O que está acontecendo comigo?

O que está acontecendo comigo?



6. O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?

No Salão Principal de Hogwarts, uma sonserina e uma grifinória trocavam olhares do tipo “precisamos conversar”, lançando um olhar igual a um certo moreno da Sonserina.

-Está tudo bem Gina? Você está estranha hoje... – comentou Rony, pegando mais uma porção de pudim.

-Não, está tudo bem – dizia Pansy, mesmo que sua cara inchada teimasse em lhe desmentir.

-Tem certeza disso? – perguntava Hermione, parecendo realmente preocupada.

-Tenho. Agora, com licença.

-Aonde vai? – perguntou Harry, lhe segurando o pulso.

-Vou sair um pouco, tomar um ar. Nos vemos no Salão Comunal.

-O.k.

Enquanto Pansy se dirigia para a porta, lançava olhares para que Blaise e Gina a seguissem. Disfarçadamente, os dois entreolharam-se e se levantaram, indo em direção ao lago.

-Aonde vai Pansy? – perguntou Draco, olhando-a de forma extremamente curiosa.

-Nós temos um assunto pra resolver – cortou Blaise, puxando a outra pelo braço, antes que perdessem o rastro da ruiva. Se bem que, perder alguém com um cabelo discreto daqueles, não era uma tarefa muito fácil.

O fato de dois sonserinos terem saído quase correndo do Salão atrás de uma grifinória parecia passar despercebido por todos, por mais estranho que a cena poderia parecer.

***

-Calma Blaise! – gritava Gina, arrumando suas vestes e soltando seu braço da mão do moreno.

-Vamos logo Gina! Ou vamos perder a Pansy!

-Ela está no lago, se é o que quer saber.

-Então vamos pra lá.

Os dois foram correndo até o lago, onde enxergaram de longe uma labareda de cabelos vermelhos. Pansy estava sentada, olhando a água, esperando que os outros dois não fossem tão tapados quanto ela pensava e tivessem entendido que deveriam ir para o lago.

-Estamos aqui, Pansy – disse Blaise, puxando Gina para mais perto da ruiva.

-Já percebi.

-O que queria falar conosco? – perguntou a morena, ficando entre Blaise e Pansy.

-Quero dizer – começou a ruiva – que eu ainda não perdoei vocês dois, mas que eu abro uma trégua até resolvermos esse assunto da troca.

-E por que você deveria me perdoar?! Foi o Blaise que fez a aposta com o Malfoy, não eu!

-Mas você sabia e não me contou!

-Ah, chega. Parem já, antes que comecem a gritar – disse Blaise, em voz alta.

-Mas, Blaise...

-Gina, deixa... Depois eu dou meu jeito e ela acaba perdoando nós dois.

-O.k. É só isso que queria Parkinson?

-Sim, é só isso. E, se quer saber, pode ficar com o Draco.

-Eu não quero o Malfoy! – disse uma Gina totalmente indignada.

-Que seja, mas eu não quero mais ele.

E, falando isso, Pansy saiu dali, deixando Gina e Blaise de boca aberta.

***

-Essa não é a Pansy que eu conheço... – disse Blaise para Gina, enquanto voltavam para o castelo.

-Não posso dizer nada, não conheci ela de verdade antes dessa manhã.

-É verdade... Só faz um dia que vocês estão trocadas...

-E olha que esse dia ainda nem terminou ainda...

-Sem querer desanimar você, mas eu acho que vocês duas ainda vão se envolver em muita confusão antes de trocarem de corpo de novo.

-Concordo...

-Vocês dois, me esperem! – gritava Draco, que vinha correndo atrás dos dois.

Gina lançou um olhar de “o que eu faço agora?” para o moreno, enquanto esperavam Draco se aproximar deles.

-Vocês dois estão estranhos hoje... – comentou o loiro.

-Nós dois? Imagina... – disse Gina, recebendo uma cotovelada de Blaise.

-Vocês estão muito estranhos, pra falar a verdade. Você nem parece a Pansy Parkinson que eu conheço...

A frase de Draco causou tal impacto na morena, que ela acabou tropeçando e jogando-o no chão, para logo em seguida tombar em cima dele. Blaise segurava uma risada insistentemente, pois ver Draco Malfoy deitado no chão não era uma coisa muito comum de se acontecer.

-O que é isso Pansy?! Cheguem ao quarto primeiro! – ria-se todo o moreno, mesmo recebendo olhares metralhadores dos dois amigos, que limpavam suas vestes.

-Sério, vocês dois estão muito estranhos hoje. E quando eu digo muito, é muito mesmo.

-Nós não estamos estranhos, Draco. Nem eu e nem o Blaise.

-Isso mesmo – concordou Blaise, vendo que o amigo ficara mais calmo.

-Já conseguiu cumprir nossa aposta? – perguntou Draco.

-Ainda não – respondeu o outro, olhando para Gina como se quisesse ajuda. Bem, na verdade, ele queria mesmo.

-Eu estou ajudando ele a cumprir a aposta.

-A... A aposta?!

-A aposta, de que o Blaise tinha que ficar com a Gi... Weasley.

-Ah, sim. Pensei que você fosse a minha namorada, e não a dele.

-E o que isso tem a ver com o assunto?

-Se você é a minha namorada, deveria me ajudar, e não ajudar ele.

-Você não me pediu ajuda – respondeu Gina, dando de ombros e deixando os outros dois de boca aberta.

-Gina! – sussurrou Blaise, de forma que Draco não o ouvisse – você está desafiando o Draco ou é só impressão minha?!

-Não, Blaise. Não é impressão sua. É o meu instinto grifinório. Nunca ouviu falar?

-E o que tem o instinto grifinório a ver com isso?

-Regra número um: nunca deixe passar a chance de atormentar um sonserino – respondeu ela, revirando os olhos.

-Certo... Draco, você vai para o Salão Comunal agora?

-Não, eu vou direto dormir. Estou morto de sono.

-Ah, sim. E eu vou estudar – respondeu Gina, com a voz carregada de sarcasmo, recebendo outra cotovelada do moreno.

-O que quer dizer com isso? – disse Draco, parando no lugar.

-Nada.

-Espero.

-Draco – sussurrou Blaise, dessa vez para o loiro – vai tentar cumprir a nossa aposta hoje?

-É claro – sussurrou de volta Draco.

-Bem, vou indo – disse Gina, falando a senha e entrando no quarto que deveria ser de Pansy.

-Gina – disse Blaise, logo depois que o loiro se afastou – tome cuidado, o Draco vai vir aqui hoje.

-Ah, certo. Obrigado.

-Disponha.

***

Gina já estava deitada, quase dormindo, quando ouviu a parede de seu quarto se abrir, e um loiro passar por ela. Draco vestia apenas a calça do pijama, que ainda por cima ficava grudadinha nas coxas, deixando-o extremamente sexy. Se bem que ele era sexy em qualquer situação.

-O que faz aqui Draco? – perguntou ela, acendendo a luz e o observando direito.

-Vim te dar boa noite – disse ele, caminhando até a cama da morena e lhe dando um beijo cheio de desejo, que Gina retribuiu ardorosamente.

A mão direita de Gina não obedecia aos comandos de seu cérebro, e percorria todo o peito bem definido do loiro, que tinha as duas mãos bem firmes na cintura da morena. A mão esquerda da garota apertava com força a nuca de Draco, como se tivesse medo de perdê-lo.

O corpo do garoto logo começou a empurrar carinhosamente o corpo de Gina de encontro à cama, colocando sua cabeça no travesseiro de forma delicada e até mesmo sedutora, para logo em seguida deitar-se por cima dela. Por incrível que pareça, Gina estava gostando, e não queria reagir. Uma das mãos dele começaram a subir lentamente pelas suas pernas, levantando sua camisola e fazendo Gina acordar.

-Draco, pára.

-Não, Pansy – disse ele, voltando a beijar seu pescoço.

-Draco, chega. Eu já disse que não quero.

-Por que não? – perguntou, ainda beijando seu pescoço e começando a descer para o seu decote.

-Porque eu já disse que não – declarou de vez Gina, criando força (física e psicológica) para afastar o loiro de si.

-Mas Pansy...

-Eu já disse que não quero Draco!

-E posso saber por que não?! – perguntou ele, visivelmente irritado, levantando-se da cama.

-Porque... Porque eu sou virgem.

-Você é o quê?!

-Eu sou virgem, Draco.

-Você está brincando, não é?

-Não, Draco, eu estou falando sério. É tão difícil assim de acreditar que eu sou virgem?! Por acaso você acha que eu já dormi com mais da metade do colégio?! Porque, se acha, saiba que eu não sou assim, e que...

-Não, calma Pansy. Eu não acho isso. É que... Tinham me dito outra coisa...

-Quem?

-Aquele cara da Corvinal com quem você teve um caso... Como é mesmo o nome dele? Acho que é Miguel... É, Miguel alguma coisa...

-Miguel Corner? – perguntou Gina, sentindo o sangue lhe subir à cabeça.

-Sim, esse mesmo.

-É sério que eu tive um caso com ele?

-Claro, você mesmo me disse.

-Quando foi isso?

-Pansy, você está com algum problema? Porque, sinceramente, você está estranha...

-Eu só não me lembro quando eu fiquei com ele, e queria saber, se o Excelentíssimo Sr. Malfoy pode me ajudar, então me ajude! – disse Gina, quase gritando e começando a ficar vermelha.

-O.k, calma! Acho que foi no nosso quinto ano... É, no quinto ano sim. Que você acabou terminado com ele porque descobriu que ele tinha entrado pro grupinho do Potter...

-AQUELE DESGRAÇADO! – gritou ela, ficando como um pimentão.

-Pansy, o que tem de errado com você hoje?!

-Nada, Draco. Eu... Eu acho que vou matar alguém... Eu não acho, eu tenho certeza. SAI DA MINHA FRENTE QUE EU VOU MATAR A PARKINSON!

“Parkinson?! Ela vai se matar?! Não antes de eu cumprir a aposta.”

-Pansy, tenha calma!

-CALMA?! VOCÊ QUER QUE EU TENHA CALMA?! AQUELE CANALHA NAMOROU DUAS AO MESMO TEMPO, SE NÃO TRÊS! E VOCÊ QUER QUE EU TENHA CALMA?!

-PANSY PARKINSON FAÇA O FAVOR DE SE ACALMAR! EU NÃO TENHO CULPA DO QUE O CORNER DISSE!

-EU SEI. SE VOCÊ TIVESSE, EU ESTARIA PENDURADA EM SEU PESCOÇO, MAS AO INVÉS DISSO, EU QUERO ESTAR NO PESCOÇO DAQUELE DESGRAÇADO, FILHO DE UMA...

-CALMA! – gritou Draco, segurando a namorada pelos ombros e vendo que os olhos dela estavam cheios de água – Ah não, Pansy, não me diga que você vai chorar...

-Eu... Snif... Eu não vou chorar, Draco... Snif...

-Você já está chorando. Vem cá.

Sem nem pensar duas vezes, Gina se agarrou ao pescoço do loiro e começou a chorar, lembrando de tudo que Miguel Corner lhe havia feito em seu quarto ano, e do quanto ainda sentia a falta dele por perto. Draco não sabia bem o que fazer, já que nunca havia consolado ninguém na vida. Bem, na dúvida do que fazer, o mais simples é abraçar forte a pessoa e ficar quieto. E foi exatamente isso que ele fez, deitando-se na cama e esperando que a namorada dormisse, para parar de chorar.

***

Pansy estava deitada no dormitório feminino do sexto ano, esperando o sono chegar. Já era madrugada, e ela repassava todos os acontecimentos do dia, enquanto não conseguia dormir. Com certeza, o pior de tudo fora ter brigado com Blaise e Gina, já que os três estavam juntos na enrascada. Mas ela também ficara com raiva de Draco, que era o seu verdadeiro namorado, assim como começara a namorar o Potter. Mas isso era o de menos.

Suas novas colegas de quarto dormiam, e ela resolveu se levantar para não ficar ouvindo seus roncos. Caminhou sem rumo pela torre da Grifinória, não sabendo direito para onde estava indo. Só se deu conta de onde estava quando sentiu a maçaneta gelada da porta debaixo de sua mão quente. Estava em frente à porta do dormitório masculino de sétimo ano, preparando-se para abrir a porta e entrar.

“Pansy Parkinson o que você está fazendo?! Não me diga que está tentando entrar no dormitório do Potter... E quem disse que eu sabia pra onde estava vindo?! Ah, sei lá!”

E assim pensando, Pansy virou as costas para a porta, voltando para o seu dormitório, querendo logo encerrar o pior dia de sua vida.

***

Quando Draco acordou, sentiu um leve peso em cima de si, e viu a namorada deitada em seu peito. Estava no quarto da monitora-chefe da Sonserina, mas sabia que havia acontecido nada demais entre eles. Afinal, Pansy lhe afirmara ser virgem, coisa que ele duvidava muito.

-Pansy... – chamou ele, delicadamente.

-O que foi? Por que você está aqui Draco? – perguntou Gina, temendo ter se entregado aos encantos do loiro.

-Não aconteceu nada ontem à noite, não se preocupe.

-Mas então por que...

-Você não lembra? Você começou a chorar quando eu falei quando você namorou aquele corvinal que eu vivo esquecendo o nome...

-Ah, lembrei. O Miguel Corner, aquele filho de uma hipogrifa rosa com um centauro amarelo...

-Ah não Pansy! Não começa com isso de novo, o.k.?!

-Mas Draco, ele é um filho de uma hipogrifa rosa com um centauro amarelo!

-Pansy!

-Tudo bem, eu fico quieta. Mas não negue que ele é...

-O.k., ele é um filho de uma hipogrifa rosa com um centauro amarelo, mas agora vamos mudar de assunto?

-Você decide – respondeu ela, dando de ombros e se levantando.

-Volta aqui, Pansy! – pediu Draco, fazendo carinha de cachorro na chuva, anjo sem cachinhos, ou a coisa mais doce do mundo, como preferirem.

-Diz, Draco.

“Essa não é a Pansy! Não, essa não é a Pansy! Ela nunca resiste quando eu faço essa carinha...”

-Não, nada. Pode ir.

-Certo – disse Gina, saindo desconfiada dali, rumo ao banheiro.

-O que vai fazer aí? – perguntou o loiro, mais pra puxar algum assunto do que pra saber mesmo o que ela faria no banheiro. Bem, não era óbvio?

-Adivinha? – respondeu ela, sarcástica.

-Não sei.

-Olha Draco, eu ouvi falar que os loiros eram burros, mas não sabia que você se encaixava entre eles. Afinal de contas, o que é que você faz quando vai ao banheiro?

“Não, essa não é a Pansy! A verdadeira Pansy Parkinson nunca falaria uma coisa dessas, ainda mais pra mim!”

-Pansy... Eu posso te fazer uma pergunta?

-Claro que sim. Fala logo.

-Você fumou alguma coisa ontem?

-O QUÊ?! – gritou Gina, saindo do banheiro com uma toalha branca nas mãos.

-É sério... Olha, se você fumou alguma coisa, eu não vou dizer nada, mas pelo menos me conta, aí eu posso...

-DRACO MALFOY VOCÊ ACHA QUE EU FUMARIA ALGUMA COISA?! DE ONDE TIROU ESSA IDÉIA TÃO ESTÚPIDA?!

-Está vendo?! Você nunca falaria assim comigo, pelo menos não sem beber ou fumar algo.

-Não, Draco – respondeu Gina, contando até dez mentalmente para não enfiar a sua mãozinha na pele branca do rostinho de anjo do loiro – eu não fumei nada.

“E, por favor, me diga que eu não acabei de pensar que ele tem rostinho de anjo!”

-Tem certeza?

-Absoluta.

-Não me leve a mal, é que você vem me tratando diferente, sei lá, tentando me desafiar... Dizendo que é virgem... Chorando sem motivo algum...

-Pára por aí! Draco, eu já falei e vou repetir mais uma vez: eu realmente sou virgem, quer você acredite ou não. E eu não chorei sem motivo ontem à noite, eu chorei porque me lembrei o quanto aquele...

-Filho de uma hipogrifa rosa com um centauro amarelo...

-Filho de uma hipogrifa rosa com um centauro amarelo me fez sofrer!

-Pansy, sinceramente, você parece o Potter falando desse jeito.

-Como assim?!

-Sei lá, você fala como uma grifinória...

“Ah, isso deve ser porque eu SOU uma grifinória!” pensou Gina, batendo com a mão na testa.

-Draco, eu só estou muito cansada, o.k.?!

-Mas Pansy... Eu me preocupo com você...

“Tanto que fez uma aposta que dormiria com a verdadeira Pansy Parkinson! Quanta preocupação!”

-Ah, sim! Você e a torcida do União de Puddlemere!

-Viu o que eu estou dizendo?!

-Draco, escuta aqui, eu estou cansada, o.k.? Será que você podia me deixar em paz?!

-Não, eu não podia. E sabe por quê?! Porque você é minha namorada e se é tanto pra mim, eu me preocupo sim com você! Pansy, eu quero você de volta!

“Ah, agora só me faltava essa! Então, queridinho, espere mais umas duas semanas, o.k.?!”

-Draco, eu só peço paciência, entendido?!

-Pansy, eu quero você... – começou o loiro, se aproximando e lhe beijando o pescoço – eu quero você a toda hora... – e assim seus lábios iam descendo – Eu preciso ter você...

“Isso depende da minha vida... Eu preciso ter você, Pansy... Eu preciso ganhar essa aposta... Malfoy! Olha aonde coloca essa mão!”

-Draco, eu já falei que não! – disse Gina, tirando uma das mãos dele, que teimavam em descer até sua traseira – Olha Draco, eu gosto de você, muito, mas eu não quero que a minha primeira vez seja com alguém que eu não amo!

-Você não me ama?! – disse ele, entre indignado e espantado.

-Eu gosto muito de você, mas amor mesmo, acho que não.

O loiro parecia arrasado ao ouvir aquilo, o que fez Gina sentir uma pontinha de culpa. Draco a olhou nos olhos, como se quisesse ler sua mente (e, na verdade, era exatamente isso que ele estava tentando, o que fez Gina fechá-la no momento em que percebeu isso).

-Tem certeza do que disse? – ele ainda perguntou, antes de chegar mais perto dela.

-Tenho – respondeu Gina, mesmo que não estivesse muito segura se a verdadeira Pansy amava ou não o Malfoy.

-Absoluta?

-Absoluta.

Só depois de dizer isso foi que Gina se deu conta do quão próximo Draco estava. Suas testas estavam grudadas, e os olhos tinham algum tipo de magnetismo que não deixava que nenhum dos dois desviasse o olhar. As mãos de Draco estavam na cintura da garota, a segurando fortemente como se para não a deixar escapar. Bem, era exatamente para isso que ele a segurava tão forte. Seus lábios já estavam a milímetros de distância, quando Draco colou seus lábios aos de Gina (que ele pensava ser Pansy), não deixando nem um curto espaço para que a garota respirasse. Mais do que incrivelmente, Gina correspondeu, e quem visse a cena de fora poderia perceber que, mesmo ela tentasse negar, o beijava com o mesmo desejo que ele a beijava.

-Eu posso e vou fazer mudar esse pensamento – disse Draco, logo após saindo do dormitório e deixando uma Gina confusa caída na cama, tamanho foi o efeito que o beijo lhe causou.

***

-Gina! Vamos, ou vai se atrasar!

-Calma Harry, já estou indo.

-Gina! – grita Blaise, vindo na direção do casal que acabara de se levantar da mesa da Grifinória, atraindo a atenção do Salão Principal inteiro. Pansy lhe lançou um olhar metralhador, enquanto que Harry lhe encarava, mais que confuso.

-O que foi Blaise?

-Vem cá – disse Blaise, puxando a ruiva e colocando a boca na sua orelha, para logo depois dizer baixinho – onde está o Draco? E onde está a Gina?

-Eu não tenho a mínima idéia – disse Pansy em voz alta, olhando para todos os lados do Salão.

-Quem vocês estão procurando?

-A Pansy – se apressou em dizer a própria, antes que Blaise fizesse o estrago de dizer que estavam procurando Draco.

-Gina, vamos.

-O.k. Nos vemos depois, Blaise.

-Até lá.

O casal caminhou para o lado de fora do Salão, de mãos dadas. De repente, Harry estacou no lugar, fazendo Pansy se virar bruscamente. O garoto que sobreviveu estava com uma expressão preocupada no rosto, o que fez um arrepio percorrer a espinha da garota.

-Precisamos conversar, Gina.

“Mas já?!”

-Diz, Harry.

-Desde quando você se mete em encrencas com o Zabine e com a Parkinson?!

-Harry, eu preciso te pedir um pouco de paciência...

-Paciência?! Gina, ontem foi o nosso primeiro dia de namoro e você passou mais tempo com eles do que comigo!

-Harry! Eu só estou pedindo um pouco de calma!

-E eu só estou pedindo a verdade!

-Eu já disse que não posso te contar!

-E por que não?!

-Porque você nunca iria aceitar!

-Gina... Eu aceitaria você, até se você... Até se você se tornasse de uma hora para a outra... A Parkinson. Eu aceitaria você de qualquer maneira... Aonde você vai?!

-Me deixa Harry – disse Pansy, deixando que as lágrimas rolassem soltas pelo seu rosto.

-Gina! – disse Harry, segurando seu braço – o que aconteceu?

-Nada. Me deixa.

E assim dizendo, a ruiva saiu correndo dali, deixando um moreno com a boca totalmente aberta para trás.

“Pansy Parkinson o que está acontecendo com você?!”








































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