O RETORNO A HOGWARTS



CAPITULO DOIS
O RETORNO A HOGWARTS


No dia do retorno a Hogwarts, a Toca estava extremamente movimentada. A Sra. Weasley corria de um lado para outro distribuindo pilhas de roupas lavadas e pedindo que todos arrumassem seus malões para evitar atrasos e esquecimentos de última hora. Harry e Rony estavam no quarto terminando de arrumar suas coisas. Rony estava extremamente nervoso e andava de um lado para o outro do quarto, tirava e colocava coisas em seu malão o tempo todo, e já havia trocado de roupa pelo menos umas três vezes. Olhava-se no espelho e resmungava coisas como: “patético” e “extremamente ridículo”. Finalmente pareceu estar satisfeito com o que estava usando e voltou sua atenção para a arrumação do malão. Cinco minutos depois ouviram a Sra. Weasley chamá-los na cozinha e ambos desceram arrastando seus malões. Gina já estava pronta e os aguardava junto com a Sra. Weasley que vestia sua capa de viajem verde esmeralda bastante surrada. Ao olhar Gina, Harry ficou maravilhado com o quanto ela estava linda. Vestia uma calça jeans já bastante surrada, mas que se ajustava perfeitamente aos contornos do seu corpo, e uma blusa castanha que valoriza seus longos cabelos ruivos que estavam soltos e desciam em cascatas graciosas pelas suas costas, as mechas da frente do cabelo emolduravam perfeitamente seu rosto delicado. Ela parecia uma visão, um sonho. A Sra. Weasley esperou todos acomodarem seus malões na cozinha e informou que apesar de todos serem maiores de idade e terem idade para Aparatar, Gina ainda não havia feito seu teste e por isso eles iriam para a estação no carro que fora emprestado pelo ministério.
Depois que Voldemort foi derrotado, Kingsley foi nomeado Ministro da Magia e já havia começado a desenvolver uma profunda reforma no Ministério. Sua primeira providencia foi despedir todos os funcionários que estavam envolvidos de alguma forma com o Lorde das Trevas. Comensais da Morte foram julgados e mandados para Azkaban que agora não era mais guardada por dementadores. Os únicos que acabaram escapando foram os Malfoy, graças ao fato de terem colaborado (visando é claro seu próprio interesse), com o Ministério na captura de outros comensais. Kingsley também fez com que a descriminação aos nascidos trouxa fosse erradicada, e garantiu o fim das leis que privilegiavam os bruxos de sangue puro.
Enquanto eles caminhavam para chegar até a Plataforma 9 ¾ , Rony estava ainda mais nervoso, andava rápido e estava com o rosto bastante vermelho. Assim que atravessaram o portal Harry sorriu ao ver o magnífico Expresso de Hogwarts soltando fumaça. O clima era de intensa alegria. Ao olhar ao redor viu diversos colegas da Grifinória, que depois do fim da guerra estavam voltando para terminar os estudos. Simas e Dino estavam parados a um canto despedindo-se de seus pais. Neville estava com a avó que tinha um sorriso de orelha a orelha, exalando orgulho e satisfação pelo neto que havia sido tão corajoso. E segundo ela mesma gostava de dizer: - Estava fazendo jus ao talento e coragem dos pais. Não muito longe de Neville, o garoto viu uma garota de cabelos loiros muito sujos e olhar sonhador. Luna assim que viu Harry fez um pequeno aceno de cabeça que ele retribuiu, e não pode deixar de perceber que ela usava o costumeiro colar de rolhas, o que fez o garoto sorrir. Harry voltou-se para falar com Rony, e percebeu que amigo parecia totalmente petrificado como se tivesse sido enfeitiçado, ele estava olhando fixamente a um ponto não muito distante. Quando Harry virou-se para ver onde o ruivo olhava, ele apenas viu uma juba de cabelos castanhos se jogando sobre ele. Hermione estava bastante corada e sorridente quando o abraçou:

- Olá Harry como você está? Estou tão feliz de estar de volta.

Harry apenas murmurou algo como eu também, mas Hermione não estava mais prestando atenção nele e estava abraçando Gina. Depois com os olhos brilhando de alegria e satisfação e com um enorme sorriso nos rosto ela virou-se para Rony.

- Rony... Senti tanto a sua falta... Sussurrou já se adiantando para abraçá-lo. Rony simplesmente olhou para ela e respondeu sarcasticamente:

- Engraçado, sabia que não parece? E saiu dando as costas para a amiga e indo cumprimentar Neville.

Hermione ficou totalmente paralisada. Nos olhos diversas lágrimas foram brotando e ela olhou para Harry e Gina com uma expressão amargurada:

- Mas o que foi que eu fiz?

Harry encolheu os ombros, mas não disse nada. Gina abraçou a amiga e a puxou para a entrada do vagão. O garoto virou-se e foi se juntar a Rony e Neville que também se encaminhavam para a entrada do vagão. Começaram a procurar a cabine onde estavam as garotas. Ao entrarem Harry reparou que Hermione tinha os olhos bastante inchados e vermelhos. O olhar dela e de Rony se cruzaram. Rony sentiu as orelhas ficarem vermelhas e não sustentou o olhar indo sentar-se ao lado da irmã, Harry sentou-se ao lado de Hermione. Os momentos que se seguiram foram bastante constrangedores e Harry resolveu quebrar o gelo.

- Então Hermione como estão seus pais?

- Oh! Estão bem já voltaram a trabalhar e estão seguindo vida normal você sabe.

Nesse momento uma monitora de cabelos castanhos e muito cacheados da Lufa-Lufa que Harry conhecia apenas de vista entrou no compartimento:

- Granger! Weasley! Reunião dos monitores no vagão da frente apresem-se.

- Ok! Responderam Rony e Mione caminhando desanimados para a porta.

Mas foi só quando a porta do compartimento se fechou que Harry se deu conta de que estava sozinho com Gina, como a muito tempo não ficava. Aquilo fez suas entranhas revirarem e ele engoliu seco. Gina parecia totalmente alheia a tudo, mas quando percebeu que estava sozinha com Harry corou furiosamente. O cheiro do perfume floral da garota começou a afetar os sentidos dele. Sua vontade era segurá-la nos braços, protegê-la dizer o quanto sentia sua falta, mas não teve coragem. Foi quando Gina sentou-se ao seu lado.

- Você percebeu que coisa engraçada?Este ano estaremos na mesma série. E sorriu para ele.

Harry realmente não havia se tocado que como ele havia perdido o ano anterior, Gina o havia alcançado e agora dividiriam a mesma turma. A cabeça de Harry começou a divagar pensando que talvez eles pudessem sentar juntos nas aulas, fazer os trabalhos em conjunto...

- Verdade. Agora você vai ter que me agüentar durante suas aulas. E sorriu para ela

- Acho que não vejo problemas em assistir as aulas ao seu lado. Harry percebeu que eles estavam perigosamente perto um do outro.

- É acho que de agora em diante vou adorar assistir as aulas. Disse Harry se aproximando ainda mais dela, seu coração parecia que ia rasgar seu peito, seu estomago dava voltas e mais voltas, mas ele não ia recuar, não podia ele já estavam próximo demais. Gina sorriu e o sorriso dela fez com que Harry não conseguisse ver mais nada a sua volta, apenas Gina, os lábios dela, o cheiro dela, agora faltava tão pouco.

A porta da cabine se abriu com um estrondo e Harry e Gina se afastaram assustados imediatamente a garota pulou para o outro banco. Um Neville visivelmente constrangido adentrou na cabine.

- Er! Desculpe, mas será que eu não posso ficar aqui com vocês? É que todas as outras cabines estão lotadas.

- Tudo bem! Respondeu um Harry bastante sem graça.


***

Rony e Hermione seguiram para a cabine de monitores sem trocar nenhuma palavra. Hermione caminhava olhando fixamente para os próprios sapatos. Rony percebeu que mais lágrimas escorriam silenciosamente pela face da amiga. Ao ver isso ele se sentiu péssimo, parecendo que tinha acabado de levar um soco no estomago. Na porta da cabine dos monitores cruzaram com Malfoy.

- Ora! Se não é o meu casalzinho preferido Weasley e Granger! E ai Weasley como vai a sua família? Vocês continuam vendendo o almoço para pagar o jantar? Ou seu pai finalmente arrumou um emprego decente?

Rony espumou vermelho de raiva e ergueu Malfoy pelo colarinho, que tateava em direção da varinha que estava no bolso de suas vestes.

- Ora sua doninha de merda, vou fazer você engolir tudo o que falou da minha família.

Mas antes que algum deles fizesse alguma coisa o Monitor Chefe da Corvinal, Marcos Belby, um jovem corpulento de cabelos crespos e armados abriu a porta da cabine.

- Weasley! Malfoy! Que negócio é esse? Parem já com isso!

Rony largou Malfoy e entrou bastante irritado na cabine seguido por Hermione. Belby deu alguns avisos de começo de ano letivo e informou que todos os monitores das casas em pares deveriam fazer a ronda pelo Trem, revesando a cada uma hora. Rony e Hermione
Enquanto faziam à ronda eles não trocaram uma única palavra. Rony não agüentava mais aquele silêncio:

- Er! Como foi a sua viajem para a Austrália?

- Foi legal lá é um país incrivelmente fascinante. Conheci muitos lugares interessantes. Ela olhou nos olhos azuis de Rony e sentiu que poderia se perder neles. Sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ele continua lindo, as mesmas sardas que ela tanto amava o mesmo cabelo vermelho como fogo, o mesmo fogo que ela sentia arder dentro dela toda vez que seus olhos cruzavam com aqueles olhos azuis. Rony sentiu que ia explodir. O impacto daquele olhar parecia queimá-lo fundo na alma, como era possível amar alguém tanto assim?

- Uhm! E por um acaso você também conheceu alguma pessoa interessante?- Tarde demais Rony percebeu que havia falado a coisa errada. Hermione corou furiosamente de raiva e imediatamente adquiriu seu tom mandão.

- Meu único objetivo de ter ido para a Austrália foi para reencontrar os meus pais e diferente do que você possa imaginar tive muito trabalho para encontrá-los, por isso não tive tempo de ficar “conhecendo pessoas” no caminho.

Hermione girou nos calcanhares e saiu pisando duro em direção a cabine onde se encontravam Harry, Gina e Neville. Rony seguiu atrás dela, pensando em como ele era suficientemente incapaz de fechar a boca antes de falar besteira e estragar tudo.


***

Finalmente o trem começou a reduzir a velocidade e eles ouviram os colegas correndo para preparar a bagagem e os animas de estimação para o desembarque. Eles desceram para a plataforma e Harry olhou ao redor. De onde estavam, podiam ver perfeitamente o castelo e Harry começou a sorrir. Estava de volta ao lugar que ele mais amava, o lugar em que realmente ele se sentia em casa, onde havia vivido tantas coisas. Harry estava absorto neste pensamento e quase não ouviu Hermione o chamando para que fossem pegar uma carruagem.
Quando finalmente eles adentraram ao Salão Principal, ele viram que o teto estava enfeitiçado para parecer uma noite clara e estrelada de verão. Os quatro amigos foram se encaminhando para a mesa da Grifinória e Harry viu que enquanto percorriam o salão até a mesa, várias pessoas paravam para olhá-lo e cochichavam, outras o cumprimentaram até mesmo alunos que ele não conhecia vinham dar tapinhas nas suas costas e dar os parabéns. Não que Harry não esperasse por essa situação, afinal ele havia derrotado o temido Lorde das Trevas. Mas não se sentia confortável com aquele assédio todo, apesar de não ser nenhuma novidade em sua vida.
Ele sentou-se ao lado Rony e observou a mesa dos professores. Hagrid acenou alegremente para ele derrubando sua própria taça que mais parecia um balde, no colo do pequeno professor de feitiços e ouviu o amigo muito constrangido pedir desculpas ao encharcado professor e tentar limpá-lo com um lenço muito sujo. Viu o sorridente Prof. Horário Slughorn que com a morte de Snape saiu definitivamente da aposentadoria e voltou a lecionar poções. Mas sem dúvida nenhuma o mais incomum para Harry era ver a Professora Minerva no lugar de Dumbledore, não que ela não merecesse, mas era estranho não ter mais o professor sentado, com seus oclinhos de meia-lua, seu olhar sereno e calmo e seu sorriso bondoso recebendo os alunos e dando as boas vindas. A seleção das casas foi feita, e quando o ultimo aluno foi selecionado para a Sonserina, a Prof. Minerva levantou-se, e o salão imediatamente ficou em silencioso.

- Sejam bem vindos queridos alunos. Uma nova era está começando hoje em Hogwarts. O mal foi finalmente vencido e a paz reina absoluta. Sei que todos estão muito felizes, mas não posso deixar de lembrar que é importante que não nos esqueçamos de todas as pessoas que sacrificaram suas vidas e seus sonhos para que hoje pudéssemos desfrutar desta paz. Sei que muitos aqui perderam parentes e amigos nesta guerra, nossa escola em especial perdeu um dos seus maiores diretores, um homem de muita sabedoria inteligência e coragem. Por isso esta noite eu gostaria de propor um brinde a todos os fantásticos bruxos e bruxas que perderam suas vidas em busca de um mundo de paz e igualdade.

Todos os alunos e professores imitaram a diretora e ergueram suas taças.

- Que aqueles que lutaram com muita força, coragem e bravura jamais sejam esquecidos. E que jamais esqueçamos do que foi necessário sacrificar para conseguir essa paz.

Nesse momento Harry percebeu que a diretora, os professores e os alunos estavam olhando para ele e brindando em sua direção. O garoto sentiu-se verdadeiramente emocionado. Rony deu um tapinha amigável em suas costas, Hermione apertou sua mão e Gina deu um imenso sorriso para ele. Harry sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Sentiu-se muito grato, pois apesar de todas as perdas ele ainda tinha pessoas maravilhosas e amigos queridos que estariam sempre ao seu lado. A diretora voltou a falar e todas as atenções foram voltadas para ela, que deu mais alguns recados de praxe e o banquete foi servido. Todos estavam imensamente felizes. Harry olhou para Gina e sorriu. Ela sorriu de volta. Rony e Hermione também se olhavam e sorriam. A guerra havia trazido muita tristeza, mas ainda havia muito amor a ser compartilhado.

Depois do banquete os quatro amigos foram saindo e se dirigiram para a torre da Grifinória, caminhando alegremente e conversando amenidades. Rony e Hermione continuavam a não se falar, mas Harry percebeu que eles não paravam de trocar olhares o que ele viu como um bom sinal. Ao chegarem à sala comunal, todos foram se encaminhando aos dormitórios. A dia fora bastante cansativo. Naquela noite a paz e a tranqüilidade reinaram absolutas no castelo.



BOM O SEGUNDO CAPÍTULO ESTÁ AI, ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO E NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ESTAREI POSTANDO O PRÓXIMO CAPITULO EM BREVE.

LE

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