Novo aviso



Novo Aviso

Os três olharam para quem estava falando. Era a professora McGonagall. Nenhum deles respondeu à pergunta.

- Vou perguntar mais uma vez: O que fazem aqui a essa hora?

- Desculpe, professora, é que fomos ver o Hagrid e acabamos nos atrasando para voltar – disse Harry, com sinceridade.

- Não vai tirar pontos, não é? – perguntou Sirius, na maior cara de pau.

- Vou, sim senhor! – disse ela, com severidade. – Cinco pontos a menos para a Grifinória, por estarem andando pelos corredores tão tarde.

- Mas professora... – começou Tiago, mas ela o interrompeu.

- Nada de mais, senhor Potter, ou vão receber uma detenção. Agora, vão para a Sala Comunal.

Eles saíram em silêncio, mas quando a professora ficou fora da vista deles, desataram a falar.

- Adorei o cabelo loiro! – disse Sirius, rindo.

- Eu gostei mais da roupa – falou Tiago.

- Não, o melhor foi a voz dele! – exclamou Harry, rindo mais ainda.

Seguiram para a torre da Grifinória. A Sala Comunal estava cheia, então decidiram subir direto para o dormitório. Ao chegarem lá, viram Kely e Gina sentadas na cama de Sirius.

- O que fazem aqui? – perguntou Tiago quando fecharam a porta.

- A sala comunal estava muito cheia, então decidimos esperar vocês aqui – respondeu Kely.

- E como não teria nada para fazer no nosso dormitório, Lily ainda está na ronda e Alice e Frank sumiram – acrescentou Gina.

- Como assim sumiram? – perguntou Harry.

- Devem ter ido namorar um pouco – respondeu Kely, dando ombros. Harry se sentou em sua cama e Gina foi ao seu lado e Sirius se sentou ao lado de Kely.

- Acho que eu sobrei – disse Tiago, se esparramando em sua cama.

- Então, o que aprontaram essa noite? – perguntou Gina.

- Fizemos uma coisa que o Ranhoso não vai esquecer tão fácil – respondeu Sirius, com um sorriso maroto.

- E o que seria isso? – perguntou Kely, curiosa.

- Vejam vocês mesmas – disse Harry, pegando a foto do bolso e entregando-a para as meninas.

- Adorei! – exclamou Kely, rindo.

- Eu também, ficou lindo! – falou Gina.

- Ei, alguém aí sabe que horas que a Lily e o Remo voltam? – perguntou Tiago.
- Daqui a pouco eles devem estar aí, Pontas – disse Sirius. Não deu nem dez minutos que ele falou e os dois entraram no dormitório.

- Olá, meu lírio – disse Tiago dando um beijo na ruiva quando ela se sentou ao seu lado.

- Então, Aluado, como foi a ronda hoje? – perguntou Sirius.

- A mesma coisa de sempre – respondeu ele, se jogando na cama. – Ficamos andando pela escola mandando os alunos irem para sua salas comunais e verificando se estava tudo certo.

- Que chatice! – disse Tiago.

- Não é chato, Tiago! – retrucou Lílian.

- Vocês gostam, meu lírio, eu não serviria para isso.

- Claro que não, se você mesmo é um que fica andando pelos corredores depois da hora, não é?

Ficaram um tempo conversando e decidiram que era melhor irem dormir, principalmente Tiago e Lílian, que não tinham dormido muito na noite anterior.

Na manhã seguinte, quando eles desceram para a sala Comunal, viram um grande número de alunos em volta do quadro de avisos. Como Tiago era o mais alto, foi até lá ver o que era.

Festa do Dia das Bruxas

Atenção: Esse ano, o Dia das Bruxas será comemorado de um modo diferente.Em vez do nosso tradicional banquete, será feita uma festa à fantasia no Salão Principal.

Todos os alunos, do primeiro ao sétimo ano poderão comparecer à festa.

Ela será realizada às oito horas da noite do dia trinta e um de outubro.

Os alunos poderão ir a Hogsmeade no próximo sábado, dia vinte e três.

Alunos do primeiro e segundo ano poderão ir também se tiverem uma autorização dos pais ou responsáveis, que terá que ser entregue à diretora de sua casa.

Todos terão que ter um par para a dança.


Tiago terminou de ler com um grande sorriso e voltou para junto de seus amigos.

- E então? – perguntou Sirius, curioso. – O que é?

- Fala logo! – pediu Kely.

- Vai ter uma festa no Dia das Bruxas – respondeu ele.

- E? – incentivou Lílian.

- E, que será uma festa à fantasia.

- Mas eu não tenho fantasia! – disseram todos, em coro, fazendo Tiago rir.

- Poderemos ir à Hogsmeade, comprar as fantasias, no próximo sábado. A propósito, Lily, aceita ir comigo à festa? – perguntou Tiago, se ajoelhando na frente da garota.

- Claro, nem precisa pedir! – respondeu ela.

- A festa será em pares, Pontas? – perguntou Remo.

- Será sim, Aluado, então, trate de chamar logo alguém.

Remo saiu na frente dos amigos, procurar uma certa garota. Encontrou-a mais cedo do que pensava. Aproximou-se dela e reuniu toda a sua coragem.

- Tonks? – chamou ele, atrás da menina.

- Sim? – respondeu ela, se virado para quem a chamava. Ao ver que era, corou.

- Bom... Eu... Eu queria saber... Se... Vo-você não gostaria de ir à festa do Dia das Bruxas comigo – perguntou ele, logo em seguida corou e ficou encarando o chão.

- Claro! – respondeu ela, com os cabelos agora, vermelho tomate.

- Então, te vejo outra hora – disse Remo e saiu para o Salão Principal, tomar café.

- E aí, Remo, chamou ela? – perguntou Alice, quando ele se sentou a sua frente.

- Chamei – respondeu ele.

A semana passou rapidamente, e logo já era sábado, dia da ida ao vilarejo. O dia amanheceu com a temperatura amena, o céu nublado, sem ameaça de chuva. No dormitório feminino, Lily foi a primeira a acordar. Chamou todas as suas amigas sem muita dificuldade e se arrumaram para descer.

Já no dormitório masculino, já é um pouco mais complicado. Remo foi o primeiro a acordar. Chamou Frank e Harry, que acordaram facilmente e foi à luta, tentar acordar Tiago e Sirius. Deixou Pedro dormindo de propósito. Decidiu acordar Sirius primeiro. Foi até sua cama, abriu o cortinado e despejou um balde de água na cara do amigo, que sentou rapidamente, xingando Remo de tudo quanto é nome.

- Olha a boca, Almofadinhas! – disse um Tiago sonolento, dando um bocejo.

- Acordou, Pontas? Que milagre foi esse? – perguntou Remo, espantado.

- Não quero ser acordado tão delicadamente, Aluado – respondeu ele, se levantando e arrastando os pés até o banheiro.

- Por que não chamou ele primeiro? – reclamou Sirius. – Agora estou todo encharcado!

- Porque decidi que você seria o primeiro hoje – respondeu Remo, dando ombros.

- Não acordou Rabicho ainda, é? – perguntou Sirius, dando um sorriso maroto e parecendo muito acordado, de repente.

- Não, deixei ele por último, temos que fazer algo que ele nunca esqueça.

- E o que será? – perguntou Harry.

- Podemos jogar água nele – sugeriu Frank.

- Não, já fizemos isso – respondeu Sirius. – Tem que ser alguma coisa diferente.

- Que tal deixar ele no telhado da torre? – sugeriu Tiago, saindo do banheiro.

- Parece que está com umas boas idéias hoje, Pontas – disse Remo, sorrindo.

- Adorei! – falaram Sirius, Harry e Frank juntos. Levaram Pedro até o telhado por uma passagem secreta que descobriram há um ano e o deixaram lá. Desceram para a Sala Comunal, onde as meninas já os esperavam.

- Por que demoraram? – perguntou Gina, ao se encontrarem.

- Estávamos dando um presentinho ao Pedro – respondeu Tiago, com um sorriso maroto.

- O que fizeram dessa vez, senhor Potter? – pergunto Lílian fingindo estar brava, embora sorrisse.

- Deixamos ele no telhado – respondeu Sirius, simplesmente.

- No telhado? – perguntou Kely, confusa.

- É – respondeu Harry.

- E como fizeram isso? – perguntou Alice.

- Somos marotos, Alice, não podemos contar tudo – disse Tiago.

- Vamos tomar café, gente? – perguntou Frank. – Depois ainda temos que ir à Hogsmeade.

- E vão deixar o Pedro lá? – perguntou Lily.

- Sim, e não se esqueça de que ele é o responsável, Lily – falou Tiago.

- Cadê o Remo? – perguntou Gina, olhando para os lados, a procura do amigo.

- Já deve ter ido, combinou de encontrar a Tonks hoje – respondeu Sirius.

- Vamos, então? – chamou Kely. Todos concordaram e seguiram para o Salão Principal. Depois de comerem estavam indo em direção ao Saguão de Entrada quando um Pedro muito zangado passou por eles. Estava com tanta raiva que nem percebeu que tinha acabado de passar pelas pessoas que tinham a causado.

Remo e Tonks se juntaram a eles. Saíram pelos portões, ladeados por dois javalis alados, conversando sobre a festa, que era assunto de todos na escola. Corriam boatos de que haveria um grupo musical, e um Karaokê, que muitos não sabiam o que era, só os nascidos trouxas, então, esses eram bombardeados com perguntas a toda hora.

Chegaram ao vilarejo depois de alguns minutos de caminhada.

- E agora, onde vamos? – perguntou Tiago.

- Ora, comprar nossas fantasias, não é óbvio? – disse Lílian, revirando os olhos.

- Então, vamos – disse Remo, e seguiram para a loja Trapobelo Moda Mágica.

- Vamos meninas! – chamou Kely, puxando todas para a entrada da loja.

- E nós? – perguntou Sirius, com uma cara de cachorro abandonado.

- Vocês podem vir depois, não vamos deixar que vejam nossas fantasias antes da festa, certo, meninas? – falou Alice.

- Exatamente! – respondera todas, em coro e entraram na loja.

- Tudo bem... – disse Tiago. – Então, vamos dar uma passadinha na Zonko’s, Almofadinhas?

- Claro, Pontas, meu estoque de Bombas de Bosta está quase no fim – respondeu Sirius.

- O meu também, e vou comprar uma caixa de fogos do Dr. Filibusteiro, também. Alguém mais vem?

- Eu vou passar no Três Vassouras, beber uma cerveja amanteigada – disse Remo.

- Eu vou com você, Remo – falou Frank, seguindo o amigo.

- E eu, vou até a Zonko’s, também – disse Harry, se juntando ao pai e ao padrinho.

- É assim que se fala, Harry! – exclamou Tiago, sorrindo.

- É, igual ao pai – caçoou Sirius, rindo.

- Nos encontramos aqui em meia hora, está bem? – disse Remo. – Acho que até lá as garotas já terminaram de escolher as roupas.

- Não tenha tanta certeza, Remo – falou Frank, rindo. – elas são muito demoradas quando se trata de escolher roupas.

- Quarenta minutos, pode ser? – perguntou Harry e todos concordaram. Remo e Frank foram para o Três Vassouras.

- Duas cervejas amanteigadas, por favor – pediu Remo à balconista, Madame Rosmerta. Ela entregou as cervejas, eles pagaram e foram se sentar em uma mesa, perto da janela.

- Então, Remo, você gosta mesmo da Tonks?

- Sim – respondeu Remo, ficando vermelho.

- E ela gosta de você, cara, por que não ficam juntos logo de uma vez?

- Por que eu não posso – respondeu ele, triste.

- E por que não?

- Você não entenderia.

- Já é comprometido, ou alguma coisa assim?

- Não, não é nada disso.

- Então, não há razão.

- Não, não dá mesmo. Eu posso... Posso acabar machucando-a.

- Por quê? É isso que eu não entendo!

- Não posso te contar. Se soubesse, provavelmente... Esquece.

- Pode me contar, prometo que continuarei sendo seu amigo, não contarei para mais ninguém.

- Não sei...

- O Tiago e o Sirius sabem? – perguntou Frank.

- Sim.

- E eles te deixaram por causa disso, ou alguma coisa desse tipo?
- Não.

- Então, por favor me conte, eu posso até te ajudar.

- Está bem... Eu... Eu sou...

- Você é...? – incentivou.

- Um lobisomem – completou, baixinho, olhando para o chão. Frank ficou espantado com a notícia, mas logo se recompôs.

- Então, é por isso que vocês saem toda a semana de lua cheia e voltam cheios de arranhões, cansados, e tudo o mais?

- É. Por isso.

- Ei, não pense que vou deixar de ser seu amigo por causa disso!

- É... É sério?

- Claro. Então, como foi que o Tiago e o Sirius descobriram?

Flash Back

Estavam no segundo ano, no dormitório masculino. O sol estava começando a se pôr, a luz avermelhada dos últimos raios de sol iluminavam os jardins de Hogwarts. Havia quatro garotos no dormitório: um de cabelos negros e arrepiados, olhos castanho-esverdeados e óculos de aros redondos, Tiago Potter, outro com cabelos negros, compridos e cacheados que chegavam até os ombros,Sirius Black. Os dois estavam jogando uma partida de Snap Explosivo e um garoto gordinho com cabelos cor de palha, que só sabia comer, Pedro Pettigrew, que assistia, comendo alguns bolinhos e um garoto com cabelos aloirados, não era tão bonito quanto os dois primeiros, mais ainda sim, possuía uma beleza, Remo Lupin, que estava pálido e quieto, afinal, aquela seria uma noite difícil.

- Ei, qual é o problema, Remo? – perguntou o garoto de óculos redondos, Tiago.

- Nada, só estou preocupado – respondeu Remo.

- Com o quê? – perguntou Sirius, tirando os olhos de seu jogo, um erro, pois, no momento seguinte, ele explodiu, deixando os cabelos do garoto fumegando e fazendo Pedro e Tiago caírem na risada.

- Minha mãe, Sirius, está doente – respondeu Remo, ocultando a verdade.

- Outra vez? – perguntou Tiago. – Ela não tinha ficado doente mês passado? E no me retrasado, e no anterior...

- É, Tiago, ela tem a saúde muito fraca – falou Remo, tentando parecer sincero. – E vou até lá ver como ela está, Dumbledore deu permissão, volto amanhã pela manhã.

Dizendo isso, se levantou e saiu do dormitório, em direção, não à sua casa, mas à passagem do Salgueiro Lutador que levava até a Casa dos Gritos, onde se transformaria em lobisomem. O que ele não fazia idéia é que seus amigo já sabiam de sua condição e estavam dispostos a ajudá-lo. Passavam horas na biblioteca, pesquisando sobre lobisomens, sem o conhecimento de Remo, é claro.

Descobriram que lobisomens não atacam animais, portanto resolveram estudar o máximo que podiam de animagia para poderem se transformar em animais. Estavam fazendo o possível, realmente conseguir se transformar em um animal era uma tarefa muito difícil, mas tinham que conseguir, para poder apoiar seu amigo nas noites de lua cheia.
Remo chegou no dormitório pela manhã e encontrou seus amigos já acordados. O outro garoto que dividia o quarto com eles, Frank Longbottom, já tinha descido par o Salão Principal.

- Então, vai nos contar a verdade? – perguntou Tiago.

- Que... Que verdade? – perguntou Remo, temendo que seus amigos descobrissem que era um lobisomem e o deixasse.

- Ora, sabemos que sua mãe não está doente, e você não vai visitá-la – disse Sirius. – E por que ela só fica doente na lua cheia?

- Eu... – começou Remo, mas foi interrompido por Tiago. Pedro não disse uma palavra.

- Sabemos que é um lobisomem, Remo Lupin, não adianta negar.

- Co... Como sabem? – perguntou Remo com a voz fraca, se sentando na cama.

- Descobrimos – respondeu Sirius. – Primeira pista, você sai sempre na lua cheia, passa todas as noites fora, durante a semana.

- Segunda pista – continuou Tiago. – Sempre chega de manhã cansado, cheio de arranhões.

- Terceira pista – completou Sirius. – Sempre fica pálido e tremendo quando o sol começa a se pôr.

- Reconhecemos os sinais, pesquisamos e descobrimos que você é um lobisomem – concluiu Tiago, olhando para Remo, que estava com o rosto enterrado na mãos.

- Agora... O que... Vocês vão... Fazer? – perguntou, com medo de que fossem espalhar a notícia. Sirius, percebendo isso, acrescentou:

- Ora, vamos espalhar para a escola inteira que você é um lobisomem, o que mais queria?

Vendo que Remo ficou mais pálido ainda, Tiago falou:

- É claro que não vamos fazer nada disso, Sirius falou só de brincadeira. Estivemos pesquisando e descobrimos que lobisomens não atacam animais, então resolvemos virar animagos.

- Mas... Isso é muito difícil – disse Remo, não acreditando no que ouvia.

- Sabemos disso, mas queremos ajudar nosso amigo – disse Sirius.

- Então... Vocês não vão deixar de serem meus amigos?

- É claro que não, Remo – falou Rabicho, pela primeira vez.

- Obrigado – disse Remo, sorrindo e abraçando os amigos.

- Ei, já chega, eu não sou viado, não! – brincou Sirius.

Fim do Flash Back


- E foi assim que eles descobriram – terminou Remo.

- E você achando que eles iam deixar de ser seus amigos, por causa disso?

- Isso passou pela minha cabeça diversas vezes.

**
Harry, Tiago e Sirius entraram na Zonko’s e olharam ao redor. As prateleiras estavam cheias e havia algumas coisas que eles nunca tinham visto.

- Opa! – exclamou Sirius, feliz. – Parece que chegaram mais produtos hoje!

- Vamos nos divertir! – disse Tiago. Começaram a andar pelos corredores da loja. Realmente haviam coisas diferentes, como alto-falantes que mordiam os lábios de que os usasse, protetores de ouvido que gritavam, óculos que viravam tudo de ponta cabeça quando eram colocados, sapos de borracha que rugiam quando apertados, etc.

Foram até as prateleiras de Bombas de Bosta e pegaram, cada um uma caixa. Com os fogos, em vez de cada um comprar uma caixa, os três compraram uma só, pois ela era grande, daria para dividir entre os três e cada um ainda ficaria com uma boa quantidade. Ainda faltavam vinte minutos para encontrar Remo e Frank, então ficaram andando pela loja e experimentando os objetos mais estranhos.

Depois de pagarem, saíram em direção à frente da loja de roupas “Trapobelo Moda Mágica”. Já encontraram Frank e Remo esperando.

- Faz tempo que estão aqui? – perguntou Harry.

- Não – respondeu Frank. – Menos de cinco minutos.

- Sabem se as garotas já terminaram? – perguntou Tiago, tentando olhar o interior da loja, para ver se as cinco ainda estavam lá, mas a loja estava tão cheia que não conseguiu.

- Vamos perguntar para alguém que sair – sugeriu Remo. Uns cinco minutos depois uma menina do sexto ano, loira de olhos azuis e cabelo cacheado, que reconheceram ser Emma Linchy, com suas amigas Liane Rivers, Anne Sanders e Caroline Newland, eram as que estavam no jogo de quadribol que fizeram. Frank se aproximou delas e perguntou:

- Por favor, saberia me dizer se a Alice já saiu da loja?

- Ainda não, estão pagando as fantasias – respondeu Emma.

- Obrigado – agradeceu Frank, e se aproximou dos amigos.

- E? – perguntou Sirius.

- Já saíram ou não? – perguntou Tiago.

- Ainda não – respondeu Frank.

- Como ela são demoradas! – reclamou Sirius.

- Eu falei, Almofadinhas – disse Frank, rindo.

- Por que me chamou de Almofadinhas?

- Ele já sabe, Sirius, contei a ele – falou Remo, calmamente e, vendo que ele iria falar, acrescentou – não se preocupe, ele disse que não vai contar a ninguém.

Logo depois de falar isso, cinco garotas, duas ruivas, duas morenas e uma de cabelo roxo saíram da loja, cada uma carregando uma enorme sacola.

- Pronto, já terminamos – disse Lily.

- Demoraram! – exclamou Tiago, dando um beijo na namorada.

- Não demoramos, não – protestou Kely. – Quarenta minutos, foi rápido!
- Se isso é rápido, nem quero imaginar quando demorar – cochichou Sirius com Tiago.

- Nossa vez agora – falou Frank, indo em direção à entrada.

- Nos encontre aqui em quinze minutos, está bem? – perguntou Harry a Gina.

- Claro – concordou ela, e seguiram para o Três Vassouras.

Exatamente quinze minutos depois, eles saíram da loja e encontraram as garotas chegando.

- Vamos voltar?- perguntou Tonks.

- Vamos – concordou Remo. – Alguém tem mais alguma coisa para comprar antes de irmos?

- Não – responderam todos, e rumaram de volta para o castelo. Chegando lá, foram até a torre da Grifinória, guardar as fantasias, antes de descerem para o almoço.

- Deixa eu ver, vai? – insistia Tiago, que queria ver qual fantasia Lily havia comprado

- Já disse que não! – respondeu ela, pela vigésima vez. Entrou na Sala Comunal e foi direto para o dormitório guardar a roupa, antes que ela fosse tirada de sua mão pelo namorado.

Depois que todos guardaram as fantasias, foram para o Salão Principal e encontraram Pedro lá, comendo.

- Ei, Rabicho, não vai comprar sua fantasia? – perguntou Sirius se sentando à mesa.

- Ant? Pra queu devprar? – perguntou ele, com a boca cheia, fazendo com que ninguém entendesse nada.

- Engole e depois fala! – ralhou Sirius. Pedro deu uma enorme engolida e repetiu:

- Fantasia, para quê eu deveria comprar?

- Para a festa à fantasia! – disse Tiago, se servindo de empadão de carne e rins e uma coxa de frango.

- Que festa? – perguntou Pedro, mais confuso ainda.

- Vai ter uma festa à fantasia no dia das bruxas, você não leu o aviso? – disse Remo.

- Não.

- E poderíamos ir à Hogsmeade hoje, comprar as fantasias – completou Frank.

- Depois eu vou até lá e compro – disse Pedro, dando ombros e continuando a comer.

- Como você vai até lá depois, Pedro? Se só poderíamos ter ido hoje? – perguntou Lílian, desconfiada.

- Somos marotos, Lily – respondeu Sirius, com aquele famoso sorriso.

- Você não vai sair da escola escondido, vai? – indagou Lílian.

- E, qual é o problema? – perguntou Pedro, agora se servindo de torta de maçã.

- É proibido, ora! – respondeu ela, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Você não pode falar isso, Lily – disse Kely, rindo.

- E, por que não?

- Por que você mesma saiu do castelo escondido quase meia noite! – respondeu Kely, fazendo Lily corar. Depois disso, a ruiva não tocou mais no assunto.

- E aí, Pontas, quando vamos aprontar? – perguntou Sirius, sorrindo, enquanto Tiago, fazia sinais discretos para ele parar de falar, afinal, a ruiva estava ao lado.

- Tiago James Potter – disse ela, no que Tiago se virou com um sorrisinho amarelo e perguntou:

- Sim, meu anjo ruivo?

- Se eu descobrir que você aprontou mais alguma coisa, tenha certeza que estará ferrado!

- Pode deixar, minha ruivinha, não vou aprontar – e, quando ela olhou-o desconfiada, ele acrescentou: - não acredita em mim?

- Considerando o seu passado, não – respondeu ela.

- Faz tempo que eu não apronto, minha ruiva – disse Tiago, tentando parecer inocente.

- Mas vocês não fizeram isso ontem? – estragou Pedro, afinal, era só o que sabia fazer.

- O QUÊ? – gritou Lílian, sem perceber que levantava, enquanto Tiago se encolhia. Há muito tempo que ela não gritava com ele “de verdade”. – O QUE VOCÊ FEZ, POTTER?

- Eu... – começou ele, mas a professora Minerva os interrompeu.

- Senhores! – ralhou ela. – Mais educação à mesa, e se continuarem a brigar, serei obrigada a tirar pontos da Grifinória.

- Me desculpe, professora – disseram os dois. Ela saiu e Lily lançou um olhar mortífero a Tiago. – Me siga – disse a ruiva, entre dentes.

Tiago seguiu-a até uma sala de aula vazia. Entrou e fechou a porta. A sala estava com um ar sombrio, pois as cortinas estavam fechadas, as carteiras todas arrastadas para os cantos de qualquer jeito e parecia estar em desuso há muito tempo.

- Não podia ter escolhido uma sala melhor, não? – sussurrou Tiago, enquanto a ruiva corria os olhos pela sala.

- Eu não sabia que essa sala estava assim! E também não ia até a Sala Comunal! – defendeu-se, também num sussurro.

- Está bem. Vamos, vamos sair daqui – disse ele, puxando-a pelo braço.

- Espere. Tenha alguma coisa ali – disse ela, com a voz trêmula, apontando para o canto mais escuro da sala. Tiago olhou e viu um vulto olhando-os. Não era possível identificar que era.

- Ora, ora, olha quem veio visitar! – disse o vulto.

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