Capítulo Treze - EDITADO

Décimo Terceiro Capítulo

Remus Lupin

Sírius passou pela porta de vidro da entrada e sua boca abriu-se em surpresa.

Carla riu e puxou Jeanette escada acima, que ficava bem na frente da porta.

James as viu desaparecerem no último degrau e virou-se para mim, enquanto a mãe de Carla passava por nós e ia em direção à cozinha, que ficava do lado esquerdo, após duas grandes portas de madeira de laranjeira, o que dava um doce aroma natural para a casa.

“E então, que tal se nós deixássemos nossas coisas no quarto?”

 “Remus?” a voz da Srta.Lamboglia estourou na cozinha.

 “Sim?”

 “Querido, vocês querem comer alguma coisa? Eu vou ao mercado, e compro algo...”

 “Não sei, Srta. Lamboglia...” virei-me para os outros três. “Vocês querem comer?”

“Pode ser” o Sirius disse.

James concordou e Wormtail sorriu.

“Remus!”

 “Sim?”

 “Vá lá encima e pergunte à Carla se ela quer alguma coisa, sim?”

“Okay.” Subi pesadamente os degraus feitos de mogno, carregando o malão e sendo seguido por James e Sírius.

Peter suspirou antes de fazer muito esforço para subir o primeiro degrau.

Carla passou correndo por nós e sorriu para mim, o que me deixou um pouco ofuscado.

 Quando ela estava passando por Peter –essa eu me virei para ver-, ela suspirou fundo e levantou o malão em seus braços. Aqueles braços finos e delicados, sabe...Tipo, ela levantou um MALÃO grande e pesado, com os próprios braços, e subiu uma escada de vinte e oito degraus, e nem ofegou!!!! Eu olhei para meus amigos e quando me dei conta, a srta.Lamboglia olhava a filha com raiva. Então ela começou a falar em italiano.

Por que eu nunca quis aprender esse idioma???

 Carla revirou os olhos e respondeu á mãe com voz inocente. Como eu sabia que ninguém tava entendendo mesmo, continuei subindo a escada e puxei o malão do Wormtail, seguindo para o meu quarto, que ficava um pouco mais para trás do corredor á esquerda.

 

{...}

 

[n.a.: Gente, uma idéia é ler essa parte com a música Even Haven Cries, da Monrose. Não prestem atenção no vídeo. http://www.youtube.com/watch?v=1KqmZVaW7Pc&feature=related

 Aproveitem.]

 

 Carla De Vallance

 Minha mãe saiu de casa em direção ao mercado para comprar guloseimas.

 Enquanto isso, eu subi e encontrei Jeanette olhando algumas fotos no mural que eu tinha na parede norte do meu quarto.

 Ele ia do teto ao chão e era da cor roxa.

Minha mãe decorara o meu quarto todo de branco e roxo, para não ficar com uma aparência sonserina demais. As fotos que preenchiam o mural eram, na maioria, minhas e da minha mãe, tinha algumas com os meus primos e umas seis – ou serão sete? - com a Janny e a Steh.

Na parede oeste, tinha o meu closet e meu banheiro; na parede leste, fica minha escrivaninha. Na parede sul, a cama e do lado desta, um janelão que vai até um metro do chão.

 “Onde são essas fotos?” Ela apontou para quatro rostos felizes e sorridentes, todas crianças, com aproximadamente dez anos.

Observei por um tempo a foto para entender de qual ela falava. Eu engoli com força e segurei as lágrimas que queriam descer quando vi qual era.

“São meus primos. Nós não nos vemos já faz um tempo.”

 “Por quê?” minha melhor amiga virou-se para mim intrigada.

Eu lhe sorri tristemente e ela andou na minha direção.

“Carla... o que foi?” Eu desviei os olhos das piscinas que são seus olhos e suspirei. Abaixei minha cabeça e a abracei com força, deixando que as lágrimas descessem pelos meu rosto. 

 

Flash Back

 Narrado por Dennis De Vallance

 Minha pequena...

Como eu queria ter estado mais tempo perto de você... Agora já está tão grande!

Abri a porta do carro para que ela entrasse e acenei para Giulianna, enquanto fechava-a e dizia ao motorista para levar-nos à sorveteria mais próxima.

“Quantos anos você tem, Carla?” eu perguntei.

Algo me dizia que ela ia brigar comigo.

“Pai, você não sabe a minha idade? Tem certeza?” Suspirei.

Ela era muito... muito... muito Giulianna Lamboglia.

 “Sabe, você puxou bastante à sua mãe...” eu disse isso enquanto segurava meu queixo de forma pensativa.

Carla me mirou irritada, cruzando seus bracinhos de forma decidida.

“Minha avó diz que eu pareço com o senhor.” OW! Essa foi forte...

“Bem, Princesa, eu acho que você tem muito de sua mãe, sabe... seus olhos, seu comportamento...”

 “Talvez seja porque o senhor não é tão presente na minha vida, de forma que eu não possa ter nada do senhor, pai” Ela disse de forma dura.

 Os olhos dela... São profundos, de uma forma que eu conheço, mas não consigo identificar.

Carla estava séria e irritada. Não havia nada mais do que um olhar... bem, um olhar...

Oh! Agora sei porque eu o identifiquei...

Era o MEU olhar!!! O olhar que eu usava com os meus ‘empregados’. Eu quase gritei por Blöter, o meu braço direito, para que ele pudesse confirmar isso. Carla tinha o físico da mãe, mas o meu temperamento.

O fato de estarmos juntos ou não, não vai mudar isso. Está no gene dela. Carla será uma grande líder se eu não começar a dobrá-la para mim agora. Isso significa colocá-la sob a proteção de minha esposa.

O que era um grande risco.

Anisa jamais a aceitaria.... Carla continuou me olhando.

 “Pincesa, que acha de ir conhecer a casa do papai?” eu perguntei quando sentamos no banco da sorveteria. De uma coisa eu sabia: ela adora sorvete!

Pedi o sorvete para Carla, de limão, como sempre. Ela parecia estar considerando a questão. Ficamos calados, até que o sorvete chegou.

Carla suspirou e pôs uma colher do sorvete na boca antes de me responder. Ela me olhou de forma imperativa e suspirou novamente, segurando a colher com força e me olhando nos olhos.

“Eu vou, mas se a Anisa me machucar,  eu não volto mais lá. Está me entendendo? Ela pode ser sua esposa, mas eu sou sua filha, e tenho total direito de recusá-la ou não na minha vida.”

 “Eu compreendo.”  Minha impressão é de que estava falando com um adulto no corpo de uma criança. Ela podia ter cinco anos, mas não era burra.

 “E quando eu digo rejeitar, eu quero dizer, a você também.”

“Rejeitar a mim? Isso é ridículo! Sou seu pai.”

 “Mas também é marido dela. Ter contato com você significa, inconscientemente, estar nas garras dela.”

“Desde quando você vê a Anisa como uma ameça?”

 “Sabia que minha avó ameaçou me deserdar por causa de vocês?” ela me disse, tentando mudar de assunto perceptivelmente.

Eu bufei antes de fuzilá-la.

Para uma criança ela é bem valente.

 “Minha avó disse que não me queria junto do Senhor, pois achava que não eras uma boa companhia. Internamente, penso que és meu pai, se é ou não uma influência boa para mim, quem decide isso sou eu.”

“Ou sua mãe.” Eu disse a contra gosto. No fundo, eu realmente era má influência para uma menina de cinco anos.

Ela me ignorou.

“Quando partimos?” ela disse entes de dar uma última colherada e me olhar com seus olhões verdes.

 Eu sorri, mas senti uma tremedeira por dentro... Argh! Melhor nem comentar! Levantei-me, paguei e fomos para o carro, onde o motorista abriu a porta de trás para nós.

Fomos direto para minha casa.

Passamos pela estrada de pedras e o chofer nos deixou na frente da grande porta de carvalho que é a entrada para minha mansão.

Carla arqueou a sobrancelha e olhou para mim. Eu instiguei-a a abrir a porta.

Logo que ela o fez, vários dos meus subordinados vieram na nossa direção. Inclusive Blöter, que mirou Carla de forma intrigada.

Então, os outros colegas estavam ao redor dela. As mulheres, agachadas, brincando e mimando minha filha. E os rapazes a admiravam tanto por seu comportamento –a forma em como ela conseguia encantar as garotas com seus gestos e sua voz doce-, como por sua beleza e educação. Fizeram, então, uma rodinha para paparicá-la, até que minha esposa desceu as escadas e mirou Carla de forma severa.

 Minha filha não temeu, devolveu o olhar de Anisa.

Eu fui rapidamente até onde minha companheira se encontrava –bem no pé da escada- e segurei sua mão.

“Anisa, esta é Carla, minha filha.” E a guiei até a menina, que se empertigou e ficou olhando fixamente os olhos azuis de minha mulher.

Isso foi instigante!

“Sei muito bem quem ela é, Dennis.” Ai, nessas horas eu queria dar um tapa nela...

“É um prazer conhecê-la, Anisa.” Carla disse, com seu sotaque franco-italiano acentuado.

Mirei Anisa até que ela sorriu para mim e depois para Carla.

“É um prazer conhecê-la também, querida” e as duas apertaram as mãos.

Eu estremeci, vendo que Anisa olhava profundamente nos olhos de Carla.

Então ela virou-se para uma das mulheres que nos rodeava e entregou Carla para ela. Segui Anisa até meu gabinete, no andar de cima, onde Blöter e sua esposa, Ingelise -uma mulher alta, magra, de nariz adunco e grande, parecendo uma ave de rapina, com seus longos cabelos louros presos em um ‘coque’ firme-, nos esperava.

“Com que direito, Dennis De Vallance, você acha que pode trazer esse projeto de humana para a minha casa?” Anisa estava nervosa. Isso ia ser chato. Muito.

“Ela, esse... projeto de humana, é minha filha. E ela possui meu gene. Será uma de nós, ‘Nisa. Poderás, agora, meu amor, cuidar dela como se fosse nossa filha...” eu disse, docemente, me aproximando dela, mas fui interrompido por um movimento cortante seu.

“Você está se comportando como quando inventou de trazer o Wolfang pra cá! Tudo culpa do Cannish! Aquele lobo idiota! Não,Dennis! O meu filho morreu e nada, nem ninguém, vai ficar no lugar dele! Eu não quero essa criança aqui! Se você quiser que ela continue viva, eu repito, mantenha-a longe de mim!” e cuspiu na minha cara.

Não fiquei abaixo. Dei-lhe uma tapa no rosto. Ela ficou sem reação.

“Você tinha todo o direito de recusar o Wolfang, Anisa. Mas Carla é parte da família. Corre o meu sangue nas veias dela. Aceitá-la como filha vai diminuir suas dores. Mas se não quer, tudo bem. Agora, quem manda nesse bando sou eu e eu digo que ela vai ficar. Se ela quiser, ela vai ficar! Fui claro?” gritei com ela. Não é incomum eu perder o controle de minha raiva com Anisa. Mas, Carla é minha filha, e desde que perdemos nosso primeiro herdeiro, Gregório, Anisa não aceita mais nenhuma criança para criar como sendo dela. Eu, ao contrário dela, que se fechou com sua dor, deixei de lado. Vivi meu luto enquanto ele estava lá, depois segui em frente.

 

{...}

 

 Uma semana se passou desde o dia em que Carla decidiu que me manteria, tanto como aos outros que estavam na casa naquele dia, na vida dela.

Hoje cedo recebi uma carta de Giulianna que me deixou bastante revoltado, mas não era algo que eu pudesse interferir.

 

Mamãe deserdou a Carla. Ela está arrasada, mas disse que não vai desistir de vocês. Se fizer minha filha sofrer, eu juro que o seu castigo será bem pior, porque agora ela só tem vocês e eu. Minha mãe proibiu toda a família de entrar em contato com a Carlinha. Não desaponte nossa filha. Não me faça ir até aí e dar de cara com sua esposa. Não vá falar com minha mãe, POR FAVOR!! 

G.L. 

 

Fim do flash Back 

 

“Então... você não fala com seus primos porque a estúpida da sua avó te deserdou?”  Jeanette estava sentada na minha cama, injuriada com minha avó.

“Mais ou menos. Quando ela o fez, contou mentiras sobre o meu pai. Daí, toda a família ficou contra nós. Eu só falo com um primo meu, Chuck, que nunca acreditou em nada do que ela disse.” Mostrei uma foto minha com um rapaz de cabelos cor de cobre e olhos azuis, meu primo preferido.

Eu me deitei na minha cama e fiquei a mirar o teto.

Jeanette me imitou.

“Eu gostaria de conhecer seu pai.”

“Não gostaria, não.” Que idéia mais maluca a dela! Parece que está louca para morrer!

“Ah, Carla, qual o problema?”

 “Nada...Ei!” eu disse o ‘ei’ bem entusiasmada, pois acabara de ter uma super-hiper-mega-tudo-ultra idéia.

 “Que foi?” ela se apoiou nos cotovelos para mirar meus olhos. Eu sorri e me sentei.

“Vamos tomar banho de piscina?? Mamãe disse que podíamos fazer o que quiséssemos, mas teria que ser com cuidado.”

 “Okay” Janny deu de ombros e abriu o malão, depois virou-se para mim. “Eu não tenho biquíni.”  

“Eu te empresto um” E saí closet a dentro, para pegar minhas roupas de banho.

Okay, façamos um breve resumo de como é o meu closet: -Ele têm divisórias dos dois lados - um pufe imenso no meio, no formato de um círculo na cor branca -As prateleiras são de pau-rosa - Todas as minhas roupas estão minimizadas e colocadas em caixinhas quase do tamanho daquelas nas quais o Sr.Olivaras coloca as varinhas dele. Cada uma delas têm uma identificação para saber qual peça ou conjunto de roupa está lá. -Os sapatos ficam organizados do mesmo jeito. -No final do closet tem um espelho que vai de um lado a outro, refletindo tudinho...

Jeanette me seguiu e seu queixo caiu em surpresa quando ela viu como era meu guarda-roupas. Eu a ignorei e continuei seguindo até achar a divisória que continha as caixinhas com as identificações de biquínis.

Tirei dois: um de tanguinha marrom com verde -para mim- e outro de tanguinha branca com sutien azul para a Janny. Tomamos um rápido banho no meu banheiro, (- espelho na parede dos fundo que vai do teto ao chão, todo com bordas vermelhas -Bancada de quatro metros, para que eu pudesse espalhar minhas coisas por ali. -Espelho acompanhando toda a bancada. -Cabide para pôr as roupas -Banheira -Box de chuveiro -Pufe no meio, também em detalhes vermelhos (enorme, dava para umas cinco pessoas). -Parede e chão de pedras. -Vestiário (era uns boxes pequenos para que pudéssemos nos vestir). -E tinha o Box com o sanitário . -Na bancada tinha duas pias E depois vestimos os biquínis com suas respectivas entradas de banho, descendo para térreo e indo em direção á piscina, que já se encontrava ocupada pelos Marotos.

Deitamo-nos nas espreguiçadeiras e ficamos ao sol, enquanto minha mãe não chegava com a comida.

 Minha mãe chegou duas horas depois, quando já tínhamos nos secado e entrado em casa. 

 

Flash Back de duas horas atrás

 

 Descobri maçãs maduras no quintal e peguei algumas para comermos.

Quando fui pegar a bola com a qual Janete e Sirius jogavam.

Senti, quando voltava Já com a bola nos braços e as maçãs, os olhos de Remus no meu corpo. Não vou mentir, seu que sou bonita, mas nunca fui convencida como o Sirius e o James.

Só de brincadeira.

Joguei a bola para Sirius, que jogou para James e depois para Jeanette.

Remus veio para mim e tomou uma maçã de minhas mãos.

Wormtail fez o mesmo e tentou muito não tocar em mim.

Quando ele se afastou, Remus, sentado na espreguiçadeira de Janete, chegou mais perto. E então, notei o suco da maçã descendo por seu queixo e pescoço quando ele mordeu um pedaço. Não pude evitar lamber os lábios. Terminei minha fruta e voltei a mirar o quarteto que jogava bola.

“Você não tem vergonha de sair por aí mostrando seu corpo,não?” ele perguntou como quem não quer nada.

“Remus, nós só temos treze anos. Não tenho do que ter vergonha.” Ele riu debochado.

Realmente, não tinha do que ter vergonha. Eu tinha uma barriga –um pouco- lisinha –culpa do sorvete de limão com doce de leite que eu como de sobremesa em Hogwarts- seios que me agradam, coxas que me agradam, um bumbum que me agrada, um sorriso que me agrada, a força que provinha do meu gene paterno me agrada, minha personalidade e meus amigos. Eu tinha  o porque ter vergonha de algo? Além do mais, eu sou bonita para minha idade que até os caras mais velhos, que trabalham pro meu pai, me acham reparam.

  “Eu sinceramente não acho ruim, Remus, mas se você acha, por que não vem ver se tem algo do que tê-la?”

 Okay...isso foi muito ousado.

Remus engasgou e ficou vermelho e começou a tossir. Eu me levantei e abanei minhas mãos.

“Sírius! James! O Remus engasgou!” Eles olharam para nós dois e saíram correndo da piscina.

Fim do Flashback

 

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n.a.: Mais um capítulo, YAY!! Hahhaha

Espero que tenham gostado, pessoal.

Um capítulo com Flashback sobre o papai da Carly e algumas informações importantes.

Não deixem de comentar!!

Beijão,

Mira.

23.07.2012

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