O concurso





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Capútilo Um – O concurso



-O que faremos? – Gina perguntou desesperada para as amigas, que estavam sentadas em pufes coloridos na sala precisa.

-Não tenho a menor idéia – Luna disse e todas pareciam concordar.

-Mas que idéia! Por que exatamente eu tenho que ter um namorado para participar de um concurso de canto? – Hermione perguntou-se exasperada, levantando-se e pondo-se a andar para lá e para cá, como Gina.

- Talvez seja uma desculpa para não deixar qualquer uma entrar – Pansy se manifestou, desolada.

Todas queriam muito participar daquele concurso, e ainda mais do musical. Todas sabiam ter capacidade para tanto, o problema era que o grupo de meninas que promovia o espetáculo todos os anos estabelecera um pré-requisito indispensável para se inscrever: A garota teria que ser namorada de alguém no mínimo conhecido na escola.

E, bem, nenhuma delas ali tinha sequer um namorado.

Isso não estava certo.

-Isso não está certo – Pansy repetiu seu pensamento, desolada. Nada havia a ser feito.

-A não ser que... – Luna começou com os olhos brilhando.

Sinal vermelho: on, todas sabiam disso.

Luna com os olhos brilhando significava idéia. Idéia da Luna significava confusão, apesar de que normalmente também significava sucesso no que quer que seja.

Resolveram ouvi-la.

-A não ser que arrumemos namorados falsos. Sabe, só de mentirinha, só para conseguirmos nos inscrever nesse negócio. Depois disso nem é tão necessário assim, só manteríamos as aparências até que o concurso acabasse – Luna explicou e as meninas ficaram pensativas.

-É, poderia dar certo – Gina pensou, ainda incerta.

-Mas quem? – Hermione perguntou e todas ficaram pensativas novamente.

-Vamos pegar nossa lista de meninos pop’s do colégio – Pansy perguntou e todas as meninas a olharam com cara de “fala sério” – Ah, qualé, sei que a fizemos quando ainda éramos meras crianças , mas ela pode servir atualmente, certo? É nossa única chance – Pansy disse e elas concordaram, indo até a escrivaninha de madeira entalhada com flores no canto da sala.

Gina pegou o pergaminho e sentiu-se novamente, assim como todas elas, se aproximando umas das outras.

-Bom... Vendo a lista de cabeça para baixo, tem o Audrey Humpbern – Ela disse mordendo o lábio inferior.

-Não, ele está namorando a Alicia – Hermione disse.

-Brandon Travvis – Gina citou novamente e todas negaram com a cabeça.

-Foi atingido por um feitiço de furúnculos muito forte; nunca conseguiu se curar – Pansy disse.

-Gabriel Lohn? – Gina perguntou olhando-as.

-Balaço na cabeça, sexto ano, nunca mais foi o mesmo – Luna disse.

-Ouvi dizer que ele anda com baba escorrendo pela boca agora – Pansy disse e todas fizeram cara de nojo.

-John Martinelli? – Gina já parecia desesperada olhando para a lista.

-Viajou de volta para a Itália nesse ano mesmo, está estudando por lá – Luna informou.

-Bem Francis? – Gina parecia cada vez mais agitada, deixando as meninas realmente preocupadas.

-Namorando Vanilla Pollein, porque todo esse desespero? – Pansy já estava preocupada com a amiga, que olhava arregalada para aquela folha.

-Oh não... – Gina largou a folha e tampou os olhos num gesto de inconformismo.

-O que foi? O que é, Gina, fala! – Hermione disse veementemente, com medo de todo aquele desespero da amiga.

-Olhem a folha – Gina comandou com um fio de voz e elas obedeceram. Na lista, fora os nomes já citados, havia uma lista que elas, de modo curioso, haviam escrito em dourado, para frizar que eles eram os mais populares da escola.

E, para falar a verdade, continuavam a ser os mais populares.

“Harry Potter/ Draco Malfoy /Ron Weasley /Blaise Zabini”

Esses nomes estavam escritos um do lado do outro, já que nenhum deles ganhava do outro em popularidade ou em beleza (fora o irmão de Gina para ela, mas já que maioria ganhava...).

As meninas imitaram a expressão desesperada de Gina e se jogaram nos pufes, desoladas.

-E agora, o que fazemos? – Hermione perguntou após suspirar, alguns minutos depois da terrível constatação.

-Tirar no palitinho – Pansy sugeriu com um palito em suas mãos e dividindo-o em quatro pedaços de diferentes tamanhos.

-Tudo bem, mas eu me recuso a fingir incesto – Gina disse e todas concordaram, sem conseguir rir.

-Vamos fazer pela ordem dos nomes da lista. Quem pegar o palito maior ficará com Harry Potter, segundo maior com Draco Malfoy, terceiro maior com Ron Weasley e o menorzinho com Blaise Zabini. Entendido? – Até Pansy parecia incerta do que estava fazendo quando segurava aqueles simples palitinhos de madeira, que provavelmente mudariam sua vida fazendo-a cometer uma loucura.

Uma loucura que ela tinha certeza que cometeria, tamanha era sua vontade de participar daquele concurso.

-Prontas? – Pansy perguntou e fechou os olhos, assim como elas, mesmo que ela estivesse escondendo o tamanho dos palitinhos com a mão, colocando-os na mesma altura entre seus dedos, elas estavam com medo do que viria á acontecer.

Todas puxaram um palitinho para si e Pansy ficou com um na mão. E então abriram os olhos e se entreolharam, avaliando o resultado do sorteio.

-Certo... Certo... – Pansy avaliava aquilo. Hermione ficara com o palito maior, Gina com o segundo maior, ela mesma ficara com o terceiro maior e Luna ficara com o menorzinho.

-Ah não... – A cara de horror de Gina se divergia completamente da face serena de Hermione, o semblante calmo de Luna e a expressão pensativa e Pansy.

-Ah sim, Gina. Não iremos refazer isso daqui, já está bem ruim para todas nós – Pansy disse observando a expressão de Gina.

-Não! Não! Draco Malfoy não! Ele nunca irá fingir ser meu namorado só para me ajudar. Irá com certeza querer algo em troca – Gina disse e todas sorriram maliciosas.

-Oras, dê o que ele quer á ele – O olhar de Pansy fez Gina ficar mais apavorada ainda.

-Mas... – Ela ainda tentou argumentar.

-Ah, vá Gina. Ele é um dos mais bonitos da escola. Afinal, não pode ser tão ruim assim – Luna disse observando o próprio palito calmamente.

“Você nem imagina o quanto...” Gina pensou apavorada, enquanto Hermione declarava aquela reunião de emergência encerrada.

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-Tudo bem, o que vocês pensam em fazer? Porque eu não tenho a menor idéia de como me aproximar de Draco Malfoy - Gina perguntou á elas enquanto caminhavam tarde da noite até seus salões comunais.

-Bom... Eu estava pensando e, bem... Acho que vou só pedir ajuda ao Harry – Hermione corou um pouco sob os archotes – Ele é meu amigo, pode aceitar ajuda – A morena completou e as outras sorriam.

-É, agente sabe da ”amizade colorida” de vocês – Pansy disse com um sorriso malicioso e todas riram, menos Hermione.

-Ah, fala sério, é verdade! – Luna riu também, mas Gina fez sinal para que se calassem.

-Tem alguém ali – Ela disse e todas se voltaram para o “beco” de corredor escuro para onde a ruiva apontara.

Iluminada parcialmente pelo fogo, uma silhueta bastante grande jazia sentada no chão, as costas apoiadas na parede e a cabeça em uma armadura, bem como os ombros. Gina se aproximou mais, apenas para ter certeza que era...

-Malfoy – Ela sussurrou para só as amigas escutarem. Hermione sorriu.

-É sua chance, Gin – Hermione disse e piscou para a amiga.

-Garotas, vamos deixar os pombinhos á sós – Pansy empurrou suavemente as duas amigas para frente e piscou para Gina, mandando-lhe um beijo quando a ruiva fez-lhe uma cara feia.

-Tudo bem... Tudo bem... O que eu faço? – Ela se perguntava observando o garoto adormecido no chão.

-Vou acordá-lo... – Gina achou a solução e, ainda temerosa da reação dele, ajoelhou-se ao lado do corpo adormecido.

-Malfoy... - Ela sacudiu-o levemente no ombro – Malfoy, acordAAH! – Ela gritou quando ele, por reflexo, acordou e pegou-a nos braços, fazendo-a dar uma espécie de giro e colocando-a por baixo de seu corpo, assim como a varinha em seu pescoço.

Draco observou a face do indivíduo que havia assustado-o, quase surreal debaixo da luz dos archotes, que atingia parcialmente aquele lugar.

Lindos cabelos ruivos, sardas, olhos cor de chocolate, um corpo de dar inveja sob o seu... Mas espera aí, cabelos ruivos, sardas, vestes de segunda mão...

-Weasley? - Ele perguntou aturdido, ainda com a varinha no pescoço dela, uma das mãos na cintura bem-feita da menina e com ela sob o corpo.

Os cabelos esparramados no chão, respiração entrecortada pelo susto, a camisa do colégio um tanto larga colada no corpo e uma das pernas esticadas, enquanto a outra estava sobrava fazendo-a manter um pé ainda no chão, fizeram-no pensar no tempo que encheu o saco dela por todo o canto.

-Eu mesma... Mas agora... Será que dá para apontar essa varinha para outro lugar, sabe? – Ela tentava falar, ainda ofegando, mas sua voz saía doce, um tanto assustada, mas ainda assim suave.

Suave de mais para ser para ele.

Ele guardou a varinha sem parar de olhá-la e sem soltá-la ainda.

-Tudo bem, Weasley, agora fala, o que estava fazendo aqui? – Ele perguntou e ela engoliu em seco.

“Será que ele não pode parar de me olhar, por favor?” Gina pensou quase desesperada sentindo o olhar intenso sobre si e rezando para que não estivesse corada. E que, se estivesse, no escuro ele não notasse.

-Eu estava... Er... – Ela tentou arrumar desculpa, mas com ele ali em cima olhando-a estava um pouco difícil. Ele era lindo, não tinha como negar. Mas ainda era monitor-chefe, e não seria muito legal pegar detenção justamente agora.

-E então? Estou esperando resposta – Ele perguntou meio impaciente. Mas não com ela, consigo mesmo, por não conseguir se levantar e afastá-la de seu corpo.

-Eu estava... Indo para a cozinha, isso mesmo, estava indo para a cozinha, sabe, acordei a noite com fome e ia para a cozinha comer – Gina respondeu, tentando convencer-se mais do que a ele.

Draco arqueou a sobrancelha.

-Estava indo para a cozinha á essa hora? Com o uniforme? E além de tudo pelo sétimo andar? – Ele perguntou e ela mordeu o lábio inferior com expressão de criança flagrada e ele deu um meio sorriso.

-Er... Sabe o que é Malfoy? Eu... Eu preciso da sua ajuda – Ela fez cara de quem esperava uma risada, mas ele apenas continuou fitando-a seriamente.

-Fala logo antes que eu me arrependa até de ouvir – Ele disse se sentando e deixando-a fazer o mesmo.

-É que... Sabe... Sabe aquele concurso de canto que vai ter aqui no colégio, promovido pela Changalinha e suas Vaquetes? – Draco riu ao ouvir a sátira dos nomes da Chang e as Valssetes, o grupo de meninas mais populares da escola.

-Sei – É ele sabia. Milhares de garotas pediram para ele namorá-las com a desculpa de cantar naquele musical de fim de ano.

- Pois bem, eu queria participar, sabe – Ela corou e se encostou na parede com as costas – Mas elas imporam uma condição para se inscrever...

-A menina tem de ser namorada de algum garoto popular do colégio, sim, eu sei disso – Ela completou e ela mordeu o lábio inferior novamente, num ato que ele achou completamente sugestivo.

-Pois bem, eu fui ver quais eram os meninos mais populares da escola e bem... – Ela fitou qualquer coisa, menos os olhos dele – Harry e Blaise estão “comprometidos” e Ronald é meu irmão, então... – Ela finalmente fitou-o e ele entendeu tudo.

-Sobrei eu. Entendo – Ele disse finalmente, se acomodando ao lado dela e fitando a parede á sua frente. Será mesmo que faria aquilo para ajudar á uma Weasley? Por mais que ela fosse bonitinha, ela não valia aquilo tud...

-De quanto é o prêmio por vencer esse concurso e participar do musical? – Ele perguntou repentinamente e o queixo de Gina caiu.

-O que? Você realmente aceita fingir ser meu namorado para me ajudar? – Gina virou-se para ele perguntando, pasma.

-De quanto é o prêmio, diga logo – Ele disse irritado com a incredulidade dela. Mas realmente precisava daquele dinheiro, seu pai cortara sua mesada e se alguém descobrisse, ele estava frito...

- Quinhentos galeões, fornecidos por uma doação do pai da Changalinha – Gina respondeu rapidamente.

-Setenta a trinta – Ele tentou negociar.

-Cinqüenta a cinqüenta – Ela jogou de volta, olhando-o.

-Sessenta a quarenta – Ele fez a oferta final.

-Aceito. Mas os sessenta são para mim, já que só eu vou cantar, certo? – Ela perguntou com aquela cara de pidona e ele assentiu sem nem mesmo pensar.

-Certo então. – Gina se levantou e, quando estava quase saindo do corredor, deixando o garoto sentado, ela virou o tronco para ele, observando-o.

-Er... Você acha que é necessário alguma demonstração pública do namoro? – Ela mordia o lábio inferior novamente, dessa vez incerta, talvez até temerosa. Ele observou-a sem expressão alguma.

-Sim. Imprescindível – Ele respondeu e ela fez cara de desanimada – Não se preocupe, eu cuido disso – Ele levantou-se e foi até ela sorrindo.

-Ah... T-tudo bem então – Só então ela notara o quanto o garoto era... atraente .

-Te pego amanhã ás oito em frente ao buraco do retrato – Ele disse se virando de costas e indo pelo corredor. Gina decidiu nem ao menos perguntar como ele sabia do buraco do retrato. (Oo°)

-Malfoy! – Ela chamou-o e ele se virou – Obrigada.

-Não agradeça Weasley. Não estou fazendo isso por você – Ele disse e se virou de volta, deixando ali uma Gina aturdida e um tanto desiludida. Ela suspirou e foi para o seu salão comunal, indo direto para a cama.

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Hermione chegou no salão comunal após se despedir de Pansy e Luna, sorrindo maliciosamente.

“Malfoy e Gina, quem diria... Será que ela consegue?” Ela sorriu mais ainda. Não duvidava nadinha do poder de persuasão de Gina, mas Malfoy era osso duro de roer, ainda mais com Weasleys.

-Oi Herms – Ela ouviu Harry dizer isso sorrindo e sorriu também, sentando-se no lugar ao lado dele no sofá que ele lhe oferecia.

-Oi Harry – E então ela parou de sorrirl lembrando-se do que tinha que fazer – Harry...

-Hum? – Ele perguntou distraído, observando seu dever te transfiguração e medindo-o.

-Sabe... Eu estou precisando de ajuda numa coisa... – Ela disse incerta e ele parou tudo para observá-la.

-Fala Herms, eu posso ajudar? – Ele perguntou e Hermione fitou as orbes verdes do amigo sentindo-se culpada por metê-lo nessa.

-Eu preciso de um namorado de mentirinha, só para entrar no concurso de canto da Chang – Ela disse baixinho e ele ficou um pouco pasmo.

-Era só isso? – Ele perguntou.

-É, mas o garoto tem que ser popular, entende? Então por isso pensei em só fingir e...

-Eu me ofereço – Ele disse e ela ficou pasma. Achou que ele nunca fosse fazer isso, achou que ele tentaria arranjar alguém para ela e...

-Sério? Q-quer dizer, v-você se oferece para fingir ser meu namorado para eu entrar em um concurso de canto idiota? – Ela perguntou pasma observando o sorriso doce do garoto.

-Seríssimo, Hermione. O concurso não deve ser tão idiota assim se é tão importante pra você, e se é importante pra você eu aceito sim. E quanto ás demonstrações públicas, sabe... – Ele sorriu divertido e malicioso ao mesmo tempo – Não seria nada que não tivéssemos feito antes – Ela sorriu levemente. Sim, com certeza a amizade deles era colorida.

-Ah, Harry... Não sei nem como agradecer. Obrigada – Ela disse e ele beijou-a na trave, como sempre fazia.

-Não agradeça, Hermione. Não é nada que você não faria por mim – Ele piscou para ela e recolheu os papéis, subindo para o dormitório.

Hermione ficou um tempo ali refletindo e logo depois suspirou. Levantou-se e foi para o dormitório, sem notar a ausência de Gina nele.

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Pansy andava distraída pelo corredor. Deviam ser umas seis horas da manhã, mas estava muito agitada para dormir.

Não sabia como ia fazer para convencer o grifinório Ron Weasley, irmão de sua amiga, á aceitar fingir namorá-la.

Estava tão distraída que esbarrou em alguém, que bocejava sonolento perto da “porta” de entrada da torre da grifinória.

-Ah, olha por onde anda! – Ela disse raivosa, até que seus olhos encontraram sobre o qual pensara durante a noite toda – Ah, é você? Desculpe... – Ela disse corada e fitou o chão, perguntando-se se ele podia ler pensamentos.

Porque, se pudesse, ela estaria completamente ferrada.

-Algum problema, Parkinson? – Ele perguntou se aproximando e o cheiro da colônia dele invadiu as narinas de Pansy, fazendo-a fechar os olhos por um segundo.

Tinha que se concentrar, tinha que colocar seu lado atriz para funcionar, tinha que mentir para ele...

-Sim – Ela respondeu por fim, sua mente gritando. “Por que não consegui mentir para ele?” Ela pensava, mas ele se aproximava cada vez mais.

-Qual o problema? – Ele perguntou fazendo-a encará-lo.

-Eu preciso de um namorado – Ela disse e corou furiosamente sob o olhar sereno e curioso do garoto á sua frente – Digo, preciso de um namoro de fachada para poder me inscrever no concurso de canto e... – Ela se calou quando Rony fez cara de espantado, olhando para os lados.

-Não me diga que... Você não pensou em mim para fazer esse papel, não é mesmo? – Pansy fechou os olhos, esperando os berros. Que não vieram.

Abriu os olhos e viu que o garoto continuava com aquela cara pasma, observando-a.

-É, sabe... O garoto tem que ser popular, e como todos os outros populares estão “ocupados” – Quase sorriu ao lembrar-se das amigas – Eu só pude pensar em você, irmão da Gin – Ela disse e ele fitou-a, pasmo.

-Ah, Rony, por favor! – Ela pediu com aquela cara de pidona que já vira Gina fazendo para o irmão. E ele sempre aceitava.

-T-tá... T-tá bem, e-eu aceito, acho – Ele fez cara de confuso enquanto falava e ela deu alguns pulinhos de alegria, abraçando-o e dando um beijo na bochecha dele rapidamente, de euforia.

-Vamos então? – Ele perguntou quando a ficha finalmente caiu, estendendo o braço para ela, que sorriu e aceitou-o, enganchando-o com o seu.

-Ainda por cima é á moda antiga... – Pansy murmurou só para si, sorrindo e sentindo pequenas descargas elétricas no lugar em que a pele dos dois se tocava.

Sorriu para ele novamente, entrando no salão principal. E então, do nada, ele puxou-a pela cintura e beijou-a docemente.

O tipo de beijo que Pansy nunca tinha provado, já que era sonserina. Sentiu-se nas nuvens com aquilo, mas logo ele a soltou e piscou para ela.

“Merlin...” Ela pensou após ele dar-lhe um selinho e ir para sua própria mesa, deixando-a livre para ir para a mesa da sonserina.

Observou-o ao longe, ele conversava animadamente com dois colegas, provavelmente sobre quadribol. Suspirou.

“E eu sou só a amiga da irmãzinha dele...” Ela pensou, repreendendo-se logo depois, porque não devia se importar.

Começou a comer lentamente, sem conseguir tirar aquele pensamento da cabeça.

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-Ora, finalmente, achei que teria que entrar e te buscar – Draco desencostou-se da parede ao ver Gina saindo pelo buraco do retrato, e notou que havia algo diferente nela.

-Suas roupas encolheram mesmo ou isso foi só pra me impressionar? – Ele arqueou uma sobrancelha e sorriu cinicamente, abraçando-a pela cintura ao ver que um grupo se aproximava deles no corredor.

-Os malditos elfos simplesmente esqueceram de lavar a minha roupa, que minha mãe enfeitiçou toda contra feitiços! Daí, como não sou uma menina porca, como você diz - Ela completou baixinho – Eu peguei um emprestado da Hermione, mas pelo jeito ela é muito menor que eu – Ela disse e ele nada discretamente avaliou as formas dela com olhos famintos, ainda divertido por ela não poder afastá-lo com toda aquela gente ali.

-Bom, então minha namorada faz questão de estar cheirosa para mim – Ele disse em tom de voz normal, mas todos do corredor pararam para observar os dois.

Ela quase corou, mas logo sorriu, entrando no jogo.

-Lógico... – E então, num ato totalmente impensado, Draco beijou-a. Gina sabia que teriam demonstrações públicas de afeto, mas aquilo era de mais...

Gina forçou-se a corresponder o beijo, mas também não era tão difícil assim. Logo depois eles se soltaram e ele olhou cinicamente para ela, abraçando-a com um braço só pela cintura e indo com ela para o salão principal.

-Eu te odeio - Ela sussurrou no ouvi dele antes de ele lhe dar vários selinhos, rindo.

-Eu também, foi você que começou tudo isso – Ele se separou dela e piscou, dirigindo-se á sua mesa e deixando Gina na da grifinória. Pansy observou tudo aquilo rindo.

-Que é? – Ele perguntou á garota, que ria.

-E eu que achei que Ginevra não ia conseguir... – Ela disse ainda rindo.

Ele fez uma carranca: Claro que Pansy e as amiguinhas de Gina sabiam daquilo, era tudo um plano.

“Ah, mas ela não perde por esperar...” Ele pensou maquiavelicamente, vendo-a se sentar ao lado do irmão e de Potter, que estava ao lado de Hermione. Sorriu, sentando-se para tomar seu café.

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-Blaise Zabini, posso falar com você? – Luna chamou-o num corredor, vindo calmamente até ele com um sorriso doce nos lábios. Um sorriso que fê-lo pensar no quanto ela mudara nesse tempo todo.

-O que foi, Lovegood? – Ele perguntou com um sorriso também cordial.

-Eu preciso da sua ajuda. Sabe, para entrar naquele concurso de canto que vai ter aqui em Hogwarts... – Ela ainda sorria, e ele ficou aturdido.

“Fingir-me de louca está dando resultado” Ela pensou sorrindo internamente.

-E então, me ajuda? – Ela olhou para a face quase pálida do moreno.

-A... E por que eu? – Ele perguntou observando-a dos pés á cabeça.

-Ah, sabe, você é um dos quatro garotos mais populares desse colégio – Ela alargou o sorriso e ele passou a mão pelos cabelos.

-Hum... Mas para isso acho que teria que te pedir em namoro, certo? – O rosto dele era de puro descrédito.

-Sim, mas só de mentirinha – Ela sussurrou infantilmente e deu uma risada. Blaise irritou-se.

-Já sei que você não é mais Di-Lua, Lovegood, não aja assim, por favor – Ele pediu o sorriso dela esmaeceu na hora.

-Tudo bem, Zabini. Mas saiba, eu realmente achei que fosse funcionar – Ela disse se apoiando de modo desafiador na parede, observando-o.

-É, mas eu prefiro assim, á seco. Quer que eu te ajude? Terá que me ajudar também – Ele disse e ela bufou.

-Sonserinos... Vamos, me diga o que quer – Ela cruzou os braços.

-Eu quero que me ajude á conquistar Lilá Brown, grifinória – Ele disse e a cor do rosto de Luna sumiu.

-Você quer minha ajuda para conquistar uma garota? – Luna perguntou incrédula e logo começou a rir. Gargalhar, para dizer a verdade.

E o semblante de Zabini não podia ser mais bravo.

-Do que está rindo, Lovegood? Veja bem, se eu fosse você eu parava de rir, afinal você precisa da minha ajuda, certo? – Ele disse sorrindo cinicamente, mas Luna continuou sorrindo normalmente.

-Não pense que porque está me ajudando irá mandar em mim, Zabini. Tudo bem, eu te ajudo com a Lilá, mas por favor, se encarregue da parte de todos acharem que somos namorados, ta? – A expressão dele ficou amigável, assim como a dela.

-Tudo bem, eu me encarrego disso. Publicidade é comigo mesmo – Ele disse e piscou para ela, que sorriu. Repentinamente ele enlaçou-a pela cintura e deu-lhe um leve selinho, encaminhando a boca perigosamente até o ouvido dela.

-Mas saiba, Lovegood – Ele sussurrou e mordiscou o lóbulo da orelha dela, fazendo-a estremecer em seus braços – Eu vou tornar sua vida um inferno . – Ele disse e se separou, virando-se de costas e indo embora.

“Como se ela já não fosse” Ela pensou ainda com os nervos eletrizados pelo contato. Observando a silhueta perfeita do garoto que á pouco a beijara, sorriu.

“Mas, sabe, acho que o destino me reservou o melhor pra mim...” Ela pensou, vendo que era exatamente seu “modelo de perfeição” de aparência que o garoto possuía.

Sorriu maliciosamente. É, talvez até pudesse tirar uma casquinha dele...

Balançando a cabeça com os próprios pensamentos, dirigiu-se logo á sua aula, antes que chegasse atrasada.

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O que sera que vai acontecer, heim? U.Ú só lendo, viu? Nada de contar por aqui xD

:***

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Comentários (1)

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