Não consigo viver longe de voc
Assim que Hermione pode sair do hospital, ela e Harry aparataram no local indicado por Dumbledore e que ficava perto da cabana. Era bem pequena mais bem confortável.
O fim de semana passou bem rápido, mas os dois morenos aproveitaram bem o tempo que tinham juntos. Segunda-feira, logo depois de tomar o café, ele já estava pronto para ir embora.
- Eu vou morrer de saudades suas – a garota disse, dando um selinho no “amigo”.
- Eu também vou – respondeu.
- É uma pena que não podemos nos corresponder por carta – falou se sentado no sofá e o fazendo sentar do seu lado – Diminuiria a saudade.
- Eu sei, mas Dumbledore acha que os comensais podem descobrir onde você está – explicou – Ele acha que podem estar vigiando a nossa casa.
- Eles se encararam por alguns segundos, antes de se beijarem novamente.
- Então é isso! – Harry disse, se levantado do sofá – Espero que você obedeça o Troy (o elfo doméstico que morava na cabana) – continuou – Tchau!
- Isso não é um tchau! – disse, chagando perto dele – Isso é um até logo!
- É verdade! – respondeu, dando um selinho na morena – Até logo! – disse, antes de fechar a porta.
Ele andou mais um pouco te aparatar diretamente no átrio do ministério da magia.
Um dia se passou desde que o casal se separou. Hermione estava sentada na varanda tomando um pouco de chá e ouve o barulho, distante de alguém aparatando.
Draco e Gina vinham caminhando pelo jardim de mãos dadas.
- Oi Mione! – a ruiva disse abraçando a amiga.
- O que você está fazendo aqui Gina? – ela perguntou.
- Dumbledore pediu para o Draquinho vir aqui te examinara resolvi vir junto porque estava morrendo de saudades suas – respondeu.
- Draquinho? – ela estranhou a maneira com que a amiga tratava o loiro.
- Acho que esqueci de falar, Gina e eu estamos namorando! – ele respondeu.
- Mas Gina, você não estava com o Dino? – perguntou, completamente perplexa.
- Terminamos há muito tempo! – respondeu.
- Está certo! – disse, dando de ombro – Sentem-se, querem um pouco de chá?
- Eu aceito! – Gina disse, pegando uma xícara que estava em cima da mesa e se servindo.
- Eu não obrigado! – o outro respondeu – Vou esperar vocês duas colocarem o papo em dia e tenho certeza de que vai demorar bastante.
- É verdade! – a morena respondeu – Quando nós duas nos juntamos ninguém nos faz parar de falar.
- Acho que vou esperar lá dentro. Assim não preciso escutar a conversa de vocês duas – o loiro falou, entrando dentro da casa.
As duas amigas começaram a rir.
- Quando o Rony falou no natal que essa criança que você está esperando não é dele e sim do Harry, eu não acredite – começou a falar – Mas depois mamãe me explicou por você não contaram para ninguém a verdade.
- Espero que você entenda Gina, eu queria muito te contar a verdade,mas não podia – a morena explicou – Você é minha melhor amiga e não gosto de mentir para você.
- Está bem! – respondeu – Soube que o rompimento com o meu irmão foi muito feio. Como vocês dois estão agora.
- Eu não sei! – respondeu de cabeça baixa – Eu nunca quis que o fim do nosso namoro abalasse a nossa amizade, mas isso infelizmente aconteceu. o Rony não fala comigo ou com o Harry desde do dia que foi embora de casa.
- Tenho certeza que logo estará tudo bem! Sempre admirei a amizade de vocês três, o trio inseparável de Hogwarts – Gina respondeu, sorrindo – E você e o Harry, como estão?
- Está sendo muito difícil ficar longe dele – respondeu, tentando sorrir – Sei que só faz um dia que estamos longe um do outro, mas foi o bastante para perceber que eu não consigo viver sem ele.
- Você o ama, não é? – a ruiva perguntou, sorrindo.
- Sim! – respondeu, retribuindo o sorriso – Amo muito.
- Desculpe interromper vocês duas, mas acho melhor eu examiná-la logo e depois vocês duas voltam a conversar – Draco falou, abrindo a porta da varanda.
- Está certo, doutor Malfoy! – Hermione disse.
Os exames foram bem rápidos e mostraram que Hermione e o bebê estavam muito bem. Os dois convidados ficaram para o almoço, foi uma refeição muito agradável onde todos conversavam alegremente.
Depois de tomarem uma xícara de café, o casal de namorados foi embora. A morena respirou fundo, agora que estava sozinha novamente, nada a impedia de pensar em Harry e assim, ficar triste. Resolveu ir para o seu quarto ler um livro para se distrair.
O moreno de olhos verdes estava em sua sala do ministério da magia. Parecia que estava totalmente concentrado no trabalho naquele momento, mas era só aparência. Ele não conseguia deixar de pensar na mulher da sua vida e na sua filha, que estavam a quilômetros de distância. Desde que as deixou na cabana na manhã do dia anterior, não conseguia pensar em mais nada, nem havia dormido direito à noite. Sentia que enlouqueceria sem Hermione por perto.
Alguém bateu a porta, fazendo Harry despertar do transe.
- Pode entrar! – ele disse.
Malfoy entrou na sala, trazendo um envelope branco nas mãos.
- Olá Potter! – ele disse – Dumbledore mandou eu ir examinar a Granger hoje de manhã. Acabo de você de lá.
- E com ela está? – ele perguntou, na mesma hora.
- Ela está ótima! Ou melhor, elas estão! – o loiro disse – No St Mungus estamos começando a utilizar tecnologia trouxa nos exames pré-natais – explicou – E Granger permitiu que fizesse o exame chamado ultra-som nela.
Pegou o envelope que estava em sua mão e colocou em com da mesa.
- Ela não me deixou sair de lá sem prometer traria isso para você – completou caminhando até a porta – Acabo de cumprir a minha promessa.
O moreno fiou encarando aquele envelope branco por alguns minutos. O que será que havia nele? Por que Hermione fazia tanta questão que ele visse? Pegou o envelope, abriu e retirou o papel que havia dentro.
Ao olhar a primeira folha em sua mão, seu coração deu um pulo de alegria. Era a sua filha, dava para ver a cabeça, os braços e os pés. Deixou uma lágrima escorrer pelo seu rosto, era primeira fotografia da sua filha. Conjurou um pequeno porta-retrato e colocou a “foto” em cima da sua mesa juntamente com outra em que estava ele e Hermione.
As semanas se passaram depressa e os dois morenos estavam, nitidamente, mais tristes. Embora só estivessem duas semanas separados, a saudade era muito grande e isso estava fazendo muito mal a eles.
Draco aparatou em Hogsmeade bem cedo em uma manhã de sábado. Caminhou, lentamente, pela estrada que levava até Hogwarts. Ao chegar ao castelo, foi direto a sala de Dumbledore.
- Que bom que conseguiu um tempo para vir aqui! – o velho disse, assim que o outro apareceu na passagem secreta – O que eu tenho para te perguntar é muito importante.
- O que é diretor? – o curandeiro perguntou, ficando um pouco receoso.
- Você esteve falando com Harry e com a senhorita Granger nessas duas semanas, estou certo? – ele viu o rapaz confirmar com a cabeça – Como os dois estão?
- Para ser sincero diretor, não estão muito bem - ele começou a falar – Estão sentindo falta um do outro.sei que é necessário para evitar o ataque dos comensais, mas...
- Eu sei muito bem Draco! – o velho o interrompeu – Não quero que os dois sofram, então só existe uma solução.
- E qual é – Draco quis saber.
O homem explicou, detalhe por detalhe, o que pretendia fazer. Decidiram colocar o “plano” e prática ainda naquele dia.
Hermione estava no seu quarto, só havia levado um livro para aquela cabana, por isso era a décima vez que o lia. Troy, o elfo doméstico, entrou no aposento.
- Com licença senhorita Granger, o senhor Malfoy está aqui para vê-la – ele disse, fazendo uma pequena reverência (que irritava, profundamente, a morena).
- Está certo, eu já estou indo! – ela disse.
Alguns minutos depois, a garota apareceu na sala.
- Bom dia Granger! – o loiro disse – Arrume as suas coisas.
- Mas por quê? – ela perguntou.
- Vou te levar para casa! – respondeu, a morena continuou parada no mesmo lugar, não estava acreditando no que acabara de ouvir – Vamos logo Granger, eu não tenho o dia inteiro. E você também deve estará morrendo de saudades da sua casa.
Ela sorriu e foi até o quarto arrumar a sua mala. Não tinha levado muita coisa por isso foi bem rápida. Em menos de meia hora já estavam aparatando de volta a Londres.
Harry estava deitado no sofá da sala olhando um álbum de fotos da época em que estudava em Hogwarts. Pareciam tão felizes naquela época, ninguém podia imaginar que o trio de ouro iria se separar. O moreno suspirou, sentia saudade das partidas de xadrez bruxo que jogava com Rony e ruivo sempre ganhava e também das tardes que passava na biblioteca estudando com Hermione, esperava que um dia pudessem esquecer tudo que aconteceu por causa dessa profecia e voltarem a ser amigos como sempre.
A campainha tocou. O moreno achou muito estranho, não estava esperando nenhuma visita. Quando abriu a porta teve uma grande surpresa, Draco e Hermione estavam sorrindo para ele e a morena trazia uma pequena mala.
- Mione, você voltou! – ele disse, abraçando a garota e a rodando no ar.
- Draco disse que eu podia voltar! – ela disse, dando um selinho no “amigo”.
- Falei com Dumbledore e ele disse que era melhor vocês dois ficarem juntos, pois estavam muito tristes – o loiro disse – A segurança de vocês foi redobrada, têm vários aurores vigiando a rua e foi lançado um feitiço anti-aparatação na casa – explicou depois de ver a cara de preocupação dos outros dois.
Os morenos se encararam por alguns segundos e se beijaram. Um beijo cheio de saudade.
- Acho que eu já estou indo! – Draco disse, fazendo os outros dois se separarem.
- Espera Draco! – Hermione disse antes dele ir embora – Eu queria agradecer por tudo que você fez por nós.
- Não precisam agradecer – ele disse – Eu estava apenas cumprindo as ordens de Dumbledore.
- Mesmo assim, você poderia ter ignorado! – ela sussurra alguma coisa no ouvido de Harry, que concorda com a cabeça – Eu e Harry queremos saber se você e a Gina aceitam ser padrinhos da nossa filha?
- Uau! – ele disse, ficando extremamente vermelho – Isso é uma coisa a se pedir para o melhor amigo. Tenho certeza de que o Rony é muito melhor para o “cargo” do que eu.
- A nossa amizade com o Rony está totalmente abalada e mesmo que não estivesse. Depois de tudo que aconteceu, eu duvido que ele aceitasse ser o padrinho – a morena disse – E Gina é a minha melhor amiga, tenho certeza de que ela vai adorar a idéia. E você, além de namorado dela, foi a pessoa que mais nos ajudou e é quem vai trazer essa criança ao mundo quando chegar a hora.
- Está certo! – ele disse – Então eu aceito – respondeu antes de aparatar.
- Eu morri de saudades de você! – Harry disse, beijando o pescoço da garota.
- Eu também! – ela disse, virando-se e o beijando – Nem acredito que passamos duas semanas separados.
- Nem eu! – ele respondeu – Vamos recuperar o tempo perdido – disse, antes de puxá-la para mais perto de si e fechar a porta da casa.
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