Draco Malfoy



Capítulo 3- Draco Malfoy

Ela anotava cuidadosamente cada coisa que Slughorn fazia surgir na lousa antes de jogar o ingrediente no caldeirão. Os seus cabelos caiam sobre o pergaminho que escrevia, e ela sempre o colocava atrás da orelha com a ponta dos dedos. Ele pensou, por um instante, como a tez morena dela fazia contraste com a sua palidez. E decidiu que deveria começar seu ataque.
Arrancou um pedaço de pergaminho e fez um rascunho, apontando discretamente a varinha para que o desenho se movimentasse. Dobrou tudo em um bonito origami e o enfeitiçou novamente, para que voasse até o alvo.
A revisão daquela aula visava o quarto ano. A cada duas aulas, havia a revisão de um ano. Em doze aulas, o professor pretendia rever a matéria completa, e assim começar as novas poções. Aquela era a segunda aula de revisão do quarto ano, e no momento faziam a Poção da Sagacidade. Eve jogava bile de tatu no caldeirão com a precisão exigida, fazendo em seguida mais uma anotação de rodapé no pergaminho.
O pequeno pássaro de papel bateu as frágeis asinhas e pousou com leveza em cima do pergaminho quase preto da garota, de tantas anotações. Ela piscou os olhos verdes diante do pequeno pássaro, parecendo ligeiramente surpresa. O derrubou quase que imperceptivelmente no colo, longe da visão do professor e dos muitos curiosos que haviam reparado no vôo do tsuru.
Ela olhou para trás, decifrando as expressões alheias em busca do mensageiro. Foi então que viu os olhos cinza-gelo olhando diretamente para ela, e o dono deles sorriu maliciosamente. Ela sorriu o mesmo tipo de sorriso, com uma mistura de entendimento. Jogou escaravelhos esmagados no caldeirão antes de desdobrar cuidadosamente o pedaço de papel enfeitiçado.

“Agora tem companhia para não ir a Hogsmeade.

Uma companhia única.

D.M.”

Abaixo, havia traçado um pequeno mapa, o qual se movia, um pequeno ponto. Ele seguia diretamente para um ponto exato, algum ponto de Hogwarts. Algum ponto o qual iria visitar na próxima visita a Hogsmeade.

Neville estava ao lado de Simas, que olhava com ódio para um certo sonserino: Draco Malfoy. Neville sabia que ele não ia com a cara do bruxo louro, porém Simas olhava-o com ódio adicional. Logo ele descobriu o por quê: o pequeno tsuru que voara para a mesa da aluna nova.
Neville percebeu de quem vinha com facilidade, pois o outro não estava interessado em esconder nada dos alunos, mas sim do professor.
Neville desviou os olhos do caldeirão e fitou Eve. Desde aquele encontro no corredor, não trocaram nenhuma palavra. Ela sorria, um sorriso lindo e angelical, ao ver o bilhete. Quando virou-se para olhar para Draco, seu sorriso fora de cumplicidade e malícia.
Simas estava a ponto de pular em Malfoy.
Neville tentava segurá-lo, mas não estava muito atrás de imitar o amigo.
Draco Malfoy. O garoto fizera tantas coisas ruins, tanta coisa que mudara o rumo da história... Malfoy merecia era um murro, um murro bem aplicado que lhe quebrasse o nariz, mas Neville não tinha certeza se pensava nisso por que aquele garoto era realmente assim ou por causa de Eve Hatway.
Nevvie...
Ninguém nunca o chamara assim, esperava que Eve quisesse alguma coisa, direta do jeito que era.

Ver o sorriso de Eve para Draco Malfoy foi como levar dez tapas de Gina e depois ter greve de amassos, só que dez vezes pior. Hatway fazia todos os garotos do colégio pegarem fogo, porém não contribuía nenhum em especial.
E isso parecia deixá-los mais sedentos.
Harry desviou os olhos da garota que sempre o deixava hipnotizado e teve uma certa urgência de falar com Neville: o garoto se tornara um confidente quando o assunto envolvia a aluna nova.

Ron acariciava a mão da namorada por debaixo da mesa quando finalmente reparou no sorriso que Eve dera a Malfoy. Por Merlin, admitira que sentira um ciúmes matador em Hogsmeade ao vê-la com Simas, porém era mil vezes pior assisti-la tendo contato com Malfoy, mesmo que um sorriso inocente.
Ou quase inocente. Tanto fazia. O que importava era que não deveria sentir nada.
Hermione sentiu quando Ron parou de acariciar sua palma repentinamente, e seguiu o olhar do ruivo. Achou coincidência o olhar dele cair sobre Malfoy, ele não acabara de enviar um bilhete a alguém?
Depois percebeu que ele observava também a garota Hatway.
Quando ela virou-se para sua poção novamente, com ódio, ouviu um PLOFT!.
Todos viraram na direção do barulho. Neville estava coberto de uma substância viscosa. Deixara a poção no fogo sem mexer por tempo demais.

“Vamos, vocês tem que ter o feitiço decorado até o final da aula.” Continuou Minerva McGonagoll, repetindo novamente a transfiguração que acabara de fazer.
Claro que ninguém ouvia.
A classe integrava Lufa-Lufa e Grifinória. O sexto ano não estava abarrotado de alunos.
Gina executou o feitiço com imensa precisão. Após ganhar sete pontos para a sua casa, ela começou a fitar os quadros na parede e perdeu-se em algum lugar distante da terra.
Naquele lugar, lembrou-se do Mione comentara durante um rápido encontro na troca de aulas.
‘“Eu juro!” implorou a amiga
Gina revirou os olhos.
“Ron é assim, Mione! É algo normal esses tipos de olhares!”
A garota pareceu ofendida.
“Gina, eu juro. Ele olhava pra ela de um jeito diferente...” ela esperou a ruiva parar de desviar o olhar para jogar a bomba “Harry também.” Gina arregalou os olhos, com um pouco de raiva “Simas. Dino. Lino. Malfoy. Coorner.”
Gina ainda tentou balbuciar um argumento:
“Ela é bonita e nova, é normal...”
Mione acenou a cabeça negativamente. Olhou para os lados para certificar-se que estavam sozinhas.
“Ela está escondendo alguma coisa” sussurrou Hermione para Gina.’
Seria isso real ou apenas um ciúme da inteligente Hermione?, indagava Gina.

Sexta feira chegou com comemorações, porém sem nada de especial para a maioria dos alunos. Haveria o passeio para Hogsmeade. Haveria algo especial para um casal potencial de alunos. E Neville, sem saber direito o motivo, resolvera ficar. Não tivera interesse em acompanhar os dois casais que eram Ron, Mione, Gina e Harry, pois recentemente descobrira um clima tenso entre os pares: não sabia descrevê-lo, pareciam que ambos sabiam de algo ruim e que não queriam admitir.
Adiantar as lições de casa era uma opção de distração a qual relutou em tomar. Enrolou um pouco, porém pegou os livros de Herbologia (a parte teórica desta matéria não era, com certeza, a sua parte favorita. Porém, preferiu começar por ela) e seguiu para o gramado do Lago Negro, um lugar arejado e tranqüilo para começar. Não suportava lição de casa em lugares os quais se sentia enfurnado.
Abriu o grosso livro e começou.

“Porcaria de tinta!” reclamou Neville, balançando a pena e verificado o fundo do frasco.
Ele estava a ponto de encerrar a primeira parte da redação sobre maneiras de prever a morte, para Adivinhação.
Ele levantou e juntou os papéis de maneira desorganizada, deixando-os amontoados no gramado, sem grande preocupação.
Caminhou em direção ao castelo para seguir para a Torre da Grifinória.

Eve Hatway estava sentada no chão de frente para Malfoy, logo atrás da estátua da Bruxa de um olho só. Ela estava de braços cruzados e sorria provocadora. Ele tinha o sorriso característico estampado no rosto.
“Melhor companhia da minha vida? Semana passada tive um encontro casual mais eloqüente que isso.” Provocou a bruxa
Draco inclinou ligeiramente a cabeça, admirando a garota a sua frente .
“Você não sabe a sorte de sair com Draco Malfoy” exibiu-se o garoto
Ela inclinou-se para frente, olhou o louro nos olhos, distância mínima.
“Me mostre.”respondeu ela
Ele vacilou por um instante, desacostumado com a iniciativa feminina.
Porém, ele era Draco Malfoy. Nunca perderia uma oportunidade.
Levantou a mão, massageado a nuca da garota. Ela fechou levemente os olhos, soltando um prazeroso ‘hmmmm’. Quando ela abriu novamente os olhos esmeralda, ele a beijou como se não houvesse amanhã.

Neville caminhou assobiando, afinal a vida só é ruim para quem quer. Ele gostava da maneira que seu assobio ecoava levemente, amplificando-se.
Ele espreguiçou-se depois de dizer a senha ao quadro, e entrou bocejando. O sol ainda brilhava, iluminando o quarto e mostrando onde estava o vidro de tinta nova.
Ele o pegou e colocou no bolso.

Que garota! Por Merlin, que garota!
Draco Malfoy estava tendo um dos melhores momentos de sua vida, que não ia melhorar no caminho.
Atrás da estátua da bruxa de um olho só, que ironia.
Draco poderia apenas mexer a língua, Eve faria o trabalho todo. Aquela garota era de outro mundo, com certeza.
Malfoy não era virgem. Não, nem de longe. Perdera no sexto ano, com a detestável Pancy, seu brinquedo. De imediato, saiu com diversas garotas sem nenhum objetivo de relacionamento, mas nunca soubera dizer se eram garotas virgens ou não.
Eve Hatway? Com certeza uma não-virgem (?).
E, por Morgana, Merlin ou o que quer que fosse (era difícil pensar claramente ali), Eve Hatway...
Ahhh, Eve Hatway...!
Ela estava abrindo os botões da camisa dele.
Foi aí que ele percebeu que, por mais que quisesse,a quele não era o lugar apropriado.
Ele separou seus lábios daquela... dádiva, aquela musa, fazendo esforço para não arrancar as roupas dela.
“Hatway, não seria...” ele respirou fundo “melhor ir para... outro lugar?”
Ela sentou-se, fechando os botões iniciais que haviam sido abertos de sua blusa.
Ela passou a mão pelo cabelo, ajeitando-o com um movimento. Em um instante, parecia que ela não havia feito nada.
Por Deus, como ele queria Eve Hatway!
Porém, ela apenas sorriu, seu sorriso perfeito, seu sorriso angelical...
Sexy....
Ok. Tinha que parar com aquilo.
Ela olhou para a janela, fitado a posição do sol.
“Já está na hora dos alunos chegarem. Eu...”ela olhou em volta “Aqui vai encher de gente. Não quero estar aqui quando isso acontecer.”
Ele tentou recomeçar o que parou. Levantou-se, com o peito nu, colocado as mãos os ombros dela e brincando com os lábios na orelha dela.
“Por isso sugeri sairmos daqui...”
Por Merlin, como queria jogar Eve Hatway no chão e fazer aquilo ali mesmo.
Hatwaaaay...
Ela o afastou.
“Agora não, Malfoy.”
Ele olhou para ela desconcertado. Ela sorriu maliciosamente.
“Depois terminamos isso, Malfoy...” seu nome nunca soou melhor do que nos lábios dela.
Ela o beijou da mesma maneira voraz de antes. Ele ia posicionar suas mãos quando ela se virou e seguiu para a sua Torre.
Ela passou por Longbottom, que parecia um pouco impressionado.
“Olá, Nevvie.”
Que coisa era aquilo para Draco.

Neville balbuciou uma resposta para a aluna nova, porém ainda fitava Malfoy.
O que eles iam fazer ali?

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OK, ok. The biggest probleman is que eu to meio... ahn...

ah, isso é uma outra história, bem - interessante.

em resumo, desculpe pela demora.

Bi@~~Ballu

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