CAPÍTULO V



CAPÍTULO V


Quarta-feira era o dia das vagens. Harry fazia a colheita, enquanto Hermione as escaldava em água fervente com sal e as guardava em grandes vidros, que ia enfileirando num aparador de madeira. Harry executava suas instruções à risca, e com inopinada destreza. Lavava as vagens em água e vinagre e cortava bem rente as extremidades. Depois colocava-as em vasilhas dispostas meticulosamente sobre a mesa. Em mais de uma ocasião, Hermione virara-se para fazer algo e descobrira que Harry havia se antecipado e feito o trabalho por ela.
Harry estava sendo uma ajuda e tanto. Por outro lado, era preciso confessar que ele também tirava-lhe toda a concentração. Quando a tarde já ia pela metade, por exemplo, tirou a camisa para ficar mais à vontade. A visão de seu peito nu, reluzente de suor, perturbou-a tremendamente. Mas quem poderia culpá-lo por isso? Trabalhava sob um sol tórrido e era natural que sentisse calor.
Mas Hermione estremecia quando Harry se aproximava. E se ressentia quando ele não estava por perto. Era um tormento. Jurara a si mesma que não ficaria a olhá-lo furtivamente. Seus olhos, porém, a traíam. E suas pernas também, pois insistiam em levá-la para junto dele, sob os pretextos mais fúteis. Veio a noite. E, com ela, um quarto crescente no céu, que esparramava o tênue luar sobre a terra. Os dois sentaram-se na varanda. Bebiam chá gelado, desfrutando um merecido descanso.
— O que você espera da vida? Quero dizer, num futuro mais distante — Harry perguntou.
Ela refletiu um pouco e concluiu que o que estava por vir era uma incógnita.
— Não é possível falar em metas para um futuro distante. Um objetivo que hoje é absolutamente plausível pode parecer sem sentido amanhã. Coisas imprevistas acontecem, e as metas mudam. — Hermione riu. — Pelo menos, era o que dizia minha mãe. Ela acreditava que uma grande tempestade varreria a ilha e alteraria toda a sua conformação.
— E você, o que pensa disso?
— Acho muito improvável. Nem o efeito estufa e o aumento gradual do nível do mar poderiam causar uma catástrofe dessas proporções. Harry inclinou-se para a frente e lançou-lhe um olhar terno.
— Você não existe, sabia, Hermione? Vive isolada nesta ilha e, no entanto, é capaz de conversar sobre todos os assuntos. A cada dia você me surpreende mais.
— Isso não é nenhuma proeza. Não tenho acesso aos jornais do dia, mas ouço o rádio, vejo tevê, leio livros. Esse são os meus canais de informação.
— Notei que há livros muito antigos na sua estante. Pertenciam à sua mãe?
— Sim. Ela gostava muito de clássicos. Os Irmãos Karamazov era o seu romance predileto. Releu-o inúmeras vezes.
No silêncio da noite, um grilo começou a cricrilar. O ar estava fresco e agradável, pontilhado de vagalumes que iam de um lado para outro, como minúsculas lamparinas guiadas por mãos invisíveis, derramando centelhas de luz esverdeada por onde passavam.
— Fale-me mais de sua mãe. Como ela morreu?
— Ficou doente.
— Como?
— Não sei. Simplesmente adoeceu. — Hermione sorveu um gole de chá, pouco à vontade. Raramente relembrava a morte da mãe, pois isso a frustrava e causava-lhe uma terrível sensação de impotência. Nessas horas, sentia-se pequena e miserável. — Ela parou de comer e passava os dias prostrada. Era como se as suas energias estivessem se esvaindo pouco a pouco. Tentei tratá-la de todas as formas, mas nada funcionava. Sugeri que procurássemos um médico no continente, mas minha mãe se recusou a me acompanhar. Pesquisei várias ervas e testei novos recursos. Nada adiantou. Ela foi ficando cada vez mais fraca e, numa manhã, quando fui acordá-la, estava morta. Nem tive chance de me despedir dela.
— Eu sinto muito — ele murmurou, após uma pausa. Não havia muito mais a dizer.
— Foi difícil para mim. Não compreendia e não compreendo até hoje o que aconteceu. Ela sempre foi saudável. As poucas vezes que adoeceu, soube como se tratar. Só que daquela vez, não conseguiu se curar. E eu não tive competência para salvá-la.
As lágrimas rolaram por seu rosto devagar. Logo, Hermione foi sacudida por soluços. Baixou a cabeça e encolheu-se.
— E você se culpa pela morte dela? — Havia uma nota de incredulidade na voz de Harry.
— É claro que me culpo. Ela me ensinou a arte de curar, e fui incapaz de salvá-la. Quando minha mãe mais precisou de mim, eu falhei.
— Ela tampouco soube como se tratar. Por que, então, você se culpa? Talvez o seu mal fosse incurável.
— Ela ficava me dizendo que havia chegado sua hora. Eu não a entendia. Era jovem demais para morrer. Tinha só quarenta anos…
Hermione meneou a cabeça, inconformada, com os olhos perdidos na floresta e o copo esquecido na mão. A indignação voltava a acossá-la, tão vivida como naquela manhã em que sua mãe falecera.
— Você acredita na vida depois da morte? — Harry perguntou.
— Não sei — ela respondeu, num fio de voz.
— E sua mãe?
— Sim. De uma certa forma, parecia ansiosa para morrer. E foi isso que mais me magoou.
— Acha que sua mãe estava ansiosa para abandonar você? Não, Hermione. Às vezes, quando uma pessoa sabe que o seu fim está próximo, tende a desejar que essa etapa se cumpra logo.
— E você? Acredita na vida após a morte?
— Acredito. Mas tenho um conceito diferente para a morte. Eu a defino como uma mudança de forma, nada mais que isso.
Ela soluçou. Enxugou o rosto e olhou-o, com expressão interrogativa.
— Uma mudança de forma?
— Sim. Do plano físico para o não-físico. O espírito deixa marcas nas pessoas que permaneceram vivas.
— Isso não é exatamente vida depois da morte, Harry. — Ela ensaiou um sorriso. — É só a influência de uma pessoa que permanece nos seus entes queridos. Mas, quando eles morrerem também, não restará mais nada.
— Não concordo, porque eles vão passar essa influência para outra geração.
— Mas aí já será um efeito diluído, dificilmente reconhecível.
— E o que isso importa? Para uma bruxa, você é muito cética e racional. Existem tantas coisas que escapam ao nosso conhecimento limitado! Veja o caso da reencarnação. Ou de um corpo terreno que se transforma e é capaz de viajar pelas galáxias.
— Explique melhor. Não estou entendendo aonde você quer chegar.
Ele colocou o copo ao pé da cadeira e cruzou as pernas. A fragrância da vegetação exuberante invadiu suas narinas, com uma sutil combinação de aromas adocicados e acres. Inspirando profundamente, Harry abanou a cabeça.
— Não, não. Você vai me achar louco.
— Não se preocupe. Vá em frente.
— Está certo. — Ele deu um longo suspiro. — A Terra faz parte do sistema solar que, por sua vez, integra a Via Láctea. E a Via Láctea é apenas uma dentre as diversas galáxias que compõem o universo.
— Isso é o que os cientistas dizem. Eu nunca estive lá para confirmar.
— Pois eu lhe digo que há formas de vida em certas galáxias, algumas delas muito mais avançadas que as encontradas na Terra. Esses seres extraterrenos visitam o planeta de tempos em tempos.
— Do que é que você está falando, Harry? De invasões alienígenas comandadas por marcianos verdes? É um absurdo!
A perplexidade se estampava no rosto de Hermione. Mas estava disposta a ouvir a teoria dele até o fim. Era sempre divertido conversar com Harry, mesmo que o assunto fossem alienígenas como os que apareciam nos desenhos animados japoneses.
— Não me referi a marcianos, mas a pessoas que abrigam a alma de seres de outros planetas. Quando os seus hospedeiros morrem, os alienígenas reassumem a forma original.
— E os hospedeiros estão cientes de abrigar a alma de seres do outro mundo? — Hermione inquiriu, divertida.
— Em geral, não. Mas, quando a pessoa está para morrer, o alienígena dentro dela se conscientiza da sua condição.
— Então não há vida após a morte para o ser humano.
— Claro que sim. Se o ser humano foi um hospedeiro, o alienígena continuará vivendo depois que o seu corpo perecer.
— Mas aí, tecnicamente, não terá havido nenhuma morte de fato. Não, Harry, isso não passa de um jogo de palavras. Se você me dissesse que o hospedeiro morre e a alma alienígena volta para um planeta distante e reencarna na sua forma original, isso, sim, seria vida após a morte.
Harry ficou quieto por alguns instantes, ruminando. Depois, levantou-se e postou-se ao lado dela.
— Podemos providenciar isso.
— Você é mais louco do que eu imaginava! — E Hermione deu uma gargalhada, enquanto apanhava os copos e os dois se encaminhavam para a sala.

Quinta-feira era o dia dos grãos e hortaliças. Como na véspera, Harry se ocupou da colheita e Hermione ficou na cozinha, lavando verduras e preparando pratos para congelar. Depois ela deixou-o com seus afazeres e foi até o campo para ver os pôneis. Cansada de trabalhar, acomodou-se na sua pedra favorita e tirou a flauta do bolso.
Na cadência da melodia, não ficou nem um pouco surpresa com as mensagens que sua própria música lhe transmitia.
Ela gostava de Harry. Muito. Apreciava as maneiras gentis dele, sua força e sua sensibilidade. Com Harry, a conversa fluía com facilidade. Era bom ouvi-lo, olhá-lo, estar perto dele… Hermione guardou a flauta e sentiu muito medo, porque teve o pressentimento de que estava irremediavelmente apaixonada.
Quando os grãos e hortaliças estavam limpos e devidamente embalados, Harry pediu que Hermione lhe mostrasse a ilha. Então, deixaram a cabana e caminharam até as falésias que ficavam na direção do continente. Como o dia estava claro, avistavam-se as ilhas vizinhas e, longe, na linha do horizonte, a terra firme. Sentaram-se lado a lado na beira de um rochedo. Harry passou o braço pelos ombros dela e indagou:
— Já esteve em Bangor?
— Já. O laboratório onde mandei analisar as folhas das faias fica lá. — Hermione aconchegou-se a ele, com os olhos vagando pela paisagem.
— E Portland?
— Não conheço.
— Nova York?
— Também não. Eu nunca conseguiria viver numa metrópole, Harry.
— Mas não tem nem curiosidade de visitar as cidades grandes? Ela considerou a possibilidade. Depois, balançou a cabeça num gesto negativo.
— Não, acho que não. São muito agitadas. Eu provavelmente me sentiria perdida…
Hermione ergueu um pouco o rosto para fitá-lo. Os olhos verdes eram profundos, a boca, bem feita, e o perfume de sua pele provocava-lhe uma espécie de vertigem. Embaraçada, desviou o olhar para o mar.
— E você, já foi a essas cidades?
— Também não. Mas gostaria de conhecê-las algum dia. Hermione deu um suspiro.
— Tenho certeza de que ainda verá muitos lugares. Você é mais arrojado que eu. — Ela indicou um ponto longínquo. — Está vendo uma mancha escura com três cumes?
Harry estreitou os olhos e espiou na direção que Hermione lhe apontava.
— Acho que sim. Fica na frente da ilha maior, não é?
— Isso mesmo. Debaixo dos cumes há um gigantesco rochedo submerso. O barco de meu bisavô foi destruído ao se chocar contra ele. Meu bisavô foi trazido a Pride pela correnteza.
— Foi sua bisavó que cuidou dele?
— Sim. Acolheu-o na cabana e tratou dos seus ferimentos.
— E depois eles fizeram um bebê. É uma história bonita. Hermione fez uma careta e sacudiu os ombros com descaso.
— Nem tanto. Meu bisavô partiu no dia seguinte.
— E quem foi seu avô?
— Um caçador que se feriu com a própria espingarda perto do campo. Minha avó cuidou dele, mas ficou ao mesmo tempo furiosa, porque ele poderia ter matado um dos pôneis com a espingarda.
— Os pôneis selvagens já estavam aqui desde aquela época?
— Não se sabe exatamente quando apareceram pela primeira vez na ilha. Há teorias sobre o deslocamento de terras da Escandinávia, que teriam trazido os pôneis para cá. Mas ninguém pode afirmar nada com certeza.
— Sua avó só teve uma filha? Hermione assentiu com expressão de desgosto.
— A bala passou de raspão pela perna de meu avô. Assim, ele teve energia suficiente para seduzir minha avó e também partir no dia seguinte. Ela nunca mais quis saber de nenhum homem.
— Parece que as mulheres da linhagem Granger são especialistas em amores fugazes, não?
— Comigo vai ser diferente. Os "amores fugazes" não estão nos meus planos. Definitivamente, não.
Ele cingiu-a nos braços e afagou-lhe os cabelos, que o vento ondulava com seu sopro.
— Como vai fazer, então, para ter o seu bebê?
— Talvez eu nunca tenha filhos. Não levo muito jeito com crianças.
— Mas, nesse caso, o dom das mulheres da sua família vai ficar perdido para sempre.
— É uma fatalidade. Nossa habilidade já está se esgotando há muitas gerações. Tenderá a desaparecer, quer eu tenha filhos, quer não.
Harry não compartilhava a mesma opinião. Olhou-a com ar de dúvida.
— Na minha opinião, você está em ótima forma. Quando passei no mercado, ouvi comentários de que o filho de Draco tinha ficado muito doente, mas já estava se recuperando. Obviamente, ninguém mencionou o seu nome, mas a verdade é que o garoto sarou graças a você. Deveria ter mais confiança em si mesma. Talvez esse seja o segredo do poder das suas antepassadas. O que acontece agora é que você é bombardeada por notícias sobre a medicina moderna e passou a menosprezar seus próprios métodos.
Um ligeiro sorriso aflorou aos lábios de Hermione. Estava gostando do que ele dizia e, sobretudo, da maneira convicta como lhe falava.
Harry arrematou:
— Se eu fosse você, pensaria seriamente em ter um filho. Seria uma pena interromper a linhagem dos Granger.
Ela continuou sorrindo, a fim de mascarar sua consternação.
— E como vou conceber um filho?
— Posso ajudá-la nisso — ele declarou e, por um segundo, Hermione ficou com a respiração em suspenso.
— Não — retorquiu prontamente.
— Por que não?
— Porque depois você iria embora e eu ficaria sozinha com a criança.
Num primeiro momento, Harry guardou silêncio. Depois sussurrou:
— Eu poderia levá-la comigo.
— Eu não sobreviveria fora daqui — Hermione replicou, com veemência. — Você sabe que tenho dificuldade de me relacionar com as pessoas.
— E quem falou nas outras pessoas? Estou falando de mim. Eu tomaria conta de você. Não quer tentar? — O braço de Harry deslizou para a cintura dela e trouxe-a para mais perto.
— É uma proposta tentadora, Harry, mas não posso sair daqui. Os pôneis precisam de mim. Não há ninguém para defendê-los.
— Os pôneis passarão muito bem sem você.
Dito isso, ele não argumentou mais.
Correu os dedos suavemente pelo braço dela. Hermione aninhou-se nos braços fortes com uma sensação de plenitude. Poderia ficar ali, naquela posição, para sempre.
Então Harry passou a mão sob o queixo dela e obrigou-a a fitá-lo. Os olhos verdes fixaram-se em seu rosto e acariciaram seus lábios rubros. Harry roçou os dedos na boca entreaberta dela e beijou-a de leve.
Hermione queria resistir, mas sabia que aquele momento fora predestinado. Sentia os lábios macios e quentes de Harry de encontro aos seus, causando-lhe um delicioso tormento. A língua dele era aveludada e explorava sua boca com movimentos lentos, insinuantes, que Hermione acompanhava instintivamente. Ela experimentava uma comoção interna, como se todas as barreiras que tinha dentro de si estivessem se rompendo a um só tempo. Um fogo ardente a consumia, como se estivesse sendo queimada viva. Era um fogo purificador, que lhe provocava renovadas emoções. Hermione estremeceu, inebriada com aquele diálogo mudo que suas bocas unidas estabeleciam, fazendo confidências, trocando sentimentos intensos.
Ele deslizou a mão para o seu seio e acariciou-o com uma sensualidade embriagadora. Hermione sentiu uma onda de languidez e volúpia. Queria fundir-se ao corpo de Harry, e seu desejo era tão imperioso que a aterrorizava. Teve medo de perder o que restava de suas defesas e trilhar um caminho sem volta.
Mas ele já estava sussurrando palavras de amor e paixão ao seu ouvido, fazendo-a render-se ao toque mágico daquelas mãos que percorriam seu corpo, detendo-se nos pontos mais sensíveis com assombrosa precisão.
— Desde o primeiro momento em que a vi, eu quis fazer isso… Está vendo? Minhas mãos foram feitas para amar você.
A resposta de Hermione foi um beijo prolongado e impetuoso. As mãos de Harry escorregaram por sob a blusa e procuraram sua pele nua. O corpo dela pulsou àquele contato tão longamente esperado, e Hermione perdeu a noção de onde estavam. Mal percebia que haviam se levantado da rocha e agora se abraçavam com ânsia febril. Harry acompanhou o contorno de seus quadris e lhe tateou a parte interna das coxas. Ela exalou um suspiro entrecortado, arfando pesadamente.
Harry começou a desabotoar-lhe a blusa. Quando chegou ao último botão, Hermione sentiu a brisa do mar em sua pele abrasada. Cerrou os olhos com força, envergonhada do próprio corpo. Não sabia se Harry o apreciaria. Se pudesse, naquele momento trocaria de identidade e se transformaria numa atriz glamourosa, como as que apareciam constantemente nos filmes.
Ele depositava beijos suaves em sua nuca, em seu pescoço, em seu colo dourado. O membro rijo, que ela sentia de encontro ao corpo, era a prova de quanto a desejava. Num derradeiro rasgo de consciência, Hermione colou-se a Harry, para evitar que ele continuasse a atiçá-la daquele modo, e recostou a cabeça no ombro largo, respirando com dificuldade. Seu corpo foi-se acalmando gradativamente, até que se sentiu capaz de fechar a blusa com gestos dissimulados e afastar-se, por fim, dele.
Harry emoldurou-lhe o rosto entre as mãos morenas e sorriu com infinita doçura:
— Você está completamente louca se pensa que teria sido melhor com uma atriz qualquer.
Então ele, tinha mesmo o poder de ver através de sua mente. A constatação não abalou Hermione. Essa era apenas mais uma das peculiaridades de Harry.
E tudo o que Hermione queria, agora, era que ele ficasse a seu lado para sempre. Mas, pelo visto, o destino de suas antepassadas estava prestes a se repetir. O homem que ela amava também deixaria a ilha. A única diferença é que havia passado mais de uma noite ali.
— Ei, quem disse que eu vou embora? — Harry perguntou, correndo os dedos por seus cabelos sedosos.
— Como você consegue fazer isso?
— Isso o quê?
— Ler os meus pensamentos.
— Faz parte da minha porção alienígena. Você gosta? — Ele sorriu, e o brilho de seus olhos verdes tornou-se mais intenso.
— Não gosto, não. — Hermione não sabia se ficava zangada ou se o abraçava. — Isso é invasão de privacidade.
— É a sua porção humana que está ditando essa reação. Os terráqueos são obcecados por privacidade e outras bobagens.
Com efeito, ele era maluco, Hermione pensou. Mas não conseguiu fazer mais que olhá-lo com adoração.
— Prometi que lhe mostraria a ilha. Há uma caverna perto daqui. Quer vê-la? Harry arregalou os olhos e gracejou:
— Uma caverna de piratas?
— Bem… não sei se os piratas costumavam ir lá, mas o lugar está cheio de morcegos.
Ele arregalou os olhos ainda mais. Um sorriso travesso brincou em seus lábios.
— É disso que você precisa, querida. Esqueça o esterco e se concentre nos morcegos. Não, tenho uma idéia melhor: eu pensarei nos morcegos e você, no esterco de vaca. Assim, vamos expulsar esses empresários do campo num piscar de olhos…


N/A: Gente, me desculpem mais uma vez por não ter postado na semana passada, mas é que eu tô muito ocupada mesmo! Mas vamos agora aos comentários sobre esse capítulo: Primeira vez que eles realmente ficaram neh... LINDO DEMAIS!!! O Harry sabe seduzir de uma forma avassaladora, impossível de resistir! Mas ele é meio pirado neh, fala umas coisas muito sem noção às vezes!! hauahuahuahuau

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS PARA:

PAULA POTTER: Gostou do capítulo 5??? Muito lindo neh? A mione parece q tah ficando menos lerda agora.... Já até descobriu que está apaixonada! Vamu ver no q isso vai dar neh...

Andréa Pismel: Ai, como eu queria que essas ilhas viessem com endereço... Se ele tem poderes??? Não sei... O que você acha? Gostou do capítulo 5? Espero que sim e fico mto feliz em saber q vc não pensa em abandonar a fic!

Adriana Paiva: O Harry é mesmo um máximo neh??? Bom, qto a quem usa os poderes, isso é uma looooonga história! Espero q tenha gostado do capítulo 5!

Robert's: Eu tenho lá as minhas dúvidas de se um dia ela vai falar "fica pra sempre"! mas enfim.... eu amo eles juntos!!! e aí, o q vc achou do capítulo novo?

Tata: Eu tb não seria tão prestativa se fosse a mione... Gente igual ao Draco não merece! mas tadinho do filho dele neh.... O Harry é um cara fantástico, e tem muitas outras qualidades dele que vc ainda vai conhecer... Continue acompanhando!

N/A2: Gente, é impressão minha ou o número de comentários caiu? Isso me deixa mto triste... Espero que não seja por eu ter demorado a atualizar, pq prometo q isso não vai mais acontecer!

Boa semana para todos!
Nos vemos na semana q vem....

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