Encontro à meia noite
9. ENCOTRO À MEIA NOITE
-Malfoy, eu preciso de sua ajuda.
Draco ficou em silêncio, apenas pensando o que o ruivo poderia querer com ele. Mostrou a cama para que ele sentasse, e Rony o fez como se esperasse isso por muito tempo. Sua expressão era de alguém que se encontrava confuso e cansado de toda essa confusão.
-Diga, Weasley.
-A Gina...
-O que tem a Gina?!
-Ela... Ela virou Comensal?
-Weasey, eu... – Draco não sabia o que dizer. Não podia contar a verdade a Rony, mas se sentia mal (vejam só, Draco Malfoy se sentindo mal por mentir para um Weasley) por não poder contar. Rony insistiu:
-Ela é? Você sabe que eu nunca pediria ajuda pra você, mas acho que você é o único que pode ter alguma idéia sobre o assunto. Mamãe diz que não, mas ela está no meio dos Comensais, não?
-Sim, mas...
-Então ela é um deles?
-Não. Olha, Weasley, em uma situação normal eu jogaria na sua cara que sua irmãzinha está no meio de vários Comensais da Morte e deve estar se sentindo perdida, mas essa não é uma situação normal e eu não posso contar exatamente o que ela está fazendo lá.
-Mas Malfoy, eu preciso saber! Eu estou morrendo de preocupação!
-Eu também estou, sabia? Gina é minha namorada, se não se lembra. Mas eu sei que ela está bem.
-Como pode ter tanta certeza disso? Ela está no meio dos Comensais, Malfoy!
-Eu tenho. Ela está bem, confie em mim.
-Da última vez que eu confiei em você, tive que ver minha irmã mais nova aparatar junto com vários Comensais da Morte logo depois que ela duelou com Dumbledore. Eu simplesmente não posso confiar em você, Malfoy.
-Eu sei. E é por isso mesmo que tem que confiar. Eu tenho certeza de que ela está bem, e da última vez eu não menti, ela ainda estava bem.
-Ah, claro, com a Marca Negra no braço como você, não é mesmo Malfoy?!
-Sim. Mas estava bem, não estava.
Rony ficou em silêncio, olhando para o chão. Parecia que agora já estava mais calmo, e Draco resolveu mostrar a carta onde Gina contava que Voldemort queria que ambos se casassem depois da batalha final. Mas era melhor não. Afinal, o ruivo desconfiaria na hora se a lesse.
-Weasley – começou ele então, como se para compensar o fato de não poder mostrar a carta – eu sei que é difícil acreditar que ela está bem, e eu fico muito preocupado com ela também. Mas a Gina não é mais uma garotinha, e sabe muito bem o que está fazendo...
-Ah, claro, assim como ela começou a namorar com você, ela deve saber muito bem o que está fazendo.
-Por isso mesmo é que eu tenho certeza. Ela sabe o que faz, confie não em mim, mas nela.
Ambos se olhavam nos olhos, e Rony apenas maneou a cabeça em sinal de concordância. Estendeu a mão a Draco, que a encarou por um instante, antes de apertá-la. Rony deu um sorrisinho sem graça, soltando a mão do loiro, enquanto que este apenas o encarava.
-Nunca pensei que fosse dizer isso, mas obrigado, Malfoy.
-Disponha, Weasley.
***
Gina acordou, no dia seguinte, tarde novamente. Levantou-se, tomou um banho rápido e desceu para almoçar, dessa vez sem a companhia do pai de Draco. Comeu sozinha, então, pensando em tudo que estava acontecendo em sua vida. Subiu correndo as escadas, deixando o prato pela metade, lembrando-se que Draco ainda não lhe respondera. Mas não havia coruja alguma ali. Deitou-se na cama e retomou o pensamento.
“Como é chato ficar aqui. Se pelo menos Draco estivesse junto comigo... Não, ele não pode. Nunca estragaria seu disfarce apenas para me ver novamente. Acho que sou vê-lo no final de tudo, onde um de nós dois acabará morrendo com total certeza... Mas eu ainda queria vê-lo, mesmo assim...”
Batidas na janela. Uma coruja negra. Draco. Correu até lá, pegou a carta e começou a ler:
“Gina,
Tudo aqui está bem. Seu irmão está preocupadíssimo com você, e eu também. Queria te ver, temos alguns assuntos pendentes ainda.
Me espere hoje, à meia noite, no meu quarto. Mansão Malfoy, mais especificamente. Não se preocupe, eu sei como ir até aí sem chamar a atenção. E não vou te contar como para que você não fique brava comigo.
Draco”
Leu, e sorriu ao ver que estava errada. Draco queria lhe ver, e ela também. Era arriscado ele estar na Mansão com ela, mas era a única maneira de se verem. Afinal, a foragida era ela, e não ele. Pegou um pedaço de pergaminho e começou a escrever:
“Tudo bem, eu te espero. Mas tenha cuidado e não faça nenhum barulho. Não se atrase, não ficarei esperando por muito tempo.
Gina”
Gina estendeu o braço, e a coruja trocou o poleiro por ele. Delicadamente, ela começou a amarrar o pergaminho na pata do animal, que logo levantou vôo.
“Eu e minha grande mente... Admita, Gina, você não imagina nem metade do que Malfoy pode fazer” pensou ela, sorrindo de orelha a orelha, mais do que feliz.
***
Meia noite. Gina acabara de sair do banho, e escolhera a melhor roupa que tinha. Não sabia por que, mas encontrar com Draco exigia uma veste extremamente bonita. Depois de vestir-se, deitou-se na cama, olhando de vez em quando para o relógio à sua frente. De repente, a porta se abriu. Gina olhou duas vezes, enquanto a mesma se fechava, e logo viu Draco tirar a capa de cima de seu corpo.
“A capa de invisibilidade”
Os dois se olharam por um tempo, e Gina logo se jogou nos braços do outro. Draco ficou um pouco sem reação, mas retribuiu o abraço. Como sentia falta daquele corpo perto do seu!
-Onde conseguiu a capa, Draco?
FLASH BACK:
Draco aparatou na sede da Ordem da Fênix. Ainda se lembrava de onde era o quarto de Harry, e caminhou até lá, tentando não fazer barulho. Abriu a porta, e viu o menino que sobreviveu deitado na cama, o observando.
-O que quer aqui Malfoy?
“Droga!” pensou Draco, que não esperava encontrá-lo no quarto.
-Vim te chamar, Potter. Querem te ver lá embaixo – pensou rápido, mas não teve total certeza se Harry acreditou.
Os dois se olhavam, até que Harry levantou-se da cama e empurrou Malfoy para fora do quarto. Afinal, não confiava ainda no outro, pelo menos não a ponto de deixá-lo sozinho em seu quarto.
Draco não resistiu. Mas, ao ver Harry fora do aposento, se desvencilhou rapidamente dele, dizendo que precisava ir ao banheiro. O outro desceu, e Draco aproveitou que ele estava de costas para entrar em seu quarto. Harry pareceu nem ver, e ele fechou a porta atrás de si.
Olhou a sua volta, e foi até as gavetas de Harry, procurando pela sua capa de invisibilidade. Abriu-as, mas nada. Abriu caixas, armários e etc., só encontrando o que procurava na última porta do guarda-roupas. Pegou a fina capa nas mãos, apreciando-a, quando ouviu um barulho. Mais que depressa, aparatou para os jardins da Mansão. Não conseguiu ir mais além, pois seu pai deveria ter posto feitiços anti-aparatação. Colocou a capa sobre si e caminhou até a entrada. Abriu vagarosamente a porta, e entrou na sua humilde casa. Não sentia falta daquele lugar, agora sabia com certeza. Subiu lentamente, para não fazer barulho, e não encontrou seu pai, para seu imenso alívio.
Abriu a porta de seu quarto, e viu Gina deitada, observando surpresa a porta se abrir. Lembrou-se, então, de que ainda estava coberto pela capa. Tirou-a de cima de si, e abraçou Gina, colocando toda a saudade que sentia naquele abraço.
-Onde conseguiu a capa, Draco?
FIM DO FLASH BACK.
-Eu não acredito que você pegou a capa do Harry, Draco!
-Você não poderia esquecer isso? Lembra que eu fiz tudo isso só pra te ver?
-É verdade – disse Gina, sorrindo – me desculpe, Draco.
-Desculpas aceitas.
Os dois se encaravam, e Draco aproximou seu rosto do de Gina, beijando-a. Ela retribuiu, é claro. O beijo era calmo, romântico. Eu sei, é difícil acreditar que Draco Malfoy beija romanticamente, ainda mais sendo que a outra parte era Gina Weasley. Mas sim, ele a beijou de uma maneira romântica. Mais romântica, impossível.
O beijo foi se aprofundando, as línguas se explorando. Gina ia para trás, como se quisesse se desvencilhar do “namorado”, mês não querendo. Draco seguia o movimento de Gina, a empurrando em direção à cama. A moça tropeçou e caiu justamente em cima do colchão, e Draco seguiu os mesmos passos.
As mãos de Gina passeavam pelo peito de Draco, e as de Draco percorriam a cintura da garota. Ela estava quente, e sabia que não era o clima. Tirou a camiseta de Draco, que fez o mesmo, tirando a sua também. As mãos tremulas de Gina desceram para a calça dele, desabotoando o botão e abrindo o zíper. Draco a segurou mais firme junto a si, desabotoando seu sutiã.
-Você tem certeza disso? – perguntou Draco, ofegante.
-Da última vez que você me perguntou isso, minha mãe entrou no quarto na hora “H”. Não me faça essa mesma pergunta que seu pai pode entrar.
Draco sorriu, voltando em seguida a beijar Gina.
O restante da noite eu acho que não é preciso relatar. Dessa vez, ninguém interrompeu o que não deveria ser interrompido. Uma noite maravilhosa, na opinião dos dois. Agora sim, eram verdadeiros namorados.
N/A: capítulo curtissimo, mas prometo q o próximo vai ser maior. Ja estou quase acabando o cap. 10, e logo que terminar eu ja posto aki
Bjxx
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