A aliança
Capútilo Seis –Aliança
Blaise caminhava lentamente pelo corredor, jogando charme para todo o lado, até que viu uma cena que fez seu sangue ferver. Dentro de uma sala, Luna se beijava com outro garoto loiro, que parecia ser um lufa. Ele agarrava-a e ela simplesmente deixava, sem fazer nada.
“Ela não me deixa ficar com ninguém mas está aí com esse... Moleque” Ele pensou com raiva, mas logo uma luz se acendeu em sua cabeça “Chang” Ele entrou na sala somente para ver que a japonesa e os outros estavam ali também, os jurados com uma prancheta na mão cada um.
Blaise chegou e mesmo sem querer atraiu as atenções, pelo seu tamanho mesmo. Logo que a cena acabou Luna começou a cantar uma música doce e Blaise prendeu toda a atenção nela, fazendo com que Cho quase quebrasse seu lápis de raiva por seu plano não dar certo.
Mandy Moore - Only Hope
- There’s a song that’s inside of my soul... – A loira começou a e Blaise se perdeu no ar ouvindo sua voz.
-It’s the one that I’ve tried to write over and over again... I’m awake in this infinite cold… But you sing to me over and over and over again – O olhar dela se cruzou com o de Blaise.
-So I lay my head back down… And I lift my hands and pray, to be only yours I pray, to be only yours, I know now, you’re my only hope… - Ela continuou encarando Blaise firmemente e ele estava verdadeiramente encantado com a voz da loira, não havia escutado-a cantar ainda.
-Sing to me the song of the stars – Ela começava a fazer gestos, indicando o que a música falava, como na coreografia – Of you galaxy dancing and laughing and laughing again… - Ela indicava o céu com emoção, fazendo o papel perfeitamente - When it feels like my dreams, so far – Ela se abaixou um pouco com as mãos no colo e os olhos fechados – Sing to me all the plans that you have for me over again...
Seu olhar se cruzou com o de Blaise novamente, no que ele sentiu os pêlos da nuca se arrepiarem completamente.
-So I lay my head back down... And I lift my hands and pray, to be only yours I pray, to be only yours I know now, you’re my only hope… - Ela abaixou a cabeça, uniu as mãos e logo olhou para Blaise novamente, sem conseguir se conter. Queria saber o que ele estava achando de tudo aquilo.
-I’d give you my destiny... I’m giving’ you all of me… I want your symphony singing in all that I am – A voz dela se elevava e ele ficava cada vez mais hipnotizado pela voz doce e por ela mesma.
-At the top of my lungs, I’m giving you all I have... – Ela chegou ao topo de sua voz de olhos fechados e rosto virado para cima, e Blaise se aproximou sem nem se dar conta.
-So I lay my head back down... And I lift my hands and pray, to be only yours I pray, to be only yours I know now… You’re my only hope… - Blaise se sentiu idiota quando viu que ela se dirigira novamente ao lufa que interpretava com ela e saiu logo da sala, sem que ninguém notasse.
Blaise encostou-se á parede ao lado da porta da sala, que estava fechada, e deslizou até o chão, sentando-se com as pernas flexionadas e colocando a cabeça entre as mãos.
“O que diabos eu estou fazendo?!” Ele se perguntou, ouvindo o pianista dar as últimas notas ali. Logo Luna colocou a cabeça para fora da porta, parecendo preocupada.
-Não seja bobo, ficará estranho se ficar aqui fora, entre comigo – Ele então levantou-se de imediato e assentiu, entrando de braços dados com ela.
-O que aconteceu com você agora pouco? – Ela perguntou sentando-se com ele logo ao lado de Cho, o único lugar vago no momento.
“Eu... Não sei” Ele pensou aturdido.
-N-nada – Ele disse incerto e observou Luna arquear uma sobrancelha, observando-o estranhamente.
-Você está bem? – Ela perguntou e ele se levantou.
-Tem mesmo que ficar aqui? – Ele perguntou e ela negou com a cabeça. Então ele pegou-a pelo braço mais delicadamente do que previra e, dando tchau á todos, retirou-se dali com ela.
-O que você quer, por que fez isso? – Ela perguntou um tanto pasma e irritada.
-Eu... Eu não queria ficar lá com aquela Chang me olhando o tempo todo – Ele deu a primeira desculpa que passou em sua cabeça.
-O que? Cadê o Blaise Zabini galinha que eu conheci? – Ela perguntou e ele corou, coçando a cabeça.
-Morreu quando você colocou essa aliança em mim – Ele levantou a mão, observando a pecinha prateada reluzir.
Luna sorriu.
-Seu encontro com a Lilá está marcado para amanhã ás oito – Ela disse sorrindo vitoriosa, mas o semblante dele se fechou.
-Então... Quer dizer que... – Ele começou e ela assentiu.
-Tem que terminar comigo até amanhã ás oito – Ela disse simplesmente, encarando-o seriamente.
Blaise fitou o chão. –Não quero – Ele disse repentinamente e Luna ficou estática, observando-o.
-Como? – Ela perguntou achando não ter ouvido direito.
-Er... Nada. Nada não. Então... Acabou, Luna – Ele disse com voz um tanto... Decepcionada? A aliança luziu uma luz dourada e soltou de seu dedo, Blaise tirou-a e colocou-a em seu bolso rapidamente, antes que ela se desse conta de algo.
-Então... Obrigada pela ajuda, Zabini – Ela estendeu a mão para o rapaz, que a fitava.
Blaise pegou a mão dela e sacudiu-a algumas vezes, antes de se render e puxá-la para um beijo ávido, que ambos desejavam muito. Passava as mãos pela cintura dela enquanto ela ficava na ponta dos pés e enlaçava sua nuca com mãos e braços, beijando-o vorazmente.
Como em uma despedida.
-Então... Agente se vê – Ele disse soltando-a, tentando não olhá-la nos olhos.
-Agente se vê – Ela disse observando o garoto andar pelo corredor e dobrá-lo. E então se sentou no chão, sem conseguir conter algumas lágrimas teimosas, sem saber que, ali perto, um moreno fazia o mesmo, pensando nela.
_____________________________________________________________________________________
-Luna, o que houve? – Pansy perguntou imediatamente, vendo a amiga com os olhos meio vermelhos e inchados.
-Blaise... Ele terminou comigo – Uma lágrima desceu pelos olhos da loira, que a secou rapidamente.
-Mas... Luna, não era isso que você queria? – Gina perguntou, tentando fazer a loira admitir.
-Era... É. Mas mesmo assim, acho que... Não quero mais – Luna abraçou-se á Pansy, libertando as lágrimas tão ávidas á sair.
-Ah, Luna... Mas como foi que aconteceu? – Hermione perguntou aproximando-se da amiga, sentando em seu pufe roxo da sala precisa.
-Eu... Eu sei lá, Hermione. Passei muito tempo com ele, as implicâncias dele, as risadas dele, os beijos dele. Acho que... Me apaixonei – Luna disse se sentando direito novamente, secando as lágrimas.
-E... Vai fazer algo á respeito? – Gina perguntou receosa.
-Fazer o que? Pelo amor de Merlin, eu consegui para ele um encontro com Lilá Brown, isso quer dizer que ele nunca ia querer algo comigo – Ela disse gesticulando, nervosa.
-Toma aqui Luna – Hermione estendeu um copo de água com açúcar, que Luna aceitou, agradecendo.
-Mas como assim? Você gosta do garoto, ele gosta de você e você não vai fazer nada? – Gina parecia indignada.
-Ele gosta de mim? Gina, não delira! – Luna protestou com lágrimas saindo-lhe dos olhos.
-Eu delirando? Luna acorda! O garoto ta caidinho por você, dá pra ver no jeito que ele olha pra você, sua boba! – Gina retrucou como se fosse óbvio, levantando-se do pufe.
-O que? – Luna parecia confusa.
-É verdade, Luna. Ele te olha com aquela expressão – Pansy confirmou, ainda abraçando a amiga.
-Que expressão? – Luna perguntou ainda confusa.
-Aquela de “eu te irrito só porque eu te amo” – Hermione disse fazendo aspas com os dedos.
-Sério? – Ela perguntou, um brilho de esperança em seu olhar.
-Seríssimo, Luna. E se você não fizer nada a respeito disse, eu juro que eu mesma faço – Gina disse olhando a amiga nos olhos.
Mas não precisou fazer nada, pois Luna levantou-se e saiu correndo, gritando um “obrigada” á todas elas.
-Será que ela vai se acertar com ele? – Hermione perguntou vendo a amiga desaparecer no corredor.
-É pagar pra ver – Gina disse rindo e Pansy deu uma risada.
-O que foi, Pansy? – Gina perguntou observando a amiga rir.
Pansy apenas estendeu um pergaminho á Gina e Hermione, que leram.
“ Aliança-Contra-Traições colocada.
Sem traições.
Aliança retirada.
Aliança recolocada.
Sem traições.”
Gina e Hermione de entreolharam. Sabiam que a aliança só poderia ser retirada se eles terminassem como havia acontecido á pouco. Mas isso significava que ele...
-Ele recolocou a aliança – Hermione sussurrou, ainda tentando fazer a ficha cair.
Gina, que estava boquiaberta, começou a rir, sendo acompanhada por Hermione.
-Esses dois cabeças-duras... – Gina disse e se sentou com as amigas, voltando a conversar.
_____________________________________________________________________________________
-Tchau, até amanhã – Pansy se despediu das amigas, indo para seu dormitório, quando ouviu algo. Aproximou-se da porta da sala de onde vinha aquilo e colou o ouvido á porta, tentando escutar melhor.
-Não, Chang. Eu já te disse que não quero nada com você, porque, se você não se lembra, eu tenho namorada, e ela é bastante ciumenta – Pansy ouviu a voz de Rony dizer e o ruído de uma tentativa de beijo, provavelmente recusada pelo garoto.
-Ora Rony, ela não precisa saber... – Ela ouviu a risadinha irritante de Cho e trincou os dentes, com raiva.
-Mas eu vou saber, e isso já me basta. – A voz de Rony disse novamente, sem hesitação ou vacilação.
-Mas Rony... Ah, maldita lealdade grifinória! – Mais um ruído de tentativa de beijo e mais um empurrão.
-Por que está me trocando por aquela sem-classe, Rony? Mas que droga, eu sei que você não gosta dela! – Cho disse com aquela voz de criancinha perdida, mas que parecia não comover Ron nem um pouco.
-Eu gosto dela!... – O coração de Pansy deu um salto e tudo ficou silencioso, fora as respirações dos três e as batidas do coração dela – Mesmo que ela não saiba disso, eu gosto dela. – A voz dele finalizou, como em uma conclusão – E, sendo assim, eu não quero nada com você, entendido? – Pansy ouviu passos se dirigindo á porta e se escondeu em outra sala, sentando-se em uma carteira rapidamente, tentando não fazer barulho.
Quando os ruídos de passos de Rony se findaram, a morena ouviu os saltos e os resmungos de Cho ecoarem pelo corredor, e então relaxou ao ver-se sozinha.
Sorriu.
“Ele gosta de mim”
_____________________________________________________________________________________
Gina corria por um corredor rapidamente, cheia de papéis e coisas nas mãos, quando Draco apareceu do nada e segurou-a pela cintura, não deixando-a continuar.
-Malfoy, me solta, tenho ensaio agora, não tenho tempo para brincadeiras! – Ela disse, mas ele continuou segurando-a.
-Malfoy, me solta! – Ela disse veementemente, mas o garoto nem ao menos piscou.
-Malfoy, o que há de errado com você? Está estranho... – Gina olhou-o estranhamente, ele estava com uma expressão distante, os olhos desfocados, parecia uma marionete.
Do nada ele se aproximou dela e tentou beijá-la. Gina fechou os olhos por um instante, imaginando que o garoto vira alguém no corredor e agora estava fingindo para que não desconfiassem de nada, mas logo Gina percebeu uma coisa.
Aquele definitivamente não era o beijo do Malfoy.
-Q-quem é você? – Gina empurrou o garoto para longe e observou a face sem expressão se modificar para algo perto de um sorriso escárnio.
Gina olhou para o lado e deparou-se com outro Draco, que observava-a. Então olhou para frente novamente e não era mais Draco que estava lá. Era um garoto o qual ela não conhecia, mas que, pelo jeito, Malfoy conhecia muito bem.
-Bradon... Você por aqui – Draco disse olhando perigosamente para o moreno recém-aparecido na frente de Gin, o qual ela ainda encarava assustada.
-E então, Malfoy? Ainda catando as migalhas do Potter? – Ele disse e Draco se aproximou mais dele, voltando seu olhar para Gina.
-O que faz aqui com ele? – Draco perguntou parecendo aborrecido e bravo, mas Gina continuava com a expressão assustada.
-V-você era ele! Você era ele, vocês dois eram ele, vocês eram um só! – Gina balbuciou com expressão horrorizada.
Draco olhou-a com desprezo.
-Não venha bancar a santa, Weasley. Eu vi vocês dois se beijando – Draco disse á Gina com a voz entupida de raiva e desprezo, mas Gina continuava assustadíssima.
-Eu beijei você, não ele! – Gina afirmou convicta, mesmo que sua voz ainda tremesse.
-Você andou bebendo? – Draco perguntou aproximando-se dela, ainda com a raiva estampada nos olhos.
-Não! Eu tenho certeza! Eu vi você, foi você que eu beijei, mas de uma hora pra outra não era mais você, e sim ele! Acredite em mim, por favor Draco! – Ela implorava com o olhar que ele não brigasse mais com ela, que acreditasse nela. O olhar dela pedia “me ajude”, mas Draco não queria ajudar.
-Eu confio em você – Draco disse por fim e Gina olhou-o aliviada e correu para abraçá-lo, já com lágrimas nos olhos pelo susto. Por um momento achou que perdê-lo-ia.
Mas Draco não correspondeu ao abraço.
-E você, Brandon, fique longe dela - Draco disse e indicou o caminho á Gin com uma mão, fazendo-a entrar em uma sala com ele, a qual ela enfeitiçou contra sons e para que ninguém entrasse.
-E então, Weasley? O que você fazia com o Brandon? Ah, não , não responda... Eu vi, estava se amassando com ele no corredor. Só que, novidade Weasley, EU SOU SEU NAMORADO – Draco gritou fazendo-a largá-lo, já chorando.
-Acredita em mim, Draco, por favor! Acredita! Você chegou a mim sem falar nada e me beijou! Foi aí que eu notei que não era você! – Gina dizia ainda assustada com aquilo tudo.
-Ah, claro, e notou que não era eu como, heim? QUANDO VIU QUE EU NÃO VIREI MORENO? – Draco estava furioso, os olhos dele amedrontavam Gin.
-Não, quando eu vi que... – Ela corou um pouco – O beijo era diferente, pelo amor de Merlin! Ele parecia você, ele era você, acredite em mim! – Gina falou com a voz tremida e Draco grunhiu, passando as mãos pelos cabelos num gesto de fúria contida.
Então ele se sentou em uma carteira, tentando controlar a respiração, e por alguns momentos só o que se pode escutar foi a respiração dele e os soluços ocasionais dela.
-Eu não sei como, mas acho que acredito em você – Draco disse finalmente, fazendo Gina olhá-lo – Não confio em Brandon, não confio em você também, mas confio muito menos em Brandon. E pelo sorriso dele ele não estava fazendo nada de bom mesmo – Draco se levantou e foi até Gina, que o encarou temerosa.
-N-não... – Draco suspirou, passando a mão pelos cabelos nervosamente – Não fica com medo de mim, pequena. Acho que o ciúme me subiu a cabeça dessa vez... – Ele nem se deu conta do que tinha dito, mas os olhos de Gina se arregaralam – Mas, pelo amor de Merlin, era o Brandon! O cara que tenta acabar comigo desde que eu nasci! – Draco riu sem graça, evitando olhar para Gina - E todos ainda acham que eu sou o vilão da história!
-V-você está me pedindo desculpas, Malfoy? – Gina perguntou baixinho e o sorriso dele esmaeceu.
-Acho que sim, não consegue entender nem isso, pobreton...? – Ele foi interrompido por Gina, que se levantou em um salto e abraçou-o pelo pescoço, beijando-o.
-Obrigada, Malfoy. Eu não sei como, mas vou te provar que não te traí, eu juro – Gina disse olhando-o e saiu da sala correndo, deixando Draco ali sozinho, confuso e cansado, perguntando-se por que agira daquele jeito.
_____________________________________________________________________________________
-Hermione, viu a Gina por aí? Ela me pediu um favor e eu consegui arranjar pra ela – Harry perguntou á Hermione saindo da aula de transfiguração, vendo-a bufar.
-Já viu que você faz favores para todo mundo o tempo todo? – Hermione perguntou enfezada.
-Está com ciúmes? – Harry perguntou divertido.
-Ciúmes? De você? Mas nem morta, Potter, se tivesse ciúme de você todas essas menininhas que ficam te secando o tempo todo já estariam ferradas - Hermione disse e Harry enlaçou-a pela cintura, rindo.
-Você está com ciúmes, Hermione. Só é orgulhosa de mais pra admitir – Ele disse baixinho ao pé do ouvido dela, rindo ao ver que a região se arrepiara.
-Não é por que temos essa afinidade, Harry, que terei ciúmes ou estarei caindo de amores por você, Potter. Se com as outras é assim, bom para você, mas comigo não é tão fácil assim causar ciúmes – Hermione disse decidida, mas com uma pontada de desafio e divertimento em suas frases.
Harry estudava a face de Hermione, assim como ela fazia com ele, os lábios ficando próximos, quase se unindo...
-HARRY! PELO AMOR DE MERLIN! – Gina chegou ali correndo, mas logo que viu a situação em que seus dois amigos se encontravam deu um sorrisinho do tipo “fiz mancada” e deu oi – Desculpa atrapalhar, mas Harry, sério, eu to desesperada já, conseguiu pra mim o que eu te pedi? – Gina perguntou decidida, olhando o amigo.
-Na biblioteca, segunda ás oito – O amigo respondeu observando-a sem largar Mione.
-Ah... Brigada! Continuem! – Gina disse piscando e saiu correndo, apressada. Harry voltou-se para Hermione novamente com uma sobrancelha arqueada divertidamente.
-Onde paramos, mocinha? – Ele perguntou e Hermione enlaçou-o pelo pescoço, rindo.
-Não sei... – Ela fingiu-se de pensativa e logo ele alcançou seus lábios rapidamente, envolvendo-os em um beijo apaixonado, que terminou com selinhos.
-E aí, para onde vamos? – Ela perguntou quando ele a soltou sem soltar suas mãos.
-Para a cozinha. Quero lhe mostrar o quão bom cozinhando eu posso ser – Ele piscou para ela, rindo divertido.
-Ai Potter, quero só ver... – Ela fingiu-se de temerosa e riu, indo de mãos dadas com ele até a cozinha.
_____________________________________________________________________________________
-Ah, vai dizer que não ficou bom? – Harry perguntou sentado no chão do salão comunal com uma tigela de vidro em uma mão e na outra uma colher, ambas cheias de brigadeiro, assim como a boca dele.
-Harry, pelo amor de Merlin, é brigadeiro. Até eu faço melhor – Hermione disse sentada preguiçosamente no sofá onde ele apoiava as costas, até que ele se aproximou e despejou um pouco de brigadeiro em seu nariz.
-Harry! – Ela fingiu indignação, mas logo caiu na risada, limpando-se com uma toalha que eles trouxeram da cozinha.
-Isso é por desdenhar do meu brigadeiro – Ele disse mostrando a língua para ela
Harry largou a tigela do doce em cima da mesinha de centro e subiu em cima dela no sofá, no que ela riu.
-Harry, pelo amor de Merlin, o que está fazendo?! – Ela perguntou quando ele se acomodou em cima dela, aproximando-se.
-Quero saber como é seu beijo com gosto de chocolate – Ele disse simplesmente, aproximando-se e beijando-a longamente, enquanto ela acariciava sua nuca.
-E então? Passei no teste? – Ela perguntou com uma sobrancelha arqueada, indicando ironia total.
-Hum... Sabe, não deu pra sentir o gosto – Ele colocou uma colherada grande de brigadeiro na boca dela e antes que ela pudesse protestar beijou-a novamente, arrancando-lhe um suspiro.
-E agora? Já deu pra sentir o gosto, Potter? – Ela perguntou irritada, ajudando-o a sair de cima de si.
-Deu. – Ele disse lambendo a colher de brigadeiro após sentar-se onde estava antes.
-E então? – A voz dela era estranha assim para ele, tão entupida de ironia.
-Bom. Definitivamente bom – Ele disse e voltou a pegar a tigela do doce em suas mãos.
-Bom?Bom? Só isso? – O tom dela era tão ultrajado que ele riu – Eu vou te mostrar o que é bom, Potter – Hermione então pulou do sofá para o colo dele, sentando-se de frente para ele e beijando-o fervorosamente, no que ele suspirou.
Harry largou a colher e a tigela no tapete vermelho, as mãos alcançando a cintura da amiga enquanto ela ainda beijava-o, fazendo uma trilha com as mãos da cintura dele até os ombros, e dos ombros até a nuca.
-E então? Melhorei no seu conceito, Potter? – Ela perguntou olhando-o, e a íris verde agora apresentava um brilho diferente. Desejo.
Ignorando aquele fato ela continuou encarando-o.
-Será que... Agente pode repetir a dose? – Ele sussurrou com a voz perigosamente rouca e Hermione sentiu um calafrio e um frio na barriga, mas não teve tempo de pensar em nada antes de ele beijá-la de novo, beijo o qual ela procurou corresponder como antes.
Logo que o beijo foi quebrado ele encarou-a, lambendo os lábios.
-Definitivamente, Srita. Hermione Jane Granger, você e seus beijos com certeza subiram no meu conceito – Ele disse baixo, sem o tom divertido costumeiro, o que fez Hermione engolir em seco, sem saber o que fazer.
-E-eu vou lá pra cima, Harry... T-tomar banho – Hermione disse saindo do colo dele e indo beijá-lo no rosto, mas ele virou a face e aquilo se transformou num selinho – B-boa noite – Ela disse e subiu as escadas da torre da grifinória rapidamente, se jogando em sua cama após fechar a porta.
“Ah Merlin... O que eu fiz? E agora, como fica minha amizade com o Harry? Droga!” Ela pensou abraçando o travesseiro, mas logo desistiu e foi tomar banho, tentando não pensar no que tinha feito de errado desafiando-o e provocando-o daquele modo.
_____________________________________________________________________________________
-E então é só colocar a raiz que você picou anteriormente e o sangue de unicórnio junto com o pó, pronto – Draco terminou de explicar á Gina a poção que ela faria no dia seguinte e ela fez cara de entendimento.
-Mas é só isso? Diabos, por que parece tão difícil quando o morcegão fala? – Gina perguntou indignada, sentando-se relaxadamente na carteira, largando o livro.
-Talvez porque você não goste do Snape – Draco imitou o gesto dela e olhou-a com a cabeça pendendo para trás, virada para ela.
Gina olhou pela quinta vez para o relógio, nervosa. “Será que esse desgraçado não vem?” Ela se perguntava, sem notar o olhar inquisidor de Draco.
-O que é Ginevra? Tá esperando alguém? – Ele indagou intrigado, a ironia acobertando a curiosidade em demasia.
-Não! Não to esperando ninguém não... Mas, Malfoy, eu ainda tenho mais alguns temas para fazer aqui, quer me esperar? – Ela olhou para ele com carinha de pidona, e ele suspirou resignado.
-Tudo bem, tudo bem, eu espero – Ela sorriu empolgada e deu um beijo rápido no rosto dele, tirando alguns pergaminhos da bolsa e começando a refaze seu tema de transfiguração, só para que ele não desconfiasse.
Logo alguém entrou na biblioteca e Gina esticou o pescoço para ver, dando um sorriso quase imperceptível ao ver quem era.
-Vem – Ela jogou tudo dentro da bolsa e pegou a mão dele, se levantando rapidamente. Ele sentiu-se tolo ao notar que ela entrelaçara os dedos dos dois, mas continuou andando atrás da ruiva, ainda intrigado.
-O que vamos fazer aqui? – Ele perguntou quando ela entrou entre as duas ultimas estantes da biblioteca, bem longe da M. Pince.
-Você já vai ver – Ela largou a mão dele e largou a bolsa, ouvindo passos. Gina cruzou os braços e sorriu ao ver Brandon entrar ali com eles.
-Potter não me falou nada sobre Malfoy presenciar tudo, Weasley – Ele disse ao ver Draco logo atrás de Gina, mas ela soltou uma exclamação de desagrado.
-Não interessa quem vai estar aqui ou não. Fala logo o que você tem para falar, já disse que te pago o dobro que ele pagou – Gina disse ainda com os braços cruzados, e Draco se espantou com o poder de negociação dela.
-Ela, você quer dizer – Brandon sorriu maldosamente, cruzando os braços também.
-Quem é? – Ela perguntou direta. Obstinada.
-O dinheiro primeiro – Ele disse estendendo a mão, então Gina tirou um saquinho de veludo bordô da bolsa, tilintando galeões.
-Nananão... Primeiro a informação, qualquer coisa você pode nos azarar e roubar o dinheiro depois de falar, só um de nós aqui tem varinha – Ela disse apontando sua própria varinha para o pescoço de Brandon, então o loiro atrás deles realmente se espantou com a ruiva.
“Como ela sabe que eu to sem varinha?” Ele se perguntou internamente, vendo a ruiva encurralar seu pior inimigo, enquanto o mesmo sorria.
-Tudo bem, tudo bem... Foi a Chang – Ele disse pausadamente – A Chang me chamou outro dia em uma sala, supostamente para conversar. Eu até achei que ela queria transar, sabe – Ele riu e Draco fez uma careta, mas Gina continuou impassível – Mas não. A japonesa queria minha ajuda. Minha ajuda pra te prejudicar – Ele disse apontando Draco.
-A mim? Mas o que eu fiz para ela? – Draco perguntou e Gina olhou significativamente para ele, como se dissesse “fui eu que fiz, não você” e ele assentiu com a cabeça.
-Certo. E aí? – Draco pediu para que ele prosseguisse.
-Daí ela me pagou uma boa grana para que eu te beijasse. Ela disse algo como “talvez ela te chame de outro nome, mas o mais importante é: não fale nada”. E então eu recebi o dinheiro e fiz o que ela mandou. Só – Ele completou por fim, fazendo Draco entender porque estava ali.
-Seu idiota, você trabalha sem saber o que fez? – Draco perguntou indignado.
-Se for para prejudicar você, topo qualquer parada – Brandon disse com desprezo e divertimento na voz, e então Gina soltou-o, entregando o dinheiro.
-Agora vaza, antes que eu resolva te azarar, pegar a grana de volta e apagar tua memória – Gina disse ameaçadoramente e o garoto mandou um beijo para Draco e saiu correndo, sob os protestos da bibliotecária.
-E então? Satisfeito, Sr. Malfoy? Ela me enfeitiçou para que eu visse você em Brandon, por isso ele não podia falar, porque a voz dele iria delatá-lo – Gina perguntou com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados, em uma posição desafiante.
Draco arqueou uma sobrancelha divertidamente e riu, enlaçando-a pela cintura.
-É, acho que gostei de saber disso – Ele disse e deu um selinho nela.
-Então voltamos á estaca inicial? – Gin enlaçou-o pelo pescoço, fingindo estar brava.
-Nããão... Estamos melhor que isso – Ele piscou e ela riu, beijando-o.
-É o que eu espero Sr. Malfoy... É o que eu espero... – Ela disse por fim e ele beijou-a novamente, se sentindo aliviado e completamente feliz.
_____________________________________________________________________________________
-Zabini! Zabini! – A garota chamava-o em vão.
Luna corria pelo colégio procurando Blaise, mas ainda não havia encontrado-o. Parecia que ele havia simplesmente sumido, desaparecido do mapa.
Logo se sentou, suspirando resignada. Só então percebeu seu erro.
Marcara um encontro entre Blaise e Lilá naquela data e hora.
-Oh não... – Ela levantou-se rapidamente e com face horrorizada, já com lágrimas caindo dos olhos, se pôs a correr até o lugar onde havia marcado o encontro.
Ao chegar fora do colégio escondeu-se em um arbusto, sabendo que eles estavam na árvore logo depois dali. Tentou observá-los por entre as folhas e viu a cena mais estranha que já tinha visto.
Blaise Zabini estava sentado no chão com as costas apoiadas na árvore, conversando com Lilá.
Como dois bons amigos, um sentado ao lado do outro conversando.
Luna observou a cena com estranheza. E então prendeu a respiração ao ver que Lilá se levantara, depositara um beijo no rosto dele e passara pelo arbusto onde estava, entrando no colégio sem perceber nada.
Luna suspirou quando viu que podia respirar novamente, já que não havia ninguém perto. Mas logo tomou um susto ao ver que Blaise estava á centímetros dela, procurando algo na moita onde se escondera.
Luna suspendeu a respiração ao ver que Blaise a encarava, e então pôs uma expressão horrorizada, corando.
-Olá – Ele disse calmamente, mas a loira tinha certeza que ele se dera conta de suas reações.
-Oi – Ela respondeu timidamente, tentando não encará-lo.
-Quer ajuda pra sair daí? – Ele perguntou estendendo-lhe uma mão, a qual ela aceitou assentindo com a cabeça. Já fora dali ele sentou-se com ela ao seu lado, e então a observou.
-O que você estava fazendo ali? Digo, por que estava ali? – Blaise perguntou calmamente, deixando-a nervosa.
-É q-que s-sabe, e-eu... – Ele calou-a, beijando-lhe a boca.
-Sabia que quando você fica nervosa, seus beijos saem melhores? – Blaise perguntou e ela corou furiosamente – Não que não sejam bons normalmente, entenda, mas ficam diferentes – Ele completou e ela fitou o chão, já toda vermelha.
-Er... Por que você não ficou com a Lilá? – Luna perguntou á ele, sem jeito.
-Porque não iria te trair, certo? – Ele sorriu, mostrando-lhe a aliança no dedo. A qual ele recolocara.
A boca de Luna entreabriu-se.
-V-você...? Mas por quê? – Luna estava pasma, observava o rosto do rapaz parcialmente atingido por um raio dourado, tornando a imagem quase surreal.
-Eu não deixaria aquela Chang ganhar, não agora – Uma pontada de desapontamento passou por Luna, e Blaise notou, sorrindo – E eu sabia que você ia precisar de mim mais um pouquinho – Ela voltou á observar a face dele, que havia se convertido em divertida.
Luna se espantou quando ele passou um braço por seus ombros.
“Se ele não ficou com ela porque quer me ajudar, quer dizer que ele se preocupa comigo” Ela pensou. “Mas se ele desistiu do objetivo dele que era ficar com Lilá, que inicialmente era o motivo de ele me ajudar para me ajudar, então...”
Luna virou-se para ele e encarou-o novamente. Ele achou-a adorável assim, tão confusa, olhando-o como se pedisse seus cuidados.
Blaise simplesmente se aproximou dela e beijou-lhe os lábios, somente roçando-os com os seus. Encararam-se logo depois e Blaise levantou-se, ajudando-a a levantar-se e colocando uma mão em sua cintura possessivamente, enquanto se dirigia com ela para dentro do castelo.
_____________________________________________________________________________________
YEAH YEAH gente, ele colocou e recolocou a aliança em um único cap *.* Econômica eu, não? u.ú
:***
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!