A visita



Escuta a voz de Lílian falando “Thiago vai ver quem é”, e como ela achava bom poder ouvir novamente aquele àquela voz “A sim meu amor pode deixar eu vou ver quem é”.
Thiago abre a porta e se assusta ao ver quem era. Seis meses, que só em cartas podiam imaginar Olga.

- Olga?! – Olga riu e acenou com a mão direita.
- Thiago... – ela via Thiago, e se lembrava em todos os momentos felizes que conviveu em Hogwarts com seu grande amigo. Dês do primeiro ano na escola. Thiago era alto, cabelos negros pele clara e corpo atlético – surpreso? – essa fora a pergunta mais obvia dês de então. Ele das alguns passos em sua direção e a abraça forte, a solta e olha nos seus olhos tão azuis que ele conhecia perfeitamente bem, e já imaginara o que se passava. O olhar de Olga nunca mentia, sempre falava o que sentia feliz, triste, ansioso, era sempre pelo seu olhar que ele perguntava o que se passava.
- Como vão as coisas? –que com aquele choque nem se lembra de convida – lá para entrar.
- É... Mas nos vamos ficar conversando aqui na porta? – ela disse apontando para dentro da casa, a casa não era grande e nem pequena era perfeita para o casal, era organizada e limpa, os moveis brilhavam eram novos, Lílian tinha muito bom gosto, o ambiente não era carregado, pelo contrario era leve e aconchegante, no ar havia um bom cheiro de comida.
Thiago colocara Olga para dentro e fechava a porta.
- Lílian venha ver quem é – disse ele muito animado – você nem vai acreditar!
De uma porta que levava a cozinha saiu Lílian, estava vestida com um avental e enxugava as mãos para receber a visita tão inesperada. Ela estava linda como sempre, ate mesmo de avental, agora colocando em pratica seus dotes culinários, cabelo castanho olhos verdes, com uma grande barriga.
- Olga? Como assim? – Lílian não entendia nada, ela não havia avisado que iria os visitar, mesmo depois de tanta insistência, Olga sempre recusava os seus pedidos, ela corre ao encontro da amiga e a abraça forte como se fosse a última vez que ia vê-la.
- Ai, que saudade, como eu queria ter vindo aqui antes, como e bom te ver! – disse Olga abraçando a amiga fortemente, ela se soltam e se olham incrédulas do que vêem.
- Como você esta? E por que não avisou que viria? Nossa como estou feliz em te ver... – Lílian se sentia aliviada, às vezes tinha a receio de que Nick não gostava muito da sua amizade com Olga.
- Estou bem – o “estou bem” de Olga não soou muito convincente, retirou o casaco e o entregou a Thiago que as observava sorrindo – como você está linda grávida. E como eu queria ter vindo aqui antes.
- Nossa você realmente me pegou de surpresa! Você também esta linda... – Olga sorriu ao escutar Lílian elogia-la, mas seu sorriso não durou muito.
- Como temos coisas pra conversar vou te contar tudo que passei durante esse seis meses longe de você! – Thiago agora voltava.
- Imagino como vocês estejam felizes, afinal de contas eu também me sinto assim não é mesmo Sra. Smith! – disse Thiago que riu logo após de pronunciar “Sra. Smith”.
- Não e Sra. Smith e sim Srta. Cherindan. – nesse exato momento Thiago e Lílian trocam olhares – eu e Nick não nos casamos. Mas estamos apenas morando juntos.
Nem um dos dois soube o que responder, em seis meses Olga não havia falado nada em relação de ter se casado ou não. E viram que ela não se sentia muito bem quando falou isso. Mesmo Olga sendo sem juízo às vezes Thiago e Lílian sabia como a amiga dava valor em certos detalhes, eles nunca imaginaram que um dia encontrariam Olga naquela situação.
- Como assim ele não se casou com você? – mesmo já tendo imaginado isso, pos a amiga nunca havia a convidado para um suposto “casamento”, pois sabia que tudo que Olga fazia neste devido momento era escondido ou temendo alguma coisa, mesmo assim Lílian nunca tinha se ligado a esse fato, sua amiga estava grávida e nem se quer casara. De certa forma o que ficara sabendo a irritara profundamente, pois sabia muito bem o que Olga passara para ficar com aquele vampiro ingrato.
- Bom nos não estamos em um lugar adequado para se discutir isso certo? Então vamos para a sala – disse Thiago que apontava para uma sala muito aconchegante com uma bela lareira, cortinas rosa claro ao contrario de sua casa eram limpas, o tapete da sala não era empoeirado e nem os moveis incolor, ao contrario tudo era bem novo e muito limpo e iluminado.
Olga se sentou em um sofá de dois lugares ficando um desocupado, e Thiago e Lílian em um sofá de três lugares sentando um bem perto do outro.
- Bom, foi exatamente isso que você escutou, nos não estamos casados! – afirmou Olga de cabeça baixa olhando para o chão.
- Mas por que não? –Thiago não conseguia entender.
- Bom, ele fala que é por causa que... Bom na verdade... – ela não conseguia achar a resposta certa, se nem mesmo para ela sabia responder tal pergunta – simplesmente porque ele fala que não me quer por em risco, é isso! – ela só olhou para o rosto de Thiago depois que terminou a ultima palavra, Lílian não falou nada, só olhava a amiga com pena, era a única coisa que podia sentir por ela nesse exato momento.
- E, não nego – ele disse concordando com a cabeça – isso é um bom pretexto.
- Mas não é desculpa! – disse Lílian inconformada.
- Mas nos temos que tentar entender! – ele olhava a esposa como quem tentasse explicar uma coisa a uma criança.
- Bom, eu me conformo pensado assim, acredite não e fácil pra mim quando ele passa algumas noites fora – disse Olga que começara a desabafar.
- Cretino, ele tem a ousadia de te deixar sozinha algumas noites? Grávida dele e ele ainda faz isso? – disse Lílian revoltada.
- Desculpa meu amor, mas ele tem de fazer isso. – Thiago parecia que entendera bem aquela situação, entendia o lado da amiga mais não podia esconder de que tinha que concordar com certas atitudes – ele é um vampiro, vampiros caçam de noite, não se lembra?
- É pode ser... – ela não queria concordar, mais tinha que ver que o marido tinha razão – meu bem você pode olhar a comida no forno para mim?
- É claro que posso. Já volto – disse Thiago se retirando.

Elas esperaram Thiago sair da sala para começarem a falar. Mesmo ele sendo tão amigo de Olga, ela não queria dar muitos detalhes. Lílian se levanta do sofá em que estava sentada e senta ao lado de Olga agarrando a sua mão e olhando o rosto da amiga.
- Líli – era assim que Olga chamava a amiga quando estavam as sós – você não faz idéia do quanto anda sendo difícil para mim essas ultimas semanas... – Olga abaixou a cabeça novamente.
- Posso imaginar... Mas não consigo entender... E... Sei que não devia estar te falando isso, mas... Sírios procura por você sempre! – disse Lílian, ela sempre apoiara o namoro de Olga e Sírios dês do tempo no colégio, dês do quarto ano. Ela sempre os ajudava a sair de noite, mesmo com toda aquela insegurança. Olga levanta a cabeça.
- E... Ele sabe que eu estou grávida? – disse Olga colocando a mão na barriga.
- Desculpa, mas me faltou a coragem de contar... Então.
- Não me diga que ele não sabe?
- Não, ele não sabe...
- Mas Thiago não falou nada?
- Não eles não andam com tempo, o único assunto entre eles é sobre a ordem... – Ordem da Fênix – por exemplo hoje era pra Thiago estar em uma missão mas Alvo o liberou a meu pedido, pois não estava me sentindo muito bem...
- A... Desculpa? – Olga conhecia Lílian como ninguém. Lílian concorda com a cabeça e com um sorriso no rosto.
- Mas... Ele te deixa em casa sozinha sempre?
- Não é sempre, mas me deixa, às vezes imagino que ele deve ter encontrado outra mulher, pode ser provável... Afinal de contas você o conhece.
- Realmente, não imagino que seja isso... Bom não tem cabimento.
- E pode ser... Mais ele já passou três noites fora de casa, e quando chegou estava bêbedo, pra te falar a verdade, acho que ele só não me atacou porque eu havia trancado a porta do quarto então só no outro dia eu fui ver se ele tinha melhorado.- Lílian arregala os olhos, não sabia que a situação de sua amiga havia chagado a esse ponto.
- Como você pode suportar? – disse Lílian inconformada.
- Bom... Sabe que eu me faço essas perguntas todos os dias! E não sei por que eu não acho as respostas.
- Desgraçado. Desculpa mais ele nuca se atreveu a... Bom você sabe... -era complicado para a amiga imaginar tal coisa.
- O que? A me bater?
- Bem... é .
- Ah isso nunca, não mesmo, no outro dia quando abria a porta e fui ver como ele estava, ele me pediu desculpas e tudo mais, ah pelo amor de Deus Lílian. Ele não seria tão estúpido a esse ponto.
- Desculpa, mais imagino que seria sim.
- Mas para ser sincera ele anda com um comportamento bem estranho, sei lá... Parece que está mais ciumento que o normal ou num sei o que, mas anda me assustando bastante. Que nem hoje, eu falei do Sírios, ele me olhou estranho entende ? Não sei mas por um momento tive um certo receio por ele. – Olga se lembrava de cena minutos atrás, se lembrava como o olhar daquele homem penetrava a sua alma.
- Tenho medo por você. Mas se bem que sinceramente, parece que você não tem amor próprio ou sentimento, sei lá. – ela não entendia Olga, por que ficar agüentando aquele tormento se poderia ficar com uma pessoa que poderia lhe dar o valor merecido?
- Bem, você me conhece, sei que e difícil... Mais basta ele me pegar entende ? Ou me olhar, e o suficiente pra...
- LILIAN – gritou Thiago da cozinha.
- Bom a casa é sua, se quiser ir ao banheiro bem você sabe onde é. Vou lá e já volto.
Lílian saiu da sala deixando Olga sozinha. Olga sentiu medo de contar a Lílian, medo de a amiga tentar ajudar e acabar atrapalhando, mas a compreendeu, afinal de contas se fosse ela em seu lugar sentiria a mesma coisa. Ela olhava em volta, reconhecia o lugar, e era engraçado imaginar que em dentro de um mês iria ter uma criança feliz e mimada naquele lugar. E imaginava o que poderia ser sua filho ou filha o que quer que fosse, e na mesma hora se lembrava do fato que também poderia ser um vampiro, coisas espantosas passavam em sua cabeça. Como seria a vida na escola, isso é se chegasse à escola. Imaginava a reação de seu pai ao ver a criança, iria ignorar ou abraçar?
Coisas desse tipo a atormentavam. Sua mãe como reagiria. Ela imaginava que certamente ficaria ao seu lado, sem que seu pai suspeitasse. Será que a criança haveria uma vaga em Hogwarts?

Mas logo lembrara de Sírios, como será que ele estava? Bem ou mal? Não sabia... Ele era um homem cheio de surpresas, sempre agradável com Olga. A ultima noticia dele com suas próprias palavras fora, há três meses atrás, sua ultima carta. Ela raramente respondera as cartas de Sírios, e quando respondia nunca contava detalhes ou coisas importantes, pois tinha medo de se envolver. Talvez tivesse medo de verdade era de se apaixonar novamente e realmente esse era seu grande medo. Varias vezes ao dia se pegava pensando nele, lembrando dos bons e velhos momentos, lembranças que só ele e ela compartilhavam. Lembrava de quando o encontravam as escondidas no dormitório dos meninos, como ele a assustava sempre que ela entrava e o procurava, lembrava de como a mão dele era macia e o beijo dele que por varias vezes a deixava sem ar, mas ele nunca havia a desrespeitado nunca se quer a forçado a nada, sempre paciente com suas crises doentias. E do nada surge um estranho que transforma sua vida em um verdadeiro inferno, em que as únicas horas de prazer e quando estão em um quarto, pois conversar com ele era quase impossível. Ela nunca o entendia, mas nunca ficava para trás, talvez esse fora o verdadeiro motivo pelo qual ela o prendia, porque ela sempre e uma surpresa imprevisível e ate mesmo de certa forma semelhante a ele.
Olga com todos aqueles pensamentos, se distrai e olha para a escada que ficara de frente a porta da sala em que estava, e aperta os joelhos com a mão ao ver um cachorro grande descer as escadas no escuro, se assusta procura sua varinha, não há acha lembra de tela deixado no bolso interior do casaco, o casaco não esta ao seu alcance. Seu coração dispara não podia gritar. Mais reconheceu aquele olhar do cachorro, era semelhante ao olhar de uma pessoa. O cachorro se transforma, então não era exatamente um cachorro, e sim um animago. Então se depara com Sírios Black em sua forma original, sua forma humana. Seu coração sai do peito, nunca poderia imaginar que iria o encontra ali. Se sentia estranha, depois de meses sem o ver, do nada velo daquela forma tão inesperada. Acaso ou conhecidencia?

- Olga? - disse Sírios que a olhava parado sem reação, como quem não acredita no que vê.
- Sírios? – e ouve em conflito em seus sentimentos. Todas as lembranças eram presentes, ela podia jurar que ele pensara a mesma coisa. E como se sentiu bem ao ver aquele homem alto, cabelos castanhos ondulados um pouco compridos, ele nunca largava aquele jeito de boy, com aquele sorriso que já conhecera, um sorriso tentador simpático e malicioso acompanhado com um olhar que apenas ele sabia fazer, um olhar que sempre a convencera de fazer suas loucuras.
- Nossa como você esta diferente! – disse Sírios dando alguns passos em sua direção.
- Então espero que seja para melhor – disse Olga rindo – espera ai. Eu que estou diferente em? E você se transformou em um animago! – ela o olhava atenta como seus grandes olhos azuis que possuíam vida e mais cor.
- Ah, vamos lá – disse ele balançando os braços para frente e para trás – eu te disse que iria me transformar em um!
Ela se lembrava de um verão em que passara com Sírios, lembrava de estarem discutindo em que animal se transformar, e ele sempre falara em cachorro.
- Claro que lembro! – disse ela pondo a mão na cabeça - como esqueceria? – ele sorriu.
- Ah, não sei... Você andava ocupada demais, se não fosse isso poderia ate ter pedido a sua ajuda, você sempre foi muito boa nisso. – o sorriso de Olga não prevaleceu e nem se desfez, apenas deu um sorriso maroto e abaixou a cabeça, e em seguida a levantou.
- E me desculpa Olga, mas você engordou? – ele não queria acreditar no que via e em no que acabava de dizer, sua pergunta era estúpida e idiota de mais, tudo estava muito claro e muito lógico.
Ela não soube o que dizer, olhou para a porta pela qual Lílian e Thiago haviam saído, e agora implorava mais do que tudo para que eles voltassem, mas nada disso aconteceu. Ela ficou ali parada, o sorriso de seu rosto foi desaparecendo como por do sol, então puderam escutar suas respirações naquele silencio.
- Ah claro, era obvio demais – disse ele se caminhando para o sofá ao qual Lílian e Thiago haviam se sentado, balançando negativamente a cabeça ele perguntou – então foi por isso que raramente respondia as minhas cartas? – ela se sentou no sofá em que havia se sentado e abaixou a cabeça, não queria encará-lo de forma alguma. Ela sabia como ele odiava Nick.
- Não sei nem por onde começar – disse ela que o olhava com ar de duvida – cartas... – e agora abaixou a cabeça, ele estava certo, muitas cartas que ele mandava ela na maioria das vezes não as respondia – eu respondia sim.
- Claro que respondia se em uma semana eu te mandava três corujas você me respondia uma, isso e quando me respondia... E se respondia chegava de madrugada, e sabe perfeitamente bem que eu nunca estou no mesmo lugar! – a noite era o único horário em que Olga escrevia uma carta ou outra a Sírios, uma vez por acaso Nick havia pegado um carta de Olga para Sírios, pois a coruja estava fazendo uma entrega, e aquilo fora o suficiente para que ele saísse de casa e passasse no mínimo uns três dias fora, como era de costume toda vez que se desentendia com Olga.
- Quantos meses? – disse ele que não tirava os olhos dela.
- Seis – disse ela de cabeça baixa.
- Seis??? – ela não respondeu – e... Ele é o pai?- mais uma pergunta ridícula.
- Sim é – disse ela levantando a cabeça fazendo o máximo de força possível para não chorar.
Ele não falou nada, nem ela, ele apenas a olhava, sentia uma inveja que o corroia, daria de tudo para estar no lugar de Nick, como varias vezes imaginava nos verões longe dela.
- Desculpa, mas aconteceu! – ela tentava quebrar aquele silêncio.
- Ah, aconteceu? Não se preocupe, você não me deve nem uma explicação! -ela se sentiu mal ao ouvi-lo falar daquela forma, com tanto desprezo e amargura.
Lílian apareceu na sala, limpando as mãos no avental novamente. Ela sabia que Sírios estava lá e por que não a avisou?
Sentia um clima no ar, alguma coisa pesava, e não era muito difícil de descobrir o que era. Então entra na sala, e olha de Olga para Sírios.
- Eu esqueci de te avisar que Sírios... – disse Lílian olhando para Olga que a olhara.
- Ah é, eu percebi! – disse Olga encarando seriamente a amiga.
- Thiago está servindo a mesa? – disse Sírios querendo cortar o assunto indesejado, tanto por ele como por Olga.
- Claro, vamos – respondeu Lílian que parara de encarar Olga e olhara para Sírios.
Sírios se levantou, apenas Olga permaneceu sentada imóvel, fitando a lareira. Os dois se entreolharam, nem um deles entendera a reação dela, estava parada sentada e sem nem uma expressão se quer no seu rosto.
- É... - começou Lílian – você não vem Olga? – mas ela não se movia – Olga?
- Ah, sim... Desculpe-me, me distrai um pouco. – disse Olga se movendo rapidamente se virando para Sírios e Lílian que estavam ao pé da porta esperando por ela.
Eles saíram da sala, foram para a sala de jantar onde viram Thiago equilibrando um ultimo prato em um feitiço em sua varinha, a sala era como as outras partes da casa, um estilo romântico que combinava com todo o resto da casa. Thiago ao ver os três entrarem juntos a sala de jantar não fala nada, apenas sorri, e os convida a mesa com um aceno, e com um movimento na varinha quatro cadeiras se afastam da mesa suavemente dando uma distancia para que eles pudessem se sentar, e então se sentam e as cadeiras os trás a mesa. Todos se olham. Olga olha apenas para Thiago e Lílian que estavam a sua frente e Sírios se sentara ao seu lado.

- E você como sempre nos surpreendendo – disse Thiago, que com outro movimento com a varinha fatiava o assado. E agora um cheiro bom de comida dominava o ar, e ali estava o causador, um grande, delicioso e suculento assado.
- Claro é para não perder o costume! – disse Olga levantando as sobrancelhas.

O jantar foi tranqüilo, ninguém falara muito a não ser Thiago e Sírios. Lílian e Olga tinham a mesma opinião, teriam mais o que conversarem sozinhas. Todos permaneceram calados. Lílian começa para quebrar o silencio.

- Olga – disse Lília antes de levar o garfo com comida à boca – por que Nick não veio? – ao terminar de falar olha para Sírios e leva o garfo com comida a boca. Olga olha para Thiago que a observa, pois sabia perfeitamente bem que a amiga tinha alguma desculpa, daquelas que não o convence.
- Bem... - disse Olga que olha para Sírios. O que inventar agora? Ela não podia dizer a verdade, não ao lado de Sírios que não sabia disfarçar que estava atento a conversa – porque, teve problemas, o ministério da magia anda dificultando algumas coisas em relação aos vampiros e como ele que é o representante piora um pouco as coisas, anda tendo reuniões todas as noites.
- Posso imaginar, – disse Lílian olhando para Sírios, ele não comia, bebia ou se quer respirava, ficava ali parado olhando para Thiago – como as coisas andam difíceis, mas não tem nem uma pessoa que fica com você, sabe... só para te ajudar ou quem sabe fazer companhia? – Lílian não entendia como uma pessoa como Olga que foi sempre rodeada de empregados fazendo tudo por ela, estava assim nessa situação tão degradante, que não tinha nem uma companhia.
- Não posso negar, mas Dolli – Dolli era o nome da elfo domestica que pertencia a família Cherindan, na verdade era só mais uma deles, entre os outros que foram embora com o Sr. E a Sra. Cherindan, mas Olga sabia muito bem que a amiga não questionava só arrumar a casa, e sim a solidão dela – da uma grande ajuda, e pra falar a verdade, e ela que faz tudo, o que as vezes me da um pouco de do da coitada, porque aquela casa e grande.
- E realmente, Dolli deve mesmo fazer tudo - disse Lílian concordando com a cabeça – porque e muito difícil imaginar você, justo você cuidando de uma casa – ela riu. - Santa Dolli em?
- O ministério ainda se preocupa com vampiros! – disse Thiago, interrompendo a conversa das duas, que procuravam o que conversar.
- É mesmo? E por quê? – disse Olga que realmente não sabia, Nick nunca falava em “assuntos do ministério”, na verdade ele sempre poupava bem esse assunto.
- Você não sabe? – perguntou Thiago, com a cara de quem acaba de escutar um insulto.
- NÃO-confirmou Olga.
- Olga Voldemort, está tomando o poder, e está reunindo os vampiros ao favor dele, mais não e só eles não, são vampiros, dementadores, lobisomens - ele não podia acreditar que Nick nuca havia contado nada daquilo a Olga, era horrível ver sua amiga ser passada para trás de uma forma tão baixa.
- Como assim os vampiros estão do lado daquele verme? – a expressão do rosto de Olga mudara totalmente, não estava calma ou normal, estava nervosa, a voz altera, o rosto vermelho e aqueles grandes olhos azuis estavam ficando vermelhos enfurecidos.
- Bom dessa forma que eu acabei de te contar, porque se ele colocar a maioria ao seu favor ele terá o controle total de tudo, mas graças a Deus não são todos que estão do lado dele, tem gente nossa no ministério dificultando as coisas – Thiago explicava a situação a ela, os olhos de Lílian e Sírios corriam de Thiago a Olga.
- E como assim Nick não me contou nada, ele apenas comentou que as coisas no ministério não estavam nada fáceis, EU NÃO POSSO ACREDITAR QUE ELE PODE ESTAR ENVOLVIDO EM TODO ESSE LIXO! – ela fala gritando – NÃO VEJO LÓGICA ELE SEMPRE ME FALOU QUE NESSES ASSUNTOS NEM ERA ELE QUE MEXIA. – disse, e bateu a mão sobre a mesa, que balançou.
- Olga se acalme! – disse Lílian que olhava a amiga muito assustada.
- Como você quer que eu me acalme? Sabendo que a pessoa que a pessoa que divide a cama comigo está me fazendo de IDIOTA! – Olga disse gritando com Lílian, que se assunta muito.
- Espere um pouco Olga. Ninguém aqui esta falando que ele esta envolvido, só estamos te avisando o que esta acontecendo só isso! – Thiago disse querendo controlar a situação.
- Como não Thiago, se ele próprio me falou “QUE O MINISTERIO ANDA DIFICULTANDO AS COISAS”! – Olga disse e se levantou da mesa, fazendo com que todos se levantassem também.
- Mas você não tem certeza, você não pode sair o acusando de uma coisa dessas – dizia Thiago.
- Ah, não vê? está mais que na cara ! – disse Sírios que entrava na conversa.
- Me desculpem, mas tenho um assunto a resolver... – disse Olga empurrando a cadeira para trás, que estava encostada atrás de seus joelhos.
- Olga, espere – Olga parou na porta – você esta grávida, não pode ir saindo assim, com tanta raiva, se acalme. – disse Lílian al para a alertando a amiga.
- Desculpa Lílian, mas eu não posso fazer isso comigo mesma... – Olga disse, olhando para trás sem encarar a amiga. Pois sabia que aqueles olhos verdes tão meigos, poderiam perfeitamente bem lhe convencer.
- Então pelo menos uma vez na sua vida, para de pensa em você... pense no seu filho – disse Lílian indo na direção da amiga.

Essa fora a coisa que mais doeu em Olga, ela não havia pensado em seu pai ou sua mãe quando optou em ficar com Nick, ela apenas pensou em si mesma. Fraca e derrotada, era exatamente dessa forma que ela se sentia, não sabia mais o que fazer ou para onde ir, estava perdida, confusa. Mas, mais uma vez iria pensar em si mesma.

- Thiago, por favor, pegue meu casaco. – disse Olga. Thiago concorda com a cabeça e sai da sala para ir pegar o casaco de Olga.
Ela ficou calada, não encara ninguém nem mesmo Lílian, se sentia envergonhada por tal atitude, largara tudo o homem a qual amava, sua família e por algum momento ate mesmo os seus únicos melhores amigos. Mas agora já era tarde de mais para se arrepender. Estava decidida em acabar com tudo aquilo, e por um ponto final de vez naquela história.
Poucos segundos depois Thiago aparece com o casaco na mão, e o entrega a Olga.
- Eu espero que você saiba o que ira fazer. – disse Thiago entregando o casaco a Olga. – eu o acompanho ate a porta.
- Não precisa, eu sei bem o caminho, obrigada por tudo... Thiago, Lílian, Sírios... – a cada nome que ela falava, ela acenava com a cabeça com um sinal positivo.
- Independente do que você for fazer lá, me avisa ta bom? – disse Lílian dando um abraço na amiga. Olga também a abraçou forte, e pensava no que seria de sua vida sem Lílian, e como era difícil imaginar tal coisa. Olga olha para amiga se despede, e sai da sala. Passando pela sala a qual encontrara Sírios ela olha atentamente, mas continua a caminho da porta pela qual entrou, para de frente a porta “ e agora, eu vou eu não, mas... eu não posso deixar que isso aconteça, ou talvez Lili tenha razão, talvez eu deveria ser menos egoísta...., não, está decidido eu vou, mesmo que isso me custe a vida, eu vou concertar tudo que eu estraguei”,pensou ela. Vestiu o casaco que estava na mão direita, colocando os seus longos cabelos para fora do casaco, retira a sua varinha do bolso interior, segurando a varinha com a mão direita, pega na maçaneta da porta e a abre com a mão esquerda desocupada. Da um posso para fora da casa, e fecha a porta. Da desce um degrau, sente o vento que agora estava mais frio do que antes. A noite estava escura e sombria. O que fazer agora? Não podia simplesmente ir atrás dele àquela hora da noite, já estava tarde, e por onde começar?
A final de contas ele podia muito bem estar com Voldemort, e aparecer do nada de supetão. E talvez aquela não fosse uma boa idéia. Mas estava decidida em ir em frente, e procurar saber, se ele realmente estava a enganando. Perguntas... dúvidas... eram as únicas coisas que tinha agora. Então resolveu ir para casa e esperar, afinal de contas isso ela já sabia muito bem como fazer.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.