O Palácio Perolado
Capítulo 2
O Palácio Perolado
Os belos olhos castanhos da morena, emocionados, fitavam fixamente os três quadros pendurados na parede diante de si. O primeiro era verde, o segundo era amarelo e o terceiro, azul.
Um sorriso terno se projetou nos finos lábios da mulher, enquanto esta suspirava e cruzava os braços de modo a abraçar o próprio corpo. Os olhos correram para o primeiro quadro.
“Heron, do grego, herói. Designa a pessoa que reflete sobre suas atitudes de modo à sempre que possível ajudar o próximo. Heron é aquele que está sempre disposto a salvar os outros de suas angústias, enquanto pode achar dificuldade em resolver os próprios problemas.”
Ela sorriu mais abertamente enquanto seus olhos corriam para o quadro amarelo.
“Catherine, forma francesa de Catarina. Do grego, Catarina significa pura e revela uma pessoa rigorosa consigo mesma e com as outras. Tende a bancar a moralista e a dominadora, mas seu pioneirismo e sua criatividade compensam este autoritarismo e lhe dão condições de alcançar seus ideais.”
Pela segunda vez a mulher sentiu uma felicidade calorosa invadir-lhe o peito. Ela encarou, ao lado dos textos contidos nos quadros, as fotos de um rapaz, que devia ter seus desesseis anos, de cabelos e olhos castanhos, e uma garota, que sorria abertamente com os lábios delicadamente pintados de rosa claro e os cabelos negros caindo encaracolados pelos ombros.
- Mamãe! – ela ouviu uma voz infantil exclamar ao longe.
Seus lábios só se abriram para mais um sorriso e seus olhos corriam rapidamente para o quadro azul, onde a foto de um pequeno menino, que aparentava ter cerca de seis anos, sorrindo com cabelos bagunçados e de olhos verdes, acompanhava um último texto.
“Levi, do hebraico, ‘o elo’. Descreve uma pessoa firme e decidida, que transmite muita confiança a todos aqueles que o rodeiam. Por isso, quando dá um conselho, ele é sempre bem aceito, em qualquer situação.”
Ela tornou a suspirar, balançando os cabelos cacheados, e chegou à conclusão, ainda que pudesse lhe faltar modéstia, que sabia escolher nomes muito bem.
- Mamãe?
Ela admirou uma última vez a enorme biblioteca, deslizou o olhar pelos três quadros na parede do fundo e, então, virou-se para a grande porta de madeira nobre do aposento.
Esta se entreabriu no segundo seguinte e uma pequena cabeça de cabelos amendoados e um par de olhos que lembravam esmeraldas apareceu curiosa, olhando ao redor rapidamente.
- Oi, querido. – ela disse ao garotinho.
- Mamãe! – ele exclamou mais uma vez e abriu um sorriso, entrando e fechando a porta atrás de si. – Até que enfim achei você.
A mulher se aproximou dele e deu-lhe um beijo na bochecha. O pequeno enlaçou os bracinhos ao redor do pescoço da mãe e devolveu-lhe o carinho.
- O papai chegou. – sua expressão tornou-se mais séria. – Ele estava com aquela cara de preocupado de novo, mamãe.
- O almoço está servido? – ela perguntou.
O garotinho respondeu afirmativamente:
- Está sim. E o papai já chamou o Heron e a Cat, mas eles ainda não desceram. O papai está bem nervoso.
- Bom, então vamos almoçar.
Ela deu a mão ao filho e dirigiu-se à confortável e espaçosa sala de estar da casa, enquanto o pequeno lhe contava, com entusiasmo, sobre como havia sido corajoso ao ser o primeiro a mergulhar na piscina grande da sua escola.
A morena encontrou o marido na sala, sentado com a cabeça apoiada no encosto do sofá e os olhos fechados.
Ela voltou-se para o menor, sussurrando:
- Querido, vá chamar o Heron e a Cat mais uma vez. – o pequeno consentiu. – E diga a eles que se não descerem nesse instante eu mesma vou buscá-los lá em cima.
O menino abriu um sorriso quase debochado e correu escadas acima.
A mulher respirou fundo e andou até o marido, sentando-se ao seu lado e segurando sua mão carinhosamente.
Ele abriu os olhos e sorriu para ela.
- Não há nada que seja tão bom quanto chegar em casa e encontrar você cada dia mais linda.
Ela sorriu e encostou seus lábios aos dele, iniciando um beijo terno. Encostou sua testa à dele, fechou os olhos e descolou sua boca da do marido.
- Faz tempo que não o vejo tão preocupado e nervoso, Harry. O que está acontecendo?
Ele mordeu o lábio diante do olhar incisivo da mulher.
- Depois de tantos anos de paz, Hermione, acho que perdi o jeito nessa história de auror.
- E eu acho essa idéia completamente absurda.
Harry passou as mãos pelos cabelos, apreensivo.
- É sobre aquele assassinato no centro, não é? – ela perguntou.
- Já faz mais de uma semana, Hermione, e nada. Não há nenhum vestígio sequer da pessoa que fez aquilo.
Ela lançou-lhe o olhar repreensivo que ele tanto bem conhecia e se levantou.
- Não quer dizer que seja sua culpa, Harry. O Ministério inteiro sabe o quanto você está se dedicando para resolver esse caso. – a voz de Hermione já não tinha mais o tom carinhoso de antes.
- Eu sei. – ele se mostrou frustrado. – Mas garantir a segurança daquelas pessoas é o meu trabalho. Das vítimas também era, Mione, e eu falhei. Se você visse a tristeza nos olhos da filha deles, me daria razão.
O olhar dela tornou-se severo sobre o marido.
- Não fale como se eu não o apoiasse, Harry, você sabe que eu sempre prestigiei muito o seu trabalho. Mas você tem que entender que você não pode se cobrar tanto.
- Eu sou Chefe dos Aurores, Hermione!
- Exatamente! Chefe dos Aurores, não Deus, Harry. – ela frisou magoada. – Você acabou com Voldemort e desde então o ministério só reportou oito mortes violentas. Oito em desesseis anos! – ela suspirou alto. – Pare de se cobrar tanto. Você nunca foi assim, Harry, mas na última semana está tão mudado.
Só então o moreno olhou para a esposa e percebeu o que os olhos marejados dela só evidenciavam: ele havia a magoado.
- Me desculpe, Mione. – ele se levantou e abraçou a esposa com força. – Eu não sei o que está acontecendo, não sei por que estou agindo assim. Eu só me sinto tão angustiado ultimamente.
Hermione beijou a bochecha de Harry e acariciou sua nuca.
- Apenas me prometa que não vai se preocupar tanto com trabalho. – ela pediu. – Você não pode se envolver com mais perigo do que já se envolve sendo auror, Harry, nós temos três filhos agora e temos que garantir a segurança dessa família.
- Eu vou, juro. – ele prometeu, arrancando finalmente um sorriso de Hermione. – Aliás, eu tive uma ótima idéia.
- Que id...
- Catherine, por Mérlim, olhe o tamanho dessa saia!
Harry e Hermione se voltaram para a escada onde Heron descia correndo logo atrás de Catherine, que balançava a cabeça com um olhar entediado.
A menina se virou bruscamente para o irmão mais velho, balançando os cabelos negros nervosa.
- Heron, por Mérlim, larga de ser chato! – ela exclamou. – As pernas são minhas e eu mostro o quanto quiser.
- Catherine! – Harry repreendeu.
A menina virou-se e percebeu a presença do pai. Ela abriu um sorriso amarelo enquanto Heron, ao seu lado, sorria satisfeito.
-
Pai, que bom que o senhor chegou! Como foi no trabalho hoje? – ela disse. – Fico feliz que tenha chegado mais cedo, já estava com saudades do melhor pai do mundo.
O homem apenas levantou a sobrancelhas e a menina suspirou derrotada.
- Cat, coloque uma calça.
- Mãe? – ela arriscou.
Harry abriu a boca para protestar, mas Hermione foi mais rápida.
- Não precisa colocar calça. – ela determinou. – Tente apenas uma saia... – ela ponderou. – Quatro dedos maior.
A menina sorriu satisfeita e deu a língua ao irmão mais velho, subindo novamente para o quarto.
- Mas se você demorar a vir almoçar, vai passar a se vestir que nem freira! – Hermione gritou, indo até a cozinha.
- Vocês mimam demais essa garota. – Heron reclamou rabugento sentando-se à mesa.
- “Vocês”, não! É a sua mãe que...
- Parem os dois! – Hermione exclamou, ajudando o filho mais novo a sentar-se na cadeira mais alta que ele. - Levi, querido, coma bem, nós podemos demorar na estação.
Heron levantou os olhos para a mãe.
- Falando nisso, por que será que esse ano o trem sai mais tarde? – ele perguntou.
Harry deu os ombros enquanto se servia.
-
Dizem que é devido ao horário da nova professora de Feitiços. – disse Cat, entrando pela cozinha novamente. – O que é uma frescura, já que uma professora poderia facilmente aparatar em Hogsmead e seguir até Hogwarts, ao invés de forçar a escola a mudar o horário de todos os alunos.
Heron olhou-a a contragosto.
- Você só diz isso porque não vai ter tempo de arrumar as suas roupas como quer antes do jantar.
- Desculpe se eu sou a única filha aqui que se preocupa em ser apresentável. – ela acariciou a cabeça do irmão mais novo. – Mas não se preocupe, Levi, você ainda tem salvação e eu vou te guiar pelo caminho certo. Vou fazer de você um garoto com estilo e garotas despencando do céu em cima de você, diferente de alguém que eu conheço.
Hermione encarou a filha.
- Cat, você quer poder continuar usando saias, não é?
- Desculpe, mãe.
Harry riu ao lado de Levi.
- Certo, então parem de discutir e se apressem se não quiserem se atrasar e perder o trem. – ele sorriu e olhou para Hermione. – Eu acho que vou tirar uns dias de folga. Podemos ir com o Expresso Hogwarts até Hogsmead e ficar uns dias lá, descansando.
Hermione sorriu feliz para o marido.
- Tenho certeza que Minerva não se importaria.
Ele levantou as mãos, animado.
- Então está decido, vamos todos para Hogwarts!
#
Não era a primeira vez que o Expresso Hogwarts parecia gritar a plenos pulmões durante a viagem, mas dessa vez todos os alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts sabiam que o alarme anunciava os últimos dez minutos de viagem.
Heron sabia que, muito provavelmente, as torres do castelo já poderiam ser vistas pelas janelas do trem, mas naquele momento estava mais preocupado em comprar os sapos de chocolate que Levi pedira e voltar para a cabine ocupada pela família sem que desse tempo para a mãe se preocupar com sua demora. A vendedora de doces, contudo, parecia estar se escondendo dele propositalmente.
Ele praguejou mentalmente o sumiço da mulher, desejando mais do que qualquer coisa arranjar o maldito sapo de chocolate. E perdido demais nos próprios pensamentos, o rapaz nem se deu conta da cabine que se abriu ao seu lado e a pessoa que saia de lá de dentro, afobada.
- Mas que droga... – a pessoa exclamou, e Heron finalmente se deu conta do que estava acontecendo.
Não teve tempo sequer de virar-se para ver quem era: os dois já haviam trombado com tal intensidade que a sacola na mão da menina caiu no chão e o seu conteúdo espalhou-se por todo o corredor.
- Oh... Me desculpe, me desculpe. – ela disse.
Heron levantou o olhar para a menina, calado, a vendo recolher suas coisas apressadamente; os cabelos loiros e lisos balançando graciosamente.
- Er... Eu é que me desculpo, não estava olhando por onde andava. – ele disse educadamente.
A menina levantou o olhar para ele, sorridente, enquanto ele a ajudava a recolher os vários doces que caíram da sacola. Heron colocou os doces cuidadosamente dentro da sacola, sem deixar de perceber quatro ou cinco sapinhos de chocolate.
- Heron... Heron Potter, certo? – ela perguntou.
Os dois se levantaram e, então, o rapaz pode contemplar o rosto angelical da garota. Ele não deixou de reparar no sorriso branco que ela tinha e nas suas feições delicadas; a filha caçula do Ministro da Magia tinha uma beleza estonteante. Muito possivelmente a bruxa mais linda que Hogwarts já vira.
- Er... É, isso, Heron. – ele sorriu.
Por uma fração de segundo levantou a mão levemente, em menção de cumprimentá-la, mas antes que fizesse qualquer coisa, a menina aproximou-se, apoiando-se nos seus ombros, e beijou-lhe a bochecha.
- Claire, Claire Walker – ela disse simpática. – Escuta, eu acho que nós já fomos dupla em um exame de Defesa Contra as Artes das Trevas, no quinto ano, certo?
- Memória boa. – ele sorriu. E de fato a dele também era, já que se lembrava perfeitamente da primeira vez que falara com Claire Walker, descobrindo só dias depois que ela era a filha do Ministro da Magia. – Acho que nunca fomos apresentados oficialmente.
Ela tornou a sorrir e ele agradeceu-a mentalmente por isso.
- Agora nos conhecemos. – ela disse e quando já abria novamente a boca, o relógio no seu pulso emitiu um bipe engraçado. – Cinco minutos até Hogwarts.
- Oh, droga! Precisava já ter achado o carrinho de doces, comprado sapinhos de chocolate para o meu irmão e voltado para a cabine antes que minha mãe mande o ministério atrás de mim.
Ela riu.
- Bom, eu duvido que Hermione Granger Potter faça uma coisa dessas, mas você sabe, coisas de mãe. – ela balançou a cabeça, enfiando a mão dentro da sacola. – Pronto, e diga ao seu irmão para não deixa-los fugir, estão uma delícia.
E jogou três sapinhos de chocolate para Heron. Ele apenas sorriu agradecido.
- Bom, nos vemos por aí, Heron. – Claire disse, afastando-se sem apagar o sorriso do rosto.
Heron acenou de leve e já se virava na direção oposta quando a voz da menina tornou a preencher o vagão.
- A propósito, só pra você saber, você foi meu melhor parceiro de DCAT até hoje.
O menino sorriu, balançou a cabeça, e rumou de volta à cabine, onde tinha certeza, a mãe estaria o esperando com a varinha apontada para a porta.
A porta da cabine correu e Heron olhou diretamente para o canto onde ele sabia que a mãe estaria. Ao contrário do que jamais pudera supor, Hermione apenas lia um livro tranquilamente, completamente alheia ao resto.
Harry, que tinha a cabeça recostada no banco com os olhos fechados, Cat e Levi olharam o rapaz apenas tempo suficiente para constatarem que era ele, e depois, com exceção de Levi, voltaram a fazer nada. O menor já sorrira largamente para o irmão mais velho e levantara-se para, cuidadosamente, pegar os sapinhos de chocolate nas mãos do rapaz.
Heron assentiu ao agradecimento do menor e então se sentou no banco, ao lado de Cat. Pareceu que o trem poderia saber isso tudo – e planejara uma traquinagem contra o rapaz –, quando, no segundo seguinte a Heron ter se sentado, o grande expresso vermelho sacudiu inteiro e depois parou.
- Chegamos! – exclamou Hermione, subitamente desviando sua atenção do livro para a porta da cabine, que se abriu mecanicamente junto a todas as outras.
Ela fechou o livro e levantou-se, colocando-o dentro do malão no compartimento acima dos assentos. Harry acompanhou a esposa alguns minutos depois, quando o falatório no corredor central do trem confirmou o que ela já sabia: havia chegado a Hogwarts.
Os cinco Potter se arrumaram rapidamente: Heron e Cat usando as vestes negras, com detalhes em vermelho e dourado, da Grifinória, e Levi, Harry e Hermione com vestes trouxas de ar mais formal, sem, contudo, serem sociais.
Sair do Expresso Hogwarts foi uma experiência boa depois das tantas horas de viagem. Fora do trem, Harry e Hermione conheceram – ainda que somente de vista – pessoas que certamente os lembravam dos seus tempos de escola.
Heron e Cat lhes apontaram Edward Longbotton, filho único de Neville. No local onde embarcavam nas carruagens habitualmente levadas por Testrálios viram também Ananda e Damien Malfoy, os filhos de Draco.
De todo modo, a família Potter só se deteve em uma das últimas carruagens, aonde dois gêmeos ruivos, um menino e uma menina, da mesma idade de Cat, e um loiro, que ia para Hogwarts pela primeira vez, discutiam.
Harry, Hermione, Heron, Cat e Levi embarcaram na carruagem cumprimentando Marina, Adam e David Weasley.
- Ei, Cat, até que enfim! – Marina disse animada. – Oi, tio Harry, tia Mione. Tudo bom com vocês?
- Muito bem, obrigada. – Hermione sorriu. – E a Luna e o Rony, estão bem?
- O papai implica um pouco demais com a mamãe, mas como ela é avoada demais para perceber, pode-se dizer que é um casamento extremamente equilibrado e feliz – disse Adam.
- Tio Harry, você acha que eu não vou ficar na Grifinória? Papai disse que me deserda se eu não for para a Grifinória! – David suspirou, olhando para Harry preocupado.
Harry sorriu para o menino enquanto a carruagem já chegava a fim da estradinha de terra e erguia-se aos céus.
- Tenho certeza que seu pai não fará isso, Dave. – Hermione disse em um tom reprovador.
- A família do seu pai tem sido da Grifinória há muito tempo, Dave, mas ele mesmo casou-se com uma Corvinal, portanto não entre em pânico. – Harry sorriu para o menino.
A conversa então morreu de repente, o castelo de Hogwarts estava finalmente totalmente visível. O enorme castelo erguia-se à encosta de uma montanha e diante de um lago gigantesco e uma densa floresta. Estava diferente do que Harry e Hermione se lembravam. O aspecto de assombração partira há dezesseis anos para dar lugar a um ar de paz. O ambiente todo ao redor do castelo parecia iluminado, mesmo já tendo anoitecido, e as paredes do castelo eram, agora, em tons claros de cinza, brilhantes, que pareciam feitas de pérolas.
Um palácio era o que parecia. Um palácio perolado.
- Continua... – ele esperou Hermione buscar a palavra adequada. – Mágico.
E ele viu os olhos incrivelmente castanhos da esposa ganharem um brilho triste. Por um segundo, o olhar dela se deslocou do imponente castelo para o Testrálio a sua frente. Harry sabia que ela podia vê-los. Ela vira a morte de seus pais. Eles, mortos por Comensais da Morte bem na sua frente, e então ganhara a estranha habilidade de ver Testrálios.
Quando a tristeza se refletiu nos olhos dela, o brilho da lua incidente sobre Hogwarts apagou qualquer coisa que não fosse felicidade e contentamento nos olhos da mulher.
Logo os Potter e os Weasley estavam nos jardins de Hogwarts seguindo para o castelo. Ao chegar lá, Heron, Cat, Adam e Marina foram para o salão principal enquanto Harry e Hermione foram junto com o filho menor a procura da professora Minerva e David ficou com os outros primeiranistas esperando a hora da seleção diante da enorme porta de entrada do Salão Principal.
Minerva McGonagall não conseguiu esconder o infinito contentamento ao ver Harry adentrar seu escritório ao lado de Hermione, de mãos dadas a Levi. Os dois ex-grifinórios puderam jurar terem visto uma lágrima escapar dos olhos de McGonagall. Ela rapidamente os levou até o escritório de Dumbledore, tendo a certeza que o diretor adoraria vê-los.
E a recepção do diretor não poderia ser mais calorosa. Dumbledore já se dirigia ao salão principal e os convidou para participar da cerimônia, prometendo conversar com os dois mais calmamente depois.
Quando David foi chamado pela voz severa de Minerva, Dumbledore já estava no salão e Harry e Hermione ocupavam cadeira extras na mesa dos professores. Há essas horas Levi já dormia no colo da mãe.
- Hum... Muito interessante! – disse o Chapéu Seletor, quando pousado sobre os cachos loiros de David. – Uma decisão um pouco difícil... Vejo que anseia por estar na Grifinória, embora tenha outras qualidades além da coragem... É leal, amigo... Creio que o melhor para você seja... Hum... Lufa-Lufa!
E a mesa da Lufa-Lufa bradou contente, recebendo gentilmente seu novo componente.
David não pareceu muito animado a princípio, mas um olhar encorajador de Harry bastou para que o rapaz, baseando-se na satisfação do homem que crescera chamando de tio, sorrisse e sentasse feliz a mesa da casa.
A seleção demorou mais uns dez minutos e então Dumbledore levantou-se, como Harry e Hermione lembravam-se que ele fazia, e olhou para os vários alunos.
Hermione acompanhou-o contornar a mesa dos professores para ir a frente discursar e, só então, reparou na mulher de cabelos incrivelmente negros sentada a beirada oposta da mesa.
- Bom, como muitos de vocês já sabem e os novatos devem saber, a Floresta Negra é completamente proibida a qualquer aluno que tenha a infeliz idéia de aventurar-se por lá. – ele disse em meio ao discurso, e olhou por cima dos oclinhos de meia-lua. – A menos, é claro, que queiram se arriscar a não mais saírem de lá...
- Ah, ele diz isso como se não soubesse que meu pai, o seu e a sua mãe já estiveram lá infinitas vezes. – Marina riu, com o mesmo espírito zombador de Rony.
Cat deu um risinho discreto.
- E quem se importa com a Floresta Negra, nossos pais estiveram na guerra contra Voldemort...
Lá na frente, Dumbledore sorriu imperceptivelmente e prosseguiu com o discurso.
- Quero também lhes dizer que o nosso querido professor de feitiços, Flitwick, resolveu aposentar-se e esse ano não lecionará mais aqui, mas a Srta. Astarte Burchell aceitou com gentileza o nosso convite.
A mulher de cabelos negros como a própria noite levantou-se sob o olhar de Hermione e mostrou um lindo sorriso branco aos alunos.
- Ela é, definitivamente, uma mulher e tanto. – Adam sussurrou para Heron.
O olhar do moreno analisou calmamente a mulher e ele constatou que Adam estava certo, mas ainda assim somente afirmou brandamente com a cabeça.
- E, para que vocês possam dar inicio ao maravilhoso banquete que os aguarda – disse Dumbledore –, quero desejar a todos uma maravilhosa noite e um ano letivo mágico.
E como se aquilo fosse magia do próprio Dumbledore, a comida brotou suculenta da prataria elegantemente distribuída pelas mesas e os alunos sorriram uns para os outros. Um falatório se iniciou, Dumbledore voltou a se sentar e mais um ano em Hogwarts começou.
N/A: bom, mais uma vez eu quero agradecer a Nay por toda a ajuda com a fic. Aliás, talvez vocês também devessem agradecer, até porque, sem ela, provavelmente LL2 continuariam apenas na minha mente insana.
Agora, me desculpem pelos seis meses de demora, sabe? Eu realmente não sei o que deu em mim. Fiquei tão afastado de tudo sobre fics com toda essa história de terceiro colegial e vestibular.
Bom, o que importa é que eu não pretendo demorar pra colocar o terceiro capítulo assim!
Marcio_Black: bom saber que você vai comentar dessa vez, viu? É bom ter uma opinião masculina de vez em quando, hehehehe. Espero que você goste da fic, Marcio, e espero não fazer nada abaixo das suas expectativas aqui. :]
Danny Evans: eu também espero que consiga trazer pra vocês muita emoções, Danny. Sabe, Lílium, na minha cabeça, SEMPRE teve uma continuação, porque como eu expliquei na N/A do primeiro capítulo, eu sentia que devia um pouco de Heron pra vocês! Bom, aqui vocês terão bastante dele... E várias outras coisas serão diferentes da primeira temporada!
Aninha Granger Snape: ótimo saber que você gosta tanto de LL assim, Aninha. Eu espero que a segunda parte da série não te decepcione, porque eu to arriscando trazer algumas histórias bem diferentes da primeira pra vocês!
Giovana, Jessih Potter Malfoy, Ana Lívia, Saam ', Fernandaa e Pan Potter : sejam bem-vindas à nova versão de Lílium. Eu espero que vocês gostem e se divirtam por aqui. Beijão!
Mione03: Mione, que bom te ver por aqui. Fã assídua de LL, né? Muito obrigado por todo o seu apoio, garota, desde a primeira fic da série LL. Espero te agradar bastante com essa fic aqui! Terá os mesmo mistérios, a mesma Mione fodona. E ao mesmo tempo um Harry diferente. Olha, se me permite um momento de falta de modéstia, eu acho que a fic será... DELICIOSA!
Carla Ligia Ferreira: Bom, eu sei que por esse capítulo vocês não puderam ter uma vista muito ampla de personagens como a Astarte e o Brian. Mas não se preocupe com isso, Carla, vocês não vão demorar a conhecer mais esses dois personagens (ou o que aconteceu com eles). Logo eu vou postar aqui um capítulo que vai falar um pouco mais deles.
Luana Evans Potter: desculpa aí pela demora com o segundo capítulo, Luana. E que bom que você está ansiosa pela participação do Heron nessa fase da história. Eu acho que vamos ter por aqui uns enredos bem legais, onde você vão poder dar suas opiniões. :]
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