O décimo oitavo aniversário
Os dias se arrastaram enquanto Harry, Rony e Hermione esperavam a resposta de seus pedidos de readmissão em Hogwarts. Já fazia quase um mês desde o seu requerimento e os três estavam mais ansiosos a cada dia.
- Hermione, querida, quando o correio chegar eu aviso vocês – disse a Srª. Weasley quando Hermione se dirigiu mais uma vez à janela para observar o céu em busca de um minimo vestígio de uma coruja.
- Ah, eu sei, mas é que essa espera está me matando! - disse ela sem tirar os olhos do céu – Será que é tão difícil assim responder três pedidos de readmissão? - completou.
A Srª. Weasley revirando os olhos para cima com um sorriso não respondeu. O clima tinha melhorado muito nas últimas semanas: Gui, Carlinhos e o Srº. Weasley tinham voltado ao trabalho e isso ocupava suas cabeças para pensarem menos na morte de Fred, e Percy surpreendeu a todos ao recusar o trabalho que Kingsley lhe oferecera no Ministério no meio de um jantar em uma noite no início de julho:
- Obrigado, Kim, mas vou ter que recusar. - disse ele – Acho que o poder não me faz bem. Andei conversando com o Jorge sobre a loja de logros que ele abriu com Fred e percebemos que ele precisaria de ajuda para administrar o negócio, ou seja, estou entrando no negócio da família.
- Claro que ele não tem a genialidade do Fred para brincadeiras – disse Jorge – mas tenho a esperança de que com o tempo ele consiga aprender alguma coisa útil. - completou o irmão com um cutucão nas costelas de Percy que riu.
- É, claro Jorge, mas é isso Kim. - disse Percy calmo e sorridente, como se a notícia de que ele iria trabalhar com Jorge fosse normal.
- Bem, fico feliz com a sua decisão, Percy, mas se mudar de idéia sempre teremos um cargo para você no Ministério. - disse Kingsley.
- Acho que o Percy tá com início de varíola de dragão, primeiro sintoma: loucura crônica. - cochichou Rony para Harry.
Desde então Percy estava morando com Jorge no quarto dos fundos da Gemialidades Weasley no Beco Diagonal. A Toca passava a maior parte do dia com cinco habitantes: Rony, Hermione, Harry, Gina e a Srª. Weasley. Eles se dividiam nas tarefas de casa, e quando não havia nada para fazer passavam as horas livres jogando quadribol em duplas, xadrez de bruxo ou jogando conversa fora, isso quando Harry e Gina não davam suas escapadas - agora mais demoradas e recorrentes – para ficarem a sós.
No jantar após mais um dia sem a tão esperada resposta de Hogwarts o Sr. Weasley perguntou:
- E então Harry, o que vai querer para amanhã?
- O que vou querer? Como assim? - perguntou Harry
- Ih, Harry, tá com amnésia é? Seu aniversário é claro – disse Gina
- Ah, isso. Bom, não quero nada, quero apenas completar 18 anos. - respondeu ele
- Ah, mas é claro que temos que comemorar querido, vou chamar a todos, inclusive seus pais Hermione. - disse a Srª Weasley sorridente.
- Meus pais? Ah, seria maravilhoso, mas...
- Não se preocupe querida, eles já estão a caminho chegarão amanhã de manhã – disse o Sr. Weasley. - Então Molly, o Ministro também está convidado? - completou ele com uma piscadela.
- Ora, não seja ridículo Arthur, é claro que Kingsley não pode faltar e também já convidei Andrômeda, ela virá com Teddy. - respondeu a Srª. Weasley levantando-se e retirando os pratos sujos com um aceno de varinha.
- Eh, não quero que se ocupem demais, já dei trabalho o bastante para uma vida inteira para vocês – disse Harry sem conseguir esconder o tom de súplica na voz.
- Não é ocupação alguma querido, não se preocupe. Agora, não precisam me ajudar com a louça podem subir meninos. - disse a Srª. Weasley se dirigindo à cozinha enquanto o Sr. Weasley a companhava.
- Bem, você sabe que não dá pra fugir quando mamãe que fazer alguma coisa. - disse Gina a Harry quando já estavam no quarto de Rony.
- E que legal seus pais virem não é Mione! - exclamou Harry para a amiga.
- É, estou tão ansiosa, não os vejo a tanto tempo, vai ser ótimo. - respondeu a amiga com um olhar sonhador.
- É, Rony, então você vai ter a oportunidade de falar com os pais da Mione oficialmente, não é? - perguntou Gina com um sorriso malicioso.
- Falar? Falar o que? - perguntou Rony aturdido
- Ora, falar que você estão juntos, afinal vocês estão não estão? - perguntou Gina com um olhar penetrante.
- Claro que estamos, não estamos, Mione? - perguntou Rony
- Estamos, claro, eh... - disse Hermione muito corada.
- Mas afinal, a ocasião não serve só para mim, não é Harry? - perguntou Rony
- Ah, que? - disse Harry sem entender
- É claro que se eu posso assumir publicamente que estou com a Hermione, você também pode dizer que está com a Gina de uma vez por todas. - disse Rony conclusivo.
- Ah, pra você é fácil dizer, os pais da Hermione são só duas pessoas, mas a sua família Rony...Eu nunca parei para contar direito. - disse Harry com uma cara de quem nunca tinha se dado conta do fato até aquele momento.
- Ei, não vem com essa não Harry, se o Rony vai assumir com a Hermione porque você não pode assumir comigo? - perguntou Gina incisivamente.
- Gina, calma, eu não quis dizer que não vou contar pra todo mundo, mas é que, poxa, chega de pressão, não é? Já não bastou o Voldemort me perseguindo durante sete anos, agora vem vocês com essa história de assumir namoro, é muita coisa para um cara de dezessete anos.
E os quatro riram.
- Bom, chega desse assunto eu vou me deitar e você Gina vem? - perguntou Hermione.
- Vou sim, tchau Harry – disse ela dando-lhe um pequeno beijo na boca – e tchau pra você também imitação de trasgo. - disse ela para Rony.
- Tchau pirralha – respondeu o irmão. - Boa noite, Mione. - disse ele quando Hermione também lhe deu um beijo nos lábios.
- Bom, acho que essa hora chegaria não é mesmo? - disse Rony.
- É, eu já estava esperando. Vai pensando em como vamos falar isso pra todo mundo amanhã. - falou Harry bocejando.
- O aniversário é seu amigão, eu nunca pensei que diria isso, mas: se vira! - disse Rony virando para o lado da cama.
E Harry riu e dormiu pensando na notícia que teria de dar no dia seguinte, e seus sonhos foram imagens confusas, ora de uma coruja trazendo a notícia de que ele iria se casar com Gina, ora de McGonagall saindo da lareira e dizendo que eles não foram aceitos novamente em Hogwarts.
Harry ficou feliz de acordar na manhã seguinte com os pios de Pichi, ao abrir os olhos e olhar para a pequena coruja sentiu a dor que a lembrança de Edwiges lhe trazia, tentou tirar os pensamentos da coruja e olhou para os pés de sua cama e percebeu que havia uma pequena pilha presentes ali.
- Feliz aniversário. - disse Rony que estava sentado na cama ao lado.
- Obrigado. - respondeu Harry sorrindo e começou a desembrulhar os presentes.
Ali havia uma caixa com vários produtos da Gemialidades Weasley enviada por Jorge e Percy, um estojo de couro com vários frascos pequenos e grandes para preparo de poções que foi presente de Gui e Fleur, o tradicional suéter feito a mão pela Srª. Weasley, e um pequeno embrulho onde Harry leu uma letra pequena e garranchosa: “Para meu senhor Harry Potter”.
- Este é do Monstro. - disse Harry apreensivo lembrando do último presente que Monstro lhe enviara.
- Relaxa, agora ele gosta de você. - disse Rony acalmando o amigo.
Quando Harry abriu o pacote não acreditou no que seus olhos viam, ali estava em uma moldura talhada em madeira – Harry imaginou pelo próprio Monstro – a foto que vira pendurada na parede do quarto de Sirius quando estiveram no Largo Grimmauld no último ano. Como Monstro conseguira tirar a foto da parede pouco importava, o importante é que estavam ali: Tiago, Sirius, Remo e Pedro. Pontas, Almofadinhas, Aluado e Rabicho, os quatro sorrindo e acenando para ele.
- Mas que máximo, ele deve gostar muito de você! - exclamou Rony
- É, demais – disse Harry ainda admirando a foto antes de colocá-la em cima da mesinha ao lado de sua cama.
Muito bom mesmo, olha ainda falta o meu presente, o da Mione e o do meu pai, a Mione foi até o Beco Diagonal comprar esses deve voltar mais tarde. - anunciou Rony.
- Eu disse que não precisavam se preocupar com presentes Rony.
Cala a boca, Harry, qual é a graça de se fazer aniversário se não para ganhar presentes? - perguntou Rony abrindo uma caixa excepcionalmente grande de bombons enviada por Slughorn quando ouviram a Srª. Weasley gritar do andar de baixo:
- Harry, Rony, olhem pela janela, rápido.
Pelos calções roxos de Merlim o que é aquilo?! - exclamou Rony boquiaberto olhando para fora da janela.
Uma revoada de corujas se dirigia para A Toca, dezenas delas, algumas carregando pequenos envelopes outras grandes embrulhos e aos poucos foram pousando no jardim, no pomar, no telhado e onde mais houvesse espaço e logo toda A Toca estava tomada por corujas de diferentes cores e tamanhos. Quando algumas delas adentraram o quarto de Rony e assustaram Pichi, Harry retirou o envelope de uma delas e leu a quem estava endereçado: Harry Potter. E neste momento ele percebeu que este seria o aniversário mais longo e mais estranho que ele teria em toda a sua vida, e que o décimo oitavo aniversário poderia concorrer de perto com o décimo primeiro quando descobriu que era bruxo porque agora ele acabara de descobrir o que era realmente ser uma celebridade no mundo bruxo.
Gente obrigada por estarem acompanhando minha fic e espero que esteja correspondendo as expectativas. Logo postarei o sexto cap agora que arrumei a net aki em casa. muitos beijos
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