Walter Tallghter



Do autor: Ainda preciso de um beta-reader gentem ;D
Do autor²: Tentei colocar um pouquinho mais de ação, e no próximo capítulo nós teremos ainda mais ação e conheceremos a Glinda :X
Do autor³: Nãos se esqueçam de comentar, criticar e indicar essa fan fic pros colegas ;D

Ondas de terror, nunca antes experienciadas por Adam, invadiram seu corpo e confundiram sua mente, sempre tão alerta e fria. As poucas velas deixavam a sala numa penumbra, mas ali, bem ali, estava o rosto que horas atrás ele viu perder a vida e cair no chão com um baque.

Adam respirou fundo, tentando manter a calma, mas de nada adiantou.

- O sr está bem, sr Levsk? - a voz rouca novamente soou, e Adam viu que saia da boca fina de Walter Tallghter.

- Estou... - ele sussurrou em resposta, e foi sentar-se em uma cadeira
suja e de aparência pesada no centro do salão. Assim que sentou, correntes tomaram vida e o prenderam firmemente à cadeira. Ele olhou para o lugar onde deveria estar sua varinha, dentro do bolso interno do sobretudo. Sim ela estava ali, ele sentia.

- Sr Adam Menathus Levsk, 27 anos, filho de Martha e Vilkus Levks. Profissão... - começou Walter- desconhecida - acrescentou, com um sorriso maléfico no rosto.

- Estou de...

- E eu me pergunto quem deu-lhe a permissão de falar! - disse Walter, com o máximo de sarcasmo que conseguiu reunir

- Minha mãe e meu pai, ao fazerem-me com boca - disse lenta e calmamente Adam

- Ah, temos um engraçadinho aqui senhores - disse Walter com uma risada sinistra, que reverberou pela sala redonda e úmida como o fundo de um poço. Os outros senhores, só agora notados por Adam, soltaram risadas asmáticas.

- Assim como o senhor- sorriu Adam em resposta às risadas

- EU NÃO COSTUMO PERMITIR INSOLÊNCIAS EM UM TRIBUNAL PRESIDIDO POR MIM, SR LEVSK! - exasperou-se Walter, os cabelos pretos e ralos saindo do penteado impecável. - ENTÃO ACHO MELHOR O SR AQUIETAR-SE E SÓ FALAR QUANDO FOR PERMITIDO, OU AS CONSEQUÊNCIAS SERÃO NEFASTAS!

Um farfalhar logo atrás de Adam chamou sua atenção, e ele virou o pescoço a tempo de ver dois homens, altos como armários e totalmente encapuzados, entrarem na sala. Adam engoliu em seco e voltou sua atenção a Walter.

- O senhor está aqui para um interrogatório sobre a morte de Klaus Grey, encontrado morto por um trouxa logo hoje pela manhã. Nenhum vestígio de envenenamento ou qualquer feitiço foi encontrado no sr Grey, o que nos leva a crer que ele foi morto por uma Maldição Imperdoável Avada Kedavra. que não deixa vestígios.

"Incompetentes" - pensou Adam - "Existem outros modos de matar sem deixar vestígios. Ministeriais, sempre um passo atrás."

- Também encontramos na cena do crime, isto - disse Walter, e levantou um objeto muito familiar a Adam. Sua carteira. - e nós achamos que pertence a você. O interessante, é que ela estava sobre o cadáver.

- Alguém deve ter plantado - disse prontamente Adam, pensando em um plano para enganar Walter.

- Aposto que sim. - sussurrou Walter - Agora, sr Levsk, vamos ser francos. - Walter levantou, pulou a bancada que o separava do réu com uma destreza juvenil e aproximou-se de Adam - O senhor está numa enrascada. É melhor ajudar-nos, ou as consequências serão piores.

- Eu não sei de nada, eu juro! - disse Adam, começando a ficar exaltado

- Então senhor não se importará que eu realize o feitiço Priori Incantato na sua varinha, essa que está no seu bolso, - Adam gelou - irá?

- Na verdade, irei - disse Adam, fingindo estar pensativo

- Então, você está me forçando a fazer isso... eu não gosto... mas não há escolha... é necessário, é... muito.... homicida... isso... vo fazer isso... ele não deixa escolha... é.... isso mesmo - murmurou Walter para si mesmo, enquanto andava feito um maníaco-depressivo pela sala.

- Mas que d... - começou Adam, mas foi calado quanto uma Azaração Ferreteante o acertou logo na bochecha. Adam gritou, e a expressão de Walter em respostas foi demoníaca

- VAI CONTAR AGORA SENHOR LEVSK?

Uma queimadura começava a aparecer no lugar que a Azaração estava queimando Adam. Walter suspendeu a Azaração, e falou arfante:

- Não me force a fazer isso novamente...

Adam tentou se mover, mas as correntes estavam apertadas e não havia modo dele escapar. Ele tentou alcançar a varinha com uma mão, mas ao chegar perto ouviu a voz rouca de Walter:

- Crucio!

Ele berrou e se contorceu de dor. A dor era tamanha, e Walter ria maniacamente, adorando vê-lo sofrer.

- VAMOS SR LEVSK, NÃO QUERO TE MATAR AQUI!

Walter terminou a maldição e ficou observando o réu. Adam olhou para a sala, tentando achar alguma saida, mas só viu os outros juízes, com uma cara estranha, no limbo entre o nojo e a vontade de vomitar. Um bruxo em particular, um pequeno homem com barbas que tinham o dobro de seu corpo e que possuia um olho azul e outro verde, vomitou assim que viu a queimadura no rosto de Adama, sujando o cabelo crespo de uma bruxa de aparência nada amigável em sua frente, que começou a golpeá-lo com tudo que ela via pela frente, inclusive seu salto alto.

Adam voltou sua atenção para Walter e começou a falar:

- Ok... OK EU FALO! - Walter abriu um sorriso que iluminou seu rosto enrugado, e mostrou seus dentes particularmente brancos e brilhantes, como se ele tivesse passado lustrador nos dentes - Ontem pela noite, eu sai para ir a um bar, tomar uma cerveja e...

- Poupe-nos desses detalhes imundos - falou um bruxo de chapéu verde que estava sentado na primeira fila.

- Pois bem, eu fui a esse bar e lá encontrei o sr Klaus. Ele estava visivelmente bebâdo, e logo se envolveu em uma briga. - continuou Adam, tentando manter os bruxos entretidos enquanto se esticava para alcançar sua varinha.

- Eu intervi, e levei o sr Klaus para fora. Após conversarmos brevemente, ele seguiu o seu caminho e eu decidi encerrar a noite, sabe?

Walter concordou com cabeça e fez um sinal para Adam continuar

- Ai enquanto eu andava pelas ruas de Londres, eu encontrei o sr Klaus...

O rosto de Walter contraiu-se em excitação e olhou para Adam, visivelmente doido para o réu enterrar-se.

- Então, eu gostaria de pedir desculpas a você sr Tallghter?

O rosto de Walter passou de excitado a estupefato, e olhou debilmente aos outros bruxos

- Por que?

- Por isso - sorriu Adam.

Ele puxou a varinha habilmente, e antes que Walter pudesse procurar a sua varinha, berrou:

- ESTUPEFAÇA!

O corpo de Walter alçou voo e aterrisou pesadamente em um canto da sala. O alvoroço começou, feitiços voavam de toda a direção, e uma nuvem de destroços impediu a visão de todos. Um desses feitiços atingiu as correntes que o prendiam, e ele sorrateiramente levantou e acertou a bruxa de cabelos crespos com um Feitiço Estuporante. Ele ouviu novamente o farfalhar de uma capa, mas olhou tarde demais. Seu Feitiço Escudo precariamente conjurado não adiantou muito, e o feitiço lançado pelo bruxo misterioso o acertou com a força de uma bomba, lançando-o longe. Ele levantou rapidamente, mas foi acertado por um gancho de direita, e sentiu seu nariz se partindo.

"Ah não, eles já foram longes demais!"

Ele levantou e antes do seu oponente pensar em pronunciar um feitiço, sua maldição o atingiu diretamente no rosto, fazendo ele perder os sentidos, talvez permanentemente. Adam girou a varinha 360 graus, e o feitiço que ele conjurou foi tão forte que deslocou uma quantidade imensa de ar, jogando vários bruxos longe. Assim que o feitiço atingiu a parede, abriu um buraco gigantesco, fazendo todo o Ministério balançar. Quando a poeira baixou, a sala, antes impecavelmente arrumada, parecia um campo de batalha. Havia vários bruxos com estranhas mutações, vítimas de vários feitiços combinados. O bruxinho que havia vomitado agora tinha inúmeros tentáculos brotado de cada pé, e a bruxa de cabelos crespos tinha uma galhada gigantesca, fazendo ela parecer um enorme Alce nocauteado.

Adam ouviu os gritos longínquos, e alterou a mente dos nocauteados, fazendo eles acharem que o que aconteceu e causou aquilo foi uma experiência do Departamento de Mistérios que deu errado. Depois de usar um Feitiço de Desilusão, ele passou por entre os inúmeros bruxos aturdidos, ele saiu no átrio do Ministério da Magia, ainda invisível. Após alcançar as ruas de Londres, ele disfez o feitiço e retirou o pó que o cobria.

Algo dera errado, muito errado. Alguém havia descoberto sobre ele, e isso não poderia continuar assim. Ele tinha que contactar sua chefe, um ser estranho que nunca revelava sua identidade, que adotava o codinome the "Glinda the Good". Ele nunca entendera o codinome, já que de boa ela não tinha nada. Um demônio no corpo de mulher. Agora ele tinha que contactar ela e quebrar todas as regras. Mas ele não tinha escolha. Era vida ou morte. Ele abotoou o sobretudo e colocou as mãos nos bolso.

"Espero sair vivo de lá" ele pensou.

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