Um novo aliado
4. UM NOVO ALIADO
“Merlin! Eu estou beijando o Potter!”
-O QUE SIGNIFICA ISSO?!
Harry separou-se bruscamente de “Gina”, e ambos olharam para o ruivo parado na entrada da Sala Comunal da Grifinória. Rony estava vermelho, igualzinho seu cabelo, e seus olhos tinham um brilho assassino, e ele estava bufando de tanto ódio.
-Calma Ron... – Hermione tentou acalmar a situação, mas logo viu que não adiantaria muito.
-CALMA?! VOCÊ QUER CALMA MIONE?! O HARRY ESTÁ QUASE COMENDO A MINHA IRMÃ MAIS NOVA!
-Rony, eu não estou “quase comendo” a Gina...
-NÃO?! HARRY VOCÊ ESTAVA QUASE ENGOLINDO A GINA!
-PÁRA POR AÍ! – gritou Pansy, já irritada com a situação de ter um irmão mais velho querendo controlar sua vida – O Harry não estava “quase me comendo” e muito menos “quase me engolindo”, o.k.?!
-Mas Gina, ele estava...
-Ele estava me beijando carinhosamente, como um namorado deve fazer, não é mesmo Mione?
Hermione apenas maneou a cabeça de forma afirmativa, deixando Rony mais calmo. Harry assistia a cena, interessado no que a nova namorada acabara de falar.
-Vocês voltaram a namorar? – perguntou Rony, já com a paciência totalmente recuperada.
-Sim – respondeu Harry, sorrindo e enlaçando com os braços a cintura da namorada, que fez uma expressãozinha de nojo, que logo foi desfeita ao perceber que Hermione a encarava, um pouco surpresa.
-Então... Você não estava se aproveitando da minha irmã?
-Claro que não, Rony.
-Acho que então eu deixo você e a Gina namorarem...
-Você não tem deixar, Wea... Rony – cortou Pansy, mais do que irritada com o rumo que a conversa estava tomando.
-Claro que tenho! Sou seu irmão mais velho!
-Mas não é meu pai, e muito menos minha mãe.
Ao ouvir isso, Rony ficou quieto, e Pansy se tocou que havia ido longe demais, e que a pequena Weasley nunca discutiria com o irmão, ainda mais por uma bobagem como o Potter. Hermione segurou o braço esquerdo de Rony, fazendo com que ele acordasse, e saísse dali, levando a amiga junto com ele. Harry afastou-se de “Gina”, para olhar a namorada com uma expressão de surpresa nos olhos. Pansy se sentiu mal com aquele olhar, e perguntou, mais para quebrar o gelo do que para saber o que já tinha tomado consciência:
-Fui longe demais?
-Bem... Foi – respondeu o moreno, com um leve tom de divertimento na voz.
-Ah, droga! – exclamou ela, se desvencilhando dos braços do novo namorado para caminhar pela Sala Comunal, pensando no que fazer.
-Não se preocupe, você sabe como o Rony é.
“Pior que eu não sei, Potter”
-Eu não sei... Acho que dessa vez ele ficou realmente bravo...
-Você sabe que não – falou o moreno, acariciando os cabelos ruivos de Pansy (N/A: não é estranho falar “os cabelos ruivos de Pansy”?!) que se virou para encará-lo, percebendo-se bem perto do garoto, notando pela primeira vez que sues olhos eram verdes – e mesmo que Rony fique chateado, ele sabe que é o melhor pra você, que uma atitude própria previne coisas como as que já aconteceram...
-Que coisas? – perguntou a garota, curiosa.
-Coisas como o que aconteceu em seu primeiro ano, coisas como o diário de Tom Riddle...
“Ah, então foi a pequena Weasleyzinha a aluna do primeiro ano que ficou com o diário de Voldemort... Dessa eu não sabia...”
-Concordo... – respondeu ela vagamente, ainda divagando sobre o assunto Weasley/Voldemort.
-Gina?
-Sim? – perguntou ela, distraída, voltando a realidade.
-Eu perguntei se você vai para a primeira aula.
-Ah, sim... Vou, acho...
-Não vá.
-Como?!
-Não vá. Fique comigo.
-Quem diria... O grande Harry Potter pedindo para a namorada gazear aula... Pensei que vocês só fizessem coisas mais “dentro das regras”.
-Essa é a parte de Hermione no grupo – respondeu Harry, sorrindo, parecendo não perceber o tom de deboche de “Gina”.
“O que a Weasley faria?!”
-Certo. Mas só a primeira aula.
Harry sorriu, um sorriso genuíno, que Pansy nunca havia visto em nenhum de seus amigos sonserinos. Só agora reparara no quanto o menino que sobreviveu era bonito... Ah não! Ela estava começando a se tornar uma verdadeira grifinória com esses pensamentos... Precisava urgente discutir com alguém sobre isso, e só podia fazê-lo com uma pessoa, por mais estranho que isso fosse.
***
Logo no primeiro momento em que se viu livre de Draco, Gina se jogou na cama de Pansy, tentando digerir toda a história que estava acontecendo em sua vida. Uma hora, ela estava completamente indiferente com a aposta de Malfoy e Zabine. Na hora seguinte, se via envolvida até o pescoço com a história. E, para complicar mais a situação, acabara de se dar conta do quão bonito Draco Malfoy era, teria que agüentar as investidas de tal loiro.
“Ah Merlin! Estou numa enrascada, não estou?!”
-Pansy!
Gina ouviu uma voz masculina do outro lado da porta, e batidas na mesma, mas não se importou. Afinal, ainda não havia se acostumado totalmente com a idéia de que seria chamada de Pansy Parkinson durante duas semanas. Só levantou quando as batidas se tornaram mais fortes, e o tom de voz de garoto que deveria estar do lado de fora foi se tornando mais e mais impaciente.
-Já vai! – gritou Gina, conseguindo ser mais impaciente do que quem quer que estivesse do outro lado da porta.
Realmente, ela esperava ver Draco, mas quem estava ali parado não era loiro, e sim moreno. Sem esperar convite, o garoto entrou no aposento, sentando-se na cama. Pela sua expressão, ele parecia bem preocupado. Gina tentou lembrar quem era o sonserino que tinha aquela descrição, e chegou à fatídica conclusão de que estava frente a frente com Blaise Zabine.
***
-Harry, eu preciso ir.
-Aonde você vai?
-Tenho alguns assuntos pendentes para resolver. Volto já.
Sem esperar resposta do moreno, Pansy saiu da Sala Comunal da Grifinória, rumando para o quarto da monitora-chefe da Sonserina, tentando não ser vista. Disse a senha e ouviu alguns insultos de sonserinos próximos, o que era comum, já que estava no corpo da Weasley e entrando na Sonserina. Passou rapidamente pelas entradas que levavam ao seu dormitório, quando ouviu uma voz conhecida atrás de si:
-Ora, ora, se não é a Weasleyzinha! O que faz aqui tão cedo, Weasley? Entrou no covil das serpentes?
-O que faço ou o que deixo de fazer não é um problema seu, Malfoy – respondeu Pansy, sentindo-se irritada. Afinal, nunca ouvira insultos do loiro.
-Não se preocupe, Weasley. Aqui na Sonserina há muita gente rica, eles poderão te dar uma esmola.
O bando todo de alunos que se dirigia às aulas com Draco riu, com exceção de Blaise, que parecia muito preocupado com alguma coisa e logo seguiu seu caminho, bem, o caminho inverso do que deveria. Pansy sentiu o sangue subir à cabeça. Lentamente, ela caminhou até ele, sendo observada por muitos, e desfechou um belíssimo tapa no rosto do loiro, que instantaneamente ficou vermelho. A mão de Draco massageava a área atingida, enquanto que a outra segurava o pulso da ruiva:
-Escuta aqui Weasley – vociferou ele, e pela cor que seus olhos atingiam, Pansy pôde ver que ele estava com raiva, muita raiva – Eu acho melhor você sair daqui, antes que a minha ira suba consideravelmente, o que está começando a acontecer agora...
-Escuta aqui você, Malfoy. Eu não vou sair daqui até fazer o que eu vim aqui para fazer, quer você queira, quer você não queira. Entendido?
Se desvencilhando da mão de Draco, Pansy seguiu para o dormitório da monitora-chefe (que deveria ser ela), deixando um bando de sonserinos completamente espantados com o que viram. De onde a Weasleyzinha tinha tirado tanta coragem para enfrentar Draco Malfoy?!
“Ah, mas não vai ficar assim, não vai mesmo! A pequena Weasley me paga, ah se paga!”
***
-Eu preciso de ajuda, Pansy.
“Ah droga! Vou ter que ajudar o Zabine! Merlin o que eu fiz para merecer tamanha crueldade?!”
-Peça logo, Zabine.
-Eu...
Mas Blaise não completou seu pedido, pois uma ruiva esbaforida entrou no quarto, sem ao menos bater. Ambos olhavam para ela, que parecia não ter ainda se dado conta de que estava no quarto da monitora-chefe da Sonserina, por estar tão à vontade.
-Weasley?! – foi a primeira coisa que Blaise conseguiu falar, olhando de uma para a outra.
-O que faz aqui? – perguntou Gina, atônita com tudo.
-Eu preciso falar com você – declarou Pansy, um tanto acanhada por estar falando isso na frente do moreno.
-O que faz aqui Weasley? – perguntou Blaise, se recuperando do susto.
-É, o que faz aqui?! – perguntou novamente Gina.
Pansy, sentindo toda a pressão do ambiente, sentiu a vista ficar embaçada, e lágrimas de uma ex-morena desesperada começaram a rolar pelo seu rosto, fazendo-a cair no chão e colocar a cabeça entre os joelhos, chorando compulsivamente. Blaise e Gina apenas se olhavam, vendo a ruiva chorar, de maneira incontrolada.
Gina sabia que não podia se aproximar e consolar a menina, mas seu instinto grifinório falou mais alto, e a morena acabou abraçando a ruiva (sendo que deveria ser a ruiva abraçando a morena). Blaise assistia a cena, mais do que espantado. Afinal, onde é que já se viu Pansy Parkinson consolando Ginevra Weasley?!
-Calma, Parkinson – dizia Gina baixinho, de forma que Blaise não ouvisse.
-Weasley... Snif... Eu... Snif... Eu estou namorando... Snif...
-Eu sei, com o Malfoy. Não se preocupe, eu não vou ficar com ele, não precisa ficar assim por causa desse loiro aguado! Além do mais, eu ainda sou a...
-Não... Snif... Você está namorando... Snif...
-Eu?!
-Com... Snif... Com o Potter... Snif...
-O QUÊ?!
-ALGUÉM QUER FAZER O FAVOR DE ME DIZER O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – explodiu Blaise, depois de ouviu a exclamação da amiga.
-Cala a boca... Sinf... Blaise! – disse Pansy, recomeçando a chorar.
-E DESDE QUANDO A WEASLEY ME CHAMA PELO PRIMEIRO NOME?!
-Desde que... Snif... Desde que... Snif... Desde que eu... Snif... Desde que eu não sou eu... Snif...
-COMO ASSIM VOCÊ NÃO É VOCÊ?!
-QUER CALAR A BOCA ZABINE?!- gritou Gina, fazendo o moreno se calar imediatamente.
-E desde quando você me chama pelo sobrenome, Pansy?
-Desde que... Snif... Desde que... Snif... Desde que eu e a Weasley... Snif... Trocamos de corpo... Snif!
-VOCÊS O QUÊ?!
-Nós trocamos de corpo, Zabine. Agora dá pra calar a boca?! – disse Gina, o que fez Blaise ficar quieto, pensando no que acabara de ouvir.
-Quer dizer que... Quem enfrentou o Draco lá fora foi você, Pansy?!
-Você o quê?! – perguntou Gina, soltando os braços da ruiva (que deveria ser morena) para encará-la.
-Eu falei o que me veio à cabeça pra ele... Eu não queria ofender o meu Draquinho...
-Seu Draquinho, não. MEU Draquinho – disse Gina, se levantando.
-Seu é uma ova! – disse Pansy, indignada, se levantando também e limpando os olhos.
-Meu sim! Você não está ficando com o Harry?! Então, o Malfoy é meu enquanto você não terminar com ele!
-Correção: você está namorando com o Potter, não eu.
-Mas enquanto você estiver no MEU corpo, é VOCÊ quem está com ele!
-Meninas, calma! Vocês não vão brigar por eles, não vale...
-CALA A BOCA ZABINE! – gritou Gina, estourando a pouca paciência que ainda lhe restava – E PARKINSON EU NÃO ESTOU NAMORANDO O HARRY! VOCÊ ESTÁ, AINDA NÃO PERCEBEU?!
-EU NÃO ESTOU COM O POTTER! É A WEASLEY QUE ESTÁ COM ELE NÃO EU!
-MAS FOI VOCÊ QUEM ACEITOU O PEDIDO DELE!
-EU FIZ O QUE VOCÊ FARIA!
-NÃO, EU NÃO FARIA ISSO!
-SE ELE QUISESSE FICAR COMIGO ELE TERIA PEDIDO PRA UMA CERTA MORENA E NÃO PARA UMA RUIVA!
-MAS ELE ACHA QUE VOCÊ SOU EU!
-PAREM JÁ COM ISSO AS DUAS! – gritou Blaise, atraindo a atenção toda para si – Vocês não podem brigar por causa do Potter, isso não é possível!
-Mas Blaise...
-Mais nada Weasley...
-Pansy.
-O.k, mais nada Pansy. Eu não vou ficar agüentando isso, essa briguinhas por causa do Potter!
-A porta está ali, sinta-se à vontade para sair a hora que quiser – disse Gina, lhe indicando a saída.
-Não, eu não vou sair, Weasley. Eu vou ficar aqui até que vocês duas me esclareçam direito essa história de troca de corpos e de namoro com o Potter e com o Draco.
Dando um suspiro cansado, Gina lançou um olhar para a outra, indicando que era ela quem deveria decidir se contava ou não, já que conhecia o ouvinte há mais tempo.
-Certo, Blaise, você venceu. Sente-se e escute com atenção...
***
-Sério que você aceitou namorar o Potter?! – perguntou Blaise, de boca aberta.
-Sim, já disse isso três vezes... Mas eu aceitei porque eu pensei que era isso que ela deveria fazer! – esclareceu Pansy, apontando para a morena ao seu lado.
-Mas eu não aceitaria! – disse Gina, já pronta para começar outra discussão, colocando-se em pé.
-Não vão começar outra briga não é? – perguntou Blaise, dessa vez sendo solenemente ignorado.
-Mas eu não sabia disso! – exclamou Pansy, ficando em pé também, observando o amigo colocar o rosto entre as mãos e murmurar algo como “dê-me paciência”.
-Parem antes que comecem! – falou o moreno, fazendo as meninas se calarem – Eu tenho a solução para a questão Draco/Potter.
-Qual?! – perguntou Gina, espantada por ver que os sonserinos também pensam.
-Vocês têm que continuar com isso, ora!
-Quer dizer que eu vou continuar namorando o Potter?!
-E eu vou ter que agüentar o Malfoy tentando dormir comigo?!
-Sim. Não há outra maneira. A Pansy não pode dar um fora agora no Potter, ou a sua reputação ficaria manchada.
-A minha?! – indagou Gina, confusa.
-Sim, a sua. Ou você acha que falariam bem de você se der um fora no Potter logo depois de aceitar um pedido de namoro dele?! – ao ver que Gina concordou com a cabeça, ele continuou – E você não pode dar um fora no Draco também, ou ele desconfiará logo de alguma coisa.
-Por quê?! – perguntou Pansy, fazendo os outros dois revirarem os olhos.
-Porque você faz tudo o que ele pede, Parkinson.
-Não faço não!
-Chega as duas! Resolvido, então?
-Contanto que eu não tenha que dormir com o Malfoy...
-Essa era a única coisa que eu peço pra vocês, em troca de guardar o segredo.
-QUE ELA DURMA COM O MEU DRAQUINHO?! – perguntou Pansy, indignada, fazendo os outros dois revirarem os olhos novamente.
-Não, Pansy. A única condição é que ela não durma com ele.
-E por que você faria isso?! – perguntou a ex-morena, confusa.
-Porque... – começou Blaise, sem saber o que dizer. É claro, ele não poderia falar que fez uma aposta com Draco de que o loiro não conseguiria dormir com ela.
-Eu sei – cortou Gina – pode deixar, Zabine. Eu não vou dormir com o Malfoy, você não vai perder seu precioso dinheiro.
-Como você...
-Isso não é uma hora muito própria para discutirmos meus meios, não acha?
Blaise concordou com a cabeça, vendo que era melhor ficar em silêncio perante a ilustre presença da sonserina (agora grifinória). Que, aliás, estava completamente perdida no assunto. Bem, quem mandava ser burra?!
-Temos um acordo então, Weasley? – disse ele por fim, estendendo a mão para que a menina a apertasse.
-Claro, Zabine – disse Gina apertando a mão do moreno.
-E eu? O que eu devo fazer para guardar o nosso segredo? – perguntou Pansy, num tom claramente ofendido por não estar ajudando na história.
-Já viu coisa mais grifinória? – disse Blaise para Gina, arrancando um pequeno sorriso de seu rosto.
-Fica quieta, ora!
-Isso me fez lembrar que eu tenho que encontrar o Testa Rachada...
-Não fale assim do Harry, Parkinson! – disse Gina, defendendo o amigo.
-Ah! Você chamou o Draco de loiro aguado!
-Mas o Malfoy é um loiro aguado!
-Ah não! Vai começar tudo de novo...
N/A: estao gostando?? espero sinseramente q sim pq eu to amando escreve essa fic! eu ja tenho tdas as ideia pro final dela e to pensando no meio mas mesmo assim garanto que vai fkr ótimo, ok??
Bjx e continuem lendo!
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