O AMOR E A GUERRA




Os primeiros sinais de um novo dia começavam a surgir. Alguns raios de sol entravam pelo vão da cortina da cama de Hermione. A garota abriu os olhos, mas não queria se levantar. Apesar do banquete maravilhoso que haviam tido na noite anterior, ela não conseguia esquecer do jeito frio que Rony havia a tratado na estação. Ao pensar em Rony uma lágrima teimosa deslizou sobre sua face no que ela enxugou rapidamente com a mão. Ela não conseguia entender por que ele havia a tratado daquele jeito. Nos três meses em que esteve fora não houve um dia sequer que pensasse nele. Ao pensar nisso mais lágrimas insistiam em deslizar pelo seu rosto. A menina abriu o cortinado e sentou-se na cama enxugando os olhos. Levou tanto tempo para tomar coragem de se declarar e beijar Rony, que naquele momento ela sentia que havia sido tudo em vão. Ao pensar isso lhe veio a lembrança do beijo. Ela fechou os olhos e começou a lembrar daquele momento. Ela se atirando no pescoço de Rony e ele erguendo-a do chão. Os corpos colados. Quando seus lábios se tocaram, ela sentiu como se um turbilhão a arrastasse dali. Não havia mais guerra, não havia mais nada, apenas eles. Um beijo que foi muito esperado muito desejado e que seria eternamente inesquecível. Lembrou-se do gosto de beijo dele, o cheiro do cabelo dele, às mãos de Rony segurando sua cintura, envolvendo-a. Ela seria capaz de morrer ali naquele momento único e sublime.

- Acho que alguém viu um passarinho verde.

Profundamente envergonhada Hermione abriu os olhos e viu Gina com um sorriso malicioso no rosto, de pé em sua frente olhando para ela.Corou furiosamente, deu um salto da cama e colocou-se de pé.

- Não imagina, estava apenas pensando em algumas coisas sem importância. Tentou disfarçar.

A ruiva fez uma cara que dizia “você acha que me engana” e respondeu - Não sei por que, mas acho que estas “coisas”, colocando um dedo no queixam com cara pensativa - que você tanto pensa é alta ruiva, bastante tapada e é meu irmão. E sorriu para ela.

Hermione jogou-se na cama e suspirou - É não adianta mesmo não consigo disfarçar. Você viu como ele me tratou lá na estação.

Gina sentou-se ao lado da amiga e suspirou – É realmente o que ele fez na estação não foi muito simpático mesmo.

- E depois ainda veio me pergunta se eu havia “conhecido alguém” na viajem vê se pode.

- Mione, você precisa entender o meu irmão. Você sabe o quanto o Rony é inseguro. Vocês ficaram três meses sem se ver, ele ficou com medo que você o tivesse esquecido.

- Exatamente por isso que ele não precisava me tratar assim. Ele não tem idéia do que eu passei nesses três meses sozinha num país estranho sem saber se conseguiria reencontrar meus pais novamente.

Mais lágrimas escorreram do rosto de Hermione. Gina abraçou a amiga.

- Quero que você saiba que estou do seu lado para o que você precisar. Tenho certeza que tudo isso é passageiro e vocês vão se entender. Meu irmão é cabeça dura, mas gosta muito de você e vai acabar caindo em si.

- Obrigada Gina. Não sei o que eu faria sem você. E deu pequeno sorriso para a amiga.

- Então agora levanta dessa cama e se arruma, pois hoje é nosso primeiro dia de aula juntas, esqueceu que agora estamos no mesmo ano?E não podemos chegar atrasadas não é mesmo?


***

Rony havia acordado assustado naquela manhã. Durante a noite havia tido um pesadelo que envolvia Hermione um australiano bonitão e muitos cangurus. Ele estava extremamente chateado por ter brigado com Hermione. Tinha horas que ele não conseguia acreditar o quanto ele conseguia ser imbecil. Passou anos apaixonado por ela sem ter coragem de se declarar e quando as coisas finalmente começaram a se acertar, ela o abandonou por três meses. Ele sabia que ela havia ido em busca dos pais, mas por que não quis que ele a acompanhasse? Será que ele era tão insuportável? Mas também o que havia feito para ela na estação não foi o que possamos chamar de uma “recepção de boas vindas”. Rony olhou para o lado e viu que Harry tinha acabado de acordar.

- Dia Rony!

- Dia Harry! Disse ele desanimado.

Harry sabia exatamente por que o amigo estava assim, ou melhor, por quem ele estava assim, mas achou que aquele não era o momento apropriado para falar alguma coisa. Ele sabia o quanto o amigo podia ser explosivo quando se tratava desse assunto. Os dois se arrumaram em silêncio passaram pelo buraco do retrato e caminharam para o salão. Quando chegaram Hermione e Gina os aguardavam. Eles sentaram-se na mesa. Rony cumprimentou Hermione e sorriu para ela. Os olhos da garota brilharam e ela sorriu de volta e todos tomaram o café conversando animadamente. Hermione olhou para o relógio e viu que eles estavam em cima da hora para a primeira aula do dia que seria de poções. Eles levantaram-se apressados. Gina que estava completamente absorta em seus pensamentos levantou-se assustada derrubando todo o seu material. Harry adiantou-se para ajudá-la, os dois abaixaram-se e começaram a juntar uma infinidade de livros, penas, pergaminhos, quando seus olhares se cruzaram. Ela olhou aqueles olhos verdes que tanto amava e sentiu um arrepio percorrer seu corpo, Harry estendeu a mão para ajudá-la a se levantar, quando sua mão tocou a pele macia dela, ele sentiu como se tivesse levado um choque. Eles ficaram assim se olhando de mão dadas, até Rony chamá-los. Eles se soltaram e Gina terminou de colocar o material na mochila e saiu seguindo Hermione e Rony.

Quando chegaram na porta da sala de poções, foram recebidos por um gorducho e sorridente Horário Slughorn.

- Sejam bem vindos meus jovens. Olha quem temos aqui - disse ele colocando os olhos em Harry. – Nosso grande herói.

Harry ficou extremamente encabulado, mas não pode deixar de notar que um contrariado Malfoy observava a cena. Ele e Harry encararam-se até o professor pedir que todos os alunos adentrassem e tomassem seus lugares. A aula decorreu como de costume, o professor passou os primeiros dez minutos da aula elogiando Harry, o que fez que ele tivesse vontade de sair correndo dali. Depois começou a ensiná-los a preparar uma poção para curar Varíola de Dragão. Hermione estava extremamente concentrada no preparo de sua poção. Ela dizia que como haviam ficado um ano atrasado eles não poderiam perder nenhum detalhe e ralhou com Rony e Harry quando eles riram sobre o estranho penteado de uma aluna da Lufa-Lufa. No final da aula os alunos estavam se dirigindo para o corredor, quando Malfoy veio na direção de Harry e trombou com ele.

- Oh! Olha só se não é o nosso grande herói que salvou o mundo o Santo Potter! – E fez uma reverência debochada.

- Sai fora Malfoy. Falou Rony vermelho como um pimentão apertando os punhos.

- Nossa agora ele está tão importante que já tem quem o defenda. Dizia com sua voz arrastada.

- Você está muito animadinho não é Malfoy? Só por que sua família conseguiu se safar e vocês não foram passar alguns anos felizes em Azkaban – disse Harry furioso.

- Ora seu... Malfoy foi direto ao bolso das vestes pegar a varinha, mas Harry foi mais rápido e sacou a sua antes enfiando no queixo de Malfoy. Nesse instante o Prof. Slughorn saiu da sala e assustou-se com a cena.

- Mas o que é isso senhores? A guerra já acabou, acho que é melhor os senhores guardarem suas varinhas.

Malfoy e Harry se afastaram e guardaram suas varinhas, mas antes de ir Malfoy falou entre dentes de modo que só Harry, Rony, Hermione e Gina pudessem escutar.

- Aproveite bastante seus dias de glória Potter, por que eles não vão durar para sempre.- E saiu empurrando os garotos.

- Sujeitinho totalmente desprezível e mau caráter. Não acredito que ele ainda teve coragem de enfrentar você assim, depois de você ter salvado a vida dele.- Disse Hermione indignada.

- É Harry acho que você deveria tê-lo deixado na sala precisa, seria um favor que você faria para a humanidade.- Falou Rony.

- Que isso Rony? O Harry não é esse tipo de pessoa. Ele fez o que era certo apesar de Malfoy não merecer.- Hermione ralhou.

- Não sei mais algo me diz que Malfoy está aprontando alguma. Vocês se lembram no nosso sexto ano o que ele aprontou, trazendo os Comensais da Morte para dentro do castelo?- Harry disse pensativo

- Relaxa cara! - Rony deu um tapinha nas costas do amigo. – Todos os Comensais foram presos não há o que ele possa fazer.

- A família dele ficou completamente desacreditada com o fim da guerra, ele deve estar só querendo extravasar sua frustração em Harry.- Disse Gina sabiamente.

- Com certeza ele o culpa pela derrocada da família dele, e com certeza o fato de você ter salvado a vida dele, não ajuda muito não é, ele deve se sentir furioso ao pensar que deve a vida a você, por isso não dê atenção as provocações dele.- Concluiu Hermione.

Ninguém falou mais nada depois disso. Harry pensou que havia algo de muito estranho na atitude de Draco, por isso resolveu ficar de olho nele, pelo menos até conseguir tirar suas dúvidas.


PRONTO GALERA AI ESTÁ O 3° CAPÍTULO, SEI QUE NÃO É MUITO EMOCIONANTE, MAS É IMPORTANTE PARA A HISTÓRIA. AH! E NÃO DEIXEM DE COMENTAR.




N/B: Estou amando essa fic! Não deixem de comentar, e ajudem nossa querida autora. (e tbm sua beta!).

Mione Granger Weasley

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