Está quase tudo pronto...

Cap. 21 - Está quase tudo pronto...

- Então, será que o senhor pode me contar o que fez? – pediu Sirius, se sentando na cama.

- Você saberá, caro Almofadinhas – disse Tiago, alargando eu sorriso e deitando na cama. Ainda faltava pouco mais de duas horas para que ele saísse.

**

- O Sirius está demorando – disse Kely, após meia hora que o maroto subiu. - Acho que eu vou lá em cima, ver se ele já terminou... – completou, se levantando da poltrona.

- Eu vou com você, Kely – disse Lílian, se levantando também. Todos trocaram olhares exasperados, mas a sorte foi que Lily não percebeu, pois estava arrumando a saia. – Vamos?

- Mas, por que você quer ir junto, Lily? – perguntou Remo, tentando não parecer desesperado, pois, se o plano fracassasse, Tiago perseguiria um por um.

- Vou até lá, ficar um pouco no dormitório masculino, assim, vejo se sinto menos falta do Tiago.

- Mas Lily, não sabe o que os dois vão fazer? – perguntou Alice, na tentativa de salvar o plano, pois não sabia se Tiago estava com a Capa de Invisibilidade, e não daria tempo de colocá-la se elas entrassem de repente.

- Quem? – perguntou a ruiva.

- Os dois, Kely e Sirius! – disseram Harry e Gina.

- Ah, sim – falou Lily, fazendo Kely corar. Não iria mesmo agarrar seu namorado, afinal Tiago estaria lá, mas, como a ruiva não sabia disso, Kely apenas confirmou, dando um sorrisinho e se retirou rapidamente.

- Ufa! – exclamou ela, quando chegou na porta do dormitório. - Essa foi por pouco!

Bateu na porta e logo ouviu Sirius levantar correndo, uma agitação no dormitório. Mas, de repente, tudo cessou e Sirius abriu a porta, meio desajeitado.

- Ah ,é... é você, Kely... – disse ele, meio sem jeito, tentando não deixar Kely olhar para dentro.

- Quem esperou que fosse? – perguntou a garota, arqueando uma sobrancelha.

- Achei que fosse... – começou ele, pensando numa desculpa, afinal, o presente e a carta estavam em cima da cama, Kely com certeza entraria e leria, ficaria furiosa e então... bye bye namoro...

- Fosse...? – insistiu Kely.

- Fosse a... Lily! – disse ele, pensando como poderia mandar um sinal para que Tiago guardasse a carta e o presente, sem que ela percebesse. Então, levantou um pé disfarçadamente e apontou para a cama dele. Tiago, na mesma hora, percebeu do que se tratava. Estava com a capa, então, foi até a cama dele e escondeu as coisas embaixo dela.

- Anda, Sirius, me deixa entrar! – pediu a garota, levemente irritada.

A contragosto, Sirius desgrudou da porta, abrindo passagem para a garota entrar, pois não sabia se Tiago tinha entendido o recado... Mas, olhou para a cama e ficou aliviado que o amigo tivesse escondido as coisas.

Ela deu uma olhada pelo quarto e perguntou:

- Ti, você está aqui?

- Estou sim, Kely – respondeu o garoto, em algum lugar a esquerda.

- Ah, que bom que está com a capa – falou a menina, se sentando na cama de Sirius.

- Por quê? – perguntou Sirius, confuso.

- Porque a Lily quase subiu pra cá.

- E por que ela faria isso se ela sabe que eu “não estou aqui” – perguntou Tiago, sublinhando a última parte.

- Pelo que ela disse – começou ela, deitando na cama. – Queria ver se sentia menos a sua falta. Afinal, amanhã é o aniversário de namoro, e, para ela, você não vai estar aqui, vai estar mais longe ainda do que estava ontem, entendeu?

- Ah, sinceramente – respondeu ele. – Não.

- É o seguinte – Kely começou a explicar, como se estivesse falando com uma criança. – Ela ainda não sabe que você já está bem, para ela, você está no Saint Mungus e não vai poder comemorar um dia tão importante como o primeiro aniversário de namoro de vocês. E, pior ainda, ela não poderia te ver mais com tanta freqüência como via quando você estava na ala hospitalar. Entendeu agora? – terminou ela, olhando para o nada. – E, quer tirar essa capa, por favor, não sei se estou olhando para você.

Tiago tirou a capa. Estava com uma expressão de entendimento estampada no rosto e, ao mesmo tempo, satisfação.

- Por que está com essa cara?- perguntou Sirius.

- Porque minha Lily vai ter uma grande surpresa daqui a... – disse ele, olhando no relógio. – Duas horas.

- Eu ainda não acredito que você não vai contar pra gente o que tanto planeja! – reclamou Kely. – Eu ajudei, sabia?

- Sei sim, mas não vou contar, hoje... amanhã eu conto – falou Tiago, rindo. – E não se esqueça do que vocês têm que fazer agora.

- Já sei, sim, Pontas – respondeu Sirius, pela milésima vez. – E digo, se continuar falando isso, vou esquecer de propósito!

- Ok, ok, já parei.

- Bom, Sirius, eu vou descer, você vem? – perguntou Kely, se levantando da cama.

- Ah, fica mais um pouquinho, minha fofa! – pediu Sirius, com aquela carinha de cachorro abandonado em noite de chuva.

- Ei, ei, ei – começou Tiago. – Eu não quero ficar de vela aqui não, viu!

- Então, saia – respondeu Sirius, dando ombros.

- Engraçadinho – disse Tiago. – E para onde eu vou? Tenho que ficar aqui até a hora certa.

- Estraga prazeres! – falou Sirius, com uma careta. E se virou para Kely, que esperava a discussão acabar com os braços cruzados. – Eu já vou, linda, só vou terminar de falar com o veado aqui e já vou.

- É cervo, seu pulguento, C-E-R-V-O! – exclamou Tiago.

- Por que, Tiago? – perguntou Kely, com a expressão de curiosidade.

- Por que o quê, Kely? – indagou Tiago, se fazendo de desentendido.

- Ora, por que você sempre diz, “é cervo!”.

- Desculpe Kely, não posso falar, o segredo nem meu é.

- Está bem. Estou indo, Sirius.

Saiu do dormitório e fechou a porta.

- Cara, que susto! – exclamaram os dois juntos. E Sirius continuou: - Quase que ela descobre que eu esqueci do dia de amanhã...

- E eu pensei que todas tinham vindo. Vai que a Lily descobre que eu estou aqui, seria o fim do meu plano perfeito! – disse Tiago, convencido.

- Eu acho que vou descer um pouco, depois eu volto.

- Mas não esqueça do... – começou Tiago, mas Sirius o interrompeu.

- Se começar a falar do plano de novo, prometo que você vai estar no Saint Mungus de verdade! E vai ainda hoje! – respondeu Sirius, emburrado, não agüentava mais ouvir Tiago falando do tal plano, que ele sequer sabia o que era.

- Ei! Se fizer isso, não vou poder te contar o que é – chantageou Tiago.

- Chantagista! – falou Sirius, fingindo-se de ofendido. – Como você pode fazer isso comigo? – continuou, colocando a mão na testa, fingindo que estava chorando. – Você me usa assim, e depois me joga fora? – terminou, sentando no colo de Tiago, que fazia uma cara assassina. Mas, nesse momento, Remo e Kely entram no dormitório. Olharam a cena e caíram na gargalhada.

- Que cena mais gay! – exclamou Remo, sentado em sua cama, de tanto rir.

- Sirius, nunca pensei que fosse me trair com ele! – disse Kely, fingindo estar triste.

- Ainda diz que eu que sou o veado! – reclamou Tiago. - Sai pra lá, pulguento! –completou, empurrando Sirius, que foi parar no chão, provocando mais ataques de riso. Só Sirius que não riu. Quando todos pararam, Sirius, ainda com a cara fechada, perguntou:

- Então, por que vocês subiram?

- Eu vim pegar um livro e a Kely veio por que quis – respondeu Remo.

- Ah, estava com saudades de mim, é? – perguntou Sirius, de brincadeira, se aproximando e abraçando a namorada.

- Ei, você é galinha mesmo, hein? – falou ela, rindo. – Eu chego aqui e você está agarrando o namorado da Lily e agora vem para cima de mim? Eu vou contar isso para a Lily!

- Só a partir de amanhã que você pode contar, Kely – disse Tiago – Senão... – começou, mas todos o interromperam;

- Senão, seria o fim do plano – disseram os três juntos, revirando os olhos. E completaram: - Já sabemos.

Remo pegou seu livro, Kely deu um beijo em Sirius e os três desceram ,deixando Tiago lá em cima. Sirius voltaria logo para começar a agir.

**

A Sala Comunal não estava mais tão cheia quanto antes, havia alguns alunos conversando, outros fazendo os deveres, mas muitos já tinham subido para seus dormitórios. Os marotos e as meninas (Frank era um maroto por consideração, ele próprio se considerava um) estavam sentados nas poltronas perto da lareira, conversando tranquilamente. Remo, Sirius e Kely chegaram e se sentaram nos lugares vazios que havia. Remo ao lado de Lily e Sirius e Kely ao lado de Harry.

- E aí, sobre o que falam? – perguntou Sirius, olhando para todos.

- Estávamos conversando sobre o dia de amanhã – respondeu Gina.

- E, o que tem de tão especial? – perguntou ele, levantando uma sobrancelha.

- Não vai me dizer que esqueceu! – disse Kely, lançando a ele um olhar assassino.

- É claro que não esqueci – respondeu ele, se fingindo de ofendido. – Como eu poderia esquecer?

- Não pergunte para mim! – respondeu Kely, dando ombros. - Mas, se esquecesse, estaria ferrado, senhor Black!

- É que é uma novidade para ele, Kely – falou Remo, rindo. – Nunca fez aniversário de um mês de namoro. Na verdade, ele nunca namorou, só ficou, então essa possibilidade pode ser descartada!

Esse comentário de Remo fez todos caírem na risada, menos, é claro, Sirius.

- Ei! Isso por acaso é um complô contra mim? – perguntou ele, indignado.

- Por que um complô, Almofadinhas? – perguntou Harry, quando parou de rir.

- Parece que hoje todos estão tirando uma com a minha cara! – reclamou ele.

- Ah, coitadinho do meu cachorrinho! – disse Kely, abraçando o maroto e dando um beijo nele, fazendo todos rirem novamente.

- Então, o que vão fazer para amanhã? - perguntou Sirius, com a cara melhor.

- Ah, eu não vou falar! – disse Frank, sorrindo.

- Não será mais surpresa se a gente falar! – completou Harry. Lily estava quieta, com os olhos marejados, sem falar nada, apenas pensava no estado de Tiago, no Saint Mungus... Se ele estaria melhor, se demoraria muito para voltar... Alice percebeu isso e dirigiu a palavra a ela.

- Qual o problema, Lily?

A ruiva somente olhou para Alice, se levantou rapidamente e foi correndo para o dormitório feminino. Instantaneamente, as três meninas se entreolharam e se levantaram.

- Onde vão, meninas? – perguntou Remo.

- Atrás da Lily, é claro – respondeu Gina.

- Ver como ela está – acrescentou Kely.

- Tentar melhorar o ânimo dela, senão o que o Tiago tanto planeja vai dar errado – completou Alice.

As três subiram para o dormitório feminino e eles as escutaram bater a porta.

- Como elas são sentimentais! – exclamou Sirius.

- Tente entender o lado dela, Almofadinhas – começou Remo.

Lá vem o sermão – pensou Sirius, revirando os olhos.

- Ela estava com Tiago quando ele foi atacado, soube que ele quase morreu, acha que foi levado para o Saint Mungus, por isso não está mais aqui, e pensa que ele não vai poder comemorar seu primeiro aniversário de namoro!

- Sei, sei, sei... – disse Sirius, entediado.

- O problema, Sirius – dessa vez quem falou foi Frank. – É que ela não sabe que ele está aqui, e nós sabemos.

- Além do mais – completou Harry. – Se as garotas não conseguirem animá-la, o plano não vai funcionar.

- E o Tiago nos mata se isso acontecer – disse Remo. – Você o conhece, Almofadinhas.

- Com certeza! – respondeu Sirius, rindo. – Seis anos com esse mala, não é pra menos!

**

Gina, Alice e Kely entraram no dormitório e logo viram Lily, deitada em sua cama. Estava chorando e segurando a correntinha que ganhara de Tiago no dia em que ele a pedira em namoro. Pensava em como havia sido feliz aquele dia, mas agora seu namorado estava no hospital, e a tristeza se apoderava dela, como queria que ele estivesse ali... com ela... queria sentir seus braços em torno dela, sentir a segurança que ele dava...

Não sabia quanto tempo demoraria para ele poder voltar, ou se ela poderia visitá-lo...

As três chegaram e se sentaram na cama. Se entreolharam e olharam para Lily. Alice resolveu começar a falar.

- O que foi, Lily? – perguntou ela, com sua voz doce.

- Eu queria tanto que ele estivesse aqui... – começou a ruiva, sem olhar para elas.

- Nós sabemos, mas não adianta você ficar aqui no dormitório, tem que tentar se animar – disse Kely, com a mão no ombro da menina.

- E nós sabemos o jeito perfeito! – falou Gina, estavam começando a por o plano em ação, só que uma hora antes do combinado, teriam que enrolar muito.

- E o que seria? – perguntou a ruiva, se sentando e ficando de frente para as amigas.

- Vamos dar uma volta – disse Alice, sorrindo.

- Vocês só podem estar brincando! – exclamou Lílian, olhando incrédula para as três, que exibiam enormes sorrisos. – Não podemos sair a uma hora dessas!

- Ah, Lily, não se faça de santinha! – falou Kely, cruzando os braços. – Vamos, quebrar as regras só uma vez não tem problema.

- Ora, mas é claro que tem! – respondeu a ruiva.

- Não se é para ajudar uma amiga! – disse Gina, sorrindo também.

- Vai, Lily, vamos! – insistiu Kely.

- Anda, vamos! – tentou Alice, puxando de leve o braço da amiga.

- Ah, está bem! – desistiu a ruiva e completou. – Mas, se pegarmos uma detenção...

- Acho que foi a mesma coisa que ela disse para o Tiago, quando ele a levou para um passeiozinho noturno – disse Kely, se fingindo de pensativa.

- E foram pegos? – perguntou Gina, mas antes que Lílian pudesse falar algo, ela mesma respondeu. – Não!

- Anda, vamos logo, enxugue essas lágrimas e vamos dar uma volta! – falou Alice, feliz. Lílian foi até o banheiro e elas se olharam, assustadas.

- Vamos ter que enrolar uma hora! – sussurrou Kely.

- Mas pelo menos vai dar certo, ela vai se distrair e nem vai ver o tempo passar – respondeu Alice, num sussurro, também.

- Já sei! – murmurou Gina. – Podemos levá-la para dar uma volta no lago e ir até a cabana do Hagrid depois, aí já vai estar na hora certa!

As duas concordaram, no exato momento em que Lily saiu do banheiro.

- Vamos, então? – chamou a ruiva. – Ou já desistiram?

- Não mesmo! – disseram as três juntas, e, logo depois começaram a rir. Lily pegou o lírio que havia ganhado de Tiago naquela noite em que a levara para passear em sua mesa de cabeceira. Ainda estava lindo e radiante. Olhou o por alguns instantes e guardou-o nas vestes, sem prestar atenção na cara confusa de suas amigas, pois ela não havia falado nada sobre o lírio.

**

A Sala Comunal se esvaziava cada vez mais, conforme ia se aproximando das dez e meia.

- Será que as meninas conseguiram? – perguntou Harry, pensativo.

- Isso responde a sua pergunta? – disse Remo, vendo as quatro desceram, com uma expressão mais alegre.

- Com certeza!

- Meninos – anunciou Kely. – Vamos dar uma voltinha.

- Voltinha, mas já... – começou Sirius, mas percebeu que falara a palavra errada. – Quer dizer, a essa hora?

- Sim, a Lily concordou e ela precisa se distrair um pouco – comentou Alice.

- Vemos vocês mais tarde – disse Gina.

- Está bem – disseram os quatro garotos, juntos. Os marotos observaram as meninas saírem pelo buraco do retrato. Quando ele se fechou, eles desataram a falar.

- Será que elas vão conseguir segurar minha mãe até a hora certa? – perguntou Harry, olhando para os três, buscando uma resposta.

- Isso eu não sei – respondeu Frank.

- Se elas saíram a essa hora, devem ter algum plano – comentou Remo. – Ou não tentariam ir tão cedo.

- Concordo – falou Sirius, pensativo. – Se a ruiva resolve voltar e ir dormir, acabou, mas elas devem ter pensado em algo.

**

Enquanto isso, Tiago estava deitado em sua cama, somente pensando no que estaria acontecendo daqui a quarenta e cinco minutos...

Quando faltasse vinte para levarem a ruiva até o local combinado, ele sairia e esperaria ela lá, mesmo que estivesse adiantado, não queria correr o risco de chegar depois dela, senão ela acabaria indo embora e as garotas não poderiam falar a verdade do tipo “Cadê o Tiago? Ele deveria estar aqui!” Com certeza, Lily não acreditaria e se Tiago aparecesse depois, de repente, teria que dar uma baita explicação e ela acabaria brigando com ele, por deixá-la daquele jeito, pensando que tinha ido para o Saint Mungus, quando, na verdade, estava sob a Capa de Invisibilidade.

**

As quatro meninas, Lily, Kely, Alice e Gina, saíram da torre da Grifinória e foram, o mais silenciosamente que puderam, em direção à entrada do castelo. Por sorte não encontraram ninguém no caminho.

Saíram pelas portas de carvalho e sentiram o ar frio da noite bater em seus rostos. Lily olhou para o céu, que estava claro e estrelado, como na noite em que Tiago levara Lily para um passeio noturno, a noite em que lhe dera um lírio enorme que não murchará enquanto o amor deles durar, a noite em que lhe dera uma estrela. Ela parou e ficou a contemplar as estrelas.

Os olhos de Lily se encheram de lágrimas aquela hora, quando viu que sua estrela e a que ela dera a Tiago estavam ali, brilhando para ela, uma do lado da outra...

- Lily, o que foi? – perguntou Alice, quando percebeu que a amiga tinha parado de andar. A ruiva pareceu ter saído de seu transe e olhou para as amigas, que a observavam, tentando entender por que parara.

- Eu... – começou ela, tentando encontrar as palavras certas. – Eu só estava pensando na noite em que ele me levou até um lindo lugar ali, depois do lago. Eu contei para vocês... Só não disse uma coisa.

- E o que é? – perguntaram as três.

- Tiago me deu uma estrela – disse ela, dando um sorrisinho fraco. – Aquela ali – apontou para a estrela mais brilhante do céu.

- Que fofo! – exclamou Kely, sonhadora.

- E eu dei a ele a estrela ao lado – continuou a ruiva. – Assim, poderíamos estar sempre juntos, até nas estrelas! E esse lírio aqui – disse, tirando o lindo lírio branco e vermelho, cinco vezes maior do que um lírio normal, das vestes e mostrando-o às meninas. – Ele disse que nunca iria murchar, enquanto nos amarmos.

- Muito lindo mesmo, Lily! – disse Gina.

- Mas agora, vamos continuar com o nosso passeio? – pediu Alice, sorrindo e pegando Lílian pelo braço.

- Ei! – disse a ruiva, fingindo estar brava, no que Alice a soltou na hora e Lílian começou a rir. – Eu vou sim! Estava só brincando com você.

- Então vamos logo! – exclamou Kely, e as quatro saíram andando. Fizeram um passeio pela margem do Lago Negro, que durou quinze minutos, e foram em direção à cabana do guarda-caça Hagrid.

Bateram três vezes na porta e escutaram um cachorrinho latir e arranhar a porta.

- Canino, fica quieto! – ouviram a voz do meio-gigante, tentando afastar o cão da porta. Com dificuldade, pois o cão ainda era pequeno, ele abriu a porta. Sua expressão se transformou numa alegre, ao ver quem era. Abriu passagem para as garotas entrarem, e logo fechou a porta.

**

Sirius olhou no relógio e viu que já tinha dado a hora de começar tudo, mas Tiago ainda não tinha descido. Se tivesse, mesmo com a capa, teria avisado que já estaria saindo. Então, Sirius se levantou para ir até o dormitório.

- Onde vai, Almofadinhas? – perguntou Harry, vendo que o garoto levantara.

- Até o dormitório. Acho que o Pontas ainda não percebeu que já deu a hora. Dizendo isso, subiu para o dormitório masculino. Aquela hora, a Sala Comunal já estava completamente vazia, já era quase meia-noite e só restava os marotos.

Entrou no dormitório e viu Tiago deitado na cama, absorto em seus pensamentos. Foi até ele.

- Pontas? – chamou Sirius, mas nada, o garoto continuava a contemplar o nada, pensando... – Pontas? – chamou Sirius, um pouco mais alto. Nada. Perdeu a paciência de chamá-lo educadamente. Pegou-o pelos ombros e deu uma sacudida forte, no que Tiago se assustou. – Até que enfim!

- Que foi, Almofadinhas? – perguntou ele, irritado por ter sido sacudido.

- Já está na hora, Pontas – respondeu Sirius, o que fez Tiago abrir um largo sorriso.

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N/A: Ana, terá mais atualizações, sim =) A noite posto mais um ou dois capítulos ;) Beijos a todos.

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