E ela se foi...
Rony saiu do quarto e pode ouvir Harry socando a parede. Foi para a sala precisa e se deitou na cama. Fitou o teto por algum tempo e adormeceu
Hermione acordou de madrugada, estava realmente decidida a deixar aquele lugar, não queria mais sofrer tanto.
Ela arrumou suas coisas novamente, puxou um pergaminho da bolsa, uma pena e um tinteiro, escreveu uma carta, entrou no quarto de Ron silenciosamente e prendeu na porta.
Desceu as escadas sem fazer barulho, e saiu, pelas ruas geladas de Londres novamente. O hotel era longe e ela chegou lá por volta das 6:30 da manhã. Estava com os lábios roxos e o nariz vermelho. Ela parou na porta do hotel, tirou a neve das roupas e entrou, se dirigiu a recepção.
(ok, ok, esse é o Burj Al Arab, fica nem sei onde, bem longe da Inglaterra, mas e daí? é o maior hotel do mundo tá? Ela e chick e fica em hotéis super caros e luxuosos tá =D)
– Eu preciso de um quarto.
– Tem reserva?
– Não, mas se for preciso pago o dobro.
A recepcionista puxou uma ficha e empurrou no balcão para Hermione preencher. Ela preencheu rápido e empurrou de volta a recepcionista. A mulher entregou um cartão com o número 567 pra ela e apontou o elevador. Um homem vestido com uma calça preta e um paletó vinho veio em sua direção
– Eu levo isso Sra.
Ela sorriu e entregou as malas pra ele, entrou no elevador, esperou uns 2 minutos, o prédio era realmente alto, chegou, olhou ao redor, o corredor era todo bege com detalhes dourados. procurou seu quarto e entrou. Era esplêndido.
Era perfeito.
Hermione analisou o lugar onde ia ficar, esperou o homem sair do quarto e tirou a varinha da calça, deu um aceno e suas roupas foram pras gavetas. Estava exausta, andara a madrugada inteira, então a única coisa que conseguiu foi se jogar na cama macia e quentinha e dormir a tarde toda.
* * *
Rony acordou por volta das 9:00, se levantou e foi ao banheiro, escovou os dentes e ia descer para ver como Harry estava, mas viu o bilhete na porta. Saiu correndo feito louco escada abaixo e encontrou Harry sentado no sofá, com um ar preocupado
– Cadê a Hermione? – perguntou Harry
Rony o entregou o pergaminho. Harry leu assustado.
– O que? Não acredito que consegui despachar ela da minha casa! – exclamou Harry gritando.
– Calma Harry, ela volta logo, num vai aguentar ficar muito tempo lá.
* * *
Hermione se deleitava na banheira, no quarto, na sala, em qualquer lugar do "apartamento" que tinha conseguido, ali ela podia relaxar e não lembrava de Harry pra tudo que olhava. Ela foi observando os quadros do ambiente. Havia um abstrato, uma com uma mulher com um vestido rosa bebê, um homem de olhos verdes...
– Pera aí, homem de olhos verdes?
Ela o observou mais, era idêntico a Harry
– Ah não, até aqui?
Ela pegou o telefone e ligou lá pra recepção
– Alô?
– Sim, o que a Sra. deseja?
– Eu queria mudar de suite.
– Me desculpe senhora, mas todas as outras estão reservadas, não temos mais nenhuma livre.
– Tudo bem.
Ela desligou e olhou para o quadro de novo, era um quadro trouxa, mas era igual a Harry do mesmo jeito. Ela virou o quadro ao contrário delicadamente. E voltou a observar o resto do ambiente que era particularmente lindo, cheio de bom gosto e coisas caras, muito caras.
* * *
– Calma Ron? Como você quer que eu tenha calma? Ela é a mulher que eu amo!
Rony suspirou.
– Sinceramente cara, não sei mais o que fazer ok.
Harry olhou para o chão e ficou parado por alguns instantes.
– Vou escrever pra ela.
– Harry...
– Eu vou escrever e pronto.
Rony não interrompeu mais. Ele tirou uma pena do tinteiro e um pergaminho, escreveu a carta e colocou na pata de Edwiges.
– Leve pra Hermione e só saia de lá quando tiver alguma resposta – ele falou acariciando a cabeça da coruja.
Ela balançou a cabeça como se concordasse e voou.
Harry subiu para tomar banho, de alguma forma precisava descarregar a tensão, um banho quente era sempre bom.
Enquanto Harry tomava banho, Hermione assistia a um seriado trouxa que ela amava: Friends. Ela ria, aqueles dias naquele hotel iam fazer bem a ela, ela se sentia melhor e não tinha mais olheiras, dormiu a tarde toda depois que chegou no hotel as 6:30 da manhã e agora assistia televisão. Ouviu um baque na janela. Ela olhou, era Edwiges.
– Ah não, de novo? O que ele quer dessa vez?
Ela abriu o pergaminho e afagou as penas alvas de Edwiges.
"Hermione... Eu sei que eu te fiz chorar muito e que nem tinha moral pra te escrever, mas por favor, volta pra cá, não sei mais o que fazer pra você me perdoar, já tentei tudo, ok, eu gritei com você e depois quase te expulsei de casa, caramba, eu não estava com cabeça pra nada, não estava raciocinando direito, me desculpa, mas volta, mesmo que você não me desculpe, ter você aqui já vai me confortar... por favor...
Harry
Hermione viu que a letra dele estava tremida, e que o "confortar" estava borrado.
– Ele chorou quando escreveu... Droga, porque tudo tem que ser assim?
Ela fechou o pergaminho e guardou na mala.
– Edwiges, me desculpa, mas eu num posso responder...
A coruja soltou um guincho de desaprovação.
– Ok, ok, eu respondo - falou ela com medo dos outros hóspedes ouvirem caso Edwiges desse outro daqueles guinchos. A coruja pareceu estar satisfeita.
Hermione pegou um papel cor de rosa que estava sobre a escrivaninha do "quarto" que ela estava hospedada e pegou uma mont blanc, escreveu com uma caligrafia muito bonita, mas triste. Enrolou, amarrou com uma fita e colocou na pata de Edwiges. Já se passavam das 21:00.
– Boa noite Edwiges, vou dormir - falou ela fazendo carinho no bico da coruja. Esperou ela partir e foi se deitar. Ficou algum tempo observando sua própria imagem no espelho que tinha acima da cama e logo adormeceu.
* * *
Harry ainda esperava ansioso pela resposta de Hermione, Edwiges não o desobedeceria. Logo viu a coruja alva vindo em sua direção. Ele pegou o papel rosa e a colocou em uma gaiola espaçosa que tinha na sala.
– Obrigado
Ele abriu a carta esperançoso
"Eu não quero voltar ai, pelo menos aqui eu não preciso ficar me encontrando com você o tempo todo pela casa, num preciso chorar pelas suas palavras grossas e por lembrar de você o tempo todo, estou bem aqui, eu durmo aqui, eu não preciso voltar"
Harry sentiu tudo se remoer e seu estômago dar cambalhotas.
– Droga, sabia que num devia ter falado aquilo.
– Então por que falou? - perguntou Rony chegando na sala e tirando a folha rosa da mão dele - caramba, nem mesmo um "Harry" ela escreveu no começo e mandar um beijo ou um tchau é luxo né...
– Obrigado por melhorar o meu ânimo Ron...
– Desculpa...
– Cara, num sei o que fazer...
– Eu sei disso... Sei lá... Eu também num sei o que fazer, aquele tom mandão dela faz falta...
– Nem me diga... Vou me deitar, talvez se eu descançar alguma idéia me vem a cabeça.
Rony concordou e subiu para o seu quarto, agora não havia mais necessidade de usar a sala precisa, estava em um quarto de hóspedes.
* * *
Hermione acordou cedo no outro dia, se levantou, escovou os dentes e ouviu uma batida na porta. Olhou pelo olho mágico e viu que era a camareira com um carrinho cheio de guloseimas, o café da manhã. Ela abriu a porta, deu uma gorjeta generosa para a mulher e pegou o carrinho. Estava se encaminhando para a mesa e viu aquele quadro... O de "Harry" estava virado novamente.
– Cacete! Quem mexeu nisso? - falou ela virando o quadro de novo.
Ela comeu somente algumas coisas do carrinho, estava sem fome, então chamou a camareira de novo e devolveu o carrinho. Ao passar pelo local onde estava o quadro que ela havia acabado de virar, ela viu novamente, aquele quadro virado, "olhando" pra ela. Isso já a estava atormentando.
– Ok, eu sou uma bruxa, já vi quadros se mexerem, já vi de tudo, mas isso está estranho...
Ela virou o quadro, abriu uma das gavetas da escrivaninha e pegou o que os trouxas chamavam de durex. Puxou um pedaço e colou um lado do quadro, puxou outro e colou o outro lado.
– Pronto, agora num vai mais virar.
Ela deu meia volta e foi tomar banho, iria aproveitar aquilo ao máximo. Entrou na banheira e ficou lá por longos minutos, quando a água estava esfriando ela se enxugou e colocou o hobbie de seda que a Sra. Weasley havia dado a ela, pena que aquilo lembrava o Harry.
Foi para cozinha para pegar uma maçã, nem prestou atenção no caminho, mas quando voltava com a maçã na mão viu o quadro virado de novo
– AHHHHHH! O que está acontecendo aqui? Você tem que me perturbar de novo? Que saco! Nem aqui consigo me livrar de você!
Ela se ajoelhou no chão de frente para o quadro e desatou a chorar, ela estava se tornando vulnerável de novo, a barreira que ela havia contruido no próprio coração estava ruindo de novo.
– Eu não acredito nisso! Estou chorando de novo por sua causa! Não aguento mais!
Ela pegou a carta de Harry e a cheirou, como tudo que vinha dele tinha seu perfume, era tão bom, ela chorou mais ainda.
* * *
Harry observava a foto de Hermione tristemente, ela estava séria lendo um livro, ele adorava aquela expressão dela. Uma lágrima escorreu de seus olhos fundos e cercados por olheiras fundas. Estava aparentemente cansado, não dormia direito há dias.
Era como se um pedaço dele tivesse sido arrancado. Estava farto de ficar longe dela, céus, como fazia falta, por mais que vivessem brigando ele sabia que ela estava segura. Agora nem isso. Olhou a janela por alguns instantes, uma névoa fina embassava sua visão.
* * *
Hermione cansou de ter que encarar aquele quadro o tempo todo.
– Não aguento mais, estou voltando pra casa - falou ela determinada
Ela se olhou no imenso espelho que tinha na sala, estava com olheiras novamente, os olhos inchados e vermelhos, o rosto parecia mais fofo do que nunca.
Ela pegou todas as roupas que deixara largada pela casa, arrumou todos os seus pertences dentro da mala e ligou para a recepcionista
– Eu quero a conta.
– O que houve senhora? Não gostou do nosso atendimento?
– Gostei, mas vou voltar pra casa.
– Ok... A nossa camareira está subindo aí pra te ajudar.
Hermione desligou o telefone e quase de imediato a campainha tocou. Era a milher gordinha que tinha levado café para ela.
– Deixe-me levar isso - falou a mulher gordinha ao ver as malas nas mãos de Hermione.
* * *
– Por que a Hermione não volta logo heim? - falou Rony sem perceber que aquela pergunta deixou Harry extremamente agoniado
– Será que ela tá bem? - perguntou Harry deixando transparecer tal preocupação.
– Não sei...
A campainha tocou. Rony se levantou e correu para abrir, lá fora chovia, Hermione estava enxarcada
– Herm... Hermione!
Harry pulou da poltrona e se aproximou de Rony
– Eu senti tanto a sua falta - falou Hermione entre lágrimas enquanto abraçava Rony, mentira, sentiu falta mesmo foi de Harry.
Rony pegou as malas dela e levou para dentro. Harry a encarou por alguns momentos.
– Por que fez isso?
– Isso o que? - perguntou ela com desdém.
– Deixar a gente, sem nem ao menos explicar, me proibir de ir te ver, ficar longe de mim, correr perigo.
– Não devo satisfações a você.
– Pelor amor de Deus, pára com isso, você já está sendo infantil!
– Estou sendo infantil é? Interessante, pelo menos não estou te chamando de desprezível
Eles já começavam a brigar. Rony ouviu lá de cima, sabia que não podia deixá-los sozinhos. Ele desceu as escadas quase correndo. Harry olhou para a figura de Rony o encarando com aquele olhar estranho e Hermione também. A troca de "elogios" cessou naquele instante.
* * *
– Mestre, o que deu em você para enfrentar a Granger e o Potter sozinho?
– Fique quieto... Espera aí, você está insinuando que eu não posso derrotar os dois?
– Claro que...
– CALA BOCA! CRUCIO!
Lúcio se contorceu e soltou um berro ensurdecedor.
* * *
Harry e Hermione ainda se olhavam assustados com a presença de Rony com aquele olhar cortante.
Harry abriu a boca pra se explicar
– CARAMBA! Vocês não entendem que um sente a faltado outro e que um não vive sem o outro? Sei que OS DOIS erraram, mas errar é humano, é bruxo, todos erram. Olha só pro rosto da Hermione, tá inchado de tanto chorar, e os olhos estão quase sumindo do rosto - disse ele arrancando os óculos escuros que ela usava mesmo sem sol - Olha pra você Harry, um homem, com olheiras de noites mal dormidas e olhos vermelhos de tanto reprimir o choro!
Os dois se entreolharam e coraram.
– Parem com isso! Eu não aguento mais! Vocês só estão se machucanfdo! E mais... Vocês precisam estar juntos para enfrentar Voldemort, ou vocês acham que ele está triste que vocês tenham brigado...?
Eles se entreolharam mais uma vez, Rony tinha razão e até tinha falado "Voldemort" por inteiro. Harry começou
– Hermione... Ele tem razão... Eu nunca tive intenção de te machucar, tava tomado pela raiva
– Mas você machucou muito Harry.
quero postar logo tudo pra escrever a minha nova fic "O diário de Hermione" e depois a segunda temporada dessa " Os vestígios do passado" Vocês prometem que leem quando eu colocar aqui? :´[
amo vocês
beeijo
:*
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