A segunda



A segunda

Enquanto tomavam seu café, Malfoy e Snape entraram no Salão Principal e lançaram um olhar feroz para a mesa da Grifinória, especificamente para Tiago e Sirius.

- O que eles têm? – perguntou Alice, vendo esse olhar.

- Sei lá – respondeu Tiago, dando ombros. – E ele precisa de algum motivo para me provocar?

- Não – respondeu Lílian. – Você já o humilhou tantas vezes.

- Xiii... – disse Sirius. – Aí vem briga.

- Não comecem a discutir, por favor! – falou Kely, percebendo que Tiago ia abrir a boca para responder.

- Está bem – disseram os dois, juntos.

- Ótimo – falou Gina. – Porque odiamos quando estão brigando.

Terminaram o café e seguiram para as masmorras, para a primeira aula do dia, poções, que seria aula dupla. O professor Slughorn já estava à espera dos alunos.

Eles entraram na sala e se sentaram em duplas: Tiago e Sirius (Lily não quis sentar-se ao lado de Tiago pois, assim, ninguém saberia que estavam juntos, por enquanto), Lílian e Kely, Frank e Alice, Harry e Gina e Remo se sentou com Pedro, para sua infelicidade.

- Bom dia, turma – disse ele e todos responderam. – Hoje faremos a poção do morto-vivo. Todas as instruções estão no quadro – disse ele, acenando a varinha e, imediatamente, começaram a aparecer as instruções. – Podem começar. Vocês têm uma hora e meia.

Todos começaram a fazer. Colocaram os caldeirões no fogo baixo e inseriram os ingredientes, a intervalos para mexer no sentido horário e anti-horário, como diziam as instruções. Uma hora e quinze depois, quase todos já tinham terminado, e o professor começou a passar de mesa em mesa para ver o resultado. Passou pela mesa de Tiago e Sirius.

- Hum... – começou olhando para os dois caldeirões. – Muito bem, só se esqueceram de girar três vezes no sentido anti-horário. Isso fez com que ela ficasse clara, e não escura, como deveria ficar.

Seguiu, então, para a mesa das garotas.

- Senhorita Kely, esqueceu de um ingrediente – falou o professor, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, um caldeirão explodiu, do outro lado da sala. – Pelas barbas de Merlin! Que fez isso?

Os alunos estavam rindo tanto que ninguém conseguiu responder. O professor se aproximou do local da explosão. Estava com um cheiro horrível de mofo com cabelos queimados.

- Snape? – perguntou o professor, quando conseguiu decifrar a pessoas, por trás de toda aquela poção derramada. – Por que seu caldeirão explodiu?

- Não. Faço. Idéia – respondeu ele, pausadamente, lívido de fúria, olhando diretamente para os marotos, que rolavam de rir, mas o professor não percebeu isso, apenas acenou a varinha e fez toda aquela poção desaparecer.

- Bom, voltando ao que estava fazendo – disse o professor, se direcionando para a mesa de Lílian e Kely, onde estava olhando as poções antes da explosão. Foi até o caldeirão de Lily e observou seu conteúdo. – Muito bom, senhorita Evans! Realmente é uma aluna exemplar! – exclamou, no que vários alunos da Sonserina fizeram cara de nojo e ela abrisse um largo sorriso.

Então, o professor se dirigiu para a mesa de Sirius e Tiago.

- Senhor Black, sua poção está quase boa, não está tão escura como deveria ficar, mas está de parabéns – disse o professor a Sirius. Então olhou para o caldeirão de Tiago. – Está bom também, senhor Potter, só precisava escurecer mais um pouco.

Passou em todas as mesas, fazendo elogios, quando a poção era feita do modo correto e caretas, quando não dava nem para chegar perto, por causa do cheiro horrível que emanava, quando feita do modo errado.

A sineta tocou. Todos guardaram seu material e se dirigiram para a aula de Transfiguração.

Após a aula, foram para o Salão Principal, almoçar. Estavam quase saindo do Salão quando uma coruja veio voando na direção do grupo.

- Não passou a hora do correio? – perguntou Lílian, confusa.

- Já sim – respondeu Kely, olhando a ave também. – Para que será que é?

Sua pergunta foi respondida quando a coruja-das-torres pousou na frente de Harry, que teve que tirar seu suco de abóbora rapidamente da frente, para que não fosse derrubado pela ave. Ele pegou o bilhete e a coruja saiu voando do Salão, seguida por vários olhares curiosos.

Na hora que olhou a carta, reconheceu aquela letra fina.

- É do Dumbledore – disse ele, olhando para os outros.

- Abre logo! – pediram eles. Harry abriu a carta e começou a ler. Ao terminar, exibia um enorme sorriso no rosto.

- O que ele disse? – perguntou Tiago, curioso.

- Encontrou a segunda Horcrux! – respondeu ele, feliz e todos sorriram.

- Já destruiu? – perguntou Lily.

- Não sei, só me pediu para ir até a sala dele, hoje depois das aulas – disse Harry, olhando a carta mais uma vez.

- Espero que destrua logo – falou Remo. – Mas agora vamos para a aula de Adivinhação logo, senão chegaremos atrasados, é lá na Torre Norte.

Eles foram para a aula de Adivinhação. A sala ainda não era cheia de xales, perfumes doces e enjoativos nem quente.

Harry quase não prestou atenção nas aulas, depois que recebera a carta. Ficou pensando em qual Horcrux Dumbledore encontrara, onde ela poderia estar, se já tinha destruído... Quando viu, as aulas já tinham acabado.

Todos se dirigiram para o Salão Principal para jantar. Já estava escurecendo, havia algumas poucas nuvens no céu e algumas estrelas já brilhavam. Harry comeu rapidamente, pois estava muito ansioso para ir ao escritório do diretor.

- Boa sorte, Harry! – disseram todos, na hora que Harry se levantou da mesa.

- Obrigado – respondeu ele. – Vejo vocês à noite, na Sala Comunal.

Saiu do Salão e seguiu em direção à sala de Dumbledore. Falou a senha à gárgula e subiu na escada em caracol. Chegando em cima, bateu na porta de madeira e ouviu a voz do diretor.

- Entre – disse ele. Harry girou a maçaneta de latão em forma de grifo e entrou no escritório. Dumbledore estava sentado em sua escrivaninha, aparentemente a espera de Harry.

- Boa noite, professor – disse Harry, ao entrar.

- Boa noite, Harry – respondeu o diretor, sorrindo. – Sente-se.

Harry foi até a cadeira de espaldar reto à frente de Dumbledore e se sentou. Imediatamente, o diretor começou a falar.

- Presumo que passou todas as aulas pensando sobre a Horcrux.

- Sim, senhor – respondeu o garoto, ansioso para o diretor contar-lhe tudo o que havia descoberto.

- Bom, Harry – começou Dumbledore. – acho que encontrei a segunda peça, o segunda Horcrux de Voldemort.

- E, qual é? – perguntou ele, curioso.

- O diário de Tom Riddle.

- E onde está, professor? – Harry tinha várias perguntas para fazer e decidiu começar pelas mais importantes.

- Na mansão dos Malfoy – respondeu ele, calmamente.

- Na mansão? – perguntou Harry, incrédulo. – Mas por que já está lá?

- Estive pesquisando, conseguindo informações, procurando pistas – começou o diretor, se levantando e andando pelo escritório. – E todas me levaram à mansão. Voldemort já entregou o diário a Lúcio.

- Mas, o senhor sabe exatamente onde está?

- Não exatamente, mas posso... Imaginar que esteja numa sala da casa que sempre fica trancada, é onde estão todas as relíquias, troféus e preciosidades da família.

- Então, teremos que ir até a mansão e começar a procurar pelo diário?

- Sim – respondeu Dumbledore, simplesmente.

- Mas, o senhor não acha que vão nos pegar? – perguntou Harry, confuso.

- Ah, não.

- Como? – Harry não acreditava que Dumbledore pensasse que, mesmo sendo o diretor, a família permitiria que ele entrasse na mansão e começasse a vasculhá-la.

- Ah, não se preocupe – disse Dumbledore sorrindo, como se soubesse o que passava pela mente de Harry naquele momento. – Já providenciei tudo. Os pais de Lúcio estarão fora de casa quando formos até lá, e como Lúcio ainda está na escola, não precisamos nos preocupar com ele.

- Por que Voldemort deu o diário a Lúcio, se ele ainda está na escola?

- Houve uma reunião de comensais no fim das férias e Voldemort deu o diário a ele, pois sabia que na mansão o diário estaria seguro, já que ninguém além da família e Voldemort e eu, é claro, sabe da existência daquela sala. Ela é escondida por magia. Mas nenhum deles sabe que eu conheço a sala.

- Como o senhor sabe que houve essa reunião?

- Usei Legilimência sem que Lúcio percebesse – respondeu o diretor, calmamente.

- Entendo – respondeu Harry, processando todas as informações que acabara de receber e ligando-as. – E, quando vamos até a mansão, professor?

- Programei tudo para hoje mesmo, Harry – respondeu Dumbledore, tirando um estranho relógio da vestes e olhando-o. – Para ser mais exato, daqui a quinze minutos podemos ir. Está com sua Capa de Invisibilidade?

- Não, senhor. Acha que é preciso levá-la?

-Sim, Harry – respondeu Dumbledore, olhando para Harry com aqueles olhos penetrantes. – E, a partir de agora, sempre que eu enviar cartas sobre as Horcruxes, já traga-a junto com você.

- Sim, senhor.

- Vá pegá-la, agora. Você tem... – disse, olhando para o relógio. – Dez minutos.

Harry se retirou da sala e saiu correndo pelos corredores e, para chegar mais rápido, pegou os vários atalhos que conhecia, e, em menos de cinco minutos já estava na frente do quadro da Mulher Gorda.

- Pena de Fênix! – disse a senha, ofegando.

- Por que tanta pressa? – perguntou a Mulher Gorda.

- Preciso estar no escritório de Dumbledore em cinco minutos – respondeu Harry, já irritado com o interrogatório.

- Ah, sim, mas... – começou ela, mas Harry a interrompeu.

- Pode me deixar entrar, por favor?

- Você é quem manda – respondeu a mulher, com desdém. O quadro girou, mostrando a passagem que levava à Sala Comunal da Grifinória. Harry subiu as escadas correndo. Nem viu os marotos na sala, muito menos ouviu quando o chamaram. Pegou sua capa no malão e desceu correndo.

- Qual o problema, Harry? – perguntou Gina, quando ele estava quase saindo de novo. Ele se virou e percebeu que todo o grupo estava ali.

- Vou com Dumbledore, pegar a Horcrux – respondeu ele.

- Onde está ela? – perguntou Remo, curioso.

- Conto depois, não tenho tempo agora – disse Harry. – Tenho que estar no escritório dele em cinco minutos. Até mais!

- Até mais! – responderam todos, quando o quadro da Mulher Gorda já estava se fechando e Harry começava a correr de volta para a sala do diretor.

Chegou ofegante em frente à gárgula. Disse a senha novamente, subiu as escadas e entrou n sala. Dumbledore já o esperava com uma capa de viagem.
- Está pronto, Harry? – perguntou ele, olhando o céu pela janela, que agora já estava um azul mais escuro.

- Sim, senhor – respondeu Harry, ainda respirando rápido, por causa da corrida. – Como vamos?

- De Chave de Portal.

- De onde ela vai sair? – perguntou ele, confuso.

- Ah, daqui mesmo! – respondeu Dumbledore sorrindo, se virando e caminhando até a mesa. Apontou para uma chaleira velha que lá estava.

- Em quanto tempo?

- Pelos meus cálculos... – começou o diretor, olhando para o relógio estranho mais uma vez. – Exatamente um minuto. Chegue mais perto – pediu ele, e Harry obedeceu.

Os dois encostaram o dedo na chaleira. Passado quase um minuto, Harry sentiu um puxão para trás e tudo começou a girar. Alguns segundos depois que começaram a girar, tudo parou. Harry olhou para os lados e viu que estava numa estradinha estreita. A pista era limitada à esquerda por amoreiras baixas selvagens, e à direita por uma fileira de altos arbustos cuidadosamente podados. Dumbledore começou a andar e Harry seguiu-o.

Eles viraram à direita e viram impressionantes portões feitos de ferro, que barravam o caminho deles. Harry estava a ponto de perguntar como passariam por aqueles portões, pois provavelmente estariam cheios de magia, quando Dumbledore ergueu a varinha e começou a murmurar coisas que Harry não entendeu.

- Pronto! – exclamou Dumbledore, enquanto Harry o olhava, boquiaberto. – Podemos prosseguir.

Harry se perguntava como é que Dumbledore sabia exatamente o que fazer. O diretor, ao perceber isso, apenas disse:

- Pesquisei sobre as magias que achava que esses portões poderiam ter. Vamos? – Harry assentiu com a cabeça e atravessaram os portões. – Pelo jeito, acertei! – disse Dumbledore, energicamente, sorrindo.

Uma bela mansão apareceu na escuridão ao fim do estreito percurso. Uma fonte jorrava no escuro, além das sebes. Andaram em direção à porta da frente e entraram na mansão. A entrada era grande, pouco iluminada e decorada, com um magnífico carpete verde esmeralda, cobrindo a maior parte do chão de pedra.

Harry e Dumbledore continuaram andando em direção ao interior da casa, até chegarem a uma espécie de saguão de entrada. Harry ficou abismado com o tamanho daquela mansão. Era praticamente impossível encontrar a tal sala que Dumbledore falara.

- Professor, como vamos achar a sala que o senhor falou? – perguntou Harry, preocupado, mas, para seu espanto, Dumbledore sorria.

- Quando penetrei na mente de Lúcio, sem que ele percebesse, consegui saber em qual andar ela está – respondeu, e, quando percebeu que Harry iria perguntar de novo, disse: - está no subsolo.

- Há andares abaixo do solo também? – perguntou Harry, incrédulo.

- Só um. E como somente a família, ou assim era para ser, sabe da existência desse andar, eles acharam melhor construir a sala das preciosidades da família Malfoy lá.

- Entendo – disse Harry, conectando tudo. – E o senhor sabe como chegar à aquela sala?

- Não exatamente, mas tenho uma idéia. Vamos – disse ele, ascendendo a varinha e seguindo, não para as escadas, mas para uma sala lateral, uma biblioteca.

Não era tão grande como a de Hogwarts, mas, considerando que estavam numa casa e não em uma escola, era bem grande. Dumbledore caminhou até o fundo da sala, onde havia um quadro em que se lia:

“Propriedade da família Malfoy,
Descendência de sangues-puros
Desde o ano 105 d.C.”

Dumbledore encostou no quadro e percebeu que, para entrar lá era necessário utilizar uma magia muito antiga, que todos na família deviam conhecer. Mas Dumbledore também a conhecia. Apontou a varinha para o quadro, e começou a murmurar encantamentos muito estranhos.

Harry não estava entendendo nada. Por que ele está tentando enfeitiçar um quadro? – pensava ele – Por que... – mas antes que pudesse terminar de fazer suas perguntas em pensamento, houve um ruído e o quadro se transformou numa porta de madeira muito antiga, com uma maçaneta de prata. Dumbledore girou a maçaneta e atravessou a porta. Harry o seguiu. Estavam no alto de uma escada circular que descia a perder de vista. Começaram a descer. Ao que pareceu quinze minutos, chegaram ao fim da escada. Lá, havia apenas uma porta antiga de ferro. Dumbledore abriu-a e eles entraram na sala. Essa já não possuía nenhuma iluminação. Harry puxou a própria varinha e a acendeu.

Olhou para todos os lados. A sala era enorme e estava lotada de objetos das Trevas, que a família guardava naquele local pois, se fossem descobertos, provavelmente iriam provocar um belo problema para eles. A um canto, havia alguns troféus antigos.

- Por favor, Harry – pediu Dumbledore, olhando o garoto com um olhar penetrante. – Não toque em nada. Não sabemos se pode haver alguma magia nos objetos. Vamos procurar o diário, agora.

Harry concordou e começou a andar pela sala, se desviando de tudo e tomando o maior cuidado para não tocar em nada. Passou por vários troféus em que estava escrito: “Ordem de Merlin, terceira classe: Ajuda ao hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.” Harry soltou uma risadinha quando leu. Típico dos Malfoy – pensou ele. – Doar dinheiro para o hospital para conseguirem o que querem depois.

Continuou andando. Sempre olhava para ver onde Dumbledore estava. Depois de meia hora procurando, Harry exclamou:

- Encontrei, professor! Está aqui.

Dumbledore foi o mais rápido que pôde sem encostar em nada. Parou ao lado de Harry e olhou para onde o garoto apontava. Lá estava o diário, em uma estante de madeira escura e envernizada. O diretor pegou o diário e guardou-o nas vestes.

- Muito bom, Harry – disse ele, sorrindo. – Agora temos que ir, antes que a família chegue. Eles não podem saber que estivemos aqui, pensam que ninguém sabe sobre essa sala.

Harry concordou e seguiu Dumbledore para a saída. Voltando à biblioteca, Harry olhou para a porta, que voltara a ser o quadro. Retornaram ao saguão de entrada, quando ouviram vozes. A família estava chegando.

- Cubra-se com a capa e me siga, Harry – sussurrou o diretor. Harry colocou a capa e seguiu Dumbledore para uma salinha que havia embaixo das escadas. Era, na verdade, um armário de vassouras. Escutaram pessoas conversando muito bravas do lado de fora.

- Não acredito! – dizia uma mulher.

- Fomos enganados – respondia o homem. – Não havia premiação alguma!
Dumbledore sorriu para Harry, que entendeu o que ele havia feito: enviou uma carta de aspecto oficia dizendo aos Malfoy que receberiam um prêmio. Eles acreditaram e saíram, mas, ao chegar lá, viram que não havia nada.

Harry sorriu de volta e Dumbledore pegou um balde velho que havia lá.

- Portus! – murmurou ele. O balde emitiu uma luz azul e estremeceu. Após alguns instantes parou, imóvel como antes. – Vamos?

Harry encostou a mão no balde e sentiu um puxão para trás. Tudo cessou rapidamente e, quando abriu os olhos, percebeu que estavam de volta ao escritório do diretor, em Hogwarts.

- Pronto para destruir a segunda Horcrux, Harry? – perguntou ele, sorrindo. Tirou o diário das vestes e entregou-o a Harry. Foi até a caixa onde guardava a espada de Grifinória e tirou-a de lá. Harry pegou a espada e cravou-a bem no centro do diário. Imediatamente, um líquido, que parecia sangue, começou a escorrer do local onde Harry golpeou. A segunda Horcrux fora destruída.

- Aqui está, senhor – disse Harry, devolvendo a espada e o diário destruído ao diretor. Dumbledore executou um feitiço para limpar a espada e guardou-a outra vez. Então, pegou o diário e depositou-o dentro de um objeto de prata estranho, onde estava o anel. Harry lançou um olhar indagador ao objeto.

- Guardo todas as Horcruxes destruídas aqui, pois ninguém pode pegá-las, a não ser eu – disse Dumbledore parecendo saber no que Harry estava pensando. – Esse objeto só se abre para mim, ao meu toque.

- Entendo – disse Harry e perguntou algo que estava martelando sua cabeça. – O senhor acha que Régulo Black já tem o medalhão, professor?

- Penso que não, Harry – respondeu Dumbledore, se sentando e fazendo sinal para que Harry sentasse também. Quando o garoto obedeceu, ele continuou. – Régulo ainda está no quarto ano e acho que ainda não possui a Marca Negra no braço e, mesmo que possuísse, sabemos que ainda não encontrou o medalhão, é muito novo para isso. Pelo que me contou, Harry, Sirius lhe disse que Voldemort tinha matado seu irmão, mas já tinha acabado a escola.

- Então, teremos que ir até a caverna? – perguntou Harry lembrando-se de seu sexto ano, quando foram até aquela caverna cheia de Inferi no imenso lago e da poção verde que
Dumbledore tomou. Tudo isso para nada. A Horcrux não era verdadeira, a poção havia enfraquecido o diretor, e foi morto por Severo Snape.

- Sim, Harry – respondeu o diretor, juntando as pontas dos dedos.

- Mas, como faremos com a poção? – perguntou Harry, preocupado.

- Ainda não sei, Harry, mas, vou encontrar um modo. Está tarde já Harry, e amanhã você tem aula, seria melhor ir para a Sala Comunal, e tenho certeza de que todos os seus amigos estão te esperando para você contar sua aventura – disse Dumbledore, rindo.

- Boa noite, senhor – falou Harry, se levantando e saindo da sala.

- Boa noite, Harry.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.