Te Amo Pra Me Amar



Nick Granger Potter : Hahaha, Acho que ela gosta mais é da Abigail
A Mione vai ficar doida com ela no próximo capítulo! Continue lendo, vc vai amar!
obrigada Nick, e Beijãoo; ;***



Bom, demorei um pouquinho, mas atualizei ;)
Tomara que vcs gostem, tanto quanto eu gostei desse capitulo.
E esse capítulo teve um grande final também. Fiquei chocada quando li. :O
Alias, explica boa parte dos sentimentos de Harry.
Acredito que agora vcs vão ficar ansiosos mesmo D
Mas eu prometo que posto cedo o próximo capítulo.
Romance à todos



Capítulo IX - Te Amo Pra Me Amar


Hermione olhou furiosa para Harry.

— Seu computador não quer me dizer onde está a geladeira.

— Gem!

— A SRA. POTTER ESTÁ LIMITADA AO NÍVEL DE SEGURANÇA DOIS. PEDIDO PARA INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA NÍVEL UM NEGADO.

— Conceder nível de segurança um à senhora Potter. De agora em diante, responder a todas as perguntas e obedecer a todas as ordens dela. Todas. Está claro, Gem?

— AFIRMATIVO.

Hermione cruzou os braços.

— Agora, diga onde está a geladeira!

— PROCESSANDO. A GELADEIRA ENCONTRA-SE DOIS METROS À SUA DIREITA. QUER QUE EU ABRA A PORTA?

— Quero! — rosnou Hermione. — Quero também que meu marido explique por que os eletrodomésticos se referem ao nível de segurança um, bem como por que eu, sua esposa e companheira, não tinha acesso a esse nível.

Harry olhou para o chão.

— Vamos ter que adiar esta discussão até que nossos convidados tenham ido embora.

Hermione teve uma sensação estranha. Harry escondia algo. Tinha certeza. E devia fazê-lo explicar-se agora, antes que tivesse tempo para inventar uma resposta convincente.

— Seja breve — sugeriu, autoritária. — Tenho certeza de que Raven não se importará em esperar mais trinta segundos.

Após alguma hesitação, Harry esclareceu:

— Eu era o único com acesso ao nível de segurança um, com exceção do pai de Rony. Você nunca teve. Nem Rony.

— Por quê?

— Porque o acesso ao nível um possibilita mudar a programação de Gem. — Os olhos de Harry se obscure­ceram, meio sarcásticos. — Acho que entende minha re­lutância em lhe conceder tanto controle.

Hermione concluiu que ele dizia a verdade, se bem que não toda.

— Está bem, Harry. Estou satisfeita. Por ora. — Virou-se para os armários negros. A porta da geladeira estava aberta. Gem era a responsável. Incrível. — Minha nossa. Mostrou isto a Raven?

— Pensei em mostrar, mas então me lembrei de que você ainda não conhecia o sistema. Considerando sua preocupação quanto a Raven descobrir que você acaba de se mudar, sua reação podia entregar o jogo. — Ele pôs um dedo sob o queixo dela e fechou-lhe a boca. — Gem, pode preparar o café?

— AFIRMATIVO.

Numa das extremidades do balcão, um cilindro negro começou a emitir sons típicos da preparação do café. Hermione balançou a cabeça.

— É incrível.

— Que bom que está impressionada. — Harry fitou-a por um segundo, então inclinou o rosto e beijou-a. Sem pressa, iniciou uma lenta e sedutora exploração. Apa­rentemente, concluíra que o cliente podia esperar mais um pouco. — Bem-vinda ao lar — saudou, por fim.

Hermione apertou-se contra ele, vendo promessa nas pala­vras possessivas. Pela primeira vez em muito tempo, a esperança retornava a sua vida.

A noite fechou-se sobre a casa em que Harry abrigava havia muito um silêncio doloroso. Sofrendo de insônia desde a infância, muitas vezes recorrera ao trabalho como panacéia. Dessa vez, porém, o trabalho não estava con­solando. Uma hora antes, ouvira Hermione ir de mansinho ao quarto de Abigail. Mais que tudo, quisera juntar-se a elas. Mas hesitara, inseguro quanto à recepção que teria e ainda mais quanto à própria capacidade de manter-se a distância da esposa.

Sem fazer barulho, levantou-se da cama e postou-se à porta entreaberta do quarto de Hermione. O abajur estava aceso. Entrou. Ela dormia com um livro aberto no colo. Colocou o volume de lado e ajeitou-lhe as cobertas. Pelo jeito, não era o único com dificuldade para adormecer.

Vinha tendo sorte, nas últimas semanas. Após cinco longos anos, finalmente convencera Hermione a desposá-lo. Ela o presenteara com uma filha e, agora, dormia sob seu teto, comprometida com um casamento de um ano. Bem antes de completar-se esse prazo, esperava vê-la partilhando também sua cama. Tinha tudo. Tudo o que sempre desejara.

Restava-lhe agora descobrir uma maneira de manter o que conseguira.

Não seria fácil. Ela não confiava nele, graças a Rony. Aliás, o fato era mais compreensível do que ela imagi­nava. Ela esperava do casamento um compromisso total, o que ele era capaz de conceder. Só que ela queria também amor. Eis algo difícil para ele ceder. Já não sabia nem se era capaz de tal emoção. O desejo físico, entendia-o e a ele podia entregar-se plenamente. Mas amor? Retraía-se à possibilidade.

— SENHOR POTTER? — sussurrou o computador.

— Sim, Gem?

— ESTÁ ACONTECENDO ALGO ANORMAL? — Ele abriu um sorriso tênue.

— Não, Gem. Só estou cuidando de minha família.

— NENHUM DESVIO EM ANDAMENTO?

— Até agora, não. — Harry estendeu a mão para tocar em Hermione, mas conteve-se. Não devia, ainda. Não até que pudesse oferecer mais do que luxúria. Baixou a mão. — Apague as luzes, Gem. Avise-me se ela precisar de algo. De qualquer coisa.

— AFIRMATIVO, SENHOR POTTER.

——————————————————————————————————————————————

Três semanas após aquele jantar em casa de Harry, Raven Sierra concordou em testar Gem. Hermione e Harry trabalharam juntos no projeto, aproximando-se de uma ma­neira que ela nunca imaginara possível. Todo dia, após o expediente, relaxavam juntos, conversando sobre os mais variados assuntos, divertindo-se assistindo a tele­visão ou a algum vídeo. Mas o que mais gostavam de fazer era ficar juntinhos no sofá, com Abigail entre eles, passatempo bastante raro, infelizmente.

— Hermione? — Harry saiu do estúdio. — Onde tinha ido?

Ela parou no corredor, com o bebê nos braços, surpresa por vê-lo tão tenso.

— Oh, esqueci de dizer a Gem que tinha consulta no médico hoje.

— Com o pediatra de Abbey? — quis saber ele, amuado.

Só então Hermione compreendeu.

— Não roubei nenhuma lembrança de você, Harry — afirmou, suave. — Jamais faria isso. Fui ao meu médico.
Já faz dois meses que Abbey nasceu e... — Corada, não completou.

Harry relaxou.

— E está tudo bem?

— Está.

Hermione receou alguma indiscrição, mas ele só comentou:

— Que bom.

— Obrigada. — Sem jeito, ela fez um gesto para o corredor. — Vou estar no quarto do bebê, se precisar de mim. Está na hora da mamada.

— Claro.

Harry fez que ia entrar de novo no escritório, não antes que Hermione detectasse um flash saudoso nos olhos dele. Por instinto, indagou:

— Quer vir também?

Ele balançou a cabeça.

— Acho que não vai conseguir relaxar se eu estiver assistindo.

— Consegui em todas as outras vezes. — Era verdade. Ele a deixava um pouco constrangida, atiçando senti­mentos que deviam ser suprimidos, mas apesar disso conseguia fazê-la relaxar o bastante para amamentar Abigail. — Não quer mesmo? Não me importo.

Ele se pôs de lado junto à porta do escritório.

— Se tem certeza de que não vou atrapalhar.

— Aqui?

— Por que não? Pode se sentar no sofá e me contar como foi seu dia enquanto amamenta.

Acomodou-se na beirada do sofá e olhou-o curiosa. Conhecia-o havia cinco longos anos, crente de que ele não diferia em nada de seus computadores. Tal idéia parecia ridícula agora.

— Vá mais para lá — sugeriu ele.

Sentando-se na ponta do sofá, recostou-se contra o bra­ço e estendeu uma das pernas ao longo do assento, dei­xando a outra apoiada no chão. Com tapinhas no couro, convidou-a a instalar-se entre suas coxas. Ela não se retraiu, permitindo que ele a puxasse de encontro ao vão estreito. O encaixe foi perfeito, como sempre. Ele segurou Abigail enquanto ela abria a blusa e a frente do sutiã.

— Harry?

— Hum?

— Você não é como Gem, é?

— Claro que sou. — Ele colocou o bebê nos braços dela. — Somos almas-gêmeas, querida. Não é o que sem­pre disse?

— É. — Hermione observou o bebê abocanhar o mamilo o começar a sugar com sofreguidão. — Mas agora sei que estava errada.

— O que está tentando dizer, querida?

Hermione não sabia. Não mesmo. Seria bom mudar de assunto.

— O que é aquilo atrás de sua mesa?

— Um monitor de vídeo. Pode mostrar até dezesseis imagens diferentes ao mesmo tempo. Os outros só acessam uma de cada vez.

— Há um em cada cômodo?

— Exato.

— O que você monitora?

— Tudo o que está conectado ao sistema de vídeo. A casa, o escritório. A televisão. E até alguns de nossos clientes cujos contratos determinam isso.

— Não sabia... — Hermione enrijeceu-se de repente. — Um momento. Todos os cômodos estão no sistema de vídeo? Todos têm uma câmera?

— Isso mesmo. Em caso de emergência, Gem liga a câmera para que eu possa avaliar a situação.

— Mas ela não grava a imagem o tempo todo?

— Não. Ela só grava com autorização. — Após uma pausa tensa, Harry suspirou sonoramente. — Saiba que havia câmeras em sua casa. Rony mandou colocá-las quando instalamos Gem. Mas ele nunca as ativou.

Hermione lembrou-se de que Harry interligara as moradias de ambos logo que Abbey nasceu. Mais um segundo e ocorreu-lhe a lógica questão seguinte:

— E você? Alguma vez as ativou?

Ele apertou os braços em torno dela, como que para impedi-la de fugir.

— Ativei.

Harry respondera em tom tão brando e pesaroso que Hermione sentiu sua raiva morrer antes de nascer. Afastou o bebê do seio.

— Por que, Harry? Por que invadiu minha privacidade desse jeito?

— Na primeira vez, foi quando você não conseguia amamentar Abigail. — Harry tinha a voz embargada. Para um homem sem emoções, o incidente parecia tê-lo afetado bastante. — Gem me disse que estava havendo uma emergência e eu ordenei que ligasse a câmera. Você es­tava sentada na cadeira de balanço, chorando quase tanto quanto o bebê...

E ele saíra correndo para ajudá-la, trajando apenas uma calça jeans. Não obstante, precisava saber.

— Mandou Gem ligar a câmera outras vezes?

— Mandei. — Ele se mexeu, e ela sentiu os músculos do peito másculo contra suas costas. — Eu dava uma olhada em Abigail todas as manhãs. Precisava vê-la. Fa­lar com ela. Passar algum tempo com ela. Estava errado, eu sei, mas, Hermione, ela é minha filha. Eu queria vê-la. Não só de vez em quando, mas todos os dias. Pode en­tender isso?

— Sim, eu entendo. Mas devia ter pedido, Harry. — Hermione achou que era o momento de se arriscar a excitar a bomba dele. — Você ama Abbey, não ama?

— Ela é minha filha — esquivou-se ele.

— Mas você a ama, não ama?

Ele estava tenso.

—Eu daria minha vida por ela — esquivou-se de novo. — Faria tudo o que estivesse a meu alcance para pro­tegê-la. Quero fazer parte da vida dela e tê-la como parte da minha.

— Diga as palavras, Harry. Diga.

Silêncio. Hermione fechou os olhos.

Sentindo as lágrimas aflorarem, ela baixou a cabeça.

— Não é suficiente — murmurou. — Não posso viver assim. Pensei que pudesse, mas não dá.

Levantou-se apressada do sofá, com Abigail nos braços. Harry seguiu-a pelo corredor, alcançando-a à porta do quarto do bebê. Pegou a filha, acomodou-a no berço e só então encarou-a, os olhos verdes frios e distantes.

— O que quer de mim? Que mais posso oferecer que já não tenha dado?

— Por que fez amor comigo na véspera de ano-novo, quando vim aqui trazer aqueles documentos? Por que me beijou?

— Sabe por quê.

— Desejo.

— Também.

— Só isso? — Hermione estudou-lhe o rosto desesperada, tentando adivinhar seus pensamentos mais íntimos, descobrir algum sinal de que ele sentia algo. — Aquela noite significou tão pouco para você? Foi uma maneira divertida de saudar o ano-novo?

— Eu nunca disse isso.

— Você nunca disse nada! — Ela balançou a cabeça. — É impossível que eu tenha só imaginado a ligação entre nós. Não pode ter sido só fantasia. Não posso acre­ditar. Não vou acreditar!

— Palavras? É sem elas que não consegue viver? Quer mentiras confortadoras? Do tipo que Rony lhe contava?

— Não!

— Ou é isto o que quer?

Harry tomou-lhe a boca, ávido, exigente e suplicante. Puxou-a contra si, tão apertada que ela não deixaria de perceber sua reação masculina ao contato. Ele a queria com um desespero que se equiparava ao dela, avassala­dor, devastador.

— Não, Harry. Não podemos.

— Já fizemos. Nossa filha é a prova.

— O que não significa que seja certo. Você não me ama. Você não ama nem sua filha.

Ele contraiu os lábios.

— Estou aqui, comprometido a fazer este casamento vingar. Estou me dando inteiro a você e Abigail. E queremos um ao outro. Vai negar?

Os olhos dela encheram-se de lágrimas.

—Não, não vou. Mas isso não quer dizer que seja certo. Não foi certo quando concebemos Abbey e não é certo agora.

— Faltam dez meses para o término de nosso acordo, pretende mesmo passar todo esse tempo em celibato?

— Pretendo.

— Hermione, por favor. Vamos ter um casamento de verdade.

— Casamentos de verdade devem durar para sempre. Não era isso o que Rony queria. — Ela o encarou firme. — E o que você quer, Harry?

Ele fechou os olhos, encurralado.

— Rony era um idiota. Não era digno nem de seu amor, nem de sua confiança.

— Você não respondeu. Quer um casamento para sempre?

A questão pendeu entre ambos. Rijo, Harry raciocinava furiosamente em busca de mais uma resposta evasiva.

— Não vou abandonar você e Abigail. Vou fazer tudo ao meu alcance para que sejam felizes. Pode confiar em mim, Hermione. Não vou traí-las.

— E o amor?

Como Harry não respondia, Hermione concluiu que cabia a ela decidir. Podia viver sem amor? Assim vivera com Rony. E quem podia predizer o futuro? Talvez o amor chegasse mais tarde, com o convívio. Talvez conseguisse quebrar o gelo em que se encarcerava o coração dele, ou derretê-lo com seu calor. Sabia que Harry não a magoaria. Ele não era Rony.
Harry pareceu adivinhar sua decisão. Erguendo-a nos braços, carregou-a para o quarto. Assim que transpuse­ram a porta, pousou-a de pé. Diante dele, ela viu nos olhos dele aquilo que devia estar evidente nos seus. Cau­telosos, ambos queriam aproximar-se, mas hesitavam. Temiam arriscar aquele último passo avante.
Foi só ao respirar fundo que Hermione percebeu que sua blusa continuava aberta. Perturbada com a frieza de Harry, esquecera-se de abotoá-la após amamentar Abbey. Não fechara o sutiã, tampouco. Harry também percebeu. Erguendo as mãos, afastou ainda mais as abas da blusa.

Longe de protestar, ela permitiu que ele apreciasse seus seios.

— Você mudou.

Ela riu brandamente.

— Experimente ter um bebê.

— Quero ver as outras mudanças. Todas. — Harry pu­xou a blusa por sobre os ombros dela, e ao longo dos braços. O sutiã também foi descartado. Com os polegares, acariciou os mamilos rígidos, contornando os bicos escu­recidos. — Estão maiores. Mais escuros. — Sopesou os seios. — E mais cheios.

Um arrepio percorreu-a toda.

— Acha ruim?

— Nem um pouco. Quando fizermos amor, o leite vai sair?

Apesar do espanto, Hermione conseguiu murmurar:

— Não sei.

— Vamos descobrir juntos, então. — Ele baixou as mãos. — Vou tirar o resto de suas roupas.

Sem fala, ela apenas aquiesceu nervosa, concordando. Ele lhe desabotoou a calça e abriu o zíper, baixando-a até os quadris. Então, agachando-se, livrou-a da peça erguendo primeiro um pé, depois o outro. Ela enterrou a mão nos cabelos dele, cônscia de que só lhe restava sobre o corpo uma pecinha de algodão branco com elástico na cintura. Estremeceu.
Para surpresa de Hermione, Harry não a despiu imediata­mente. Em vez disso, pousou a mão na suave curvatura de sua barriga, aquecendo-a.

— Difícil acreditar que, há poucos meses, Abigail es­tava aqui.

— Difícil para você. Para mim, nem tanto.

— Gostaria de ter estado aqui o tempo todo. Eu teria gostado de acompanhar todos os estágios da sua gravidez. — Ele a fitou no rosto, os olhos verdes flamejantes. — Talvez da próxima vez.

— Ainda nem recuperei a forma, e você já está falando na próxima vez?

— Sou filho único. Não quero que Abigail também seja. Quero que ela tenha uma família como a sua, não como a minha.

Segurando-a pelos quadris, Harry roçou a boca sobre o abdômen dela.

Antes que ela pudesse responder, ele introduziu os polegares por dentro do elástico da calcinha e puxou-a ao longo de suas pernas. Ela podia ter-se sentido vulne­rável e exposta, mas não se sentiu. Graças a Harry, sentia-se bela e desejada. Ele se pôs de pé e despiu-se em poucos movimentos, atirando a camisa e a calça sobre as roupas dela empilhadas no chão. Num minuto, esta­vam um diante do outro, sem artifícios.
E juntaram-se, espontâneos e seguros, redescobrindo seus pontos secretos à medida que transferiam as lem­branças para a realidade. Ao sentir a boca ávida de Harry em seus seios, Hermione passou as mãos pelas costas dele, deliciando-se com o contato. Ele foi baixando o rosto, detendo-o entre o ventre e as coxas generosas, aos quais aquecia com a respiração ardente. Após deter as mãos sobre os quadris estreitos dele, ela contornou o delta som­breado entre as pernas musculosas, ao mesmo tempo que ele a agarrava pelo bumbum.
Aninharam-se entre os lençóis bordados com o mono­grama de ambos.
Haviam resistido àquele momento, sabendo que cor­riam de encontro a ele, tragados por uma gigantesca onda de desejo. Hermione abriu-se para Harry, prendendo-a entre as coxas macias. Ele plane­jara possuí-la devagar, ela via nos olhos dele, mas não conseguia controlar a tempestade, assim como não conse­guira na véspera do ano-novo. Ele avançou, introduzindo-se fundo, deslizando pelo caminho de doçura indescritível.
A explosão final atingiu-os. Foi uma bênção, uma ce­lebração, uma fusão de coração e alma. Passara-se quase um ano, meses intermináveis de morte emocional.
Quando Hermione despertou, já estava escuro. Harry per­manecia abraçado a ela, envolvendo-a toda com seu calor.

— Luzes — sussurrou ela. — Dez watts.

Com cuidado, desvencilhou-se dos braços dele, assolada por uma inexplicável inquietação. Vestindo uma camiso­la, foi ao quarto do bebê, embora não estivesse na hora de amamentar. Apoiou-se na cerca do berço e observou a filha no sono, acariciando-lhe a bochecha rosada. Passou a vaguear pela casa então, até chegar à sala de estar. Diante da imensa janela, sentiu a proximidade da aurora, bem como o gradual despertar da própria alma.
Era como seu amor por Harry. Sempre estivera presente, ainda que oculto, encerrado numa noite de cinco anos até romper o horizonte, quente e radiante.

— SENHORA POTTER?

— Sim, Gem?

— ESTÁ OCORRENDO ALGO ANORMAL?

Sim, está, pensou Hermione. Dois anos de escuridão chegam ao fim e a manhã está chegando. Riu divertida.

— Não, Gem. Não está ocorrendo nada anormal.

— TEM ALGUMA SOLICITAÇÃO? — Hermione surpreendeu-se.

— Por que pergunta?

— O SENHOR POTTER DETERMINOU QUE EU O AVISASSE SE A SENHORA PRECISASSE DE ALGU­MA COISA.

— Não preciso de nada.

Não era bem verdade. Queria fazer uma pergunta à qual Harry nunca respondera satisfatoriamente. No en­tanto, hesitava. Mais tarde, atribuiria à premonição. Mes­mo apreensiva, deu vazão à preocupação:

— Gem, por que a SSI está em dificuldades financeiras?

— ACESSANDO. PERDA DE ATIVOS RESULTOU NA REDUÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO. RELATÓRIOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS NO TERMINAL PRIN­CIPAL DO COMPUTADOR.

Hermione franziu o cenho.

— Perda de ativo? Como isso aconteceu?

— ATIVO FOI REMOVIDO ILEGALMENTE DA SSI.

Hermione levou alguns segundos para entender. Então, foi tomada por um mau pressentimento.

— Dê explicações detalhadas, Gem.

— EXPLICAÇÃO REQUER ACESSO AO NÍVEL DE SEGURANÇA UM.

— Eu tenho acesso ao nível de segurança um! — protestou ela, nervosa. — Agora, explique o que acabou de informar.

— PROCESSANDO. — Passou-se um tempo que pa­receu interminável. Por fim, Gem retomou a palavra. — FUNDOS DAS SEGUINTES CONTAS FORAM REMO­VIDOS ILEGALMENTE PELO SENHOR RONY WEASLEY. CONTA NÚMERO...

— Encerrar transmissão — ordenou Harry.

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