UM NOVO COMEÇO



Galera essa é a minha primeira fic. Peço que sejam bonzinhos comigo.

CAPÍTULO UM
UM NOVO COMEÇO

O sol começava a despontar no horizonte. Os primeiros raios da manhã começavam a adentrar as janelas da Toca fazendo com que todos fossem envolvidos pelo calor que dele emanava. Harry abriu bem devagar os olhos e sentiu que a claridade fazia seus olhos arderem. Desde o confronto final em Hogwarts há três meses, onde o Lorde das Trevas teve seu fim. O Sr. e a Sra. Weasley acharam que seria melhor Harry passar algum tempo na Toca para evitar o assédio da comunidade bruxa que estava anormalmente inquieta com a queda de Voldemort, o que o garoto aceitou de muito bom grado.

A claridade estava o incomodando, Harry puxou as cobertas para cima da cabeça. Era a primeira vez em muito tempo que ele se sentia realmente tranqüilo e seguro. Não tinha mais pesadelos com cemitérios e nem com Voldemort. Sua cicatriz não o incomodava mais. Tudo estava bem. Mas ao mesmo tempo em que se sentia em paz, sentia um imenso aperto no coração toda vez que pensava no preço que fora necessário pagar por isso.

Quantas vidas não haviam sido sacrificadas? Quantos sonhos não haviam sido interrompidos? Quantas perdas? Lembrou-se de Cedrico o colega da Lufa-Lufa e companheiro do Torneio Tribruxo. Recordou-se de Olho-Tonto. Lembrou-se do padrinho, Sírius.
Ao pensar no padrinho Harry sentiu uma profunda amargura no peito. Ele conviveu tão pouco com o padrinho e eles tinham tantos planos... Quando tudo acabasse, eles iriam morar juntos e ser uma família de verdade. Não houve tempo para isso. Uma lágrima teimosa deslizou pelo seu rosto. Pensou também em Lupin e Tonks e principalmente no pequeno Ted que assim como ele havia ficado órfão tão cedo. Lembrou-se também de Dobby o elfo doméstico que havia perdido a própria vida para salvar a dele. Dumbledore, Fred e em tantos outros que se sacrificaram por ele, para que conseguisse chegar ao seu destino. Para que o menino-que-sobreviveu, finalmente cumprisse o que dizia a profecia: “... Nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...” Ele sabia nada mais seria como antes.
Harry descobriu a cabeça e olhou em volta. Na cama ao lado, Rony dormia profundamente enrolado nas cobertas. Sentiu-se culpado. Era por causa dele que Rony havia perdido o irmão, por sua causa Fred nunca mais estaria ali. Harry se levantou e começou a se vestir. Já estava praticamente vestido quando ouviu a voz do amigo:

- Dia Harry! Faz tempo que você está acordado?

- Não, acabei de acordar estava terminando de me vestir.

- Então me espere um minuto, vou descer com você. Rony pulou da cama e começou a se arrumar.

Harry reparou que ele estava diferente. Apesar de continuar o mesmo Rony de sempre, algo nele havia mudado. A perda do irmão havia afetado profundamente o amigo. Harry sentou na cama e ficou observando o garoto terminar de se arrumar. Ele sabia que o fato do ruivo estar triste e cabisbaixo, não era só por causa da perda do irmão. Ele também sofria por Hermione. Uma semana após o confronto final em Hogwarts e do funeral de Fred, Hermione comunicou a Harry e a todos os Weasley que iria partir em busca de seus pais. Estava preocupada, pois já estava há muito tempo sem ter notícias deles e precisava achá-los para reverter o feitiço de memória que havia feito. Rony disse que iria com ela, mas Hermione não permitiu. Disse que era algo que ela precisava fazer sozinha, que ela não sabia em que parte da Austrália seus pais poderiam estar, muito menos quanto tempo demoraria a encontrá-los e que não era justo que ele abandonasse a família, que acabava de ter sofrido uma grande perda para ir com ela. – Sua mãe já perdeu um filho, não é justo que ela seja privada da companhia de outro. Dizia ela.

Rony relutou muito. Disse que iria de qualquer jeito. Hermione não disse mais nada, mas na manhã seguinte quando os garotos acordaram, ela já havia partido e deixado para trás um Rony muito magoado e tristonho.
Ao descerem as escadas, viram a Sra. Weasley preparando o café da manhã. Ao vê-los ela deu um sorriso. Harry pode ver que ela ainda tinha olheiras profundas:

- Bom dia garotos! Venham, sentem. Vou servir o café para vocês.

Os garotos sentaram e Harry sentiu novamente um aperto no coração ao pensar que o sofrimento dos Weasley era culpa dele.
Depois da morte de Fred, a tristeza se instalou na Toca. A Sra. Weasley passou vários dias, trancada em seu quarto e chorava muito. Com o passar do tempo ela resolveu sair e tocar a vida. Dizia que seus outros filhos também precisavam dela e que ela tinha que reagir. Jorge ficou profundamente arrasado com a perda do gêmeo. Parecia que havia perdido um braço e depois do funeral decidiu que deveria voltar para o Beco Diagonal, para cuidar da loja que havia aberto com o irmão. Segundo ele as piadas haviam perdido metade da graça. O Sr. Weasley quis se manter forte para dar apoio para a família. Sofreu calado. Por diversas vezes Harry o surpreendeu sentado em sua poltrona preferida na pequena sala de estar, o jornal aberto nas mãos, os olhos úmidos e o olhar perdido no horizonte
Assim que voltou de seus devaneios, começou a comer o prato de ovos com bacon que a Sra. Weasley havia colocado em sua frente e só naquele momento foi que ele percebeu que Gina estava na mesa ao lado deles. Como estava linda. Usava uma saia preta de pregas até o joelho e uma blusinha vermelha. Os cabelos estavam presos em duas trancinhas ao lado da cabeça, alguns fios teimavam em se soltar e caiam graciosamente emoldurando seu rosto, o perfume floral que emanava dela o deixava entorpecido. Seus olhares se cruzaram e Harry pode ver que os olhos castanhos dela ainda mantinham aquela tristeza que carregava desde a morte do irmão.
Ele sempre soube que Gina era muito próxima dos gêmeos. Em diversos momentos era possível ver que muitas de suas atitudes lembravam as dos irmãos, tamanha era a proximidade entre eles. Desde o confronto final ele não havia mais se aproximado de Gina. Toda vez que a via chorar, Harry queria abraçá-la, consolá-la, dizer que um dia tudo isso iria passar, que ele a amava e faria de tudo para vê-la sorrir novamente. Mas ele não teve coragem, pois se o irmão dela não estava mais ali, a culpa era dele. Assim, ele não se sentia no direito de aproximar-se dela.
Nesse momento uma coruja muito pequena e alegre adentrou pela janela da cozinha, carregando um pergaminho maior que ela. Era Pichí. A corujinha posou ao lado da tigela de cereal de Gina e estendeu a patinha para que a menina tirasse a correspondência. Gina desenrolou o pergaminho e disse alegre – É de Hermione! - Nesse instante Rony engasgou-se com a torrada e esticou o pescoço para o lado da irmã de modo a tentar ler o que estava escrito. Gina leu a mensagem em voz alta.


Querida Gina.

Desculpe ter ficado tanto tempo sem dar notícias, mas esses três meses foram uma verdadeira loucura. Quando cheguei aqui na Austrália tive muita dificuldade para achar meus pais, afinal não sabia onde eles poderiam estar. Levei praticamente dois meses visitando vários lugares até finalmente encontrá-los e conseguir reverter o feitiço de memória. Eles ficaram muito alegres em me ver. Quando contei a eles tudo o que havia ocorrido neste último ano, eles ficaram bastante assustados, porém felizes já que no fim tudo ficou bem. Estou aproveitando bastante à companhia deles e conheci diversos lugares interessantes. Você não pode acreditar na quantidade de livros incríveis que encontrei aqui.

Nesse momento Harry ouviu Rony resmungar algo como – “Ela só se interessa por livros”. Antes de voltar sua atenção para a carta que Gina lia.

Estaremos voltando para casa ainda essa semana. Mande um beijo a todos e diga que estou com muitas saudades.

Rony ficou encarando a irmã alguns instante antes de perguntar bastante ofendido:

- Só isso? Ela não disse mais nada? Não mandou nenhum recado?

Gina olhou para irmão um tanto sem graça, pois sabia que Rony queria saber se Hermione não havia mandado nenhum recado para ele.

- Bom, aqui no final ela diz que irá nos encontrar na estação, quando formos retornar para a escola. Então iremos revê-la daqui a uma semana.

Um silêncio profundamente constrangedor se instalou na cozinha. Rony simplesmente largou a torrada no prato e levantou-se da mesa seguindo em direção a seu quarto. Harry não querendo fazer desfeita para a Sra. Weasley comeu rapidamente seus ovos com bacon e levantou -se da mesa atrás do amigo. Ele parou na porta do quarto do ruivo que estava entreaberta, e viu que o amigo encontrava-se sentado na cama, olhando o horizonte pela janela. Pode perceber que ele tinha lágrimas nos olhos. Rony ao ver que Harry estava ali enxugou-os com a manga da camisa e disse ao amigo numa voz rouca e abafada:

- Faz três meses que ela partiu, e não mandou nenhuma carta, nenhum bilhete, nenhum recado nada. Achei que depois de tudo que havia acontecido, olhou para o amigo - Você sabe. - Harry assentiu. – As coisas tinham se acertado. - Ele fez uma pausa e fungou - Vai ver nesse tempo ela percebeu que não sou bom o suficiente para ela, que ela deveria ter escolhido alguém melhor, a altura dela e não um babaca como Rony Weasley.

Novas lágrimas voltaram a deslizar pelo rosto do garoto, que desta vez não fez questão de escondê-las. Harry sentiu-se profundamente impotente com a situação e não sabia o que dizer ao amigo:

- Ela ficou tanto tempo longe dos pais que deve estar querendo recuperar o tempo perdido deve ser apenas isso. Mas nós a encontraremos daqui uma semana na estação.

Rony fez um muxoxo e murmurou. Que seja.

Os dias que se seguiram na Toca foram tranqüilos e sem novidades. A tristeza de Rony foi aos poucos se modificando e Harry percebeu que todas as vezes que alguém falava de Hermione, o amigo ficava irritado, com as orelhas vermelhas e mudava bruscamente de assunto, mas em alguns momentos quando ninguém estava por perto, Ele via o amigo sentado a algum canto com o olhar perdido e com os olhos cheios de tristeza. Harry sempre que podia, ficava observando Gina a distancia. Já que não poderia estar com ela, pelo menos poderia olhá-la. Percebeu que talvez não estivesse sendo muito discreto, pois diversas vezes Gina também o encarava, e quando seus olhares se cruzavam ele sentia que borboletas estavam passeando em seu estômago, e que o coração parecia que iria furar o peito de tanto que pulava.
Em algumas noites Jorge vinha para jantar com a família. Porém não se parecia nem um pouco com o Jorge de antigamente. Estava sempre cabisbaixo, não conversava muito, não brincava mais, e quase não sorria. Toda vez que o encontrava, Harry queria falar para o gêmeo que sentia muito e que também sofria com a perda de Fred, mas não conseguia. As palavras simplesmente não saiam de sua boca. A Sra. Weasley preocupava-se muito com o filho, e por diversas vezes Harry a viu pedir que voltasse a morar com eles. Jorge apenas dizia que tinha a loja para cuidar e que não poderia abandoná-la. Mas ele sabia que seria extremamente dolorido para o gêmeo voltar a morar na casa onde fora tão feliz com o irmão, onde haviam passado por tantos momentos alegres e que não conseguiria mais dormir no quarto que dividia com ele. Nesse ritmo os dias foram passando.



PESSOAL POR FAVOR FAÇAM SEUS COMENTÁRIOS É MUITO IMPORTANTE PRA MIM SABER A OPINIÃO DE VOCÊS.





N/B: Oii
Letícia, eu adorei betar sua fic. Estou fazendo isso de coração, e me empenharei ao máximo para te ajudar.

Leiam e comentem. O primeiro capítulo está realmente ótimo.
Bjuxxx

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