Grifinória x Sonserina

Grifinória x Sonserina



Cap. 28 - Grifinória x Sonserina

O primeiro jogo de quadribol do ano, Grifinória contra Sonserina, se aproximava, e os jogadores da Grifinória eram ameaçados em todos os lugares, mas eles não se deixavam intimidar, respondiam a altura sempre.

Tiago, como era o capitão do time, marcava treinos quase todas as noites, e voltava tão cansado que não tinha nem tempo de pensar em Lily. Os treinos estavam ficando cada vez mais exaustivos, mas os jogadores não reclamavam, queriam vencer Sonserina de qualquer modo.

O dia do jogo amanheceu claro e limpo, perfeito para o quadribol. Era sábado, mas Tiago e Sirius acordaram cedo, pegaram suas vassouras e rumaram para o Salão Principal, se reunir aos outros jogadores.

Ao entrarem, toda a Sonserina vaiou, mas a Grifinória, assim como a Lufa-Lufa e a Corvinal, que queriam ver os sonserinos derrotados, os aplaudiu. Os dois se sentaram entre dois dos artilheiros do time, John Hakwood e Jenny Connory.

- Está com fome? – perguntou Tiago, sem tocar na comida, olhando para Sirius.

- Nenhuma – respondeu Sirius.

- Espero todos no vestiário em meia hora – disse Tiago, ao time, se levantando.

- Não vão comer nada? – perguntou o goleiro, Michael Cartner.

- Não estamos com fome – respondeu Sirius.

Os dois, então, saíram do Salão Principal e foram direto para os vestiários, sob as vaias da Sonserina. Apesar do sol, do lado de fora do castelo estava frio e a grama coberta de geada. Eles entraram no vestiário da Grifinória e fecharam a porta. Estava tudo vazio e silencioso.

Tiago foi até o campo, seguido por Sirius. Eles olharam para as arquibancadas vazias e pensaram como ficariam com a proximidade das onze horas.

- Apesar de jogar há seis anos, ainda sinto um friozinho na barriga – comentou Tiago, se lembrando de seu primeiro jogo, quando tinha doze anos. Nele, pegara o pomo de uma forma incrivelmente diferente: o pomo entrara na manga direita das vestes de Tiago. Ao se lembrar disso ele riu, seu primeiro riso em três dias.

- Qual o motivo do riso? – perguntou Sirius.

- Estou me lembrando do meu primeiro jogo, quando o pomo entrou na minha manga – respondeu Tiago. – Lembra disso?

- Como não lembraria?

Alguns minutos depois, eles retornaram ao vestiário, colocaram suas vestes vermelhas e sentaram para esperar o resto do time.

Vinte minutos depois, os três artilheiros, o goleiro e a outra batedora entraram no vestiário, colocaram as vestes e se sentaram, para ouvir o que o capitão tinha a dizer, o que sempre ocorria antes de entrarem no campo.

- Bom, hoje o dia está claro, isso significa boa visibilidade, mas tomem cuidado, pois eles podem usar isso contra nós, procurem ficar em lugares estratégicos, como treinamos o ano todo – começou Tiago, olhando um por um. – Acho que ninguém sabe nossa formação, que criamos nesses últimos dias, eu, pelo menos, não vi ninguém do time da Sonserina nos observando. Isso é um ponto para nós.

- E nós sabemos o que eles estão fazendo – comentou Sirius, sorrindo.

- Sim, eles pretendem colocar os batedores acima de todos – respondeu Tiago. – Para que não possamos vê-los, e, assim, acabarmos levando balaços. Mas também temos uma surpresa em relação a isso. Sirius e Nathalie, vocês dois fiquem perto deles, se vier algum balaço, batam antes que eles possam fazer isso, sempre que puderem, assim fica mais difícil de eles acertarem alguém da Grifinória.

Enquanto Tiago dava as últimas instruções antes do jogo, eles ouviam centenas de pés atravessando os jardins em direção ao campo de quadribol. As onze em ponto, Tiago parou de falar, eles pegaram as vassouras e seguiram para o campo.

Todos os jogadores saíram voando em volta do campo, até que a Sonserina chegou e Madame Hooch chamou os capitães para apertarem as mãos. O capitão da Sonserina, Ralph Monty, parecia que queria inutilizar os dedos de Tiago, de tanta a força que ele utilizara no aperto, mas Tiago não demonstrou isso e devolveu com mais força ainda, fazendo com que Monty reprimisse uma careta.

Eles montaram em suas vassouras e Madame Hooch soltou os balaços e o pomo de ouro. Em seguida, ela pegou a goles e a lançou.

- E começa o jogo! – exclamou o narrador, Leonard Knightley. – Grifinória com a posse da goles, Hakwood manda para Connory, que devolve para Hakwood, que passa para Brenner, que velocidade! Grifinória com certeza treinou muito durante esse ano! Brenner se aproxima da goleira da Sonserina, Katrina McDonery, e lança a goles... E É PONTO PARA A GRIFINÓRIA! – gritou ele, e as arquibancadas da Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa aplaudiram, enquanto a Sonserina vaiava.

Tiago subiu o mais alto que pôde e ficou a procura do pomo. Como ele havia visto nos trinos, os batedores da Sonserina ficaram mais acima, para poderem acertar os jogadores com mais facilidade, apenas descendo quando os balaços ameaçavam acertar um jogador de seu time. Mas, como Tiago havia dito aos batedores da Grifinória, eles começaram a fazer o mesmo e atrapalhar os outros.

Em dez minutos de jogo a Grifinória estava ganhando de trinta a zero. Quando um balaço voou na direção de Tiago, ele fez um desvio impressionante, mas quase caiu da vassoura ao ver quem havia ido assistir ao jogo: Lily.

Por uns três minutos, Tiago não fez mais nada além de olhar para Lílian, até que recebeu um grito de Sirius.

- QUER PROCURAR O POMO, POR FAVOR??? – gritou ele e Tiago voltou à sua procura pela minúscula bolinha dourada.

- E Gordon passa para Thompson, os dois se aproximam do goleiro da Grifinória, estão perto das balizas – Leonard continuou sua narração. – E estão cada vez mais perto das balizas da Grifinória, Thompson lança a goles, mas Cartner faz uma bela defesa e manda a gole direto para a artilheira Brenner, que manda para Hakwood, que passa para Connory. É impressão minha ou o time da Grifinória está com uma nova posição de jogo?

Tiago subiu mais um pouco e correu os olhos pelo campo, sendo seguido de perto pelo apanhador da Sonserina, Jack Weirener.

- Hakwood lança a goles, mas McDonery defende e lança para Thompson, que atravessa o campo rapidamente, lança para Gordon, que manda para os aros e... ponto para a Sonserina!

De repente, Tiago visualizou um lampejo dourado perto do chão, no campo da Grifinória. Num movimento rápido, inclinou a vassoura para baixo, com a maior velocidade possível e Weirener o seguiu, embora não estivesse muito perto, o que sempre acontecia.

O pomo estava a centímetros do chão. Tiago estendeu a mão e fechou-a em volta da bolinha, se recuperando do mergulho antes de bater no chão, com o pomo erguido no alto.

- E GRIFINÓRIA VENCE A PARTIDA POR CENTO E OITENTA A DEZ!

As arquibancadas da Grifinória começaram a gritar e aplaudir, ganharam de uma grande vantagem.

Tiago olhou para onde tinha visto Lily e observou que ela era a única que parecia não se importar que a Grifinória tivesse vencido. Sua animação afundou como uma pedra quando viu que ela nem olhava para o campo.

Desceu e pousou no gramado. Os grifinórios invadiram o campo e Tiago foi envolvido por uma multidão de braços e levantado pelos jogadores, que o levaram até a Sala Comunal, ainda com as vestes do quadribol.

A comemoração durou até tarde, mas Tiago foi dormir cedo, não queria ficar mais na Sala Comunal, não agüentava mais ver Lily ali perto, lendo seu livro e estudando, sem poder abraçá-la, beijá-la comemorar com ela.

Não havia ninguém no dormitório. Ele foi ao banheiro, tomou seu banho e escovou os dentes e, quando retornou o dormitório, Remo, Harry, Sirius e Frank já estavam lá.

- O que você tem, Pontas? – perguntou Sirius, preocupado com o amigo final, ele nunca havia ficado tão sem ânimo depois de uma vitória no quadribol, principalmente sendo contra Sonserina.

- Nada, Almofadinhas – respondeu ele, sem olhar para os amigos e colocou o pijama.

- Não tente nos enganar, sabemos que tem alguma coisa errada – disse Remo, calma e seriamente.

- Pode nos falar, podemos tentar ajudar – falou Harry, abrindo um sorriso.

- É, cara, estamos sempre aqui – completou Frank.

- Vocês sabem qual é o problema, não é necessário repetir – disse Tiago.

- Lily – disseram todos juntos.

- Ela foi ao jogo, mas parecia não querer estar lá, eu até fiquei feliz ao vê-la, mas depois percebi que ela não olhava para lugar algum, parecia que tinha ido contra sua vontade, não sei... – disse Tiago, finalmente olhando para os amigos e vendo que eles se entreolharam, misteriosos. – O que vocês fizeram?

- Nós... – começou Remo.

- Pedimos para as meninas que... – continuou Sirius.

- Convencessem a mamãe de ir ao jogo – completou Harry.

- E elas conseguiram, não sei como – falou Frank.

Sem conversarem mais, eles foram se deitar. Domingo, ao contrário de sábado, amanheceu nevoento e escuro. Já eram quase dez da manhã quando os meninos resolveram se levantar. Logo após de tomarem banho, seguiram para a Sala Comunal, esperar as meninas.

Tiago se sentou mais afastado, não suportaria dizer bom dia para Lily e receber um “É Evans, Potter! EVANS!”.

Cinco minutos depois que eles se sentaram, Tonks chegou =, cumprimentou a todos e se sentou ao lado de Remo, para esperar as outras.

**

Gina foi a primeira a levantar e foi para o banheiro. Quando voltou, as amigas já tinham acordado.

- O que faremos hoje? – perguntou Kely, se espreguiçando.

- Não sei – respondeu Alice, bocejando.

- Está frio, não podemos ficar nos jardins, então só nos resta ficar aqui dentro – disse Gina.

- Vocês eu não sei, mas eu vou estudar – falou Lílian, se levantando e indo para o banheiro. Desde que havia terminado com Tiago, não acordava tão sorridente ou deixava de estudar a seu pedido.

Depois que todas se arrumaram, as quatro desceram para a Sala Comunal, onde os marotos as esperavam. Saíram da torre da Grifinória, rumo ao Salão Principal, em casais. Mas Lily foi à frente de todos e Tiago, atrás.

Ninguém mais agüentava vê-los assim, separados. Não havia mais brincadeiras, risos... Tinham que pôr um fim nisso, só não sabiam como.

Domingo se passou vagarosamente na Sala Comunal. Lílian ficou o dia todo estudando, como dissera, Tiago, sem vontade de conversar ou brincar, foi fazer seus trabalhos atrasados, devido aos treinos de quadribol.

Todos acharam sua atitude estranha, mas não comentaram nada. Remo ficou estudando e namorando. Kely, Sirius, Frank e Alice ora conversavam, ora jogavam uma partida de xadrez de bruxo.

Tiago foi o primeiro a subir para o dormitório. Murmurou “boa noite” a todos e subiu, desanimado, pois sua ruiva não respondera.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.