Capítulo Onze - EDITADO
Décimo Primeiro Capítulo
“But she knows there always be a special place in my heart for her.”
Mas ela sabe que sempre haverá um lugar especial para ela no meu coração.
Phil Collins.
“Owwwwwwww!!” Nathan gritou, quando Oregon mostrou as penas de suas asas, já completamente sem sangue. Castanhas, quase uma cor de caramelo. Oregon exibia suas penas com orgulho para o amigo, Carla, Dumbledore, todo o Corpo Docente e Stephanie. Faltava só um mês para as aulas terminarem, e ninguém havia visto Falcon transformado desde antes do Natal, quando ele a fizera pela primeira vez.
Dumbledore arqueou as sobrancelhas quando as asas quase acertaram sua cabeça ao serem abertas. A pele morena enrusbreceu e Oregon pediu desculpas. Carla suspirou, ao lado de Stephanie, que aparentava deslumbre. Nate a mirou, seus olhos mostrando preocupação.
“O senhor tem um talento e tanto!” Slughorn era o mais entusiasmado. Ele levantou-se, balançando sua pança, e caminhou pesadamente até o rapaz, procurando tocar cada pena do corpo de Falcon. Oregon hesitou quando o professor se aproximou demais. Carla enrigeceu e Nathan deu um muxoxo, levantando-se e parando entre o professor e o amigo. Ele pôs sua mão no ombro de Horácio, que o mirou, confuso.
“O senhor está próximo demais.”
“E há alguma diferença?” ele olhou para os dois rapazes, mas um pigarro soou e ele virou-se para a aluna de sua casa cujo comportamento não era compatível com o que se passava ali.
“Se o senhor desejar morrer aqui e agora, continue perto dele, Prof°Slughorn. Terá o prazer de morrer pelas mão, ou patas, de um Ákila. Aproveite que eles raramente cometem assassinatos.” Ela parecia muito desconfortável, seus olhos baixos e a face contorcida numa careta. Dumbledore respirou fundo e cruzou os dedos das mãos, apoiando o queixo nelas.
“Sua reação é inesperada, Srta. De Vallance. Pelo que sei, você e os Srs.Falcon e Lankford são unidos desde pequenos. Eu não esperava sua ignorância ao fato de um deles ser... diferente.”
“Eu não o ignoro por ele ser diferente, afinal, nenhum é igual ao outro, aqui. Ignoro por que ele cometeu um erro, e eu estou farta de encobri-lo.” Oregon arqueou as sobrancelhas. Ela não levantou o olhar. “Mostre para ele, Nathan. Está na hora d’ele ver, mesmo.”
“Ver o quê?” Oregon estava cauteloso.
“Carla e eu mandamos uma carta para o Conselho, Oregon. Mas, bem, eles já sabiam que você tinha falado demais antes mesmo de enviar-lhos.” Oregon arregalou os olhos e voltou ao normal, já vestido.
“Contaram ao Conselho que eu abri a boca pra Stephanie??”
“Foi!” Carla estava conformada.
“É meu direito, não? Estamos viculados. Então!Tenho que contar pra ela... ou deveria esconder isso dela?”
“Não, Oregon, mas você contou sobre nós também. E não foi certo. Só era pra ela saber sobre você. Os únicos que deveriam saber sobre nós são nossos companheiros e os Professores, para que possam nos ajudar e...” Nathan sentia o clima pesando. Parecia que o ar estava carregado de eletricidade.
“O negócio é que deste com a língua nos dentes sobre nós também, e não foi certo!” ela levantou-se e pôs sua mão no bolso frontal das calças de Nathan. Este olhou horrorizado para ela, mas ela puxou um envelope de aparência velha e entregou ao Ákila.
Este mirou-a irritado.
“Você está com ciúmes da Stephanie, não é?!” ele disse, atrevido. “Está com ciúmes porque desde que viemos para cá, você não pode mais ver-”
A morena cortou a fala do corvinal.
“Se eu estou ou não com ciúmes, isso não lhe diz respeito!” ela disse fria, como a verdadeira sonserina que era, torcendo o nariz.
Então uma exclamação. Stephanie e Minerva pareciam horrorizadas.
“Stephanie é minha companheira”
“Sou sua amiga, quase irmã! Você quase nos entregou para uma humana, Oregon! Uma humana!” estava a centímetros dele. Faltava pouco para que seus rostos se encostassem. O cheiro de Falcon era insuportável. Quente; apimentado... Pinicava em seu nariz, e ela queria espirrar. Ela rosnou. Nunca havia feito isso antes, mas pareceu-lhe absolutamente natural.
Ouviu um ofego. Nathan pôs uma mão no ombro dela e outra no braço do amigo.
“Parem!”
“Se ele admitir que pôs toda a espécie em perigo, eu paro.”
“Eu fiz o que é permitido!” ele silvou.
“Parem!Agora!” Nate falou com mais força.
“PÔS MINHA FAMÍLIA EM RISCO!”
“NÃO! EU CONTEI A VERDADE PARA ELA!”
“DISSE QUE ÉRAMOS IGUAIS!”
“E NÃO SOMOS?”
“SOMOS! MAS DIFERENTES, TAMBÉM!”
“SIM, MAS ISSO NÃO VEM AO CASO! ELA DEDUZIU TUDO, NÃO TÊM PROBLEMA!”
“ENTÃO ELA TAMBÉM PODE SABER QUE A COMPANHEIRA DE QUARTO DELA PODE MATAR O NAMORADO DELA A QUALQUER MOMENTO? ELA PODE SABER QUE NOSSA ESPÉCIE ESTÁ EM RISCO PELA IMPRUDÊNCIA DA SUA SUBSPÉCIE?”
“AH! AGORA SOMOS NÓS QUE DEDURAMOS A ESPÉCIE, NÃO É?! E VOCÊS, QUE SE TRANSFORMAM NO MEIO DOS HUMANOS? FAZ SENTIDO, ISSO? FAZ, CARLA?” Oregon transformou-se.
Meio segundo depois, Carla também havia deixado a forma humana. Sua cabeça alongou e ganhou um fucinho, suas orelhas ficaram maiores, seu corpo cresceu e sua coluna vertebral alongou-se também, criando uma cauda. Carla era um lobo. E estava furioso. Ela e Oregon atracaram-se com unhas e dentes na sala do diretor, sob o olhar atônito de todos.
Nathan não ficou para trás. Seu corpo explodiu, também. Sua pele ficou de um tom cinza azulado, seus cabelos tornaram-se duros, como escamas num moicano espinhento. Suas orelhas rasgaram por trás, criando brânquias, e seus dedos dos pés e mão foram palmadas. Não piscava mais.
Os professores se assustaram, e Stephanie soltou um grito.
“PAREM!!!” Nathan tinha uma voz arrastada e fria, rouca, era muito estranha. Ele se meteu na briga. Steh tentou intervir, mas ele estendeu sua mão pra ela.
“Fique aí, Stephanie! É perigoso! Eles podem te machucar!” então ele ficou no meio dos dois, que quebravam tudo.
Nathan pegou Carla pelo cangote e jogou-a na porta da sala, depois, fez o mesmo com Oregon, só que para o outro lado. Eles ficaram ofegando, assustados.
Carla voltou ao normal, olhando irritada para o Ákila. Nathan voltou para a forma humana também, tremendo.
“Acabou, De Vallance.” Nathan murmurou.
“Não...” a voz dela foi estrangulada, seus olhos ficaram vermelhos. “Nate...”
“Não, De Vallance. Acabou.” ele desviou o olhar do dela. Ela fungou e riu pelo nariz, desesperada. Sem olhar para Oregon, ela chamou-o.
“Falcon??”
“Acabou.” Ele disse, ofegante. Seu olhar foi para Stephanie, depois estendeu a mão para a namorada, com a intenção de acalmá-la.
Carla levantou-se. Havia um corte extenso em seu rosto, mas ela não sentia dor. Levantou-se pesadamente e sem ligar para o estado em que se encontrava, saiu pela porta sem emitir som nenhum.
Stephanie correu na direção do namorado assim que a morena saiu.
Nathan olhou para Oregon. Este segurou o olhar. Nathan retirou-se com rancor. Ele parou na porta, mas depois continuou sem olhar para trás.
“Acabou...” Oregon sussurrou para si mesmo, com dor visível na voz e em seu semblante.
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n.a.: Espero que tenham gostado. Esse capítulo teve bem mais alterações que os outros, estou surpresa por isso.
Então, agora a amizade deles acabou... Pois é. Você olhando assim, parece besteira, mas no decorrer da história, é bem importante.
Deem suas opiniões, por favor!
Beijos,
Mira.
22.07.2012
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