridente para Snape, pela primeira vez ele retribuiu o sorriso.
-Posso aceitar isso como um sim?
-Quê?
-Eu beijo bem?
-Cada vez melhor.
-Já me faz feliz - ela afastou os longos cabelos ruivos da face rosada - Sev, eu presciso ir.
Ela ficou em pé, arrumou as vestes, e roubou um último selinho de Snape, e da mesma forma que entrou na sala ela saiu: pulando e sorrindo tolamente, deixando Snape hipnotizado em sua beleza infantil.

Lily saiu se espreitando pelos corredores do castelo, com medo de ser pega fora da aula, pegou a mochila e subiu para o dormitório para esperar a próxima aula. Ao chegar triunfante no dormitório do primeiro ano, Lily deitou-se em sua cama dando risadas eufóricas.
-Está dando certo!
-Falando sozinha, Dona Pegadora?
-Paola?
-Onde você se enfiou na aula de feitiços? Eu respondi a chamada por você, o Flitwick quase me pegou!
-Ah... Eu...
-Nem me diga, deixa eu adivinhar: você estava namorando o professor de poções de novo?
-Eu...
-O que tem o Snape?
-Nada, Gina.
-Nada mesmo, Lily?
-Do que vocês duas estão falando?
-Ignora essa louca, Gina.
-Eu sou louca? Se eu contasse pra Gina o que você anda fazendo...
-Cala a boca, Paola! Você só sabe se meter na vida dos outros! Você acha que sabe de tudo, mas eu acho que você não sabe de nada sobre mim.
-Não existe reencarnação, Lily, isso é ridículo, isso é uma tosquisse dos trouxas que não tem sentido e nem fundamento!
-Com que certeza você afirma isso?
-Dá pra parar de gritar vocês duas?
-Eu afirmo isso com a certeza de muitos bruxos inteligentes e cultos, como Dumbledore e Merlin!
-Pára de gritar, Paola!
-Não se mete, Gina!
-Porque você tá gritando com ela? Ela é nossa amiga e tá tentando ajudar!
-Mas não tá ajudando!
-Gina, não chora! Gina! Olha o que você fez, Paola!
-A menina tem onze anos e age como se tivesse cinco e a culpa é minha?
-Não, eu acho que é você que tem onze e tenta agir como se tivesse cinquenta.
-Volta aqui, Lily, a gente tá conversando!
-A gente estava conversando antes de você começar a gritar.
Lily saiu e fechou a porta, foi procurar Gina, que estava chorando no ombro de seu irmão, Percy.
-Poxa, Gina, se você quiser eu escrevo para a mamãe.
-Não p-prescisa, Perc-cy.
-Gi?
-Oi, Lily.
Percy olhou desconfiado para Lily e saiu de perto das meninas.
-Não liga praquela amargurada.
-Tá tudo bem, Li.
-Olha, Gina, a Paola só está confusa, todas nós estamos. Uma hora a gente vai se entender.
-Vamos ver o jogo? Eu queria assistir.
-Ok, vamos torcer para a Grifinória - disse Lily sorrindo, tentando animar a amiga.
Lily e Gina foram assistir o jogo de quadribol. Foi em geral emocionante, mas aconteceu uma coisa horrivel: Harry Potter, o apanhador da Grifinória, menino que sobreviveu e possível herdeiro de Salasar Slytherin, foi perceguido por um balaço. Todos os Grifinórios ficaram preocupados, Gina então, nem se fala, mas ninguém, repito, ninguém ficou tão histérico, chorando e passando mal quanto Lily.
-Ai, meu Merlin!!!
-Que foi, Lily?
-O Harry!!!
-É, eu também tô morrendo de preocupação, eu... meu irmão... é o melhor amigo dele!
-Ah, Gina, quem dera eu pudesse lhe contar...
-Ahhhhh!!!! - gritaram as duas em coro quando o balaço atingiu com força o braço de Harry.
-Acalmem-se, garotas! - disse a professora McGonnagal assustada - Ele vai ficar bem, não se preocupem tanto.
-Ah, prô... - murmurou Lily com as mãos no rosto.
-Se acalme, Rampton, parece até que é seu filho morrendo no campo!
Ao ouvir as palavras "confortantes" da professora, Lily caiu no choro.
-Olha lá, o Lockhart! Ele vai curar o Harry em um segundo! - disse a Gina animada.
-Duvido! - resmungou a professora McGonnagal irritada, indo até o campo ajudar.

No final, Lockhart desossou o braço de Harry, obrigando o garoto a passar a noite na enfermaria. Alias, aquela noite houve outro ataque, desta vez foi um aluno, Colin Creevey, um garoto da classe de Lily. Gina, desta vez, ficou muito mais abalada. Ela começou a ter pesadelos cada vez mais frequentes. Paola, por sua vez, se afastou totalmente das amigas, e frquentemente era vista chorando pela a escola, ou passeando com Michel.
Numa manhã pouco depois que Colin foi petrificado, Lily e Gina viram no quadro de avisos do salão comunal, um aviso de que reabririam o clube de duelos. Lily e Gina não foram, não estavam muito animadas com a idéia. Pouco depois que terminou a primeira reunião do clube, Paola veio correndo encontrar Lily e Gina perto do lago para contar uma coisa terrível.
-Gente... gente...
-Calma, criança, respira!
-É que... é que...
- o.õ?
-É que o Harry Potter é ofidioglota!
-O quê? - gritaram as duas em coro.
-É isso aí, aquele pentelho loirinho lançou um "serpensortia", daí a cobra tava indo em cima de um menino e o Potter falou alguma coisa esquisita, daí a cobra saiu de perto do menino! Agora todos vão pensar que ele é o herdeiro do Slytherin!
Lily e Gina cairam automaticamente no choro, Gina resmungou alguma coisa como "é tudo culpa minha" e saiu correndo, Lily resmungou alguma coisa como "meu filho" e saiu correndo atráz de Gina.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.