Capítulo Cinco



Mike Stuart havia acabado de conversar com Ginny Weasley sobre o plano de segurança de Harry Potter.

Sinceramente, ele não estava gostando muito de sua própria idéia, e o motivo disso era a própria Ginny; ele sabia que tudo o que ela estava passando estava a deixando assustada e vulnerável – ainda que não demonstrasse nada -, mas ele não tinha outra alternativa. Era isso ou Potter ficando no hospital, confinado e isolado. E ele tinha certeza que o homem não aceitaria essa opção de modo algum.

Ele teve que concordar com Ginny quando esta disse que ele odiava o Ministério da Magia. Quando cogitara a possibilidade ao homem, Mike sentiu o dormitório ficar imediatamente mais frio, apenas com um olhar que ele lhe lançou. O olhar não durara nem meio segundo, mas fora o suficiente para Mike percebê-lo.

Para o chefe do DICAT, não restava duvidas que Harry Potter fora um homem poderoso – era só ver as análises de magia do local da batalha -, e que ele era alguém realmente perigoso; Potter sabia canalizar sua raiva, usando-a na hora certa. Aquilo poderia facilmente tê-lo ajudado a vencer Voldemort, derrubando todas suas estratégias.

Ironicamente, ele percebeu que isso era uma característica da própria Ginny. Ela era outra quem Mike considerava um verdadeiro perigo, quando obstinada. Ginny nunca demonstrava o que estava sentindo, até ser tarde demais para o oponente.

Mike já tivera o desprazer de estar ao lado dela quando a deixaram furiosa, e fora apenas uma vez em campo. Ele chegara até sentir pena do Comensal, que não tivera nem tempo de respirar. Em um momento, ela estava sorrindo abertamente para o homem e no instante seguinte ele estava implorando por uma morte rápida.

Mesmo passando por todo o inferno que estava passando, ele ainda considerava Ginny como a Auror perfeita para cuidar da segurança de Harry Potter. Além de que nenhum Auror chegaria aos pés do conhecimento e habilidade mágica que ela tinha, ainda contava os pontos de que eles eram conhecidos, e mesmo Ginny não sabendo, Potter confiava nela quase que cegamente. E por algumas historias que Hermione lhe contara uma vez, Ginny parecia sempre saber o que dizer para aplacar a fúria do homem.

Mesmo ele percebendo que atualmente Harry Potter não era de extravasar sua fúria com facilidade, ele considerou isso como um ponto positivo.

Agora, ele estava caminhando para o elevador para aplacar a curiosidade dos malditos repórteres, enquanto Ginny deveria neste momento estar se dirigindo ao leito de Potter para comunicar a ele sobre sua segurança. Mike se sentiu aliviado quando ela dissera que poderia contar a ele, sem que o chefe estivesse junto para lhe dar apoio. Não que estivesse sendo covarde, apenas não queria sentir calafrios mais uma vez.

Quando a porta do elevador se abriu, seu olhar se topou diretamente com as íris castanhas de Hermione Granger, brilhando com intensidade para ele.

Mike sentiu o coração acelerar e os lábios ficarem imediatamente secos com a imagem dela.

Hermione era uma mulher simples, mas completamente elegante. Os cachos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo e ela vestia uma longa capa azul marinho.

Ela abriu um pequeno sorriso para ele, e Mike sentiu que o mundo fosse desabar.

- Hermione. – cumprimentou educadamente.

Ele percebeu que ela estava levemente agitada, e isso confirmou quando ela disse:

- Era exatamente você quem eu estava procurando, Mike.

Ele não entrou no elevador, com aquela resposta. Deu espaço para que a psiquiatra do departamento e estrategista passasse e ergueu uma sobrancelha.

- Aconteceu alguma coisa?

Hermione assentiu com a cabeça e o fitou com intensidade. Ela fora inacreditavelmente direta quando disse:

- Sim. Vocês e Ginny estão escondendo alguma coisa de mim sobre Harry e eu quero saber o que é. Agora.




Harry estava lendo o Profeta Diário quando Ginny entrou no dormitório.

Imediatamente, os olhos dele foram de encontro a ela e os dela foram imediatamente ao encontro do jornal, que deixava uma enorme foto de Harry em seu leito à sua vista. Ginny sentiu o sangue ferver.

- Maldito jornal. – resmungou furiosa.

Tentando controlar o seu estresse, ela deu um suspiro e caminhou até ele, tentando colocar um sorriso na face. Ela pensou até em contar quanto tempo demoraria em que ele começasse a brigar com ela, como se a culpa fosse dela a historia da foto e do jornal.

Harry dobrou o jornal e o colocou com cuidado no colo.

- Parece que vocês estão tendo problemas com a segurança do hospital.

Ele transbordava sarcasmo quando dissera a frase. Ginny se surpreendeu que ele não estivesse revoltado com aquela foto que revelava seu estado deprimente. Na verdade... Ele estava sorrindo? Sim, só podia ser isso. Completamente sarcástico, como se estivesse zombando da capacidade do Ministério – e não dela -, mas ainda sim, era um sorriso.

- Pensei que você ficaria zangado quando visse essa foto. – comentou sinceramente.

Ele encolheu os ombros e soltou um sorriso debochado.

- Pelo menos eu não estou babando na foto ou não tem nenhuma menção de ‘Harry Potter está bem, ainda que encontrado aos roncos quando visitamos sorrateiramente seu leito’...

Ginny ergueu uma sobrancelha, deixando um pequeno sorriso sair em seu rosto.

Puxou a cadeira que estava próxima a ele e sentou-se, o analisando com cuidado.

- Como se sente hoje, Harry?

Ele se recostou na cama e soltou um suspiro.

- Se eu disser que já estou em ótima forma e conseguiria até mesmo correr em uma maratona, você me deixaria ir embora?

Ela sorriu. Ele se parecera muito com o Harry de dezessete anos com aquelas palavras.

- Desculpe, mas quem decide isso não sou eu.

Harry fizera uma careta.

- Então vou ser sincero com você: ainda me sinto uma merda. – Ginny abriu um largo sorriso com aquela resposta, e ele acabou sorrindo também. – Mas acho que não é o suficiente para continuar trancado aqui.

Ela decidiu ser sincera com ee.

- Tenho boas noticias para você, então: é provável que você vá embora hoje.

Aquilo pareceu animá-lo sinceramente.

- Verdade? – ele sorriu, mas dessa vez, sem vestígio de sarcasmo ou ironia. – Essa foi a melhor noticia que recebo em semanas.

Ela ergueu uma sobrancelha.

- Em semanas?

- É claro. Estou contando com a destruição da ultima horcrux, com o fato de que Voldemort descobriu que eu estava destruindo as mesmas, de que quase fui morto por um Comensal realmente lastimável e de que fui obrigado a ficar dois dias no esgoto por que minha cabeça estava a prêmio na Espanha. Obviamente que teve outras notícias, você sabe, isso é o que não faltou para mim durante esses anos.

Ele comentara aquilo com uma naturalidade que chegava a surpreender. Ginny tinha certeza que, se não fosse Auror, estaria horrorizada. Mas um daqueles comentários lhe atraíra a atenção.

- Espanha?

Ele assentiu.

- Eu estava lá até três semanas atrás.

Ele não deu mais informações e Ginny sentiu uma vontade enorme de perguntar o que ele estaria fazendo ali, mas ela não o pressionou. Lembrava-se do dia anterior, em que Hermione o enchera de perguntas e ele respondera de forma para esquivar das mesmas, então chegou à conclusão de que quando ele quisesse, ele contaria.

- Eu já estive na Espanha uma vez.

O comentário de Ginny gerou um pequeno sorriso de canto em Harry, fazendo-a erguer uma sobrancelha confusa para ele.

- O quê?

- Eu sei. – ele comentou calmamente.

Ginny simplesmente boquiabriu-se.

- Como você pode saber que eu estive na Espanha? Todas as vezes que eu estive foi em missões secretas. Nem o Profeta Diário consegue noticias como essa.

Harry encolheu os ombros.

- Ora, minha principal função era seguir os passos de Voldemort. Com isso, eu era obrigado a seguir os passos dos principais Comensais da Morte dele.

- Isso não explica muita coisa. – ela retrucou, ainda incrédula.

As íris esverdeadas adquiriram um leve brilho zombeteiro.

- Vamos dizer que você não era muito popular no circulo social deles. – comentou com sarcasmo. – Parece que você frustrou muito Voldemort ao longo desse tempo.

A menção do nome do Lorde das Trevas fez a imaginação de Ginny simplesmente escapar do seu controle. Em um minuto estava encarando Harry Potter e, no instante seguinte estava relembrando de um momento não muito feliz em uma das missões. Seus olhos ficaram levemente nebulosos e Harry a encarou em silêncio.

- Voldemort queria atacar um orfanato, na Espanha. – começou a voz distante, não entendendo porque estava contando aquele fato marcante de sua vida para ele. – Eu confesso que até aquele dia, eu nunca o tinha visto pessoalmente... Apenas... Bem, Tom Riddle de dezesseis anos.

- Imagino que você deve ter se surpreendido como uma pessoa pode ser tão feia. – Harry comentou casualmente, extremamente debochado. – Mesmo tendo agradáveis encontros com ele, nunca me acostumei com aquele rosto cadavérico.

Ginny balançou a cabeça; parecia tão absorta em suas próprias lembranças que sequer sorrira.

- Ele queria causar um verdadeiro genocídio naquele dia. Sua loucura estava ao ponto de se tornar... Eu não sei, nunca pensei que ele chegaria a esse ponto. Ele... Ele assassinou uma criança lentamente, por puro prazer.

Harry assentiu.

- Eu sei. – comentou seriamente.

- Aquele dia eu duelei com ele. – Ginny o encarou nos olhos, com um brilho feroz. – Logo depois que ele havia assassinado um recém-nascido e estava admirando o sangue jorrar por seu pescoço.

Ginny ficou um tempo em silêncio, e logo em seguida balançou a cabeça, afastando sua mente daquela lembrança, e seu olhar caiu sobre Harry.

Ele a encarava estranhamente. Novamente, Ginny teve aquela sensação de que ele estava escondendo algo.

Harry estava com uma expressão diferente da que ele normalmente estava; os sorrisos sarcásticos e o tom irônico foram substituídos momentaneamente por um brilho frio e cético em suas íris e a voz cortante e oca, como se aquilo não o atingisse, quando comentou:

- Acredite, Voldemort já fez coisas muito piores do que isso. Metade das coisas que você presenciou ou sabe não são nem um terço da maldade que ele atingiu.

Não fora a maneira que ele falara, mas a maneira como ele a encarara após dizer isso fizera os pêlos da nuca de Ginny se eriçarem.

- Eu estive atuando nessa Guerra também, Harry. – ela argumentou lentamente.

Harry estava, talvez mesmo que não querendo, demonstrando uma faceta nova para ela; a dor de ter passado tudo o que havia passado era o que motivava sua frieza.

Teriam que ter muita paciência para que Harry voltasse a ser o terço do que era no passado, ela pensou. Talvez, nunca mais fosse.

Ginny não conseguiu explicar por que, mas seu peito se comprimiu de tal forma por causa da condição dele. Imaginou todos os acontecimentos que ele poderia ter passado, tantas coisas que vira e tantas coisas que perdera... E ninguém que o amava jamais pôde fazer nada por ele, enquanto ele salvava a todos.

Ele balançou a cabeça.

- Sei que esteve. Mas o Ministério nunca soube da metade das coisas que ele fazia. É claro que com a criação do DICAT as coisas se tornaram bem melhores, mas vocês nunca chegaram a cutucar a ferida mais profundamente.

Ela olhou para o lado, aparentemente constrangida com o tom de voz que ele usara.

- É melhor esquecermos esse assunto, pelo menos por hoje. Acho que você já vai ser interrogado o suficiente por um bom tempo. – Comentou em um tom de voz muito baixo. – E afinal de contas, acho que você tem outros problemas em mente no momento. Voldemort é passado.

Harry fechou os olhos, parecendo acomodado.

- Sim, outros problemas. Como esse pijama deixando meu traseiro à mostra toda vez que me levanto.

Ginny piscou por um breve momento, enquanto abria um pequeno sorriso, contendo a vontade de rir. Como ele conseguia escapar de situações constrangedoras com comentários como aquele, carregados de certa malicia e maldade?

- As enfermeiras devem estar loucas por isso. – ela sorriu maldosa com seu comentário e Harry apenas encolheu os ombros.

- Que culpa eu tenho se todas as partes do meu corpo são irresistíveis?

Ginny não conseguiu evitar a gargalhada que soltara. Desde quando ele era tão... Convencido? Seguro?

Harry Potter era um novo estranho para ela. Ele saíra de seu mundo de um jeito e agora que estava de volta, tudo estava mudado. Tanto ele quanto seu próprio espaço. Mas, estranhamente, todo aquele clima de desconfiança que ela poderia ter sentido de inicio havia sumido, já que ela conseguia – ainda que irracionalmente – sentir-se segura ao lado dele. Podia desconhecer aquele homem quase que completamente, mas sabia que ele jamais faria algo para machucá-la.

- Ron veio me visitar algumas horas.

- É mesmo? Aposto que vocês têm inúmeros assuntos para colocar em dia.

- Suponho que sim. – Harry assentiu. – Quero saber como ele finalmente abriu os olhos e percebeu que gostava de Hermione.

Ginny abriu um sorriso matreiro com aquela lembrança. Ela se lembrava muito bem daquele dia.

- Com uma discussão, obviamente. – ela respondeu e Harry balançou a cabeça, divertido.

- Eu deveria ter imaginado. – disse com um sorriso.

Ginny demorou um pequeno tempo para se lembrar de que deveria dizer algo a Harry. Estivera tão perdida em seus pensamentos sobre sua própria pessoa que havia se esquecido do real motivo de estar ali.

- Harry, precisamos conversar seriamente sobre algumas coisas.

Harry a analisou por um tempo, sem sorrir. Por fim, ergueu uma sobrancelha.

- Eu concordo com você.

Ginny se atrapalhou com aquela resposta.

- O quê?

- Precisamos conversar sobre algumas coisas. – ele respondeu sério. – Algumas coisas não muito bem esclarecidas.

Ginny piscou. Eles estavam falando da mesma coisa?

- Mike não te explicou direito sobre a sua situação?

Se Harry pareceu surpreso com sua pergunta, ele não demonstrou nada. Apenas ficou brevemente em silêncio, antes de balançar a cabeça.

- Ah, sim, sobre isso. – era impressão de Ginny, ou havia aborrecimento em sua voz? – Ele me explicou por cima, mas conversei com o doutor Brown sobre isso.

Ah, sim, sobre isso?, ela piscou, aturdida.

- O que você estava pensando que fosse? – perguntou confusa.

- Na verdade, em nada. Mas então, o que você ia dizer sobre isso?

Ginny o analisou por um tempo. Por que diabos ele escondia tudo de todos?

- Bem, você sabe que mesmo que Voldemort tenha sido derrotado, os Comensais da Morte estão soltos por aí...

- Eles sempre gostaram de lutar por uma causa perdida. – respondeu displicentemente.

- O problema, Harry, é que você pode ser um alvo fácil agora sem poderes.

Ginny sentiu os pêlos da nuca se eriçar com o olhar que ele lhe lançou. Arrepios do tipo não prazerosos.

Ela sabia que isso iria acontecer. Harry sempre fora orgulhoso demais para admitir que precisava de ajuda.

- Alvo fácil? – ele parecia não acreditar no que havia escutado. Sua expressão debochada comprovava isso. – Não preciso de poderes para me defender de Comensais da Morte. Em qualquer parte do mundo eles sempre são idiotas.

Ginny não gostou do evidente deboche dele com relação a sua própria proteção.

- É mesmo? E se por acaso formasse um circulo de Comensais da Morte dispostos a te torturar até a morte, e você não pudesse fazer nada por que está sem seus poderes?

Harry encolheu os ombros.

- Há uma pequena diferença entre os Comensais e eu: eu tenho cérebro, eu pensaria em alguma solução.

Ela inspirou profundamente, tentando não se estressar.

- Eu não sei quais coisas você enfrentou ao longo desses anos, Harry, mas isso não é uma brincadeira.

Ele ergueu uma sobrancelha.

- É mesmo? E quem disse que eu estou brincando? – perguntou com a voz arrastada.

Ginny se controlou para não bufar em sua frente. Não, ela já estava descontrolada o suficiente em todos os setores de sua vida, e não iria permitir que Harry a fizesse ficar descontrolada na única área de sua vida que não estava desequilibrada: seu trabalho.

Ela franziu o cenho em sua direção e rebateu:

- Pare de bancar como se não precisasse de ajuda.

Harry a fitou seriamente antes que um sorriso sarcástico se formasse em seus lábios.

- Há um simples problema nessa sua ordem, doçura: eu não preciso de algum tipo de ajuda.

Doçura?Doçura? Ginny cerrou os olhos ainda mais.

- Eu não sou uma doçura. – rebateu zangada antes mesmo que pudesse se controlar. Aquilo pareceu alargar o sorriso de Harry, a aborrecendo ainda mais.

- Quer dizer mais alguma coisa?

- Sim! – ela abaixou o tom de voz ao perceber que este saíra elevado demais e zangado demais para uma simples afirmação. Inspirou profundamente, antes de continuar. – Você vai me deixar falar ou prefere que eu me levante e anuncie ao meu chefe que você decidiu ficar aqui trancado com essa camisola mostrando seu traseiro?

Ele perdeu o sorriso apenas por meio segundo.

- Pois bem, continue.

- Como eu ia dizendo... Os Comensais da Morte estão realmente armando um inferno atrás de sua cabeça, buscando vingança.

- Grande novidade. – ele encolheu os ombros. – Diga-me algo que não sei.

Ginny se estressou com aquela maldita displicência, e vomitou tudo de uma vez:

- Eu fui encarregada de te proteger, Potter.

A noticia realmente causara um efeito de surpresa em Harry, e Ginny se sentiu por um breve momento satisfeita consigo mesma. Bom, ela pensou, Harry poderia finalmente estar começando a entender quem mandava.

Mas sua sensação de arrogância durou o mínimo de tempo suficiente. Harry pareceu se recuperar da noticia chocante e abriu um largo sorriso sarcástico, antes de rir com deboche do que ela havia dito.

Ginny se descontrolou.

- Qual é a maldita graça? – disparou.

- Deixe-me ver se eu entendi. Você vai me proteger? – ele parecia estar com dificuldade de entender aquilo. Aquele sorriso cretino em seu rosto confirmava isso.

Ginny imediatamente fez uma comparação entre o Harry de dezessete anos, que ela era apaixonada, com o Harry do momento presente; Harry, por mais sarcástico que fosse, sabia ser gentil e era uma boa pessoa. E ela realmente gostava dele, na época.

O Harry atual ela seria capaz de esganá-lo.

- É exatamente o que eu disse. – ele continuou a rir. – Maldição. Quer parar de rir?

Ele cruzou os braços na altura do peito e ergueu uma sobrancelha.

- Certo. E então eu estaria supostamente protegido com você?

O sangue de Ginny ferveu. Desgraça! Ela preferia encarar mais uma rodada de gritos com Daniel no celular.

- Sim, é exatamente isso. Mike me pediu para conversar com você, e se sua resposta for positiva, bolaremos seu esquema de segurança e você sairá do hospital comigo na sua cola.

- Huh. E se eu não aceitar? – era óbvio que ele estava provocando-a, mas Ginny não prestou atenção e respondeu zangada:

- Então eu sugiro a você que se acostume a ficar com o traseiro à mostra.

Continua...


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