CAPÍTULO IX



CAPÍTULO IX


“Eu estou aqui para levá-la comigo.”
Hermione olhou-o, sem ação, e balançou a cabeça pateticamente.
— Vou levar você comigo — Harry insistiu, num tom áspero, com as pernas um pouco afastadas e as mãos nos quadris estreitos. — Não estava previsto no plano original, mas é assim que as coisas acontecem às vezes. Recebi ordens de observá-la. Muito bem, eu a observei. Mas você quase se afogou e tive de trazê-la até Pride e tratar dos seus ferimentos. Foi quando percebi que estava metido numa tremenda encrenca, porque, cada vez que olhava para você, tinha vontade de ficar olhando mais e mais. Não, Hermione, não vou me separar de você.
A determinação de Harry causou-lhe uma onda de pânico. Cenas de sua vida desfilaram diante de seus olhos. Queria gritar que a história dele era absurda demais para ser levada a sério, mas sabia que não era. Seu coração falhou uma batida.
— Eu abandonaria o meu corpo e viajaria na forma de uma centelha?
Harry fez um gesto de assentimento.
— E nunca mais voltaria à Terra?
Harry assentiu novamente. O pânico voltou a apossar-se dela.
— Mas eu passei minha vida inteira aqui!
— E daí? — ele perguntou, arqueando as sobrancelhas negras e expressivas.
Hermione olhou em torno de si. A faixa branca de areia estendia-se até o mar encrespado. Atrás dela, a vegetação rasteira emaranhava-se em curiosos arabescos, mesclando vários matizes de verde. A paisagem era-lhe familiar. Ali, sentia-se segura.
— Não posso partir com você, Harry. Nunca conseguiria viver em outro lugar.
— Porque você sempre se achou diferente das outras pessoas. Tinha medo de ir para outra cidade e não se adaptar. Mas agora tem uma boa razão para ser diferente: sua ascendência cyteroniana. Em Cyteron, você se adaptará facilmente.
— Não, não. Lá eu também seria diferente, por causa da minha porção humana.
— Aí é que se engana. O sangue cyteroniano é mais forte e tem extraordinária capacidade de regeneração. À medida que formos cruzando as seis galáxias, você se tornará cada vez mais cyteroniana.
Ela riu, de puro nervosismo. Pois se não estava preparada para atravessar sequer uma galáxia, quanto mais seis! Sua vida em Pride fora boa. A cabana, a horta, a gratificação por curar doentes e até as ocasionais conversas com Minerva faziam parte de elos que relutava em romper. Havia, ainda, o campo para proteger.
— E os pôneis? Não vou abandoná-los.
— Nós enviaremos uma pessoa para cuidar deles.
Todavia, para cada solução que Harry encontrava, Hermione acenava com um novo problema:
— Mas eu não saberia o que fazer em Cyteron…
— Você vai ficar comigo. Não é o bastante? — A expressão dele se desanuviou.
Hermione não tinha uma resposta para aquela pergunta. Não fazia a mínima idéia de como seria o cotidiano em Cyteron. Ou de como Harry seria na sua forma original. Só sabia que o amava em sua forma humana e que o futuro a apavorava.
Ele venceu a distância que os separava e afagou-lhe as faces com ternura.
— Vamos dar tempo ao tempo. Eu não tenho pressa. — Harry passou o braço por seus ombros e recomeçaram a caminhar, enquanto as ondas vinham suavemente desmanchar-se sob seus pés. Estavam sentados no topo de uma colina verdejante, à sombra de uma árvore. Hermione descansava a cabeça no colo de Harry, com os olhos errando pelo céu azul.
— Descreva Cyteron.
— É um planeta claro e aprazível.
— Vocês têm plantas lá?
— Temos. Árvores, flores, arbustos. Mas são diferentes da vegetação da Terra. Menores, mais delicados. Nós somos menores e mais delicados.
— Os cyteronianos são realmente apenas centelhas?
Ele beliscou-lhe o braço.
— Não somos "apenas" centelhas. Somos seres altamente complexos e temos uma vida muito longa.
— Quanto tempo vocês vivem?
— Algumas centenas de anos.
— Como os vampiros — Hermione observou, com uma entonação soturna, e engoliu em seco.
— Não como vampiros — ele ralhou. — Somos um povo alegre e ativo. E vamos nos aprimorando à medida que envelhecemos.
Ela virou ligeiramente a cabeça para olhá-lo.
— Quantos anos você tem?
— Em anos terrestres, noventa. Em anos cyteronianos, trinta. Levamos o triplo do tempo para completar a volta em torno do nosso sol.
— Como conseguem viver tanto?
— O segredo é a nossa forma. Em termos fisiológicos, somos menores, mais simples e eficientes que os seres humanos, por isso, não sofremos o mesmo desgaste. Somos mais felizes também, e esse é um elemento que contribui para a nossa longevidade.
Hermione segurou a mão dele e acariciou os dedos longos, o dorso liso, a palma onde a pele era ligeiramente mais clara.
— Por que os cyteronianos são mais felizes que os terráqueos?
— Não temos ambição. No meu planeta não existe miséria nem guerra. Somos prósperos e pacíficos.
— Vocês moram em cidades, como nós?
— Não. Aldeias autônomas, governadas por um órgão centralizador.
Aquela conversa fez com que Hermione se lembrasse de sua tataravó.
— Uma vez você me perguntou de onde provinha originalmente o meu dinheiro. Você sabe, por acaso?
— Não me passaram essa informação. Meu palpite — Harry piscou — é que a sua tataravó o tomou emprestado de alguém.
— Roubou! É isso que está tentando me dizer?
— Graciosamente, é claro. Ou talvez tenha falsificado as notas.
Hermione franziu o cenho, pouco convencida.
— Duvido muito. Ela não faria isso.
— Então, de onde veio o dinheiro?
— De onde veio o seu dinheiro?
— Através do cartão eletrônico do banco. Agora que a sociedade de vocês ficou computadorizada, tudo se tornou mais fácil. Uma central faz os depósitos para nós.
Harry não especificara de onde vinham os fundos para os depósitos, e Hermione preferiu nem perguntar. Não simpatizava com a idéia de que sua tataravó tivesse sido uma ladra.
— Às vezes é preciso fazer certas coisas contra a vontade para garantir a sobrevivência, Hermione. Sua tataravó precisava de uma granja e se arranjou como pôde. — A boca de Harry tornou-se uma linha fina. — Se ela fosse depender de gente como Draco, estaria perdida.
Ela percebeu a ponta de sarcasmo no tom de voz dele.
— Você ainda não se conforma por Draco não ter me pagado, não é? Por quê? Você não disse que os cyteronianos são um povo desprendido das coisas materiais?
— Não é o dinheiro que me incomoda nessa questão. É a falta de reconhecimento, de gratidão. E isso você nunca vai ver em Cyteron.
O modo afirmativo como Harry falava do futuro perturbava-a.
— Eu não disse que iria com você para lá.
— Você irá. Guarde bem as minhas palavras. Você irá.
— Vamos, tente! — Harry encorajou-a.
Hermione olhou para a lata amassada de refrigerante que estava equilibrada sobre uma cerca, logo acima de uma lata de lixo. Uma brisa um pouco mais forte seria suficiente para empurrá-la para o lixo, mas o ar estava parado. E, sem a ajuda da natureza, Hermione achava-se incapaz de movê-la. Era uma quarta-feira, dia quente e úmido. Depois de passar a manhã limpando tomates e descascando milho, ela e Harry tinham se posto a caminho da vila, onde iriam apanhar a correspondência e fazer compras. A lata de refrigerante em questão estava no final de uma ruela com poucas casas.
Ele pousou a mão casualmente em seu ombro e comandou:
— Concentre-se. Esvazie sua mente de tudo que não diga respeito àquela lata. Tente levantá-la da cerca e atirá-la no lixo.
Hermione bem que tentou, mas só conseguia pensar nos filmes de faroeste a que assistira, nos quais os mocinhos e os bandidos treinavam tiro ao alvo com garrafas enfileiradas.
— Acho que vou precisar de um revólver — gracejou.
— Concentre-se.
— Não vai dar certo — Hermione replicou, após fixar a lata por alguns instantes.
— É a sua porção humana que está lhe dizendo isso. Deixe a porção cyteroniana falar mais alto.
— Não consigo ouvi-la…
— Então pare de falar. Cale a boca e se concentre.
Ela olhou a lata por mais um minuto.
— Sabe de uma coisa, Harry? Seu aprendizado da língua inglesa foi deficiente. "Cale a boca" não é uma expressão nem um pouco polida, especialmente se você está se dirigindo à pessoa que diz amar tanto.
— Concentre-se, Hermione.
— Estou tentando!
— Esvazie sua mente.
— Já esvaziei.
— Pense na lata.
— Estou pensando.
Mas, na verdade, ela estava se lembrando dos filmes de horror, onde havia sempre uma força maléfica que movia objetos e provocava mortes misteriosas.
— Viu só? Não consigo. Não tenho poder de deslocar nem uma simples lata.
Harry fitou-a com uma nota de censura nos olhos verdes.
— Você é a sua primeira inimiga.
— Pior inimiga.
— Isso mesmo.
— Tudo bem. Agora você vai mover a lata.
Ele focalizou a lata com um olhar certeiro e, no momento seguinte, a lata já havia escorregado para o lixo. Depois, tomou Hermione pela mão e voltaram a andar.
— Você tem que querer.
— Eu quero.
— Não quer, não. Está com medo das implicações que isso pode trazer. Não quer provar que tem poder porque receia partir da Terra.
— No meu lugar, você não estaria nervoso também? Não é todos os dias que se vai para um planeta totalmente desconhecido.
— Não é totalmente desconhecido. Você vai se identificar com muitos aspectos de Cyteron. É um planeta fabuloso.
— Claro. Foi lá que você nasceu. Tem que elogiar mesmo. Mas, e se eu não gostar de Cyteron?
— Acredite, você vai gostar.
Hermione diminuiu o passo e gesticulou, exaltada.
— E se eu não gostar, hein? Vou poder tomar a próxima espaçonave para a Terra?
— Sinto muito. Os vôos através do universo não são regulares. Talvez nossos netos tenham essa oportunidade, não nós. Ela apertou a mão de Harry. Sempre que ele mencionava a possibilidade de constituírem uma família, ficava profundamente enternecida.
— Ei, olhe o cachorrinho! — Harry disse, com um sorriso. Hermione virou-se na direção que ele indicava e viu o filhote de vira-lata dos Pinkney brincando com uma bola de borracha.
— Vamos nos divertir um pouco — Harry propôs. Antes que ela tivesse chance de perguntar-lhe o que tencionava fazer, a bola rolou para longe do animal. O cãozinho levantou-se desajeitadamente, agitando a cauda, e foi atrás da bola, que tornou a rolar para a frente. O cachorrinho então flexionou as patas traseiras e preparou um salto. Mas quando estava prestes a apanhar a bola, esta girou e foi em outra direção. Os dois se entreolharam e riram.
— Agora tente você — ele disse. — Concentre-se na bola.
Hermione, entretanto, tinha toda a atenção voltada para Harry. Adorava quando ele ficava assim, tão próximo. Adorava os contornos do corpo másculo, seu cheiro, seu gosto. Hermione inclinou-se para o lado até que seus ombros se tocassem.
— Vamos, pense na bola.
— Eu só consigo pensar numa coisa quando estou perto de você — ela sussurrou ao ouvido dele.
Harry gemeu fracamente e ficou rígido.
— Bem, funcionou — declarou.
Ela olhou dissimuladamente para a calça dele.
— Funcionou mesmo — Hermione concordou, esboçando um sorriso de satisfação. Ainda que não fosse capaz de atirar latas no lixo, pelo menos conseguia mover alguma coisa com o poder de sua mente. E Harry fora o responsável por isso. Tinham feito amor na noite anterior e naquela manhã. Cada vez, o entendimento deles na cama ficava melhor.
— Esvazie a mente.
— Ora, Harry, vamos deixar o pobre cachorrinho em paz.
— Tudo bem, mas antes tem que esvaziar a mente. Vamos, Hermione. Você está me colocando numa situação muito embaraçosa…
Essa ereção humana é um inconveniente, não é?, ela perguntou silenciosamente, com os olhos voltados para o outro lado.
É difícil de controlar.
Existe alguma reação equivalente em Cyteron?
Certamente, mas não tão óbvia. Vou lhe dizer, as mulheres daqui têm uma vida bem mais fácil que os homens.
Fácil., ela repetiu, divertida. Nosso sistema reprodutor é muito mais complicado que o masculino. Temos tensão pré-menstrual. E os partos não são brincadeira.
Falou a voz da experiência!
Me dê mais nove meses e você verá.
É melhor você calcular em meses cyteronianos.
Dezoito meses de gestação!
No nosso caso, teremos mais tempo para ficarmos a sós antes que a criança nasça.
O sorriso morreu nos lábios de Hermione. Suspirou e pôs-se a caminhar. Harry logo emparelhou com ela.
— Nós poderíamos ficar juntos aqui durante nove meses. Partiríamos depois que nosso filho nascesse.
— Não posso adiar minha partida por mais nove meses — ele replicou. — Além disso, fazer uma viagem intergaláctica com um recém-nascido é muito arriscado.
— Então vamos esperar até ele ter idade suficiente para viajar.
— Seria um problema para mim, Hermione. Sou um pesquisador, o que significa que já visitei muitos planetas e já adquiri mais de uma forma que não era natural à minha composição. Não posso continuar na forma humana por muito mais tempo, senão não conseguirei mais voltar ao normal. É o que vocês chamam de ossos do ofício.
— Então fique aqui para sempre.
Por sua expressão contrafeita, via-se que Harry gostaria de concordar com ela para agradá-la. Mas fez um sinal negativo.
— Eu morreria em um ano, se não menos. Preciso do estímulo ambiental de Cyteron. — Ele desviou o olhar para um ponto mais adiante e exclamou: — Oh-oh, acho que tem gente à nossa procura.
Naquele momento, Hapgood Pauling, Keegan Benhue e Oakcr Dunn saíram da pousada. Caminharam em bloco, dobraram a esquina pisando duro, com passos sincronizados. Agora vinham na direção deles, ostentando uma fisionomia grave.
Em meio a um sorriso, Harry sussurrou ao ouvido de Hermione:
— Estão imitando uma cena de Os Intocáveis. O detalhe é que nenhum dos três se parece com Kevin Costner.
— E olhe só como andam se pavoneando. Não sei por que fecham a camisa até o pescoço. Com esse calor…
De repente, o botão da camisa de Keegan pareceu dar um salto ornamental, indo parar na calçada. Espantado, ele olhou para a casa vazia e para o chão.
— Você fez isso — Harry disse baixinho.
— Não fiz, não. Foi você.
— Nem pensar. Se eu fosse tomar alguma providência, preferiria aplicar uma boa palmada no traseiro de Oaker.
Mal ele tinha acabado de falar, Oaker deu um pulo, com os olhos arregalados, e virou para trás, como que procurando um agressor invisível.
— Pare com isso, Harry — Hermione murmurou e, ato contínuo, sorriu para os três homens. — Oaker. Keegan. Hapgood. Boa tarde.
— Hermione — Keegan resmungou, mantendo-se a dois metros dela. — Estávamos justamente querendo falar com você. Vai ter que sair da ilha por alguns dias.
— Posso saber por quê? — Harry perguntou, parecendo um gigante perto dos outros homens.
Hapgood veio em socorro do amigo:
— Os representantes da OSAY ouviram boatos de que a ilha é mal-assombrada.
— Você espalhou os boatos — Oaker rosnou.
Keegan apertou o braço dele, guinchando algo que Hermione e Harry não conseguiram entender.
— Os homens da OSAY — emendou Keegan — disseram que não acreditavam nisso, mas resolveram cancelar o negócio da estação para conter gastos. Mas parece que um dos representantes da companhia contou ao primo que existia uma bruxa aqui. O primo é repórter da revista People e quer fazer uma matéria sobre o lado sobrenatural da ilha de Pride.
— Ele telefonou esta manhã avisando que vinha para cá. Keegan disse que não tinha nenhuma bruxa aqui, mas o homem é teimoso que nem uma mula — explicou Hapgood.
— Se ele vier para cá e conversar com você e achar que você é uma bruxa, estamos perdidos. Ele escreverá uma reportagem que vai desmoralizar a ilha. Nunca mais nenhuma empresa vai querer saber do terreno onde estão os pôneis. — Com isso, Keegan cofiou o bigode e fez uma careta.
— Ótimo — disse Hermione. — Faz anos que venho tentando convencê-los de que não é aconselhável instalar nenhum empreendimento naquele campo…
— Escute, menina, não queremos saber se você é ou não uma bruxa — interrompeu-a Hapgood. — Só não gostamos de publicidade negativa para Pride. E isso é do seu interesse também. Se esse repórter publicar a matéria, você vai virar uma atração à parte. Gente de todos os cantos irá à sua cabana para ver o que está fazendo ou deixando de fazer.
Turistas vindo me espionar? Será possível!, Hermione pensou.
Talvez Hapgood esteja blefando, Harry respondeu.
— É muito provável que ele queira me afastar daqui para trazer os homens da OSAY.
Como Harry não respondesse, Hermione olhou-o de soslaio. Ele estava encarando os representantes do Conselho Administrativo, passando os olhos ameaçadoramente de um para outro. Após alguns instantes, começou a avançar para eles, com passos lentos e decididos.
Ei, espero que essa não seja mais uma cena de Os intocáveis, Hermione advertiu-o, receosa de que, na próxima "tomada", Harry fosse dar um soco em cada um dos membros do Conselho.
Pode deixar comigo, querida.
Harry parou a poucos centímetros do trio. Hapgood, Keegan e Oaker recuaram um passo, intimidados.
— Cavalheiros, a srta. Granger e eu apreciamos sua consideração. Mas temos razões para crer que não desejam a partida dela apenas por respeito à sua pessoa. Para quando está prevista a chegada do repórter da People?
— Para sexta-feira de manhã. Ele vai ficar aqui até domingo à noite.
— Qual é o nome dele?
— Jonathan Brigham — os três responderam, em uníssono. Um dos representantes da OSAY se chamava Noah Brigham.
Eles estão falando a verdade. Não teriam QI suficiente para inventar uma história dessas, Harry ponderou, comunicando-se com Hermione.
— Pois bem — disse em voz alta, num tom grave e modulado. — A srta. Granger partirá, sob a condição de os senhores garantirem que não farão nada com o campo nesse ínterim.
— Eu juro que não faremos nada. Além disso, depois dessa confusão com a OSAY, quem estaria interessado no campo? — Keegan estufou o peito e colocou a mão sobre o coração. Ponto para Harry, Hermione concluiu.
— Fico feliz que tenhamos chegado a um acordo, senhores. Inclusive porque, se qualquer coisa acontecer durante a ausência da srta. Granger, eu não me responsabilizarei pelas conseqüências.
— O que você está insinuando? — Oaker vociferou. Harry dirigiu-lhe um olhar glacial.
— Você comprou uma caminhonete nova, não é, Oaker? Pois faça algum negócio envolvendo o campo e verá. A sua caminhonete, assim como qualquer carro que tentar dirigir, vai fundir o motor assim que você girar a chave de ignição. E você, Keegan, pode se preparar, porque os cupins que estão destruindo a casa do seu vizinho vão se mudar para a sua em dois tempos. Por fim, meu caro Hapgood, se você fizer algum negócio com o campo, sua mulher ficará com os cabelos verdes. — Ele franziu a testa e deu um passo para trás. — Estamos entendidos?
Oaker virou-se para Keegan e grunhiu:
— Quem ele pensa que é para falar com a gente desse jeito?
Mas Keegan e Hapgood puxaram-no pelo braço e começaram a voltar para a pousada.
Harry virou-se para Hermione:
— Estamos entendidos?
— Estamos. Mas não tenho intenção de sair daqui.
— Depois conversamos. Vamos almoçar.
Ele tomou-a pela mão e dirigiram-se para o bar.
— Por que está rindo? Já disse que não vou sair daqui — Hermione falou, irritada.
— Eu tive uma idéia genial. Por que não passamos o fim de semana em Nova York?
Mais uma vez, ela parou de andar.
— Eu morreria em Nova York!
— Que nada. Nova York é uma das maravilhas do mundo moderno. Como podemos voltar para Cyteron sem ter conhecido a Grande Maçã? Seria como visitar o Arizona e não ir ao Grand Canyon. Ou visitar o Egito sem ver as pirâmides! Não é concebível passar pela Terra sem ir a Nova York.
— Não sei… — Hermione murmurou.
— Nós poderíamos alugar uma suíte no Plaza. Imagine só… Passearíamos pela Quinta Avenida e pela Broadway. — Harry sorriu, cada vez mais empolgado. — Veríamos alguns museus e o Central Park. Cruzaríamos a ponte do Brooklyn. Jantaríamos no Le Cirque. Ou poderíamos ficar um dia inteiro no hotel, só fazendo amor… — Segurou o rosto dela entre as mãos e sussurrou:
— É isso que eu quero fazer com você, Hermione.
— Não, Harry. A viagem sairia muito cara.
— Dinheiro não é problema. Tenho fundos ilimitados.
— E você chamaria isso de uma viagem a trabalho?
— Trabalho, prazer… é tudo a mesma coisa nessas viagens intergalácticas. Pense bem. Seria a nossa lua-de-mel.
— Nós não somos casados.
— Podemos nos casar em Nova York.
Ela não pôde impedir que um sorriso lhe aflorasse nos lábios. Era impossível resistir ao charme dele. Ficava surpreendida ao pensar que a vida podia ser tão excitante ao lado de Harry.
— Você é mesmo impossível. Está bem, eu vou.
Ele sorriu, e o calor de seu sorriso fez com que Hermione fosse transportada para um paraíso de luz.

N/A: E aí gente, o que será q esses dois vão aprontar em NY???
Aguardem e comentem!!

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS (Confessem q estavam com saudades deles...):

Pontas Dolls Potter: Leitoras novas são sempre bem-vindas! Espero q vc esteja realmente gostando da estória pq eu estou amando adaptá-la. Tb estou começando fic nova hj... corre lá e dá uma olhada! Mto obrigada! Bjosss

Binha_bst: Vcs pedem e eu atendo! Novo capítulo postado!! Seja bem-vinda e continue comigo agora q a fic tah acabando pq eu vou começar novas adaptações! bjos!

Andréa Pismel da Silva: Vc nunca me abandona neh??? E isso me deixa mto mto mto feliz! Faltam só dois capítulos agora, mas tem fic nova na área. E a estória é uma gracinha! Qto a fic atual, eu acho q deu pra perceber q a mione já começou a aceitar a sua porção cyterioniana e está pensando sobre ir pra lá! Veremos... Mto Obrigada! Bjos

PAULA POTTER: Quando eu li a estória, tive uma mega surpresa ao descobrir q ele era Alien!!! Mas como sou uma super fã de Arquivo X, acabei achando legal. Só q eu tive medo q vcs não gostassem... Fiquei super feliz com a aceitação da galera! Continue acompanhando pq está na reta final! Mto Obrigada! Bjos

Robert's: As revelações chocam não é??? Me chocaram tb qdo eu li... Mas de qualquer forma, a gente sempre tah torcendo por eles neh... A fic tah acabando, faltam só dois capítulos! Mto Obrigada! Bjos

Jéssy Nefertari: Poxa, mto legal isso de ninguém ter desconfiado q ele era um alienígena!!! Eu achei super criativo, mas qdo li me assustei... Tb achei maldade a lavagem cerebral! Pow, os caras tavam apaixonados neh... Será q a mione vai pra cyteron??? deu pra perceber q ela está pensando sobre o assunto neh...Jéssy, minha rotina é um horror... Quer um conselho??? nunca faça isso! Qto ao problema do pc, ele pegou um vírus q fazia travar e excluia arquivos... uma merda! tinha q formatar eu não tenho tempo nem paciência pra isso. mas tem um amigo meu q gosta tanto, q formata o dele uma vez por mês! huahuahuaua... Aí, eu pedi pra ele fazer isso pra mim! Não esquenta com os erros de ortografia, eu sei como é isso, sempre dou uma olhadinha aqui na Floreios qdo estou no trampo! Mto obrigada pelo coment! Bjão

AGRADECIMENTOS AOS FANTASMINHAS!!! MAS SAIBAM QUE EU NÃO TENHO MEDO DE FANTASMAS. PORTANTO, VOCÊS PODEM APARECER E COMENTAR À VONTADE, HEIN....

N/A2: FIC NA RETA FINAL.... FALTAM DOIS CAPÍTULOS! E, AINDA HOJE, FIC NOVA NA ÁREA!

LINK DA FIC NOVA "A Felicidade Bate À Porta": http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=27668

POR FAVOR, DÊEM UMA OLHADINHA!!!

BEIJOS E ATÉ SEMANA Q VEM!!!

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