Capítulo 8
Despedir-se de Brian, no dia, seguinte, não foi difícil. Ele parecia resignado com o fato de que Hermione só queria continuar a vê-lo como amigo. Também não foi difícil a despedida com o Sr. e a Sra. Walker. Hermione estava acanhada, pois tinha certeza que Brian já lhes contara sobre sua decisão. Mas eles a trataram com a mesma cortesia e gentileza do dia anterior, não demonstrando nenhuma mágoa. Que gente formidável!
Brian levou-a até a estação, beijando-lhe a face, quando ela se preparava para entrar no trem.
__ Sinto muito que as coisas não tenham dado certo – ele disse em tom carinhoso.
__ Eu também, Brian, acredite. – E era mesmo verdade. Como teria sido bom se, em vez de se apaixonar por um homem complicado como Harry, ela tivesse conseguido amar Brian. Sua vida seria agora muito mais tranqüila e, com certeza, mais feliz. Era injusto que tudo tivesse se encaminhado ao contrário do que ela desejava.
Foi nisso que ficou pensando, durante toda a viagem. Nem percebeu o tempo passar, até que o trem parou, com um tranco, na estação de sua pequena cidade.
__ Como foi, querida, divertiu-se? – perguntou sua mãe, assim que entrou em casa. O pai levantou os olhos do jornal que lia, aguardando também a resposta.
__ Sim, foi ótimo! – É claro que eles queriam saber mais e ela, com muita paciência, contou-lhes sobre a festa, sobre a casa de Brian e tudo mais que havia acontecido. Só omitiu o fato de ter encontrado Harry e nem tocou no assunto Sheila.
No dia seguinte, a vida de Hermione retomou sua rotina. O trabalho na biblioteca, as conversas com Selma, as brincadeiras em família, tudo igual, como antes. Mas desta vez Hermione sentia-se muito mais só. Havia decidido não continuar saindo com Selma à noite, apesar dos passeios serem divertidos. Não teria ter que passar de novo o que passara com Brian. Não iria namorar nenhum outro rapaz, enquanto continuasse apaixonada por Harry.
Selma aceitou bem sua decisão. Agora ela estava de olho em Alan Mitchell, um rapaz que havia começado a trabalhar na biblioteca. Ele não parecia retribuir seu interesse, pois passava mais tempo com Hermione do que com Selma.
Alan e Hermione haviam sido colegas de escola e se conheciam muito bem. Na ocasião, ele era um garoto fascinado por esporte. Era um ótimo atleta e dedicava todo o seu tempo livre aos treinamentos. Ao que tudo indicava, teria uma carreira brilhante como desportista. Mas, antes que pudesse ir muito adiante, sofreu um acidente grave e ficou com a perna direita parcialmente inutilizada. Foi obrigado a desistir de qualquer sonho nos esportes.
Hermione ficou um pouco surpresa quando ele veio trabalhar na biblioteca. Não havia pensado que ele se interessasse por livros ou coisas do gênero. Mas um dia Alan explicou melhor seus interesses. Estavam almoçando juntos, no parque onde estivera antes com Harry. Hermione vinha se obrigando a voltar aos mesmos lugares, para tentar superar sua fixação. Já havia ido uma ou duas vezes à Casa do Pomar.
__ Sabe, na verdade o que gosto mesmo é de livros. . . De literatura – disse Alan.
__ Deve ser muito triste ter que desistir de uma coisa que. . . – Hermione mordeu o lábio, percebendo sua falta de tato. Tentando consertar, continuou: __ Desculpe, Alan, não queria lembrar-lhe desse assunto.
__ Não se preocupe, pode falar. Para mim não foi nem um pouco triste deixar o atletismo.
__ Como assim? Você parecia tão dedicado. . . Sempre treinando.
__ Eu, na verdade, não gostava de esporte. Meu pai me forçou a treinar, desde muito pequeno. Seu sonho sempre foi me transformar no melhor atleta do mundo.
__ Sem consultar você? Por que não reagia?
__ Sei lá, eu o amava, queria vê-lo feliz. Além do mais, todos somos forçados a desempenhar certos papéis, em nossa vida, mesmo que não gostemos deles. Hermione. Veja Selma, por exemplo. Finge-se de vedete o tempo todo, mas na verdade é muito insegura.
__ Selma, insegura?
__ Sim. Assim que ela conhece um sujeito, quer dar a impressão de que está disposta a ir para a cama com ele, quando na realidade ela quer mesmo é encontrar alguém que lhe dê amor.
A sensibilidade de Alan era surpreendente. Com apenas vinte e um anos, ele demonstrava mais profundidade que muitos homens feitos. Hermione estava admirada com o jeito dele. Olhou com interesse para suas feições jovens, que já demonstravam maturidade, e para sua aparência atlética e musculosa, que ele conservava apesar de estar a diversos anos longe das pistas de corrida.
__ Selma gosta de você, Alan.
__ Não. Ela não gosta de ninguém. Ela gosta só da aparência de seus namorados e não do que são realmente. Por isso não os conserva por muito tempo. Ela gosta do campeão que eu fui um dia.
__ Está enganado, Alan: Ela me parecia sincera, quando me disse que gostava de você.
__ E que graça pode ter namorar com um aleijado?
__ Mas você não é um aleijado.
__ Também não sou perfeito.
__Não seja tolo. Ninguém é perfeito. Bem, acho melhor voltarmos, caso contrário, o Sr. Leaven vai reclamar do nosso atraso.
Quando chegaram de volta a Biblioteca, Selma estava ansiosa. Puxou Hermione para um canto e perguntou baixinho:
__ Falou com ele de mim? – Ela havia pedido a Hermione que intercedesse a seu favor com Alan.
__ Falei, Selma. Dê um pouco de tempo a ele, está bem? Acho que vai acabar convidando você para sair.
__ Está bem, Hermione. Obrigada. Mas. . . Escute, tem uma visita para você.
__ Visita?
__ Adivinhe quem é?
__ Ahn. . . Já sei. Billy veio outra vez, pedir alguma coisa.
__ Não. Ele nem se parece com Billy, não. Pareceu-me o Harry, só que muito mais bem-arrumado.
O pânico tomou conta de Hermione. O que poderia estar fazendo Harry ali? Carregada de ansiedade, ela se dirigiu até o lugar que Selma indicava. Procurou dominar sua emoção e manter um ar calmo. Harry estava parado ao lado de uma das mesas, folheando displicentemente uma revista. Não estava só melhor arrumado, como dizia Selma, e sim deslumbrante. De terno e gravata, o rosto impecavelmente barbeado, não era mais Harry. Era somente James Potter. Quando percebeu sua presença, ele deu um passo em sua direção.
__ Hermione. . .
Ela teve que fazer um esforço supremo para não correr e abraçá-lo, gritando todo o seu amor. Em vez disso, respondeu:
__ Pois não, Sr. Potter?
__ Deixe de lado dos formalismos. Chame-me de Harry, assim saberei que somos novamente amigos.
__ Mas não somos amigos.
__ Namorados, então. Não posso dizer que somos amantes, posso Hermione? Afinal, não chegamos a tanto.
__ Por favor, não vamos discutir isso aqui.
__ Agora diga-me quem era esse rapaz que a levou para almoçar?
__ Alan?
__ É, acho que esse é o nome. Quem é ele, afinal?
__ Meu. . . Meu namorado. – Esperava que Alan desculpasse a mentira, mas era necessária nesse momento.
__ Parece que você mudou bastante. Está recuperando o tempo perdido? Quando nos conhecemos, disse que nunca tinha tido namorado, mas agora é um atrás do outro, pelo que vejo.
__ Qual é o problema? Por acaso sou propriedade de alguém?
__ Sim, Hermione. Você é minha. E não vou deixar que ninguém a tire de mim. Muito menos um fedelho como esse.
__ Para seu governo, Alan não é nenhum fedelho. E nem eu sou propriedade sua, Sr. Potter . E agora, se me faz o favor, fique longe de mim para sempre, entendeu?
__ Não vou me afastar nunca. E você acabará sendo minha, Hermione, custe o que custar. Minha, ouviu?
Sem dizer mais nada, Harry virou-se e saiu, cumprimentando Selma levemente com a cabeça antes de atravessar a porta.
Se não tivesse tão angustiada, e se esse não fosse um lugar público, Hermione gritaria de ódio. Harry voltara a entrar em sua vida, apesar de tudo o que fizera para esquecê-lo. E desta vez parecia disposto a ficar, mesmo que ela não o quisesse.
__ Está cada dia mais bonito. – Selma comentou.
__ É um bruto, um arrogante, um mandão...
__ Mas você gosta dele, não é?
__ Claro que não.
__ Mentirosa. . . Você não engana ninguém.
Hermione não queria discutir mais. Entrou como um tufão na sala dos funcionários para ver se conseguia se acalmar. Seu rosto estava desfigurado e vermelho de raiva.
__ O que aconteceu? Não diga que o Sr. Leaven andou ralhando de novo. – perguntou Alan ao vê-la assim.
__ Não, não aconteceu nada. – Hermione estava nervosa demais para ser educada. O que é que Harry estava pensando? Que era só estalar os dedos e ela iria correndo para ele? Se estava procurando uma amante, que fosse bater em outra porta. Não era um papel que ela se dispunha a aceitar.
__ Você costuma ficar brava assim quando não acontece nada? – insistiu Alan.
__ Não, é que. . . Bem, acabei de encontrar um antigo namorado, nada de mais.
__ E por que então a incomoda tanto?
__ Bem, é que se trata de um namorado especial. É um homem mais velho e eu. . . Tive que dizer que estava namorando você.
__ O quê?
__ Desculpe, Alan. Eu precisava me livrar dele. Esse homem me persegue e eu não quero mais vê-lo.
__ Posso saber o motivo?
__ Ele é casado. Eu não sabia disso antes, mas agora sei e não quero mais nada com ele.
__ Tentou enganar você? Ora, não se preocupe! Para todos os efeitos, de agora em diante, você é minha namorada. Onde vamos hoje à noite, querida?
O bom humor de Alan era um alívio para ela. Rindo, descontraída, respondeu:
__ Não seja bobo. É só namorado de mentira.
__ Ufa! Ainda bem, porque eu já tinha convidado Selma para ir ao cinema, hoje.
__ Que ótimo, Alan! Tenho certeza que vocês dois vão se dar muito bem.
Selma devia estar radiante com o convite de Alan e Hermione sentia-se feliz por ter, de alguma forma, ajudado a amiga. A vida de todos parecia estar se encaminhando satisfatoriamente. Só a dela não saía do lugar. Harry sempre interferia para piorar as coisas. Mas agora estava decidida. Faria qualquer coisa para afastá-lo para sempre, até continuar mentindo se fosse preciso.
__ Que roupa devo vestir? – perguntou Selma agitada, na hora da saída.
__ Ora, Selma, quanta preocupação. Vocês só vão ao cinema, não é uma festa. Vista qualquer coisa simples.
__ É que eu pensei. . .
__ Já sei. Você me falou um milhão de vezes que gosta daquele seu vestido preto. Mas é sério demais para ir ao cinema.
__ Droga! Por que ele não me convidou para ir à boate ou à discoteca?
__ Alan não pode dançar com muita facilidade, Selma. Sente dor na perna.
__ É mesmo, ia me esquecendo disso. Tomara que eu não dê nenhuma rata, hoje à noite.
__ Se não ficar preocupada . . . Vista uma calça comprida e pronto.
__ Que tal minha calça rosa - choque?
__ Selma! Pare de ser afetada. Alan gosta de você como você é. Não precisa usar nenhuma roupa especial.
__ Com licença? – interrompeu uma voz.
Hermione se virou para ver quem falava e deu de cara com Harry. Agora usava outra vez a conhecida calça jeans e camisa, voltando a ter o aspecto do qual se habituara. James Potter havia desaparecido.
Selma deu um risinho malicioso.
__ Então, até amanhã, Hermione. Boa noite, Sr. Potter!
__ Até logo, Selma.
Ela não conseguia esconder sua satisfação ao perceber que Harry ainda lembrava seu nome e saiu rebolando, num gesto exagerado e provocante. Mas não conseguiu chamar a atenção de Harry, que estava com os olhos pregados em Hermione.
__ Posso saber o que está fazendo aqui novamente?
__ Vim buscá-la. Vou levar você de carro.
__ Não será preciso. Estou com a minha bicicleta – Hermione respondeu malcriada, dirigindo-se ao estacionamento. Mas parou espantada, quando se aproximou. O pneu estava sem ar, completamente murcho. Mais uma das artimanhas de Harry. Claro que era ele o responsável.
__ Não, não fui eu. . . Mas vi quando dois garotos esvaziavam a câmara.
__ Por que não evitou? Droga, agora vou ter que ir de ônibus.
__ Por quê? Eu estou lhe oferecendo uma carona, não?
__ E eu já recusei.
Hermione dirigiu um último olhar zangado à bicicleta, deu um suspiro, e começou a andar em direção à parada de ônibus. Já havia algumas pessoas lá e ela foi para o fim da fila, abrindo sua bolsa à procura de troco para pagar a passagem.
De repente, surgiu o Jaguar no fim da rua e parou ostensivamente junto ao ponto. Harry debruçou-se para fora da janela, sorrindo.
__ Quer uma carona, belezinha?
__ Não, obrigada. – Hermione estava sem graça, diante de tantas pessoas prestando atenção à cena. Era evidente que Harry tentava encabulá-la diante deles.
__ Vamos lá, benzinho. Entre e vamos fazer as pazes.
Hermione viu os sorrisos maliciosos que surgiam entre os que estavam na fila. Olhavam-na com insistência e ela decidiu não ficar mais ali, parada, deixando-se humilhar daquela forma. Entrou no carro e bateu a porta.
__ Seu mau-caráter – disse irritada, assim que o carro arrancou.
__ Por quê? Por lhe dar carona?
__ Não. Por me humilhar na frente dos outros. Afinal, o que você está fazendo outra vez em Sanford?
__ Vim procurá-la. . .
__ Mas eu não quero mais nada. . .
__ Escute aqui, Hermione. Sei que agi mal indo embora daquela forma. Eu queria ter voltado antes mas houve algo que me prendeu em Londres.
__ Eu sei, foi Sheila.
__ Não, não foi Sheila. Admito que foi por ela que fui embora, mas não foi ela quem me fez ficar. Tive problemas de saúde. Foi um pulmão que . . .
__ Já soube de tudo.
Era evidente que Harry amava a esposa, mas isso não justificava que continuasse tentando seduzir justamente ela.
__ Sabe que Brian já arrumou outra namorada?
__ Sim, sei. - Ela conversava sempre com Brian, por telefone. __ Ela se chama Trudi.
__ Isso não a incomoda?
__ Por que deveria?
__ É verdade, você também já tem outro namorado. Por falar nisso, como estão as coisas com Alan?
__ Não é da sua conta.
__ Claro que é. Tudo que se refere a você, Hermione, é da minha conta.
Harry colocou a mão sobre o joelho de Hermione. Ele tremia um pouco e o calor de sua mão espalhou-se pelo corpo dela, como uma fogueira interna.
__ E Sheila, como vai?
__ Está com ciúmes dela?
__ Ciúmes? Não tenho direito a ter ciúmes de Sheila. Nem você vale tanto.
__ Então porque tanto interesse? Escute, Hermione, ainda está zangada por eu não ter dito quem realmente era?
__ O conhecido médico James Potter? Não, achei ótima a piada.
__ Não foi uma piada, Hermione. Já expliquei que minha intenção não era enganar ninguém. E, além do mais, nunca poderia imaginar que você viesse a ser tão importante para mim.
__ Importante? Não seja cínico . . .
__ Importante, sim. Não é o que eu queria que acontecesse, mas aconteceu. Você é a pessoa mais importante de minha vida, Hermione.
A cerca da casa de Hermione já estava a vista, a alguns metros de distância, quando Harry dobrou à direita, seguindo por uma rua lateral, de terra. Espantada, Hermione não conseguia entender o que estava acontecendo.
__ Por que entrou aqui? O que vai fazer?
__ Tentar fazê-la voltar à realidade.
Harry parou o motor, segurou Hermione pelos ombros e começo a beijá-la com ardor. Seus lábios quentes como brasa percorriam o pescoço, as orelhas e voltavam à boca de Hermione com fúria e paixão. Ela sentiu a mão ansiosa de Harry desabotoar sua blusa, procurando sôfrega o seio no sutiã de renda branca. Estava transtornado de desejo, com os olhos incandescentes e, afastando bruscamente o tecido da blusa, mergulhou toda a boca úmida na auréola rosada, murmurando:
__ Hermione. . . Quero você . . .
Ela não teve forças para contê-lo. Sabia que não devia se entregar. Ele era um uma mentira, um engano. Ia usá-la novamente. Mas seu corpo estava tomado de prazer, um temor de paixão a invadia por inteiro e ela se agarrava aos cabelos de Harry. Devia estar louca. Não era possível que tudo isso estivesse acontecendo ali, em pleno fim de tarde, numa rua deserta. Ela e Harry fazendo amor. Ele a olhou com ternura.
__ Sou seu, Hermione. Sou todo seu. . .
Mas Rose sabia que não podia ser verdade. Harry não lhe pertencia. Era de Sheila. Não devia alimentar ilusões ou sonhos impossíveis. Segurando as lágrimas, tentou desvencilhar-se do abraço, empurrando Harry com os punhos cerrados com toda sua força, até que conseguiu se soltar.
__ Você não é de ninguém. Vá embora, volte para Londres, para seus amigos sofisticados e deixe-me em paz. – Hermione gritava, enquanto abotoava a blusa.
__ Não pretendo voltar. Decidir ficar em Sanford.
__ Como? E sua carreira, seus paciente e tudo o mais?
__ Não tenho mais pacientes. Quando Melinda resolveu me deixar decidi passar um ano longe de tudo. Ainda me restam seis meses e vou passá-los aqui. . . Perseguindo você, até que se decida a se casar comigo.
__ Que loucura. E Sheila?
__ Enquanto ela não se casar de novo, continuarei tratando dela. É minha responsabilidade.
__ Cretino! Fala como se fosse tratar um animal, não uma pessoa. Será que não sente um mínimo de respeito ou carinho por ela?
__ Claro que sinto. Mas tenho que pensar em minha própria pessoa e ela sabe disso.
__ Pois tire-me de seus planos. Nunca casarei com você, entendeu? Nunca!
__ Mas Hermione, eu amo você!
Hermione conteve a respiração. Seus olhos azuis estavam parados sobre a figura de Harry e ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Como era possível tanto descaramento? Como conseguia fingir tanta sinceridade? Ele, um homem que ainda era casado, falava como se não tivesse compromisso algum, fazendo juramentos de amor e falando em casamento com a maior tranqüilidade. Harry deu um suspiro profundo e continuou:
__ Amo você, Hermione. Depois que Melinda me deixou, pensei que nunca iria sentir mais nada por ninguém. Mas apareceu você, com sua beleza e seu jeito franco e simples. Cativou meus sentimentos como nunca pensei que alguma mulher fosse capaz.
__ Pare com isso, Harry – Hermione gritava novamente, colocando as mãos sobre os ouvidos. __ Não quero ouvir mais nada. Leve-me para casa agora. Não quero nada com você.
__ Por que, Hermione? Por causa de Brian? De Alan?
__ Não é de sua conta.
__ Claro que é. Tudo o que diz respeito a você é da minha conta.
__ O que o faz pensar que pode interferir assim em minha vida?
__ Suas atitudes, Hermione. Lembre-se que você se ofereceu a mim, naquela noite. Entregou-se sem restrições, sem impor condições. . .
__ Mas eu não sabia nada sobre Sheila. . .
__ E daí? Ela faz parte do meu passado. Eu quero que você seja meu futuro. Desde o primeiro momento em que a vi, soube disso. Você provocou uma reviravolta em minha vida. Agora só consigo pensar em você, só vejo você em minha frente, Hermione eu a amo.
__ Sinto muito, agora é tarde demais. Já há outra mulher em sua vida. Eu não quero mais ver você.
__ Por Deus, não seja tola! Claro que houve outras mulheres em minha vida. Mas hoje percebo que, comparado ao que sinto agora, elas não significam nada. E tenho certeza que, para você, neste momento, Brian e Alan também são perda de tempo. Não é verdade?
__ Deixe-me em paz, Harry. Já disse, vá embora. Vá para o inferno!
Hermione saiu do carro, batendo a porta com força, e correu para casa. Odiava aquele homem com todas as forças de seu ser. Odiava-o porquê ele mentia e tentava, com gestos e palavras às quais ela não conseguia resistir, por mais que se esforçasse.
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N/A: Niver da autora dia 26/11 então todos merecemos post, afinal 15 anos naum eh todo dia *-*
Qro muuuitos comentários e lembrando q a fic tem 10 capítulos, portanto faltam soh mais 2... Quem sabe eu jah tenha todos prontos e se comentarem muito até amanhã eu poste o 9º amanhã msm? =D
BjOs.!
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