Espontâneo e franciscano



N/A: No capítulo, haverá palavras de baixo escalão. Mas também não está abusado dessas palavras. Ao meu ver, o nível da fic desce quando se exagera nesse tipo de linguagem. As palaras serão usadas mais com o Draco. Se acharem que há excesso, pode dizer.
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-Não quer realmente ir para seu dormitório, Draco? – Perguntou Hermione quando subimos a escada para o quarto de monitor-chefe.

-Não, é melhor aqui.

Havia se passado nove dias desde o incidente com Zambini e só hoje fui liberado pela enfermeira. Minha mão já estava bem melhor, conseguia movê-la bem, só quando fazia movimentos bruscos que doía, mas ainda estava enfaixada o que dificultava alguns movimentos, principalmente com a varinha, o que me deixava vulnerável. Preferi ir pro quarto dos monitores ao meu na Sonserina pois era mais sossegado.

Zambini foi levado para St. Mungus. Alvo Dumbledore disse que ele já estava melhor e o rosto estava quase ajeitado. Só faltava desamassar a maçã do rosto e colocar novos dentes. Mas parece que não vai ser possível colocar todos os que saíram do lugar porque o que rasgou a gengiva e foi pra trás impediu. Daí Blaise vai ficar com dois dos quatro que ele perdeu. Mas quem disse que eu ligo? Na verdade eu não estou nem aí, pra mim ele poderia morrer sem os quatro dentes que eu não me importava.

O que me importava era que já havíamos entrado em dezembro, e não queria passar o Natal com meu pai. Não agüentaria olhar para a cara dele comemorando o nascimento de Cristo quando ele matou minha mãe. Coisa irônica não acha? Assassinos rezarem para Cristo no Natal, e um dia depois matarem pessoas nas ruas?

Hermione? Ela iria passar o Natal com os pais dela. Mas voltaria para ver o baile. Esse ano as semanas de feriado seriam diferentes. As duas semanas em Hogwarts seriam atrasadas para até o Natal, e os alunos voltariam para o castelo no dia 27, com o baile acontecendo no dia 31. Era só pros alunos do sétimo ano. Só que quem não fosse participar do baile podia voltar no dia cinco, como todos os anos.

-Então, vai com quem pro baile? – Perguntei a ela sentando na cama.

-Ninguém. Falei com o Justin e ele disse que entendia. Parece que vai com a Padma Patil da Corvinal. –Respondeu sentando na cama ao meu lado. – O Harry vai com a Gina mesmo e o Rony não sabe quem chamar. A Gina disse pra ele ir com a Luna, mas parece que quando ele foi chamar ela, Luna tinha sido convidada pelo Miguel.

-Miguel, o monitor da Corvinal??

-É. Se eu não me engano ele já tinha ficado com a Gina. Aí o Rony parece que vai se decidir pela Parvarti ou pela Lilá.

-E o Longbottom? -Perguntei rindo. Não conseguia ver nenhuma garota saindo com Longbottom.

-Vai com a irmã mais nova da Angelina. Não lembro o nome dela, mas é da Lufa-Lufa. E você? – Perguntou olhando para mim.

-Ah, não sei. Acho que vou com a Parkinson mesmo. –Falei querendo negar. Não queria ir com a Parkinson. Mas também não queria ficar no meu quarto quando todos se divertiam.

-Legal. – Ela disse. Depois olhou pro tapete que tinha os símbolos das nossas casas. –Draco. – ela chamou sem tirar os olhos do tapete depois de alguns minutos. – Você acha que se eu morresse, Harry sentiria falta de mim?

Meu coração quis sair pela boca. Mas que merda era aquela? Hermione se mataria por causa do Potter? Não é possível. Uma coisa dessa era doentia. Ao imaginar Hermione morta, meus olhos começaram a arder.

-Vai se matar por causa dele? – Perguntei com a garganta pesada.

-Não. É que só to pensando como seria minha vida sem mim. – E como seria minha vida sem ela? Eu não importo pra ela?! Aquilo ali me dava raiva, tudo pra ela era o Potter. O Potter, o fodástico bruxo que derrotou Voldemort quando bebê e que dá alegrias a todo mundo bruxo. Potter é o cara, é o fodão. E eu não sou nada? Sou um mero imprestável?Eu lhe pergunto: “Devo sorrir porque Hermione e eu somos amigos, ou chorar porque jamais seremos mais que isso? O que fazer quando a pessoa que te faz chorar é a única que pode te ajudar?”.

Respirei fundo. –Você é muito complicada, Hermione. Tem mais fases que a lua. Eu não entendo da onde você tira tantas lágrimas, nem por que cargas d’água ainda tenta fingir que está tudo bem com o Potter e você. Por que não manda ele ir á merda logo de uma vez? – Perguntei estressado. Ela não respondeu. Continuou a olhar o tapete. – Eu sei que você quer fazer isso. Precisa mostrar a ele que não precisa dele pra ser feliz.

-Preciso sim. – Ela respondeu levantando-se da cama.

-Precisa não. – Levantei-me também. –Naquele dia em Hogsmeade, você não precisou dele!

-Mas foi só um dia. É normal...- Parecia não querer acreditar no que eu dizia. Talvez porque ela já tinha botado na cabeça que amava o Potter incondicionalmente. – Não quer dizer que só porque passei um dia feliz com você vou ser alegre sem ele por toda a minha vida.

-Mas é claro que não! É impossível ser feliz completamente, todos os dias, todas as horas, em todo lugar por toda sua vida! Não percebeu ainda? Você já ta bem grandinha pra acreditar em felizes para sempre, Hermione! O máximo que se pode fazer é ser feliz naquele momento e se esse momento durar anos, ótimo! Se não durar, pelo menos se lembre que isso te fez feliz até onde deu. A vida é assim, Mione, não há segredos pra felicidade. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. Essa é a diferença de uma pessoa feliz e uma frustrada pela vida. Essa é a diferença entre o Potter e você. – Falei respirando forte. Minha mandíbula estava doendo e engoli saliva porque minha garganta estava ficando ressecada. Hermione ficou mirando o chão. Ela não estava chorando, mas parecia prestes a isso. Ela levantou o rosto e vi as pupilas de Hermione dilatadas.

-Não sou frustrada! Você não ama ninguém, Draco, não sabe o que está dizendo!

-Mentirosa...

-Mentirosa? Com o que estou mentindo?

-Dizendo que você não é frustrada. Você é completamente frustrada. Nota-se a quilômetros. Potter te faz de gato e sapato e você finge que está tudo bem porque você gosta dele. Só que você não agüenta mais fingir. E por não agüentar mais fingir, tem medo de ser grossa com ele e perder a amizade. E a amizade com ele é tudo que te sobra, não é?

-É. – Ela respondeu abaixando o olhar. O rosto dela começou a ficar vermelho. – Só que se eu mandá-lo á merda, Draco, eu me arrependerei depois.

-E daí? Quando você se arrepender pede desculpas a ele e pronto. Potter vai te perdoar. Ele é o super-legal. É o humanitário. É o orgasmo do mundo!

-Não fale assim dele! – Reclamou com raiva.

-Tô mentindo? Todos amam o Potter! –Rebati com raiva lembrando-me de que Hermione era uma dessas que amava o Potter.

-O que ele pode fazer? Ele salvou o mundo bruxo quando era bebê, é natural ter todo esse carinho e toda essa fama ao redor dele. Está sendo invejoso.

-Eu sou invejoso! Tenho inveja do Potter porque ele tem a única que coisa que eu queria em toda minha vida e me dá raiva quando eu penso nisso, porque não é justo!

-Não é justo? Por favor, Draco, Harry merece tudo e mais um pouco.

-E eu, Hermione? Eu não mereço nada? – A vi ficar calada. Percebi que ela tinha engolido em seco sem saber o que dizer.

-Eu vou para a Torre. – Ela disse recuando um passo. –Preciso arrumar minhas coisas para o Natal. - Então saiu do quarto.

Meus olhos foram seguindo-a até a porta, depois, sentei na cama e fiquei encarando a serpente bordada no tapete do quarto. Lembrei de tudo que fiz a Hermione. Será que Potter merece tudo que conseguiu e eu realmente não mereço nada?

***

-Mione? – Chamou Rony ao ver Hermione passar pelo Salão Comunal da Grifinória. O ruivo levantou-se da poltrona vermelha e encarou a amiga seriamente. – Esteve com o Malfoy?

Hermione pensou em mentir, mas sabia que não ia adiantar, até porque estava casada de mentir pra todo mundo. Principalmente para seus amigos.

-Estava.

-Hermione, o que está fazendo andando com o Malfoy? Naquele dia, em Hogsmeade, você sumiu a tarde toda, por sorte Lilá nos avisou que você estava na parte comercial, mas quase caímos pra trás quando ela falou que você tava junto do Malfoy. Aí, no outro dia, mata aula. O que está acontecendo com você?! Porque está tão estranha com a gente? – Perguntou Rony preocupado. Hermione conseguiu entender um tom de raiva na voz de Rony.

-Estou andando com ele, porque é o único que consigo conversar sem me deixar triste ou com raiva. Naquele dia em Hogsmeade, fiquei a tarde toda com ele porque não agüentava mais ouvir Harry falando da Gina e o que está acontecendo comigo, Rony, é uma coisa chamada cansaço. Em estado crônico, eu diria.

Hermione desviou o rosto e sentou na poltrona que dantes estava Rony. Rony coçou o queixo e sentou no chão olhando para Hermione.

-Tá cansada do Harry e da Gina? Ou é outra coisa? –Perguntou Rony.

-As três coisas, Rony. – Respondeu soltando os ombros. – To cansada do Harry, da Gina e de outras coisas. Não agüento mais, sabe, ás vezes, tenho vontade de gritar bem alto pra ver se esse vazio e essa canseira vai embora. Mas eu não tenho força.

-Não acha que deveria falar com Harry e Gina? Sabe, se conversarem com os dois, poderá sentir-se melhor.

-A última vez que conversei com os dois, tivemos uma discussão pesada e Gina não falou comigo por mais de um mês. Eu me sinto mal, Rony, mas não posso fazer nada. Eu só queria que o Harry parasse de falar na Gina toda hora na minha frente. – Hermione tinha os braços apoiados nos joelhos e olhava nos olhos azuis de Rony. Notou que os azuis do amigo eram mais escuros que os de Draco Malfoy, mas não eram mais bonitos. – E que vocês não falassem tão mal do Draco.

Rony levantou na mesma hora e fez um ruído estranho com a língua. – Ah, Mione, Malfoy sempre nos maltratou e você fica toda amiguinha dele? Ainda pede pra gente ser amigos dele?

-Não pedi pra serem amigos dele. Pedi pra não falarem tão mal dele quanto falam. Ele não é tão ruim quanto vocês pensam.

-Tá protegendo ele agora, né? – Perguntou com raiva. Hermione encostou as costas na poltrona. –Não devia! Não devia nem falar com ele. Sabe o quanto Malfoy já fez pela gente e o quanto o Harry e eu odiamos ele.

-Tá pedindo pra eu parar de falar com o Draco porque você e o Harry não gostam dele? – Levantou-se um pouco nervosa. – Isso é ridículo! Vocês odeiam ele, mas eu não. Ele não faz nada com vocês ele eu somos amigos. Não pode me obrigar a ser amiga de quem você quer.

-Fala a verdade, Mione! Tá namorando com ele é?

-Claro que não, Rony. – Respondeu na mesma hora. –Você sabe muito bem que eu gosto do Harry. Desde aquela discussão na biblioteca todos dessa escola sabem que eu amo o Harry. Eu entendo como se sente Rony, sei que é estranho depois do que ele já fez com você e até comigo, mas ele é o único que agora posso contar.

-Mas ele é um sonserino! –Falou batendo as mãos no corpo.

-Não seja preconceituoso, Rony! Está julgando o Draco antes de conhecê-lo. –

-E nem quero. Não sou preconceituoso, estou falando a verdade. Sonserina não deveria existir.

-Não fale isso. Hogwarts é composta por quatro casa. Se não existisse a Sonserina, não seria a mesma coisa. Lembre-se que o Chapéu Seletor sempre nos alertou sobre a união das casas.

-Ah, é muito fácil aquele chapéu falar. Duvido que se ele estudasse falaria aquilo. Vamos, Hermione, está defedendo o Malfoy só porque gosta dele.

-Não gosto do Draco. E não vem dizer que to fazendo isso pelo Draco, porque já aturei muito o Harry. Aturei tanto que não agüento mais, Rony! – Reclamou sentindo a raiva crescer. Será que eles nunca entenderiam? –Ele se esfrega na Gina, mesmo sabendo que amo ele, acha isso certo?

-Não.- Falou de cabeça baixa.

-Então não venha falar mal de Draco. Falam dele como se ele fosse a escória da humanidade, mas ele não é. Ele, ás vezes, me entende muito mais do que vocês são capazes de entender. –Desembuchou nervosa. Respirava ofegante. Seu peito arfava e doía.

-Não me venha com essa, Hermione. Malfoy nunca será capaz de te entender. Não tente protegê-lo, ele está se fazendo de coitadinho só pra poder se aproximar de você.

-Ele não está se fazendo de coitadinho. Draco não é tão estúpido a esse ponto. Ele não precisa se fazer de algo. Não faz parte da personalidade dele. – Falou aumentando a voz.

-Fala como se o conhecesse há anos. Mas daqui a pouco quebra a cara e aí vem chorando pra gente.

-Não seja idiota, Ronald. Eu nunca irei voltar chorando pra vocês. Primeiro, porque sou totalmente independente de qualquer pessoa, e segundo que se eu quebrar a cara com o Draco, não vou chorar.

-Tá tudo bem? – Perguntou Harry quando entrou pelo quadro da Mulher Gorda. Os dois olharam para o moreno. – Por que estão brigando?

-Por causa do Malfoy. – Respondeu Rony.

-Não é por causa do Malfoy coisa alguma. É porque o Rony está sendo infantil a ponto de não aceitar minha amizade com ele.

-Em falar nisso, Mione...- Começou Harry. Seu rosto ficou sério e Hermione engoliu em seco. – Também não concordo de você ficar andando com o Malfoy pelos cantos. Pode ser perigos, ele é um Comensal.

-Ele não é um comensal!

-Ainda não. Porque ainda não passou no teste para tal. – Respondeu Rony com raiva.

-Não fale assim dele, Ronald. Vocês reclamam de mim sem motivo. Não fiz nada para vocês ficarem com raiva de mim, aliás se eu sou amiga do Malfoy, a culpa não é minha. Não gostam dele porque ele é sonserino, mas nunca deixaram esse preconceito de vocês de lado. Nunca tentaram falar com ele. Se bem que se ele mandasse vocês á merda, não me supreenderia. Vocês estão sendo ridículos.

-Estamos tentando te proteger desse verme. – Tentou Harry balançando os braços. Atrás dele, o quadro abriu-se de novo e entrou Neville ao lado de Gina.

-Não chame ele de verme. – Resvalou com raiva. Hermione começou a sentir seus olhos arderem. Tinha vontade de sacudir os dois para ver se eles entendiam. Tinha vontade de mandá-los á merda. “Se acalme, Hermione. Se acalme. Não faça isso, irá se arrepender depois. Não os xingue, são seus amigos...são seus amigos.” Respirou. – Draco perto de vocês é um cordeirinho.

-Malfoy é um lixo. – Interrompeu Gina. Hermione fechou os olhos procurando paciência no fundo do seu âmago.

-Não chame ele de lixo, Gina! Ele é mais decente que você! Antes de falar do Draco, olhe pra você. Você é completamente vulgar. – Falou soltando o ar pesado dos pulmões. Sabia que iria se arrepender depois da discussão. Mas o impulso era mais forte. Algo crescia no seu interior repetindo o que Draco havia dito. “Precisa mostrar a ele que não precisa dele pra ser feliz.”

-Hermione, não fale assim da Gina. – Reclamou Rony com raiva.

-Ah, não venha, Rony! Estou cansada de ter que falar bem de todos nessa escola. To cansada da Gina, e você sabe disso!

-Malfoy está fazendo efeito em você, Mione! – Disse Harry. Algumas portas foram abertas e pessoas saiam dos quartos para ver o que estava acontecendo. – Está igualzinha a ele. Não está respeitando nem os seus amigos.

-Ele não está fazendo efeito em mim, Harry. O SEU EFEITO está passando! Vocês querem que eu seja a best, a amiga pra todas as horas, que tem que dar conselhos ao lindo caso de amor “Harry e Gina- Feitos um para o outro”. Você diz que não estou respeitando-os, mas olhe pra você, Harry!

-O que foi que eu fiz? – Perguntou aumentando a voz. Neville se assustou com o tom de voz do moreno. Nunca tinha visto daquele jeito.

-O que foi que você fez? VOCÊ VEM TODO FELIZ CONTANDO PRA MIM COMO FOI A SUA PRIMEIRA VEZ COM A GINA, EU FINJO QUE ESTOU FELIZ POR VOCÊ PRA NÃO TER QUE TE MANDAR PRA PUTA-QUE-PARIU, E VOCÊ VEM ME PEDIR PRA LHE RESPEITAR? – Gritou com raiva. “Não precisa dele pra ser feliz. Não precisa.” Sua garganta começava a arder. Cerrou os punhos. “Não precisa dele pra ser feliz.”

-Se eu te conto essas coisas, é porque eu confio em você! PORQUE VOCÊ É A ÚNICA GAROTA QUE POSSO CONFIAR.

-OLHA QUE LINDO! – Esnobou levantando os braços. – QUE COISA MAIS LINDA...POR QUE DIABOS VOCÊ TEM QUE ME DIZER ESSAS COISAS? NÃO PODE SIMPLESMENTE GUARDAR PRA VOCÊ? NÃO PODE SIMPLESMENTE ME DEIXAR SER UM POUQUINHO FELIZ? SERÁ QUE É DIFÍCIL PRA VOCÊ ENTENDER QUE EU NÃO SUPORTO VER VOCÊS DOIS JUNTOS?

Hermione viu os olhos verdes ficarem brilhantes. Harry iria chorar? Uma ardência na garganta a fazia sentir culpada. Queria abraçar aquele menino e pedir desculpas. Mas seus pés pareciam chumbados no chão. As mãos tremiam nervosamente.

-Você também está exagerando, Mione! – Disse Gina indo até Harry. Hermione soltou uma risada.

-Gina, por que não pára de se meter na vida dos outros? Pare de se fazer de menininha- boazinha-que-não-fica-com-raiva-de-ninguém-só-porque-namora-o-Harry. Não combina com você, faz você parecer mais ridícula que já é!

-Não sou ridícula! – Respondeu. – Não fale assim de mim! Está igualzinha o Malfoy. Igualzinha.

Hermione abriu um sorriso sarcástico. – Graças a Deus estou igual a ele. Prefiro ser como ele do quer ser como você, Gina. Você além de vulgar é ignorante.

-Ignorante? Olha quem fala! Há tempos você responde os outros de maneira grosseira.

-Você é ridícula!

-Não sou ridícula. Você tem inveja, Hermione! Tem inveja porque sou bonita e todos os garotos querem ficar comigo! Quem é o cara que quer ficar com uma rata de biblioteca como você?! - Perguntou a ruiva visivelmente alterada. – HEIN? QUEM É?

Hermione soltou um sorriso frio. – Por que diabos teria inveja de você, Gina? Eu sou a melhor aluna de Hogwarts! Meu cérebro pelo menos funciona, não sou uma ignorante feito você que só pensa em trepar com meninos.

-Sabe, garotas feias sempre vêm com esse papo de beleza interior. Mas isso é a maior mentira do século. Vocês falam isso só porque são feias e querem desmoralizar as bonitas.

-Não fale asneiras. Não sabe o quanto é ridículo mulher burra.

-Não chame ela de burra, Hermione. – Interrompeu Harry irritado. Sua voz estava firme e séria. Hermione sentiu o sangue esquentar com a interrupção de Harry. – Gina é uma das melhores alunas da Grifinória.

-NÃO ESTOU FALANDO COM VOCÊ, POTTER! – Gritou, depois engoliu em seco.
Os olhos verdes do amigo ofuscarem-se. Sentiu o coração bater mais depressa do que já estava. Sua cabeça parecia querer explodir. Sentiu uma vontade tremenda de se desculpar com o amigo. E se ele parasse de falar com ela? Se nunca mais a olhasse?

-Potter? – Ele indagou. – Vai começar a me chamar de Potter agora é? – Perguntou se aproximando da garota até ficar cara a cara com a menina. Os olhos verdes visivelmente irritados. – Vamos, comece assim, Mione. Depois está fazendo parte do Potter Fede.

Hermione ficou calada. Abaixou o rosto e encarou o chão como se fosse uma garotinha que assume a culpa aos pais. Sentiu os olhos começarem a arder.

-É isso que estamos tentando te dizer! Você ta ficando que nem ele, Hermione. Eu não quero que você ande mais com ele.

-Por que raios tenho que fazer o que você pede? – Alterou-se levantando os braços. Ela chegou mais perto encarando os olhos verdes do menino. –Você me faz sentir um lixo e ainda quer que eu diga que o amor de vocês dois é lindo? Ainda quer que eu faça o que você pede? Ainda quer mandar em mim?

-Não quero mandar em você! Quero que você veja que estamos fazendo isso pelo seu bem.

-Não está fazendo nada pelo meu bem! Ao contrário, está me fazendo mal! Está me matando pouco a pouco! Você estraga minha vida e vem dizer que está fazendo isso pelo meu bem? Imagine se fosse pelo meu mal!

-Não exagere. Não estou matando você. Você tem essa mania de exagerar...

-NÃO ESTOU EXAGERANDO! – Perdeu as estribeiras. Hermione viu que não demoraria para começar a chorar. Mas não choraria. Não podia chorar. Precisava mostrar a ele que não precisava dele pra ser feliz. Seu corpo todo ardia e doía. Queria sair daquele castelo e desaparecer.

-Por favor, Mione, não está vendo que ele está mudando você. – Interrompeu Rony. - Só queremos fazer você enxergar a realidade!

-Obrigada, Ronald, mas o Malfoy já me mostrou a realidade.

-POR QUE TEM QUE FALAR NAQUELE CARA? – Gritou Harry estressado. Ele e Hermione estavam tão pertos um do outro que seus corpos estavam quase unidos. – POR QUE DEFENDE AQUELE MERDA? Eu não agüento mais você defendendo aquele loiro besta como se fosse um anjinho! Está completamente cega por ele!

Hermione riu com deboche. – Não, não estou cega por ele. Não entende, Harry? VOCÊ NÃO ENTENDE QUE EU AMO VOCÊ?

Neville soltou um gemido de insatisfação e de susto. Gina fez uma careta. R ony desviou o rosto para o chão.

– Não enxerga isso? Parece que você gosta de me vê sofrer, parece que isso te satisfaz, parece que quanto mais você vê que eu te amo, mais você faz tudo pra me ver chorar.

-Não é culpa minha. Eu não queria fazer você se apaixonar por mim. Não me venha me fazer sentir culpado, Hermione, porque eu não tenho culpa.

-É! Eu sei. Eu que fui burra de amar você, não foi? Eu sou a culpada! Sabe, talvez Gina tenha razão, talvez se eu fosse gostosa feito ela, teria alguma chance com você né? Talvez se eu fosse burra e gostosa, todos gostariam de mim! Talvez se eu fosse uma bruxa de puro-sangue você ficaria comigo.

-Não fale isso de você mesmo! Não pode dizer essas coisas de você, Hermione. – Disse Rony tentando ajudar. – Não tem nada a ver bruxos puros serem mais adorados do que Trouxas. Você é fantástica. É a melhor aluna dessa escola desde não sei quando. Não pode dizer isso de você mesma.

Hermione não respondeu. Ficou mirando os olhos verdes de Harry que estavam a um palmo de distância. Queria abraçar aquele garoto e pedir desculpas. Odiava brigar com Harry, sentia um vazio enorme dentro de si. Sentia-se sufocada. Seu peito subia e descia rapidamente decorrente da respiração ofegante. Viu os olhos do amigo brilharem. –Eu amo você! – Falou com a voz quase rouca.

Hermione arregalou os olhos quando Harry a puxou para perto de si e a beijou furiosamente. Seu coração parecia querer sair pra fora. Fechou os olhos e deixou o beijo aprofundar-se. As línguas dos dois brincavam como se fossem amigas de infância. Hermione percebeu que escutava alguns gritos longínquos, mas não tentou parar pra ver quem era o responsável pelas vozes. Até porque tinha uma leve impressão que sabia quem era. Depois de minutos, ao sentir que não conseguia ficar mais sem respirar, empurrou Harry.

-Harry? O que diabos deu em você? – Perguntou Gina raivosa.

-Eu não sei. – Respondeu o moreno rouco. –Juro que não sei. Olhei pra Mione e senti vontade de agarrar ela e...

-Agarrou! – Devolveu Gina com raiva. – Harry!

-Gina, desculpe, sério. Eu não sei o que deu em mim. – Tentou olhando para a ruiva.

-É sempre assim, né Harry? – Perguntou a ruiva com os olhos vermelhos. – Você sempre faz coisas antes de pensar.

-Gina, me desculpe. – Pediu Hermione sentindo-se mal sem motivo. Poderia muito bem esfregar na cara dela, mas não era do feitio da castanha. Nunca foi de vingança e não seria agora.

-AH, NEM VEM HERMIONE! – Gritou Gina aproximando-se de Hermione. –VOCÊ SEMPRE QUIS NÉ?

-É. – Respondeu olhando para o chão. – Mas não desse jeito. – Hermione sentiu Harry e Rony olharem pra ela pesadamente. –Queria que acontecesse, mas naturalmente. Com Harry dizendo que gostava de mim, não por um impulso infantil.

-Não foi um impulso infantil. – Falou Harry. Hermione viu que Harry passou a língua nos lábios.

-Vai dizer que gosta dela agora? – Perguntou Gina virando pra olhar nos olhos do namorado.

-Não é isso. Mas também não sou criança.

-Responda, Harry! Você gosta de Hermione ou não? – Perguntou Gina.

Harry se afastou de Gina e aproximou-se de Hermione. –Eu não sei. Me sinto estranho. Eu vou ser sincero, Gina.

-Não seja. – Pediu Hermione. – Não seja sincero ou vai fuder sua vida todinha.

-Está pedindo para mentir pra Gina, Hermione?

-Estou. Porque sei que o que você disser vai fazer você se arrepender depois.

-Por que acha que irei me arrepender?

-Porque você não sabe usar as palavras certas e vai se embolar nelas próprias a ponto de se perder e não saber mais o que está dizendo.

-Não vou me arrepender. – Falou firme. Depois olhou para Gina. Hermione desviou o olhar para o chão. Fechou os olhos. – Gina, eu não sei, sério. Eu gosto muito de você, mas toda vez que brigo com Hermione me sinto só. Eu não sei, faço coisas que não entendo. Parece que toda vez que brigo com ela, me dou contas de certas coisas que não dava.

-Que está querendo dizer?

-Eu não sei como explicar. Mas eu me sinto mais homem com ela. Com você, parece que vou ser sempre um adolescente apaixonado. – Hermione abriu os olhos. Seu coração batia descompassadamente. Harry diria? Diria o que ela sempre sonhou em ouvir? – Eu acho que não te amo mais, Gina.

Hermione viu o rosto de Gina ficar vermelho. A ruiva empurrou Harry e subiu as escadas correndo. Hermione tomou um susto quando ouviu a porta bater de forma violenta.

-Muito bem. O que que foi? – Indagou Hermione aumentando a voz. – Isso aqui não é circo pra todo mundo ficar olhando. Já está na hora do almoço. Vão todos almoçar ou tirarei 35 pontos da Grifinória!

Alguns muxoxos ecoaram no salão. Os alunos desciam as escadas calados, mas havia alguns que cochichavam. Hermione escutou Parvarti falar algo com Lilá sobre ela e Harry. Neville saiu sem dizer uma palavra.

-Acho bom você não ir, Harry. – Sugeriu Hermione. –É melhor ficar aqui.

-Se quiser fico com você. – Ofereceu Rony. Harry aceitou a sugestão do amigo e subiu as escadas.

-Até logo, Hermione.

-Até logo, Harry. – Respondeu. Hermione saiu do salão comunal. Seu coração batia depressa demais. O momento do beijo com Harry não saía da sua mente. Hermione viu que suas mãos estavam tremendo. Um certo loiro precisava saber disso.

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-Draco! Acorda! – Escutei alguém me chamar e me balançar na cama do quarto. Soltei um “hmnpf” de insatisfação. –Vamos, loiro, acorde! Tenho uma coisa pra te contar!

-Me deixa dormir! – Reclamei morrendo de sono. Fazia tempos que não dormia tão bem. Foi um sono sem sonhos, mas era gostoso. Tinha até me esquecido de como era bom dormir.

-Ah, eu sei que você ta escutando, então vou contar pra você mesmo assim. – Hermione falou. Tive a impressão que ela estava feliz. Coisa rara de se ver. Antes, ela estava com raiva pelo que eu havia dito e agora, após minutos, estava feliz. Vai ver ela se tocou do que eu disse era verdade. Vai ver ela mandou o Potter praquele lugar. –Eu fiquei com Harry!

TUM. Isso foi o som que meu coração fez antes de disparar. Abri os olhos. Meu coração continuou batendo descompassado. Sabe quando você sente que está rodando, rodando, mas ao mesmo tempo está parado num canto e uma tontura te pega de surpresa? Pronto, foi o que senti.

Você o quê? – Perguntei ainda olhando a parede. Não tinha coragem de olhar pra ela.

-Fiquei com o Harry! A gente tava discutindo, mas do nada, ele veio e me agarrou. – Agarrou? Mas o que diabos? Agora, toda vez que eu for beijar Hermione, sentirei o gosto da boca do Potter? Por que ela deixou? Por que não o empurrou? –E você não tem noção de como foi bom. Sério.

Tomei coragem e levantei-me da cama. Olhei para Hermione. Os olhos dela estavam os mais brilhantes que já tinha visto. –Não está falando sério!

-Estou. Seriíssimo. – Ela respondeu sorrindo.

-Depois de tudo que ele te fez, você deixou ele te agarrar? – Perguntei com a voz firme. Era a raiva canalizada. Hermione notou que não estava feliz e fechou o sorriso do rosto.

-Algum problema com você?

-Problema? Não, que isso, nenhum. –Disse irônico. – Quer dizer, o Potter esfrega a Weasley na sua cara e você mesmo assim deixa ele te agarrar...não tem nenhum problema, por que afinal, é a sua vida não é? Se quer fuder ela, problema seu! Parabéns, Hermione. Agora o próximo passo é você deixar ele te comer assim como faz com a Weasley. – Meu rosto começou a arder. Aquele ali foi mais forte que o do terceiro ano. Não movi um músculo.

-Ele só quer te comer. – Outro tapa. No mesmo lado. Hermione estava ofegante. Estava pronto pra outro. E não me surpreenderia se ela começasse a distribuir socos. –É só que ele quer. Porque ela já catou a Weasley. Agora é a sua vez. – Outro tapa.

-Harry não é assim!

-Potter é um homem. Homens são assim. Não se faça de ingênua, Hermione, é um insulto á sua inteligência. Potter já conseguiu o que queria com a Weasley, agora está atrás de outra.

Outro tapa. Pelo menos ela mudou de lado. Não, não fazia nada para me defender, porque eu sabia que ela queria me bater. E eu sabia que eu tinha que deixar.

–Sabe, homens odeiam garotas promiscuas. Mas ao mesmo tempo não resistimos a elas, mas quando terminamos de brincar com essas garotas vamos atrás daquelas que se dão mais valor. Potter já teve as garotas dele, Hermione, agora ele quer uma que não seja como as outras. Parabéns, depois de três anos, chegou a sua vez. Aproveite.

-Você não está falando coisa com coisa, Malfoy. – Fudeu. Ela me chamou de Malfoy, minha vida voltaria a ser aquela miserabilidade. –Harry não é desse jeito.

-Não seja burra! Depois de tudo que ele te fez, vai voltar pra ele como se fosse o homem da sua vida? – Perguntei sentindo minha traquéia fechando. Daqui a pouco começaria a aparecer manchas vermelhas pelo meu corpo.

-Ele é o homem da minha vida.

-Não é não! E você sabe disso. Eu sou o homem da sua vida!

Vi os olhos dela dilatarem. Ou ela iria mentir ou ela estava surpresa. Depois o rosto dela se abriu num sorriso cínico. – O que diabos está falando, Malfoy? Você não é o homem da minha vida.

-Mentirosa...

-Não me chame de mentirosa. Você não entende! Acha que só porque sou legal com você, você é o homem da minha vida? Acha que só porque decidi ser amiga sua, eu gosto de você?

-Não. Fui eu que decidi ser amigo seu, Hermione. Sou eu que estou sendo legal com você. Eu sou o único que te ajuda nessa porra, sou o único que tem paciência pra ficar aturando suas mágoas com o Potter, ajudo você com seus desentendimentos com o Potter. Se não fosse eu, você estaria longe daqui, provavelmente no seu quarto chorando pelo Potter! Na verdade você gosta de mim. Ah, Hermione, você gosta de mim mais do que imagina. O problema é que você é orgulhosa demais pra admitir que gosta de um Malfoy!

Ela já percebia minhas manchas vermelhas no meu pescoço. Hermione olhou pro chão e ouvi-a soltar uma risada de deboche baixinho.

-Cuidado, Hermione. Orgulho é uma característica dos sonserinos.

-Não fale besteiras, Malfoy. Harry é sim o homem da minha vida! - Meu sangue esquentou. Mas será que ela não entendia? Aquilo ali estava me estressando.

-Depois de tudo que ele te fez você diz que perdoa? Depois do que ele fez você chorar, você vai e se agarra com ele como se o Potter não tivesse feito nada com você? Depois de tudo, você vem dizer o Potter é o cara da sua vida? Depois de tudo que eu fiz, VEM DIZER QUE EU NÃO IMPORTO PRA VOCÊ? - Queria que ela dissesse que se importava. Mas Hermione era tão orgulhosa quanto eu. Nunca iria dizer que se importava comigo.

-O que foi que você por mim?

Se você juntar os cinco tapas que levei de Hermione, os feitiços que me atingiram, as pisas do meu pai com cinto quando criança e os murros do Potter, não teriam a mesma dor que aquelas palavras tinham. Tudo que fiz foi em vão, então. Minhas noites sem dormir, aquela maldita madrugada, os dentes quebrados de Zambini...

-Você não fez nada por mim. Não me venha com essa de “depois de tudo, vai voltar com ele?” Eu tenho a chance de ser feliz e você vem dizer pra mim não perdoar ele?

-VOCÊ NÃO TEM A CHANCE DE SER FELIZ! – Respondi com raiva. –Ele só quer fazer você ficar longe de mim. Ele não gosta de te ver comigo e quer que se afaste de mim. Então, qual a melhor maneira? Fazendo você acreditar que ele abandonou a Weasley e se deu conta que te ama!

-E VOCÊ SOFRE MUITO POR MIM, NÉ, MALFOY? – Muito. Muito mesmo. Mas eu nunca diria isso a ela. –NÃO SABE O QUE É SOFRER! Não tem a mínima idéia! Quer saber, acho que Harry e Rony estão certos a seu respeito.

Razão ao meu respeito? O que cargas d’água Potter falou de mim? E Hermione acreditaria? Acreditaria no Potter? Depois do que eu fiz por ela, ela iria acreditar naquele garoto? Cheguei à conclusão que Hermione não dava a mínima pra mim. E estava cansado daquilo. Me sinto como uma árvore velha que precisa de água para não morrer, mas ninguém faz o favor de aguar só porque a árvore é feia. E por ser feia não conseguem compreender e amar aquilo que é espontâneo e franciscano.

-Acha mesmo? – Perguntei calmo. A raiva canalizada estava dividida para Hermione e Potter. –Acha mesmo que ele tem razão ao meu respeito depois de tudo?

-Só me responda o que você fez por mim, Malfoy. – Ela pediu.

-O que o Potter nunca faria por você. Mas isso não vem ao caso, não é? Afinal, você acha que ele tem sempre razão, você acha que ele está certo ao meu respeito, então o que fiz por você não conta agora. – Percebi que os olhos de Hermione começavam a ficar mais brilhantes. – Vai embora da minha vida, Hermione. Faça o que quiser com Potter, mas nunca mais, nunca mais, venha atrás de mim pra falar sobre o Potter. Nunca mais venha até mim pedindo conselhos porque cansei de ser seu conselheiro particular. Cansei do Potter, cansei de você! Esqueça de mim e que já fomos amigos, eu não quero mais. Nunca mais fale comigo!

-Adeus, Malfoy. – Ela falou indiferente. Vi os olhos dourados um pouco vermelhos.

-Adeus, Granger.

Mais uma vez, meus olhos seguiram-na sair do quarto. É, perdi Hermione. Ela escapou dos meus dedos. Aliás, ela nem nos meus dedos estava. Cansado, sentei na cama e senti meus olhos começarem a arder. Nunca mais. Nunca mais falaria com Hermione de novo e quando comecei a pensar como seria minha vida sem poder falar com aquela garota, não consegui. Minha garganta começou a pesar e uma vontade de chorar avassaladora chegou. Mas não iria chorar. Homens não choram. Principalmente por garotas. Não posso mostrar a ela que preciso dela. Porque se eu mostrar, eu nunca serei livre dela. Eu fiz o possível para que ela não ficasse mal pelo Potter, se ela quiser sofrer, o problema é dela. Eu não vou mais perder meu tempo tentando fazer cego enxergar. Vou viver minha vida. Se é que tinha uma agora que Hermione foi embora. Descobri que não tinha. Descobri que não amo Hermione. O que sinto por ela, ainda não tem nome.

Continua....
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Nome do capiulo foi infame. Rídiculo, eu sei. Mas foi o único que pensei. Estou começando a considerar a possibilidade de colar "Capitulo I, II, III" e adiante.

Respondendo comentários.

Teresa: E, agora, o Harry merece? Hehe, sei que não. Mas realmente, o Draco merece a Mione. E vou fazer você ficar feliz por um segundo. Algo ainda vai acontecer com os dois.

Ariane: Draco é o sonserino mais fofo que já existiu. Hermione largar a obsessão pelo Harry? Fica meio dificil agora que rolou esse beijo aí. Mas também torço por isso, vamo ver o que acontece nos próximos capítulos.

Molambo: Postei. Espero que goste desse também. As reflexões dele são fodas. Beijos, até o próximo capitulo.

Isabella rodrigues: Sim, Draco está contando a história. Não posso dizer onde está Hermione porque você ira descobrir daqui há alguns capitulos. Não está muito longe, até porque a fic não terá mais que 13 capítulos. Guarde sua ansiedade.

Maris: Esse capitulo realmente é muito bacana. Eu gosto muito dele, principalmente porque apesar do Draco ter falhado na busca pela rosa, ele viu que valeu a pena por se tratar da Hermione. O gesto dele foi lindo. O Blás ainda vai voltar. Se prepare para mais, "macho".

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