E mais uma vez, tudo vai mudar
E agora novamente dentro de casa, a espera. Como aquilo estava sendo frustrante. E mas uma vez, haveria outra mudança em sua vida. Deitada na cama, mão na barriga, cabelo sobre o rosto, e uma grande lágrima escorrendo sobre os seus olhos tão intensamente azuis, era dessa forma em que se encontrava a grande Olga Cherindan, a menina que mais sorria a menina mais levada, e agora uma mulher sedutora e atraente, se encontrava dessa forma. E imaginara qual seria sua reação ao encontrá-lo, não estava disposta a fingir. Tinha que ser sincera. Ele não podia estar envolvido em tudo aquilo, mas infelizmente tudo correspondia que sim. E aquela noite Olga não dormiu, queria ver a hora em que ele chegaria, queria olhar naqueles olhos negros e dizer tudo que sabia, mas tinha medo de se perder, se confundir, dele a confundir. Olga escuta a porta de baixo bater, era ele, senti por um momento um terrível medo, tinha medo da forma com que ele reagiria, tinha medo dele querer encontrar Thiago, mas se ele fizesse algum mal a ele, isso ela nuca o perdoaria.
A porta do quarto se abre, podia escutar seus passos em sua direção. Ele se senta na cama, e passa sua mão pelo seu corpo, Olga sente um grande arrepio, sabia perfeitamente bem que ele pensava que ela estava dormindo, ele se senta ao seu lado, ela não sabe se continua fingindo, ou esperava o amanhecer, mas não estava agüentando aquilo, não poderia mais dormir ao lado de um “homem” que a enganava, não depois de ter descoberto tudo. Não chega.
- Não estou dormindo! – disse Olga que limpava o rosto com as costas da mão de forma com que ele não percebesse.
Nick se assusta e tira a mão de Olga.
- Ah, não... Pensei que estivesse. Olga – começou ele , ela pode reconhecer aquele tom de voz, via que ele logo após aquele “Olga” vinha um pedido de desculpa, mas que hora mas impertinente para um pedido de desculpa em – e... desculpa, eu sei que eu não devia ter falado com você daquela forma.
- Mas e sempre assim não e mesmo? – ela continuava imóvel, seus nervos iam à flor da pele.
- Ah, também não e bem assim, eu não me controlo quando você fala daquele... imbecil – ele, se sentava na cama.
- Ele não e um imbecil – ela se senta na cama muito rápido, de uma forma que ficava de costas pra ele – alias, o único imbecil da história aqui e você!
- O que? Como assim? – ele não entendia o que estava acontecendo, era acostumado a ter brigas bem piores que essa, e sempre acabavam muito bem.
- E dessa forma que você escutou – ela continuava seria.
- O que esta acontecendo com você? – ele queria entender o motivo de toda aquela arrogância.
- O que esta acontecendo comigo? – Olga se levantava da cama e virara de frente a ele – o que esta acontecendo com você, foi isso que você quis dizer não e mesmo? – ela começava a altera a voz, era sempre assim quando ia discutir com alguém.
- Por que você esta assim? – disse ele que também se levantava da cama que o dividia.
- Chega, a mentira acabou! – ela disse movimentando os braços.
- Mas do que diabos você esta falando?
- Como você pode em? Como você teve a coragem, depois de tudo que eu fiz por você? Será que você não leva nada disso em conta? – ela falava nervosa, e passou a mão no cabelo.
- Se você puder me fazer o favor de falar! – ele se sentia confuso, não entendia a reação dela..
- Eu já sei de tudo, como você pode se juntar aquele monte de verme? Como? – ela respirou fundo.
- Que verme? Do que você esta falando? – agora ele entendia, sabia perfeitamente bem, o que ela estava se referindo.
- Bom, você deve com certeza saber melhor do que eu não? – antes que ele pudesse falar alguma coisa ela já o interrompe – para de se fingir de inocente, seu cínico. Voldemort, e por isso que você anda nervoso, não fala mais comigo, vivi cheio de segredos e tudo mais... - a expressão do seu rosto mudou completamente.
- Quem te contou essas coisas? – ele disse muito preocupado.
- Eu sei de tudo, os vampiros estão apoiando Voldemort, eu sei que você está do lado dele – ela dizia movimentando os braços.
- Como você pode me acusar de uma coisa assim? – ele não queria ficar para trás então começou a altera a voz.
- Auto lar meu caro, eu não estou te acusando, eu estou afirmando! – estava nervosa, sabia perfeitamente bem que aquela conversa não os levaria a nada.
- Olha só, se e sobre isso que você quer falar, ok vamos lá, mas espero que você acredite na minha parte da história. – ele dizia apontando para si mesmo.
- Acho que vai ser difícil, na verdade quase impossível. - ela balançava a cabeça, com sinais negativos. Já estava cansada de ser enganada.
- Tudo começou quando os meus pais sumiram, bem você deve se lembrar não e mesmo?
- Claro que eu lembro, mas o que isso tem a ver?
- Minha família e de linhagem, pura e bem antiga, então digamos que eles controlam uma boa parte deles, então Voldemort está ficando forte, mas de tal forma que você não tem idéia, sei que pode ser errado o que estou fazendo, mas acredite é pro nosso bem!
- Agora eu quero que você me explique o por que, que isso será pro nosso bem?
- Olha, logo após de ter colocado quase todas as criaturas a seu favor, ele não se deu por satisfeito, ele queria mais, ele sempre quer mais, então procurou a minha família, negociaram, que ele nunca poderia se quer tocar em um só vampiro, entendeu, meus pais querem garantir a raça.
- Posso até entender, mas me nego profundamente, mas com certeza ele impôs uma condição. E qual foi ela? – ela dizia curiosa, sabia perfeitamente bem como aquele louco agia, ele nunca deixava nada de graça, tudo para ele tinha um preço, e tudo preço dele e alto, talvez alto de mais.
- Condição? Do que você esta falando? Não tem condição nem uma. – mentiu Nick
- Ah, não seja ridículo, até parece que eu não conheço aqueles porcos, ridículos, ele sempre impõem uma condição, e não tente me enganar novamente, eu conheço bem como eles são, afinal de contas faço parte da “nobreza” – a parte “faço parte da nobreza” sou bem irônico.
- Tudo bem, eu queria poupar mais essa vez. Ele impôs sim, disse que não tocara em nem um vampiro, dês de que ele tenha puro sangue. – ao falar isso ele abaixa a cabeça. Sentiu-se envergonhado, do que falava.
Seu cérebro não conseguiu processar a informação, aquilo que acabara de escutar era o suficiente para que ela o odiasse o resto de sua vida. Não sabia que aquela situação iria chegar a tal ponto. Ele quis dizer que seu próprio filho estava condenado à morte mesmo antes de nascer. Como aquilo era capaz de acontecer? Um ser inocente condenado a morte antes mesmo se quer de nascer. Era muita crueldade.
Olga permaneceu calada, seu rosto fitava o rosto branco de Nick, sentiu um ódio mortal escorregando sobre as suas entranhas. Se lembrara do monto em que descobrira sua gravidez, mesmo sabendo que seria o maior obstáculo de sua vida, estava disposta a lutar pela criança ate o fim, sabia que ia ser difícil, mas tinha uma pintada de esperança em seu coração por menor que fosse. E agora aquela esperança, sumira. Onde será que escondera? Agora podia entender a dimensão do problema, teria que lutar com dois mundos. Teria que esconder a criança de toda a vida mágica, de tudo o mundo que a pertencia por direito. Mas se esse fosse o preço que teria que pagar para continuar a viver, estava disposta a paga-lo de qualquer forma. Uma nova lagrima de dor, ressentimento escorre pelo seu belo rosto, continua fitando imóvel aquela pessoa a sua frente, e como era terrível, agora superando todos os limites possíveis.
- Eu... – e se derrama em lagrimas - como você pode em? Acabou de condenar seu próprio filho. Você faz idéia do pacto que você fez.
- Olga se acalme, as coisas não estão tão perdidas assim. Fique calma. – ele tentava acalma-la. Mas quanto mais ele pedia calma mais ela se irritava com ele.
- NÃO ME PESSA CALMA. – ala gritava entre soluços – CALA A BOCA- Nick caminha em sua direção, para tentar acalma-la. Tentativa em vão. De dentro do casaco ela puxa a varinha e aponta para aquele rosto branco. – não se aproxime, eu fiquei sete anos naquela escola, e sempre fui muito boa. E acredite, em pessoas como você eu não tenho medo de usá-la.
Nick por impulso se transforma, pela primeira vez entre dois anos ela via a sua verdadeira forma, aqueles olhos negros passaram a ser um azul claro quase branco, suas presas ficaram maiores rapidamente, ela nunca imaginara ver aquela sena, o medo a possuía de uma forma inacreditável, mas sabia que mesmo daquela forma agindo por instinto ele não a machucaria. Então abaixa a varinha e o encara, mesmo com tanto medo não queria demonstrar e muito menos enfrentá-lo, ele volta a forma que ela o conhecia.
- Você esta me ameaçando? – ele disse nervoso – e isso mesmo? Você acha que assim acabara com todos os problemas, se você acha que me matando vai melhorar as coisas, vá em frente use-a. Vai – ele dizia alto quase gritando, e levantava os braços em forma de rendição.
- Não vou mais tolerar isso na minha vida. Chega, definitivamente acabou. – disse ela com a varinha apontada para o chão.
- ENTÃO A ONDE VOCÊ ACHA QUE TERÁ PROTEÇÃO? DO OUTRO LADO? SE E ISSO QUE VOCÊ ACHA, VAI LÁ, VAI EM FRENTE. SO QUE DEPOIS SERA TARDE DE MAIS.
Ela para, desarmada, enfia a varinha de volta no bolso interno do casaco, passa por Nick desviando-se dele, abre a porta do guarda-roupa. Pega uma grande mala, que estava na parte de cima, dentro do guarda-roupa possuía menos, poeira, pelo fato de ser fechado, as roupas que estavam lá, não tinham cheiro, apenas cor, não cheirava mofo e nem lavanda, tinha uma parte vazia. Ela joga a mala sabre a cama, e escorrendo lagrima dos olhos, pegava suas roupas e jogava de qualquer forma dentro da mala. Ntudo astava em jojoick a olhava imóvel. Não sabia que tipo de atitude tomar, queria impedi-la de tal loucura.
- O que você está fazendo? – Olga continuou calada, ele sabia perfeitamente bem o que ela estava fazendo. Mas não queria acreditar. – você não pode fazer isso, afinal de contas o filho também e meu, você não tem esse direito total sabre ele.
- Ah, não tenho, quer ver só?! – disse ela que apenas deu uma encarada nele, com os olhos inchados.
- Ok, não da mesmo para discutir com você assim. – ele disse balançando a cabeça.
- Francamente, por favor não me venha com essa agora. Porque pelo que eu vejo, eu já estou bem encrencada, não estou num um pouco a fim de escutar mais essa. – ela continuava tirando as roupas do guarda-roupa.
- Mas eu tenho os meus direitos, você tem que tentar entender, era o melhor a fazer. – ele dizia tentando convence-la.
- Melhor a fazer? E realmente, assinar o mandato de morte do próprio filho ou filha e o melhor a fazer. Então isso deve ser melhor na sua espécie. – ela falava nervosa e irônica, não olhava na cara de Nick, respira fundo põem o cabelo preto e liso, que estava solto, atrás da orelha, e volta a arrumar a mala.
- Olha não começa com insultos, porque isso eu não aceito de forma alguma. – ele estava nervoso, e agora o que fazer?A principal pessoa que não deveria saber da verdade era ela e agora tudo estava em jogo, sabia que ela esconderia a criança de todas as formas.
- Me desculpa se essa e a verdade. E direito, por favor, não me fale de direito nessas horas. – ela dizia arrumando a mala.
- Você acha que está sendo muito fácil para, mim não acha? Fiz isso pelo próprio bem da criança, se não fosse assim todos nos ia-mos estar em perigo. – ele tentava se explicar.
- Faz assim fica caladinho ai tudo bem? Ates que eu me irrite e faça uma loucura, bom digamos que não será uma novidade, eu fazer uma loucura, alias dês de que eu me juntei, é porque foi isso que nos fizemos, foi juntar, porque nem “homem” suficiente você e para assumir um compromisso decente, pois bem, dês de que eu me juntei a você, a única coisa que eu fiz dês de então foi loucura, uma atrás da outra, inconseqüentemente. E você como recompensa não acha suficiente o que eu passo para estar com você, ainda tem mais essa mal tive meu filho ou filha, sei lá o que vai ser, e o coitado já tem ate mandato de morte, o melhor de tudo e que foi assinado pelo próprio pai. Ah, Nick, por favor, se restar alguma decência ai, o que eu duvido que ainda tenha. Me esquece, de preferência pra sempre. – ela parou e falou tudo para ele, foi como se fosse ter descarregado a sua alma. Sentiu-se ate melhor depois de ter dito a ele tantas coisas. Ele não soube exatamente o que responder, afinal de contas, ele era obrigado a concordar com ela, se lembrou de alguns momentos em que juravam amor eterno. E onde estava esse amor eterno agora?
Mas ele tinha que reagir, falar alguma coisa. Só para amenizar a situação. Ficar ali parado e ver a sua mulher partir não iria adiantar muita coisa.
- Olga, entendo muito bem o que você já passou, e se você pensa que não, mas sei, e dou muito valor a isso. E você não foi a única a fazer loucuras. Eu também larguei tudo por sua causa – ela se sentiu ate meio engraçada ao escutar “por sua causa”, porque a final de contas ela nunca tinha visto muita mudança em sua vida.
- Não, vai me desculpa, mas você não sabe do que eu já passei – ela havia terminado de arrumar suas coisas, fechou a mala, repondo o cabelo atrás da orelha olha para ele, sem saber muito que dizer, mas continuar ali, isso ela não iria. Mas se sentiu bem estranha, sairia da sua própria casa por conta dele, com certeza ele não ficaria ali iria para qualquer outro lugar – olha já estou com tudo pronto, e essa conversa acaba aqui e agora. Chega, não quero mais saber de você e muito menos de nada que venha de você, então e isso.
- Como você pode ser assim em? Você só olha o seu lado, as coisas não são assim. – agora sim ele havia caído na real, e viu que dessa vez não tinha muito que fazer.
- Olha as coisas não podem ser assim pra você, porque pra mim e assim sim, e me da licença que aqui eu não fico. – ela falava nervosa, deu as costas e saiu disparada para a porta com a mala na mão esquerda.
E por mais incrível que pareça Nick não fez nada, deixou que ela partisse, sem falar mais nada, talvez o que tranqüilizava era o mesmo o que o atormentava, sabia que ela iria para a casa de Lílian e que lá estaria segura, melhor do que em sua própria casa, mas sabia também que lá poderia muito bem encontrar com Sírios.
“Eu devia ter feito isso há muito tempo, mas pra onde eu vou agora? Três Vassouras? Não, o mundo ta uma bagunça, e aquilo não seria adequado, é sem solução, pai, mãe não, definitivamente não. E sabia ia sobrar pra Lílian, ai que ódio, mas será muito obvio”, pensava Olga, mas apesar de tudo ela sabia que aquela podia ser exatamente a hora certa, não estava mais disposta a passar por coisas pior, agora sabendo de que lado ele realmente estava, as coisas estavam difíceis. Coberta com um casaco preto ela sai da casa, passando pelo jardim que não estava bem cuidado por causa do tempo, observava tudo muito atenta como se fosse que seria a ultima vez que estaria ali, mas talvez estivesse estava enganada. Não queria pensar em nada, nem em si mesma, queria apenas sumir de uma vez por todas, era jovem de mais para tamanha responsabilidade. Andando pela rua deserta com o vento batendo em seu rosto, o vento era tão frio que parecia que perfurava a pele, o cheiro de terra molhada invadia suas narinas, não pensava em nada e por incrível que pareça nem em ninguém, queria pensar somente em sua filha ou o que fosse, mas nem em isso se concentrava, com o pensamento vazio olha para as folhas que balançavam de acordo em o vento, se sentindo como uma delas, onde o vento soprava lá ela estava. Arrastando uma grande mala se senta em um banco de praça. Noite escura e sombria sozinha em um banco de praça grávida de seis meses, seu olhar só acompanhava o balanço das folhas, talvez aquela fosse a pior noite de sua vida. Olga nunca teve mesmo muita sorte com as pessoas que escolhia como companheiro, sempre eram os piores meninos, dês do quarto ano em Hogwarts, a única vez em sua vida que tivera sorte com alguém fora Sírios, o único que não a fez sofrer, o único que ela fez sofrer. “Droga, afinal de contas o que eu fiz? Larguei a tudo e todos pra isso? Seria melhor se eu tivesse realmente feito o que meu pai me sugeriu, seria melhor se eu tivesse o acompanhado e honrado a minha família, mas agora na altura do campeonato não há mais nada a fazer”, falava Olga sozinha, põe a mão na barriga e fala, “agora é eu e você” uma lagrima escorre de seus olhos, ela limpa rápido querendo evitar que outras escorressem. Levanta-se do banco, olha para trás e aparata.
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