Da Mansão à Cabana
10. DA MANSÃO À CABANA
Gina acordou já era quase dez e meia. Olhou para o lado, estava sozinha. Pensou que tudo que acontecera na noite anterior fora um sonho, mas notou que estava nua. Portanto, Draco estivera mesmo ali. Olhou novamente ao redor, mas nem sombra dele. Na escrivaninha, um envelope negro. Abriu, e sorriu ao reconhecer a letra desenhada de Draco:
“Minha Gina (depois dessa noite, minha)
Desculpe-me por deixá-la assim, na calada da noite, mas ouvi barulhos no andar de baixo, e fiquei com medo de encontrar meu querido pai na saída. Não que eu tenha medo dele, mas a situação exige.
Quando mandei aquela carta pra você, eu não menti, tenho algumas coisas para falar com você. Não, eu ainda sou Draco Malfoy, mas não fui até aí só pra dormir com você. Não brigue comigo ou me mande outro berrador, mas eu li seu diário. Pelo menos, li a última parte. E tenho que te dizer que eu também acho que estou apaixonado por você. Mas tem um acho na frase, então... Acho que nós dois estamos em um momento de dúvida, não é mesmo? Garota, você tem certo poder sobre mim. Gina Weasley, você me amoleceu. Quem um dia pensaria que eu, Draco Malfoy, escreveria uma carta para você, uma Weasley, me declarando? Acabaria morto, com toda a certeza do mundo.
Mas, voltando ao principal assunto dessa carta, eu acho que sei um jeito de descobrir quem é o espião de Voldemort na Ordem. Se você quiser, é claro. É simples: temos que perguntar pra sua mãe. Afinal, quem quer que seja mandou uma carta para ela, e não assinou como sendo o Potter.
Espero notícias suas, e não demore muito a me enviá-las. Eu tenho que ir, preciso entregar a capa do Potter. Ou já esqueceu que eu peguei-a emprestada?! Não, eu não roubei, eu vou devolver. Na primeira oportunidade, antes que ele dê pela falta dela.
Espero encontrar você de novo antes da guerra final, que não deve estar longe. Até lá, vou perguntar tudo o que puder me dar alguma idéia de quem é o espião para sua mãe. Pelo pouco que eu conheço dela, acho que não vai entregar o nosso delator assim tão fácil.
Lembre-se de mim,
Draco”
Sorrindo, Gina caminhou até o banheiro, e se jogou debaixo do chuveiro, relaxando. Sua vida ainda não estava cem por cento, mas começava a melhorar. A de Draco igualmente, pelo que imaginara. Sentia-se a pessoa mais feliz do mundo. Não por ter dormido com Draco, mas sim porque ele admitira estar também apaixonado por ela. Sim, Gina já tinha certa idéia sobre o assunto, mas não esperava ser surpreendida de tal forma, com uma bela declaração por carta. Estilo Draco Malfoy, mas ainda assim uma declaração.
Colocou uma roupa bonita, a melhor que encontrou no guarda-roupas, e desceu ainda a tempo para o café da manhã. Dessa vez, Lúcio estava sentado no seu devido lugar, segurando uma bela xícara de café na mão. Nem ao menos desviou o olhar do Profeta Diário para olhar quem entrava na sala. Certo, somente os dois estavam morando na casa, ele não precisava olhar ao ouvir um barulho. Mas mesmo assim, é estranho. Gina sentou-se na primeira cadeira depois da cabeceira da mesa, e esticou o olho para ver se enxergava alguma notícia no jornal. O que viu quase a fez dar um pulo:
“ASSASSINATO NA ANTIGA SEDE DA ORDEM DA FÊNIX
Às quatro e meia da noite de ontem, a polícia bruxa receber uma ligação anônima, indicando a localização de um cadáver, no Lago Grimmald número 12, antiga sede da Ordem da Fênix, organização não-ministerial que tem como objetivo acabar com Você-sabe-quem. Ainda não se sabe ao certo como tudo aconteceu, mas sabemos que as condições em que o local se encontrava não era das melhores. Kingsley Shacklebolt foi vítima da Maldição da Morte, realizada na madrugada de ontem, por volta das três e meia da manhã.
Ainda não se sabe quem foi o assassino do Sr. Shacklebolt, mas o Ministério da Magia acha que o crime fora obra de algum Comensal da Morte, pois a vítima era um dos principais membros da Ordem da Fênix. Talvez, deixar o corpo na antiga sede da Ordem seja um aviso, mesmo porque o local fora invadido há poucos dias.
Esperamos pacientemente que o Ministério da Magia aja, conseguindo assim encontrar o culpado...”
Lúcio virara a página do jornal, e Gina não pode continuar a leitura. Voltou-se novamente para o seu prato de bolo, mas não descia mais nada. Pediu licença e subiu, meia tonta com o acontecimento.
“Kingsley... Não, não é possível. Um dos principais aurores, morto por um Comensal! Bem, eu ainda não sei direito como foi o ataque, então eu não...”
Gina parou seu pensamento, atônita. Não, Lúcio?! Correu até a gaveta do criado-mudo e pegou a carta que Draco lhe deixara. Sim, ele saíra da Mansão no meio da noite, madrugada já. E ainda por cima ouvira barulhos do andar de baixo, o que significava que Lúcio havia acabado de chegar em casa.
“Ah, mas esse Malfoy me paga!”
Ela não podia deixar por isso mesmo, não sendo Kingsley a vítima. Ele era uma das pessoas que mais lhe ajudaram, e fora exatamente ele quem lhe arranjara o emprego no Ministério, e convencera seus pais de que ela poderia participar das batalhas lutando ao lado da Ordem. Um dos principais aurores, morto por Lúcio Malfoy. E o pior: acabara de tomar consciência de que Draco seria considerado culpado. Afinal, era um Comensal e sabia muitas coisas a respeito da Ordem (certo, ele era um espião, mas Gina tinha certeza de que ele não revelara nada tão importante), namorado de alguém que fugira juntamente com os Comensais da Morte, e estivera fora no horário exato em que ocorreu o assassinato de Kingsley. Certo, Draco estava com ela, mas ninguém mais além deles sabia disso.
“Ah, droga, o que eu vou fazer?!”
***
-MALFOY SEU COMENSALZINHO DE MERDA!
Rony entrara no quarto de Draco, e lhe pulara no pescoço, tentando sufocá-lo. Harry, Lupin e Tonks vinham atrás dele, segurando seu braço e deixando um espaço entre a mão de Rony e o pescoço de Draco. Este último respirou fundo, e começou:
-O que diabos vocês pensam que estão fazendo aqui?!
-Foi você, Malfoy? – perguntou Harry, num tom que beirava a raiva.
-O que eu fiz dessa vez?
Tonks jogou o jornal na cara de Draco (e quando eu digo na cara, é na cara mesmo!) que pegou-o e leu a notícia da morte de Kingsley. Seus olhos se arregalaram, e sua boca se abriu, em sinal de surpresa. Rony já estava mais calmo, mas Lupin ainda o segurava, pro caso de alguma emergência.
-Eu... Eu nem sabia disso.
-Eu imagino – disse Harry, em tom de deboche.
-É sério, Potter. Eu não sabia dessa história.
-Então, como explica o fato de não estar aqui ontem à noite e de ter entrado no meu quarto para roubar a minha capa?!
“Droga!”
Calmo, Draco foi até a penteadeira de Gina e tirou de lá a capa de invisibilidade do garoto, entregando-lhe.
-Obrigado, Potter. Sua capa foi de grande utilidade.
Dessa vez, Tonks foi quem teve que segurar Harry, enquanto Lupin segurava Rony, ou Draco estaria completamente deformado. Lupin se virou melhor para Draco, depois de imobilizar Rony, lhe dando o recado:
-Dumbledore quer ver você no escritório dele. Agora.
Sem nem ao menos olhar para trás, Draco saiu do quarto, com a mente trabalhando. Afinal, quem matou Kingsley?
***
-Eu sei que foi você.
Lúcio erguer lentamente seus olhos para encarar a garota ruiva que estava em sua frente. Ela parecia calma, mas estava apenas esperando a confirmação para mostrar como realmente estava.
-O que fui eu? – perguntou ele, e se Gina não o conhecesse bem, até acharia que ele era inocente.
-Kingsley Shacklebolt.
-Ah sim, foi uma coisinha que tive que fazer para meu Lord.
-Por que? – perguntou Gina, de olhos fechados, tentando quase sem sucesso controlar a raiva que sentia.
-Ser membro da Ordem da Fênix já é motivo suficiente, não acha?
-O que eu acho – disse Gina, recuperando momentaneamente a calma – é que você deveria se lembrar que Draco ainda está na Ordem, e que ele certamente será acusado como culpado.
-E por que eu deveria levar em conta isso?
-Céus, Draco é seu filho!
-Em dizer que meu filho está correndo grande perigo na Ordem da Fênix. Você já foi um deles, e sabe que não podem utilizar Maldiçoes Imperdoáveis.
-Sim, eu sei. Mas não seria nada bom se descobrissem a identidade de Draco antes da batalha final.
-Sim, certamente. Mas eu ainda não me importo com isso.
-Como você pode ser tão frio? Tão frio a ponto de não ter nem um pouco de carinho pelo seu próprio filho?
O homem se levantou da cadeira, e Gina deu um passo para trás, recuando e se chocando contra uma armadura empoeirada. Lúcio só ia mais adiante, chegando cada vez mais perto dela. Estavam quase com os rostos colados, e Gina não tinha reação alguma. Afinal, era Lúcio Malfoy quem estava ali, mas ela ainda imaginava ser Draco, com o mesmo perfume.
-Isso não te diz respeito, minha nora.
Assim dizendo, o “sogro” de Gina chegou mais perto, colocando uma mão no pescoço da menina e a puxando mais pra perto, juntando seus lábios aos dela e pressionando sua língua contra os mesmos.
“Merlin por favor me ajude! Lúcio Malfoy está me agarrando!”
***
-Queria me ver? – perguntou Draco, observando o velho sentado atrás da mesa. Dumbledore fez um sinal, e ele se sentou.
-Sim, Draco. Acho que tem algo que você precisa me contar.
-Eu... O ruivo – se controlou ao máximo para não chamar Rony de Weasley ou coisa parecida, mas não conseguia chamá-lo pelo nome – acha que eu matei Shacklebolt. Mas eu não o matei – apressou-se a dizer, temendo que o homem a sua frente acreditasse.
-Eu sei que não matou, Draco. Mas acho que tem uma vaga idéia de quem é o nosso assassino.
Ambos ficaram em silêncio, um esperando o outro dizer alguma coisa. Mas nenhum dos dois se pronunciou. Draco pensava em alguém que possivelmente cometeria um assassinato, e conhecia várias pessoas capazes de fazer isso. Mas nenhuma idéia de qual deles poderia ser.
-Não, eu acho que o Sr. está errado. Eu não tenho nenhuma idéia de quem seja.
-Tem certeza? Não lembra de ninguém que tenha saído mais ou menos na hora do crime? Às três da manhã, algo aproximado?
Sim, agora ele lembrava.
-Meu... Meu pai...
-Sim, Draco, seu pai. Creio que Lúcio teve algum motivo para matar Shacklebolt, além de ele ser auror a serviço da Ordem.
-Eu... Eu também acho. Mas... Como sabia que eu tinha alguma idéia?
-Eu sei que você foi ver Gina ontem, Draco. E sei também que ela está na Mansão Malfoy, juntamente com seu pai. Não se preocupe, eu não ouvi o que vocês conversaram.
“Ou fizeram” pensou Draco, sorrindo com o canto dos lábios, ao lembrar da noite anterior.
-E muito menos o que vocês fizeram, Draco – disse Dumbledore, sorrindo ao ver a cara do rapaz ao perceber que ele havia lido sua mente – mas pude perceber pelo pouco tempo que fiquei ali, que seu pai não estava em casa. E sei que você deixou a Mansão quando ouviu ele chegar, pouco depois do horário do crime.
-Certo – disse Draco, tentando digerir todas as informações recebidas – pela carta que eu deixei para Gina, ela já deve ter ligado os fatos.
-Eu também penso assim. E espero estar certo. Mas eu não chamei aqui para falar sobre isso.
-Então...?
-Eu preciso que você mande uma coruja rápida para Gina, mandando-a sair o mais rápido possível da Mansão.
-Mas por que ela deveria sair de lá? Ah, claro, sem contar o fato de que meu pai é um psicopata.
-Porque eu contatei o Ministério da Magia sobre o esconderijo de Lúcio Malfoy. E você tem que se lembrar que ela também está foragida.
-Ah, sim. Eu... Vou indo, então. Em menos de dez minutos a carta estará lá.
Dizendo isso, Draco saiu da sala de Dumbledore, com a cabeça a mil por hora. Por que diabos seu pai matara Kingsley?!
***
Lúcio pressionava sua língua contra a boca de Gina, mas ela não queria abrir espaço para a mesma passar. Tentava se desvencilhar ou até mesmo empurrar Malfoy, mas ele era quase do dobro de seu tamanho e muito mais forte. Prendera seus braços contra a parede, derrubando de uma vê por todas a armadura. Seu corpo pressionava o da garota, deixando os movimentos de Gina impossíveis. Ela até tentava virar o rosto, mas os lábios de Lúcio perseguiam sua boca.
Sem abrir a mínima brecha para que ele conseguisse o que queria, Lúcio apertou mais o corpo dela, soltando agora seus pulsos, mas ainda assim sem deixar que Gina se movimentasse. A mão esquerda dele passeava pelas costas da moça, e a direita descia cada vez mais, chegando num último momento a tocar as coxas de Gina.
“Gina, este não é Draco. Este não é Draco. Este não é Draco. Este não é... Ah, que se dane!”
Vendo que não poderia de jeito algum escapar, resolveu se render aos “encantos” de Malfoy, vendo que ele iria baixar a guarda assim que conseguisse. Bem, a idéia de beijar Lúcio Malfoy até que não era tão mal, afinal de contas. Assim sendo, Gina abriu a boca, deixando um breve espaço para que Lúcio passasse sua língua por entre seus dentes e acariciasse a dela. Não, Lúcio Malfoy não beijava mal, mas o beijo de Draco Malfoy era incomparável.
As mãos de Lúcio passeavam por todo o corpo de Gina, e ela viu que seu plano não dera certo, nem por um breve momento. Afinal, ele só apertava mais e mais o corpo contra o dela, o que deixava quase impossível uma fuga. Cada vez mais, ele a pressionava, aprofundando o beijo e deixando-o mais erótico a cada momento. Uma das mãos de Lúcio começou a subir a blusa de Gina, e ela até tentou abaixá-la novamente, mas ele não deixava.
“Merlin me ajude! Isso não está acontecendo, não, isso é praticamente impossível! Eu estou beijando Lúcio Malfoy! Ah, por favor Meu Merlin, traga minha cabeça de volta pro lugar dela!”
O pior não era que Gina estava beijando Lúcio Malfoy, o pai de seu namorado. A pior parte era que ela estava gostando. Mas isso não podia continuar, simplesmente não podia. Conseguiu, não sem muito custo, erguer um pouco seu joelho, e bem vagarosamente, preparou o ataque. Em questão de segundo, Lúcio Malfoy caía no chão, segurando com as duas mãos suas partes íntimas e xingando Gina de todos os nomes que se lembrava no momento. Enquanto isso, Uma desesperada Gina corria até o quarto que lhe pertencia por momento na Mansão, fechando a porta atrás de si e caindo no chão, chorando.
Com medo que Lúcio se levantasse de onde estava e viesse atrás dela, Gina correu arrumar suas coisas, com um feitiço rápido. Sairia daquela casa, não podia mais ficar ali, não depois do que acabara de acontecer. Pegou em uma mão sua vassoura e na outra sua mala, e assim se preparou para sair voando pela janela, quando deu de cara com a coruja negra de Draco. Rapidamente, desamarrou o pergaminho da pata da coruja, e leu:
“Gina,
Você precisa sair daí, o mais rápido que conseguir. Dumbledore avisou o Ministério do esconderijo de meu pai, e me pediu para mandar essa carta pra você. Vá até Hogwarts, e me espere um pouco antes dos testrálios.
Draco”
“Ah, droga!”
Batidas na porta. Mais que depressa, Gina montou em sua vassoura e fez um simples feitiço de desilusão, que com certeza enganaria os aurores que estivessem a caminho da Mansão Malfoy. Depois de se certificar que o feitiço funcionara, decolou.
***
Em seu quarto na Toca, Draco andava de um lado para o outro, esperando sua coruja voltar. Não que esperasse realmente uma resposta de Gina, mas sabia que a coruja só voltaria quando a carta estivesse entregue. Quase morrendo de preocupação, abriu a janela para que seu animal entrasse, e constatou que não havia resposta, assim como imaginou.
Já que não lhe restava mais nada a fazer senão esperar por ela na entrada de Hogwarts, montou em sua vassoura e vôo até lá. O local estava vazio, e ele se sentou no lugar mais próximo o confortável que achou. Estava ansioso, e remexia suas mãos impacientemente em sinal disso. Até que ouviu passos, e se virou sorrindo para ver quem era.
-Graças a Merlin você recebeu minha carta! – disse ele, aliviado, levantando-se para abraçar a namorada.
-Obrigado por me avisar, Draco.
Gina afastou o rosto um pouco do peito de Draco, e ele pôde ver que estivera chorando. Ela colou seus lábios aos dele, que retribuiu ardorosamente.
-Gina, o que foi?
-Nada, Draco. A não ser viver com seu pai por uma semana.
-Pense positivo, eu vivi com ele quase a minha vida toda.
Ambos riram, e Gina apertou o abraço em Draco, deitando-o no chão e se deitando em cima dele. Como ela sentia falta daquele corpo! Draco ficou em silêncio, apenas sentindo o coração de Gina bater forte contra o seu. Mas ela logo quebrou o silêncio, perguntando o que mais a preocupara:
-Draco... Onde eu vou ficar agora?
-Em Hogwarts.
-Eu? Hogwarts?
-Sim, você vai ficar em Hogwarts. Ordens do Dumbledore...
-Mas Voldemort vai desconfiar se eu ficar em Hogwarts! Alguém vai acabar descobrindo, não acha?
-Não, não acho, e espere eu terminar de falar o plano todo – vendo que Gina ficara em silêncio, esperando que ele falasse, continuou – Você não vai ficar exatamente em Hogwarts, no castelo. Vai ficar na floresta.
-O QUÊ?!
-Vai ficar na Floresta Proibida, e não me olhe com essa cara, eu sei que não é muito agradável ficar ali, mas é o jeito.
-Mas, eu não posso ficar...
-Pode e vai ficar lá. Não é perigoso, e falo por experiência própria. Eu vou te levar até lá.
Pegando Gina pela mão, Draco a conduziu para dentro da floresta. Ela apertava firmemente sua mão, e ele retribuía o aperto. Draco caminhava como se soubesse o caminho de cor, e talvez soubesse mesmo. Não muito longe da entrada da floresta, havia uma cabana, de aparência humilde, mas grande. Gina observou cada centímetro do local, admirada.
-Draco... Como você sabia dessa cabana?
-Lembra que eu... Digamos, que eu fugi quando vi Voldemort no meu primeiro ano? – vendo que ela concordara com a cabeça, apressou-se em dizer – é claro, eu ainda não era um Comensal da Morte e nem tinha conhecimento de que meu pai era um.
-Sim, eu lembro. Rony se mata de rir cada vez que me conta essa história.
-Ah, sim, havia esquecido desse detalhe. Mas o importante é que eu achei essa cabana enquanto estava correndo de volta pro castelo. Como eu era um tanto curioso, entrei, e vi que ninguém deveria morar ali por anos, e o lugar ainda estava cem por cento.
-E está.
-Graças a mim, claro. Então, cada vez que eu podia, fugia do castelo e vinha até aqui. Nos meus anos de Hogwarts, eu limpei o local e trouxe algumas coisas minhas pra cá. Então, a casa é praticamente minha. E agora é sua.
-Então quer dizer que eu vou ficar aqui?
-Sim. Viu como não é tão mal assim?
-Concordo – disse Gina, sorrindo.
Draco a observava, vendo o quão bonita ela ficava ao admirar algo. Logo, a moça percebeu que ele a olhava, e se virou, perguntando o que ele tanto via nela. Em resposta, ele a virou de frente e lhe deu um beijo, calmo e curto.
-Se você fizer isso cada vez que eu te perguntar alguma coisa, eu vou...
-Você vai acabar se apaixonando por mim, e sem o acho na frase.
-Eu não posso me apaixonar por você.
-Não?! – Gina riu ao ver a cara confusa que Draco fizera.
-Não. Eu não posso me tornar uma coisa que eu já sou.
-E o que você é, então? – perguntou ele, sorrindo de uma maneira maliciosa, que sempre derretia o coração de Gina.
-Dependente de você.
Os dois sorriram, e num simples impulso, Draco segurou Gina no colo e a levou para dentro da cabana, jogando-a no sofá e se deitando em cima dela, espalhando beijos por todos os lugares do corpo da namorada que alcançava.
-Ah não, Draco, pára com isso! Faz cócegas! – ria-se Gina, ao sentir a língua do rapaz em seu pescoço.
Draco sorriu, beijando-a novamente. Mas, dessa vez, não foram mais além dos beijos, pois ele precisava voltar logo para a Ordem. Deu-lhe mais um beijinho e foi, dizendo que voltaria todos os dias ali para vê-la.
“Merlin! Um Malfoy apaixonado!”
N/A: pra compensar o tamanho do cap. 9 eu coloqi o 10 no msmo dia
Espero sinceramente q gostem dle
E me deixem mais rekdos prfvor!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!